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Pesquisadores (as) do Cemaden publicam estudo de revisão científica sobre previsão de secas e o uso da Inteligência Artificial
Pesquisadores (as) do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - tiveram o artigo aceito na revista científica internacional Natural Hazards, no trabalho científico intitulado “Forecasting Drought Using Machine Learning: a Systematic Literature Review”, (Previsão de Secas Usando Aprendizado de Máquina: uma Revisão Sistemática da Literatura”).
O primeiro autor do artigo é o pesquisador do Cemaden, Ricardo S. Oyarzabal, bolsista do projeto Inteligência Artificial para Previsão de Condição de Seca em Áreas de Produção Agrícola Familiar, sob a supervisão do pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos. O projeto faz parte do Projeto Institucional: Monitoramento dos Impactos das Secas: Estratégias para Redução de Risco em Setores Produtivos no Brasil, coordenado pela pesquisadora do Cemaden e especialista em seca, Ana Paula Cunha, uma das autoras do artigo.
Importância do aprimoramento da previsão de secas, diante do contexto das mudanças climáticas e eventos extremos
O estudo das secas é essencial para o planejamento e a gestão dos recursos hídricos, especialmente em um contexto de mudanças climáticas e eventos extremos cada vez mais frequentes. A previsão desses eventos com antecedência é fundamental para tomadores de decisão e para a sociedade como um todo.
“Além de organizar e sintetizar o conhecimento existente, a revisão destaca as múltiplas possibilidades de aplicação da inteligência artificial na previsão desses eventos.”, afirma o pesquisador do Cemaden, Ricardo Oyarzabal. Ele enfatiza que, diante das mudanças climáticas - que vêm alterando os padrões de eventos extremos ao redor do mundo - uma revisão sistemática como essa se torna uma ferramenta essencial para orientar novas pesquisas, impulsionar estudos na área e ampliar a visibilidade do tema.
O número de publicações científicas sobre previsão de secas utilizando métodos de Machine Learning aumentou, significativamente, nos últimos anos, evidenciando que essa é uma área promissora para pesquisas futuras
“O Cemaden realiza pesquisa e monitoramento operacional de secas há pouco mais de uma década. No entanto, esta publicação representa um marco significativo para o grupo de secas do Centro, não apenas por se tratar de um material de referência sobre os conceitos fundamentais relacionados a secas, mas, sobretudo, por apresentar uma revisão do estado da arte sobre no uso de Inteligência Artificial para o monitoramento e previsão de secas”, afirma a pesquisadora do Cemaden, Ana Paula Cunha. “Essa é uma linha de pesquisa que vem ganhando destaque no Centro e, sem dúvida, contribuirá para aprimorar nosso sistema de monitoramento e previsão, trazendo avanços importantes para a área”, destaca Cunha.
Segundo Ricardo, “nos debruçamos na sistematização desse conhecimento, pois, além de fornecer insights para nossas pesquisas sobre previsão de secas no semiárido brasileiro, isso nos ajudará a identificar lacunas e potenciais métodos para aprimorar os estudos na área”.
Estudo sobre secas envolve pesquisadores multidisciplinares
Pesquisas sobre secas exigem a colaboração de especialistas de diferentes áreas, tornando a padronização de conceitos um elemento crucial para o avanço do conhecimento. O estudo contou com a participação de pesquisadores de diversas áreas, incluindo Ciências da Computação, Física, Engenharia, Matemática, Meteorologia e Geografia.
“Por ser um tema multidisciplinar, foi um processo gradual. No início, tivemos que alinhar o vocabulário, definir atributos e esclarecer objetivos entre diferentes áreas, unificando termos e conceitos técnicos fundamentais”, comenta o pesquisador do Cemaden, físico Leonardo Santos, também um dos autores do artigo.
Metodologia da revisão de publicações sobre previsão de secas e aprendizado da máquina
A revisão utilizou o protocolo PRISMA 2020 para garantir rigor na seleção e análise dos artigos. O estudo investigou os principais atributos dos trabalhos sobre previsão de secas que utilizam modelos de aprendizado de máquina, abrangendo o período de 2011 a 2023.
De quase 1.000 artigos inicialmente identificados, apenas 105 foram selecionados para análise detalhada. Os dados extraídos desses trabalhos científicos foram organizados em tabelas, disponíveis no repositório público GitHub. Após a extração e tratamento dos dados, foram gerados gráficos que permitiram uma análise mais aprofundada das tendências e desafios da área.
Os autores organizaram essa sistematização do conhecimento em duas abordagens principais: uma visão bibliométrica geral e uma análise quantitativa. Na visão bibliométrica, foram analisadas questões como a distribuição temporal dos artigos e os periódicos que publicaram mais estudos sobre o tema.
Já na análise quantitativa, foram considerados fatores como a localização geográfica das pesquisas, os tipos de seca estudados, o horizonte de previsão (lead time), os índices e indicadores de seca, os dados utilizados como entrada nos modelos de aprendizado de máquina e as metodologias predominantes para previsão de secas.
Os pesquisadores explicam, utilizando como exemplo, os tipos de seca :Meteorológica, Agrícola e Hidrológica, considerados atributos fundamentais, pois envolvem diferentes escalas temporais, essenciais para o desenvolvimento de modelos de aprendizado de máquina e para a mitigação dos impactos desses eventos. Além disso, os índices de seca são calculados a partir de variáveis hidroclimáticas essenciais, como precipitação, vazão, temperatura e evapotranspiração. A escolha adequada desses dados de entrada influencia, diretamente, a precisão dos modelos, possibilitando a identificação de novos padrões e tendências de seca.
Os autores do artigo são: Ricardo S. Oyarzabal¹*, Leonardo B. L. Santos¹ , Christopher Cunningham¹ , Elisangela Broedel¹, Glauston R. T. de Lima¹ , Gisleine Cunha-Zeri² , Jerusa S. Peixoto¹ , Juliana A. Anochi² , Klaifer Garcia¹ , Lidiane C. O. Costa¹ , Luana A. Pampuch³ , Luz Adriana Cuartas¹ , Marcelo Zeri¹, Marcia R. G. Guedes¹ , Rogério G. Negri³ , Viviana A. Muñoz¹ , Ana Paula M. A. Cunha¹.
¹ - Cemaden/MCTI
Fonte: Ascom/Cemaden (MRO)
Pesquisador do Cemaden recebe o Prêmio de 2025 da Sociedade de Antropologia Aplicada (EUA)
A Sociedade de Antropologia Aplicada - Organização Mundial para as Ciências Sociais Aplicadas, dos Estados Unidos– entregou o Prêmio Internacional Pelto ( Pelto Internacional Award Winner) de 2025 ao pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Victor Marchezini tem se dedicado aos estudos dos impactos dos desastres socioambientais na população, abordando a Ciência Social em seus vários aspectos dentro da Ciência dos Desastres, utilizando abordagens sociológicas e antropológicas para analisar vulnerabilidade e exclusão social, políticas de prevenção, preparação, educação para desastres, entre outras.
O prêmio também traz o reconhecimento do trabalho inovador em promover o crescimento profissional de acadêmicos e praticantes em antropologia aplicada, aliada à mentoria e promoção da ciência social aplicada.
Além de pesquisador do Cemaden há mais de 10 anos, Marchezini é professor do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Desastres, do Instituto Tecnológico da Unesp- Universidade Estadual de São Paulo em parceria com o Cemaden. Também é docente da Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Realizou pós-doutorado no Natural Hazards Center, da Universidade do Colorado-Boulder, com apoio da Fapesp (2022-2023). É coordenador do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), com apoio da Fapesp (2022/02891-9). É um dos coordenadores do projeto Subseasonal Applications for Agriculture and Environment (SAGE), do World Weather Research Programme da Organização Meteorológica Mundial (2024-2028). Foi coordenador do Projeto Elos, que realizou a Pesquisa Municipal em Proteção em Defesa Civil (2020-2021), fruto da parceria entre Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Desde 2004 atua na área de Sociologia dos Desastres.
Como surgiu o Prêmio Pelto
Em 2012, ex-alunos e colegas de Pertti “Bert” Pelto começaram a discutir como homenagear seu mentor. Decidiram criar uma bolsa de viagem para um acadêmico ou praticante internacional para participar da Reunião Anual da Sociedade de Antropologia Aplicada - Organização Mundial para as Ciências Sociais Aplicadas (SfAA). Essa ideia estava enraizada no compromisso de toda a vida de Pelto em construir redes acadêmicas globais.
Como parte dos esforços internacionais da SfAA, o Pelto International Award visa fortalecer as conexões entre a SfAA e cientistas sociais fora dos Estados Unidos. O prêmio apoia o crescimento da ciência social aplicada no país de origem do destinatário.
Fonte: Ascom/Cemaden (M.O.)
Pesquisador do Cemaden recebe premiação internacional pelo trabalho científico relacionado à Inteligência Artificial na Geociências
O pesquisador e físico, Leonardo Santos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - recebeu o certificado de premiação do “Melhor Paper de 2024” na publicação da pesquisa relacionada à Inteligência Artificial na Geociências. A premiação foi dada pela editora internacional KeAi – Chinese Roots Global Impacts, associada à Elsevier- editora internacional de publicações científicas.
Os autores da publicação premiada são: Angelica Caseri, Leonardo Santos e Stephan Stephany. O trabalho premiado tem o título “A convolutional recurrent neural network for strong convective rainfall nowcasting using weather radar data in Southeastern Brazil” (Uma rede neural recorrente convolucional para previsão de chuvas convectivas fortes usando dados de radar meteorológico no sudeste do Brasil), publicado em dezembro de 2022, no Volume 3 da Revista Artificial Intelligence in Geoscience”.
A pesquisa apresenta o método M5Images que emprega uma abordagem de Machine Learning, uma rede neural recorrente convolucional CNN-LSTM para a predição de imagens de taxas de precipitação, usando séries temporais de taxas de precipitação derivadas de dados de radar meteorológico. Um aspecto inovador é a fase de treinamento da rede, que é realizada usando apenas imagens correspondentes a eventos de chuvas intensas e muito intensas na área de estudo considerada.
Os autores utilizam um método de ajuste desenvolvido no Brasil e usado como fator de correção para melhorar as previsões. A região de estudo está localizada no Brasil (cidade de Campinas, estado de São Paulo), que é caracterizada por muitos eventos extremos de precipitação.
“No trabalho futuro, prevê-se empregar processamento de GPU e também incluir a implementação de esquemas de conjunto que consistem em gerar não uma, mas várias previsões” afirma o pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos.
A publicação científica premiada está disponibilizada na íntegra, pelo link:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2666544122000211
Fonte: Ascom/Cemaden (M.O.)
Cemaden/MCTI desenvolve sistema inovador para aprimorar a qualidade da previsão de risco de deslizamento de terra
O GeoRisk - novo sistema desenvolvido pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- foi lançado nesta segunda-feira (17), na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP), com a presença da ministra do MCTI, Luciana Santos e do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho,
O sistema tem como objetivo aprimorar a capacidade de previsão e monitoramento de deslizamentos de terra, oferecendo alertas com até 72 horas de antecedência, o que representa um avanço significativo em relação às previsões anteriores, que eram feitas com 24 horas de antecedência. O sistema também contribui como suporte à tomada de decisão de envio de alertas e na elaboração do Boletim de Previsão de Riscos Geo-Hidrológicos, disponibilizado diariamente no site do Cemaden.
"Lançar este novo sistema, que aprimora a qualidade das previsões de risco de deslizamentos, nos coloca na vanguarda da antecipação de riscos. Trata-se de uma ferramenta inovadora, com o potencial de salvar vidas e evitar perdas materiais", afirmou a ministra do MCTI, Luciana Santos, destacando a necessidade de ações integradas para mitigar os eventos climáticos extremos.
“Investir em ciência e inovação se faz necessário para a resiliência e prevenção de desastres, evitando perdas de vidas. Reconstruir é mais oneroso do que prevenir.”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho.
Na abertura do evento de lançamento do GeoRisk, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, destacou que foi um esforço coletivo, nos últimos cinco anos, para o desenvolvimento do projeto, concebido para subsidiar os alertas de riscos de deslizamentos. “Deslizamento de terra é a tipologia de desastre que mais mata no território brasileiro”. Ressaltou, também, a satisfação de entregar o sistema GeoRisk dois anos antes do previsto, dentro do cronograma do Plano Plurianual.
O coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden, Marcelo Seluchi, salientou sobre o trabalho difícil de monitoramento de um país continental como o Brasil, onde existem dezenas de milhares de áreas de risco de deslizamentos, além da quantidade de bacias e microbacias hidrográficas. “O monitoramento ininterrupto e feito com equipes de quatro pessoas, que se revezam em turnos, não é uma operação mecânica”, enfatiza Seluchi. Explica que os profissionais da Sala de Situação do Cemaden são de diversas áreas de conhecimento, 70% são doutores, outros têm Mestrado e 10% está cursando o doutorado. Elaboram, também, trabalhos de pesquisa, publicações e artigos científicos, lideram projetos de pesquisas nacional e internacional. “O sistema GeoRisk foi um modelo de esforço conjunto, de baixíssimo custo, que nos coloca em outro patamar. A previsão de risco de deslizamentos está no novo ciclo, nos esforços de salvar vidas”, ressalta Seluchi.
O vice-prefeito de São José dos Campos, cel. Wilker Lopes, representando o prefeito Anderson Farias, enfatiza que o município foca a resiliência e sustentabilidade, parabenizando os profissionais qualificados do Cemaden, que desenvolvem e aplicam a ciência e tecnologia para o benefício imediato da população.
O secretário de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Osvaldo Moraes-ex-diretor do Cemaden, onde foi gestor por oito anos- destacou a capacidade e qualificação dos recursos humanos do Cemaden: “O Cemaden tem a missão de entregar produtos diariamente à sociedade brasileira, tornando a ciência algo concreto e acessível com resultados perceptíveis no dia a dia. É uma instituição dedicada a salvar vidas, especialmente das populações mais vulneráveis do país.”
Metodologia e tecnologia inovadora do GeoRisk
Com a geração antecipada das previsões de risco de deslizamentos geradas pelo GeoRisk, é possível emitir alertas de deslizamentos de terra em até 72 horas de antecedência (sem essa ferramenta, a previsão era de 24 horas).
O GeoRisk utiliza dados de diferentes modelos meteorológicos, informações ambientais e históricos de desastres para fornecer previsões de risco em cinco níveis (muito baixo, baixo, moderado, alto, muito alto). A combinação de múltiplos modelos de previsões numéricas de tempo e o uso de "limiares críticos de precipitação" constitui uma abordagem complexa e pouco aplicada globalmente, o que determina o caráter inovador do sistema. Dados de várias fontes, incluindo pesquisas científicas conduzidas no próprio Cemaden, além de parcerias e análises estatísticas, também são considerados, visando gerar um índice de risco mais preciso e confiável.
Desde o início dos testes, foi possível detectar 90% dos principais desastres relacionados a deslizamentos de terra, com exceção daqueles que foram derivados de chuvas muito localizadas e imprevisíveis por qualquer modelo de previsão numérica de tempo.
Desenvolvido desde 2019, o sistema GeoRisk se destaca pela capacidade de fornecer previsões com até três dias de antecedência, o que aumenta a taxa de detecção de desastres e a precisão dos alertas de risco de deslizamentos.
O GeoRisk é calibrado para oferecer resultados tanto em nível regional quanto municipal. Atualmente, o Cemaden monitora 1.133 municípios, dos quais 1.083 já possuem limiares de risco específicos identificados. Para os demais municípios, o Cemaden adota um limiar padrão de 250 mm de precipitação para o limiar de risco de deslizamentos.
Capacidade de previsão
O GeoRisk é capaz de gerar previsões mais precisas e antecipadas sobre riscos de deslizamentos de terra, utilizando modelos numéricos de previsão meteorológica, dados históricos de chuva e limiares críticos de precipitação previamente definidos. Isso garante análises robustas e confiáveis, oferecendo suporte mais eficiente às autoridades na elaboração de alertas para a população.
Entre os resultados do novo sistema, destaca-se um aumento de 13% na taxa de detecção de ocorrências de deslizamentos e de 15% na taxa de acerto das análises de risco, quando comparado com os métodos tradicionais. Esses índices melhorados refletem a maior precisão e efetividade do GeoRisk na identificação de riscos e na elaboração de alertas mais confiáveis. O sistema GeoRisk consegue, de forma automática, um desempenho equivalente, ou superior, ao das previsões feitas pela equipe da Sala de Situação de maneira tradicional.
A destreza do sistema foi avaliada e aprimorada nos últimos três verões, comparando os resultados do índice de risco com ocorrências registradas, aliadas a técnicas estatísticas e de calibração, incluindo testes preliminares por machine learning. Atualmente, o sistema utiliza entre 15 e 25 previsões meteorológicas diferentes, providas por diversos modelos numéricos, as quais foram calibradas individualmente.
Perspectivas de implementação do sistema GeoRisk
“Aliado ao conhecimento, experiência e competência dos especialistas da Sala de Situação do Cemaden, espera-se que, no futuro imediato, a implementação do GeoRisk possibilite o envio de alertas ainda mais precisos e antecipados para os municípios monitorados, oferecendo uma previsão de risco de deslizamentos para todas as regiões do Brasil”, afirma Pedro Camarinha, coordenador do projeto. “Trata-se de um sistema totalmente inovador que, muito provavelmente, irá determinar um marco histórico no difícil processo de proteger as vidas humanas em situações de deslizamentos de terra.”, finaliza o pesquisador do Cemaden.
Para a ministra do MCTI, “o lançamento do GeoRisk comprova que o Cemaden é muito mais do que uma instituição de caráter operacional. O Cemaden é uma instituição de pesquisa que combina avanços no nosso desenvolvimento científico com o lado operacional. E isso é fruto do trabalho de uma equipe multidisciplinar e altamente qualificada”.
Instituições presentes no evento
O evento de lançamento do GeoRisk também contou a presença de Jeferson Cheriegate, Presidente do Parque de Inovação Tecnológica (PIT)- de São José dos Campos; de Carlos Nobre, climatologista,pesquisador da USP, ex-diretor do Cemaden e idealizador da criação do Centro; de Fábio Borges de Oliveira, diretor do LNCC/MCTI; Alberto Rodriguez Ardila, vice-diretor do LNA/MCTI; Clézio De Nardin, diretor do INPE/MCTI; Juliana Daguana, diretora do CTI Renato ArcherMCTI; Wilson Aparecido Parejo, diretor do CNEN/MCTI; Marcio Rangel, diretor do MAST/MCTI; da Major Michele César, diretora da Divisão de Resposta da Defesa Civil do Estado de SP; do professor e diretor da Unesp, César Rogério Pucci; Ivone Batista, diretora de Geociências do IBGE; Fernando Moraes Santos, presidente do Sindicato ds Servidores Públicos Federais da área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial; José Benedito da Silva, Chefe da Defesa Civil de São José dos Campos; representantes instituições públicas e privadas, Defesas Civis e representantes das prefeituras da região.
O evento de lançamento e a explicação sobre GeoRisk foi transmitido pelo Canal YouTube Reunião de Impactos do Cemaden e está disponibilizado na íntegra pelo link :
https://www.youtube.com/watch?v=3huXSEXnX_E
Fonte: Ascom/Cemaden (M.R.O.)
- Abertura do evento de lançamento do GeoRisk, feito pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá (Foto MRO-Ascom/Cemaden)
- Lançamento do GeoRisk- apresentação do coordenador-geral do Cemaden, Marcelo Seluchi e do coordenador do projeto, pesquisador e especialista em geodinâmica, Pedro Camarinha(Foto MRO-Ascom-Cemaden)
- Lançamento do GeoRisk -Pesquisador do Cemaden, Pedro Camarinha apresenta a metodologia e o sistema de previsão de risco de deslizamentos de terra (Foto Rodrigo Cabral- Ascom-MCTI
- GeoRisk – Pesquisador do Cemaden, Pedro Camarinha, faz a apresentação do sistema de previsão de deslizamentos de terra, mostrando as instituições parceiras que fornecem os dados e informações para o sistema GeoRisk (Foto:Rodrigo Cabral- Ascom-MCTI)
- GeoRisk - Pedro Camarinha (à direita) apresenta a equipe de pesquisadores do Cemaden que desenvolveram o sistema de previsão de risco de deslizamentos de terra (GeoRisk)(Foto Rodrigo Cabral-Ascom--MCTI)
- Lançamento do GeoRisk -Auditório do Cemaden(Foto Rodrigo Cabral-Ascom-MCTI)
- Auditório do Cemaden no lançamento do sistema de previsão de deslizamentos de terra (GeoRisk) com a presença da ministra do MCTI, Luciana Santos.(Foto Rodrigo Cabral-Ascom-MCTI)
- GeoRisk- Auditório do Cemaden no lançamento do GeoRisk- sistema de previsão de deslizamentos de terra (Foto M.Andrade-Cemaden)
- Sala de Situação do Cemaden - Da esq. para a dir.: Fabio Borges de Oliveira, diretor do LNCC; Alberto Rodriguez Ardila, vice-diretor do LNA; Clézio De Nardin, diretor do INPE; Juliana Daguana, diretora do CTI Renato Archer; Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden; Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação; Jader Barbalho Filho, ministro de Cidades; Regina Alvalá, diretora do Cemaden; Wilson Aparecido Parejo, diretor do CNEN; Marcio Rangel, diretor do MAST(Foto :Rodrigo Cabral- Ascom-MCTI)
Workshop internacional discute seca e calor extremo no Brasil e seus impactos
O Workshop de Atribuição de Eventos Extremos e seus Impactos - realizado no Campus I do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), localizado em Manaus(AM) - reuniu 18 especialistas nacionais e internacionais para debater a seca e o calor extremo que afetaram o Norte e o Centro-Oeste do país entre 2023 e 2024.
O evento integra o projeto Climate Science for Service Partnerships (CSSP- Brazil)-(Parceria Ciência para Serviços Climáticos Brasil -CSSP-Brasil) e foi organizado pelas instituições: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA-MCTI), Universidade Estadual da Amazônia (UEA), Universidade de Oxford (Reino Unido) e pelo MetOffice (instituto meterológico do Reino Unido).
Durante o período de 27 de janeiro a 06 de fevereiro de 2025, os especialistas e jovens pesquisadores debateram sobre a frequência, magnitude da seca e do calor extremo, bem como as influências das mudanças climáticas nas regiões Norte e Centro-Oeste e seus impactos.
A pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson - especialista em risco e impactos de incêndios na vegetação e coordenadora do workshop - afirma: “Foi um marco na busca por respostas científicas sobre a influência das mudanças climáticas na seca e calor extremo em 2023/2024 que vivenciamos. Pudemos explorar uma série de impactos socioeconômico e ecológicos que ocorreram na Amazônia, diretamente de Manaus, junto aos colegas da região Norte do país”.
O workshop teve a participação de pesquisadores(as) das instituições: Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia – (CENSIPAM), Instituto Federal do Amazonas, Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas, Universidades Federais do Amazonas (UFAM), do Pará (UFPA) e do Ceará (UFC) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Sobre o CSSP/Brasil - Parceria Ciência para Serviços Climáticos Brasil
Lançado em 2016, CSSP é um programa de pesquisa climática que visa desenvolver modelos científicos conjuntos para análise de mudanças climáticas. O acordo bilateral de parcerias científicas para estudos climáticos é financiado pelo governo do Reino Unido, pelo Fundo Newton, e do Brasil, por meio de parceria entre o UK Met Office Hadley Centre e três institutos subordinados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI): o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Os parceiros acadêmicos do Reino Unido incluem o Centro de Ecologia e Hidrologia, a Universidade de Edinburgh, a Universidade de Exeter, a Universidade de Leeds, a Universidade de Oxford e a Universidade de Reading.
As principais áreas de pesquisa do programa são: Ecossistemas brasileiros e o ciclo do carbono; Modelagem climática; Impactos climáticos e redução de riscos de desastres; Previsões de probabilidade de incêndio sazonal.
Encontros e pesquisas já realizadas pelo CSSP-Brasil
Junho de 2017 - Na reunião, foram apresentados diversos trabalhos científicos realizados no primeiro ano, desde o Acordo de Colaboração, firmado em dezembro de 2016, entre as instituições do Brasil e do Reino Unido. Foram discutidos os resultados das pesquisas sobre o clima, impactos climáticos, redução de riscos de desastres e as modelagens aplicadas nos estudos e análises climáticas, trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores brasileiros e britânicos.
Janeiro 2018 - As reuniões entre os cientistas do UK Met Office e do Cemaden resultaram na identificação de oportunidades de colaboração contínua nos estudos sobre atribuição de eventos operacionais e no aperfeiçoamento do modelo de representação da inundação de zonas úmidas na superfície terrestre. Foram, também, discutidas as projeções de risco de inundação no Brasil, além do potencial reconhecimento de causas resultantes da intervenção humana em eventos extremos. Definiram, também, estabelecer um plano de pesquisa para avaliar as causas da seca dos últimos seis anos na Região Nordeste do Brasil, e sobre a segurança hídrica nacional.
Dezembro 2020- pesquisa sobre as chuvas extremas ocorridas no final de janeiro de 2020, no Estado de Minas Gerais – afetando mais de 100 municípios, causando mortes e graves impactos socioeconômicos. Nos estudos realizados sobre o evento das chuvas extremas em Minas Gerais, um grupo se concentrou em avaliar a influência das mudanças climáticas nas chuvas e outro grupo em quantificar os impactos. O workshop foi realizado, virtualmente, como parte do Projeto AFLAME (Attributing Amazon Forest fires from Land-use Alteration and Meteorological Extremes)
Junho 2022 -O workshop anual do Climate Science for Service Partnership (CSSP) Brazil ocorreu de forma híbrida, com participantes presenciais em São José dos Campos e participação virtual de pesquisadores em Manaus e no Reino Unido. Teve a participação dos diretores das instituições nacionais e internacionais do CSSP, avaliando e apresentando as pesquisas até então realizadas.
Novembro 2023 - Durante uma semana, pesquisadores do Cemaden, Acre e Reino Unido analisaram os eventos ocorridos no Acre, no período de 2020 a 2022, para identificar se tais eventos tiveram sua ocorrência ou intensidade agravados pelas mudanças climáticas e quantificar os impactos socioambientais. O objetivo foi realizar estudos e análises dos impactos e eventos climáticos ocorridos no estado do Acre, entre o período de 2020 e 2021, bem como gerar evidências para planejamento estratégico e caminhos de adaptação frente à emergência climática.
Fevereiro 2024 - O objetivo do evento foi realizar estudos e análises dos impactos e eventos climáticos ocorridos no estado do Acre, entre o período de 2020-2023. Os resultados visam gerar evidências para planejamento estratégico e caminhos de adaptação frente à emergência climática que vivemos, possibilitando fornecer subsídios para elaboração de políticas públicas de prevenção e diminuição dos impactos socioambientais.
VIEWpoint Brasil: compartilhamento das pesquisas do CSSP
O VIEWpoint Brasil compartilha recursos para profissionais que tomam decisões relacionadas às mudanças climáticas por meio de demos, vídeos, notas explicativas, notas informativas e artigos em linguagem acessível. Os recursos são baseados no trabalho do projeto de pesquisa Parceria Ciência para Serviços Climáticos (CSSP, na sigla em inglês) Brasil, apoiado pelo Newton Fund do governo do Reino Unido. Produz conteúdo científico colaborativo fundamental para o desenvolvimento de serviços climáticos, que apoiam o desenvolvimento econômico resiliente ao clima e o bem-estar social.
O VIEWpoint Brasil é oferecido pelo Instituto para Análises Ambientais (IEA, em inglês), com sede na Universidade de Reading, Reino Unido.
Fonte: Ascom/Cemaden (M.O.)
No próximo dia 17, será o lançamento do GeoRisk com a presença da ministra do MCTI no Cemaden
O evento de lançamento do GeoRisk - Sistema de Previsão de Risco de Deslizamentos de Terra – ocorrerá no Auditório da sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), na próxima segunda-feira, dia 17 de fevereiro, às 14 horas.
O evento contará com a presença da ministra do MCTI, Luciana Santos e do ministro Waldez Góes (MIDR).
Aviso de Pauta
Evento: Lançamento do GeoRisk – Sistema de Previsão de Risco de Deslizamentos de Terra
Dia : 17 de fevereiro de 2025 (segunda-feira)
Horário: 14 horas
Local : Auditório do Cemaden – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
Endereço: Estrada Dr. Altino Bondensan, 500 -Distrito Eugênio de Melo
Parque de Inovação Tecnológica
São José dos Campos (SP)
Presença : Ministra Luciana Santos (MCTI) e Ministro Waldez Góes (MIDR) e autoridades institucionais.
Link para confirmar presença: https://forms.gle/pMk6dsf4vUERcwfG7
Ascom/Cemaden-MCTI (M.O.)
Cemaden realiza pesquisa de campo e workshop em MG sobre estratégias de preparação para eventos extremos
O workshop gratuito “Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (Projeto Cope)” - organizado pelo sociólogo e pesquisador Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - reuniu representantes de diversas secretarias municipais, concessionárias de serviços públicos, além de moradores(as) do município de Cataguases (MG).
Com a parceria da Prefeitura de Cataguases, o evento foi realizado na sede da prefeitura, no dia 11 de dezembro de 2024. Foram compartilhados alguns resultados preliminares do Projeto COPE, como a publicação do e-book gratuito, além de coletar novos dados e sugestões para o projeto.
“O objetivo foi discutir junto com as autoridades e sociedade local sobre as estratégias de se preparar melhor para os eventos extremos de tempo e clima, como chuvas intensas, ondas de calor, secas e inundações extremas. Compartilhamos alguns resultados preliminares do Projeto COPE. Também percorremos vários bairros e distritos de Cataguases/MG para realizar entrevistas em profundidade com moradores(as)”, explica Marchezini.
Projeto COPE e atividades de pesquisa de campo
O Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE) tem integrado atividades de ensino, pesquisa e extensão com o objetivo de subsidiar a implementação de políticas públicas de preparação para eventos extremos. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) (processo 2022/02891-9), o COPE terá a duração de mais quatro anos, com vigência no período de 01 de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2028.
Marchezini, que é professor do Programa de Pós-Graduação em Desastres (PGDN/ICT-Unesp/Cemaden e do Programa de Pós-graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE), tem envolvido discentes da pós-graduação, gestores(as) públicos e representantes da sociedade civil no desenvolvimento de métodos e abordagens inter-(entre as ciências) e transdisciplinares (entre cientistas e não-cientistas) para subsidiar a formulação de sistemas de alerta centrados nas pessoas. “Em Cataguases/MG ouvimos gestores(as) públicos e percorremos diversos bairros para aplicar questionários e conduzir entrevistas em profundidade a fim de ouvir as pessoas”, explica o sociólogo.
Da pesquisa de campo participaram as doutorandas Monique Polera (bolsista Fapesp, processo 2024/03072-7) e Karolina Gameiro, da PGCST/INPE, e o pesquisador Adriano Mota Ferreira, egresso da PGDN/ICT-Unesp/Cemaden, que é bolsista Fapesp no Projeto COPE (processo 2023/16922-6).
Do Cemaden, além do coordenador Victor Marchezini, participam do projeto os pesquisadores Giovanni Dolif, José Marengo, Luciana Londe e Silvia Saito, e os tecnologistas Caroline Mourão e Tulius Dias Nery, especialistas da Sala de Situação do Cemaden.
O projeto conta ainda com a participação das professoras Gabriela Lotta (FGV), Tatiana Sussel Mendes (ICT/Unesp), Giselly Rodrigues Gomes (Instituto dos Cegos do Estado do Mato Grosso), de João Porto de Albuquerque (Universidade de Glasgow), e de Reinaldo Soares Estelles (Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil). Há também a participação de doutorandos(as) e mestrandos(as) do PGDN-ICT/Unesp-Cemaden e PGCST/INPE. Ao longo do projeto são previstas atividades voltadas a organizações públicas, ONGs e outras organizações interessadas.
PROGRAMAÇÃO DO PROJETO COPE* EM CATAGUASES-MG
11/12/2024
09:00-10:00| O que é o Projeto COPE? Resultados preliminares
Participantes: Victor Marchezini (Cemaden/MCTI), Monique Sampaio (PGCST-INPE), Karolina Gameiro (PGCST-INPE) e Adriano Mota Ferreira (Cemaden/MCTI)
10:00-12:00: Café Mundial I - Como podemos nos preparar melhor para eventos extremos?
12:00-14:00: Almoço
14:00-16:00: Café Mundial II - Como podemos nos preparar melhor para eventos extremos?
As novidades do Projeto COPE podem ser acompanhadas pelo Instagram: @projetocope (https://www.instagram.com/projetocope/)
Fonte: Ascom/Cemaden (M.O.)
Defesas Civis do RJ recebem treinamento do Cemaden/MCTI sobre dados das PCDs Geo e o sistema de monitoramento de riscos de deslizamentos
Um treinamento técnico-científico foi realizado com os integrantes de coordenações regionais e Defesas Civis do Rio de Janeiro, dos municípios da região serrana– para aprofundar os conhecimentos e interpretação de dados de chuva e umidade de solo em tempo real, obtidos pelos dados gerados nas Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicas, em relação ao monitoramento e prevenção de movimentos de massa e deslizamentos.
Realizado entre os dias 21 e 23 de Janeiro de 2025, o treinamento em campo foi coordenado pelo pesquisador do Cemaden/MCTI, geólogo Daniel Metodiev, direcionado aos membros das Defesas Civis Municipais de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis; às Regionais das Defesas Civis do Estado de Rio de Janeiro e ao Cemaden/RJ. A proposta e organização foi feita pelo Cemaden/RJ, coordenado pelo Diretor Cel Alexander Anthony Barrera.
As Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicas - instaladas nas áreas de risco de deslizamentos - integram a rede observacional do Cemaden/MCTI e fazem parte do Projeto Rede de Monitoramento Ambiental de Desastres Naturais (Remaden).
As atividades incluíram vistorias em todos os equipamentos da rede observacional geotécnica do Cemaden/MCTI, instalados na Região Serrana do Rio de Janeiro. Também houve treinamentos demonstrativos de manutenção básica da PCD Geo, que inclui um conjunto de pluviômetro automático, uma sonda com sensores para monitoramento do teor de umidade volumétrico até três metros de profundidade.
Reunião entre Cemaden/MCTI e Cemaden/RJ em novembro-2024
Focado no sistema de alerta antecipado de movimentos de massa na região serrana do Rio de Janeiro, esse treinamento foi o resultado do acerto da proposta de cooperação técnica-científica, durante a reunião entre instituições, realizada em novembro do ano passado, na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia (MCTI) – com os representantes do Centro Estadual de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/RJ).
A visita contou com quatro representantes do Cemaden/RJ, entre eles, o diretor Tenente-Coronel Alexander Anthony Barreira e o subdiretor Capitão Thiago de Souza Rodrigues. Do Cemaden, participaram a diretora substituta, Regina Alvalá, o coordenador-geral de Operações e Modelagem, Marcelo Seluchi e os tecnologistas da Sala de Operação Pedro Camarinha e Claudia Linhares, além do pesquisador em Geodinâmica, Daniel Metodiev. A organização da visita foi feita pela Analista em C&T da Coordenação de Relações Institucionais, Selma Flores.
Projeto RedeGeo do Cemaden
A Rede de Monitoramento Geotécnico (RedeGeo) é um projeto da Rede de Monitoramento Ambiental de Desastres Naturais (Remaden) do Cemaden/MCTI, financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do MCTI) e executado pela Funcate (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais) e Cemaden/MCTI. A PCD Geo é um equipamento, exclusivamente, instalado em áreas localizadas em encostas antropizadas (áreas alteradas), suscetíveis de deslizamentos, com vasto histórico de ocorrências, bem como em encostas naturais com fortes indícios de processos ativos de movimentos de massa.
Desde o ano de 2019, já foram instaladas 115 PCDs Geo em áreas de risco com vasto histórico de ocorrências de movimento de massa no Brasil nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, nos municípios de Blumenau (SC); Olinda, Recife, Jaboatão do Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Camaragibe (Pernambuco); Salvador (BA); na Baixada Santista no Estado de São Paulo (Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande); no Grande ABC paulista (Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Mauá); na região serrana de Campos do Jordão (SP), região serrana de Angra dos Reis , Petrópolis e Nova Friburgo (RJ) e, em breve, novas instalações no Rio Grande do Sul.
Fonte: Ascom/Cemaden (MO)
- Treinamento da Rede Geo do Cemaden/MCTI com Defesas Civis da Região Serrana do RJ.
- Equipes das Defesas Civis no Morro da Tartaruga, Teresópolis (RJ). Foto: Antônio Marcos Panquestor -DC de Teresópolis.
- Equipes das Defesas Civis no Morro da Tartaruga, Teresópolis (RJ) Foto Rafael Gois de DC de Estado de Rio de Janeiro.(RJ)
- Equipes na frente da sede Defesa Civil de Petrópolis (RJ). Foto DC de Petrópolis
- Último dia de treinamento na encosta em Petrópolis (RJ). Foto DC de Petrópolis
Pesquisadores(as) do Cemaden publicam estudos sobre dignidade hídrica e sanitária no contexto cotidiano e de desastres
Pesquisadores(as) do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – acabam de publicar um estudo no ebook gratuito “Dignidade hídrica e sanitária: desafios no contexto cotidiano e de desastres”, organizado por Norma Valencio, Gabriel Gomes de Carvalho e Kayane Lenzing Barbosa, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O estudo dos pesquisadores(as) do Cemaden, intitulado Fatores de risco, condições inseguras e cidades médias: olhar interdisciplinar por meio da Investigação Forense em Desastres”, discute alguns resultados da tese de Adriano Mota Ferreira - egresso do curso de doutorado na PGDN/ICT-Unesp/Cemaden e atualmente bolsista Fapesp (processo 2023/16922-6) no Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE) - que também tem apoio da Fapesp (processo 2022/02891-9). A pesquisa liderada por Ferreira teve a participação de Victor Marchezini, sociólogo no Cemaden/MCTI, e de Tatiana Sussel Gonçalves Mendes, docente do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden).
Investigação Forense de Desastres
As investigações forenses em desastres compreendem os desastres como processos e não como um evento pontual. A abordagem analisa as causas básicas da vulnerabilidade (como a desigualdade social), as pressões dinâmicas ou fatores de risco que as intensificam (especulação imobiliária, corrupção) e as ameaças (chuvas intensas, inundações, secas) que se acumulam e colocam em risco as pessoas que vivem em condições inseguras e com meios de vida frágeis, como moradias em áreas suscetíveis a deslizamentos e sem saneamento básico, acesso à água e outros direitos básicos.
Em artigo anterior, Ferreira e coautores analisaram 156 publicações científicas e identificaram que somente 11 adotaram as metodologias forenses em desastres. A pesquisa identificou, também, a necessidade de maior envolvimento e participação social ativa nas investigações forenses de desastres.
No novo capítulo, intitulado “Fatores de risco, condições inseguras e cidades médias: olhar interdisciplinar por meio da Investigação Forense em Desastres”, Ferreira supre essa lacuna sobre a falta de abordagens participativas nas investigações forenses de desastres. A partir do estudo de caso de Poços de Caldas/MG, foram utilizados métodos quantitativos e qualitativos para aprofundar a compreensão das relações entre histórico de desastres, dinâmicas de uso e ocupação do território e mecanismos de planejamento urbano. Ferreira sugere, também, uma nova abordagem de participação social em subsídio às investigações forenses em desastres via métodos participativos e diferentes cartografias, com envolvimento de diferentes grupos sociais a nível local.
Marchezini, que é um dos coautores do estudo e coordenador do Projeto COPE, destaca que a metodologia desenvolvida no estudo de Ferreira já tem sido trabalhada nas atividades de ensino, pesquisa e extensão do Projeto COPE, a fim de subsidiar a implementação de políticas públicas de preparação para eventos extremos.
Instituições participantes do ebook
O ebook “Dignidade hídrica e sanitária: desafios no contexto cotidiano e de desastres” tem a participação de cientistas de diferentes áreas do conhecimento e de diferentes organizações. Além do Cemaden/MCTI, participam a Universidade de Manchester, a Fiocruz-MG, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Rede de Cuidados em Psicologia das Emergências e Desastres da Região Serrana do Rio de Janeiro, além da Secretaria de Saúde do município de Petrópolis.
Para Norma Valencio, professora sênior junto ao Departamento e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UFSCar, o ebook é publicado em um momento crucial. A professora - que estuda o tema de desastres há quase 25 anos - considera imperioso propiciar espaços de encontro entre diferentes olhares institucionais, disciplinares e experiências profissionais sobre o tema dos desastres, tal como foi possível na referida coletânea, a fim de que cesse o estranhamento mútuo. Considera que, assim, pode ser alcançada de forma mais rápida a apreensão de aspectos complexos e multifacetados, relacionados ao desafio de proteção à dignidade humana, neste contexto socioambientalmente crítico.
Lançamento da versão impressa do livro e inscrições para oficinas
A versão impressa do ebook será lançada durante a VIII Jornada de Gestão e Análise Ambiental e I Simpósio de Ciências Ambientais, a ocorrer de 22 a 24 de abril de 2025, na UFSCar. Interessados(as) em submeter trabalhos científicos e participar das oficinas nesses eventos podem se inscrever no site: https://sicamjogaam2025.faiufscar.com/#/
Para acessar o ebook gratuito: doi.org/10.55333/rima-978-65-84811-84-3
Fonte: Ascom/Cemaden (MO)
Cemaden realiza pesquisa e discute estratégias para preparação aos eventos extremos na região serrana do RJ
Com o objetivo de compartilhar informações, discutir sobre preparação aos eventos extremos e ampliar a pesquisa na região serrana do estado do Rio de Janeiro, o pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Instituto Friburgo Solidário, organizou um workshop gratuito dentro do Projeto COPE “Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos”, realizado na sede do Centro Administrativo da Prefeitura de Nova Friburgo (RJ), no dia 06 de dezembro de 2024.
O workshop reuniu representantes do Ministério Público, de defesas civis, da assistência social, da saúde, da educação, do planejamento urbano e da sociedade civil organizada, de Nova Friburgo e municípios da região serrana do Rio de Janeiro. Durante o evento, foram compartilhados alguns resultados preliminares do Projeto COPE, como a publicação do e-book gratuito, além de coletar novos dados e sugestões ao projeto.
“O objetivo foi discutir junto com as autoridades e sociedade local sobre as estratégias de se preparar melhor para os eventos extremos na região serrana. Compartilhamos alguns resultados preliminares do Projeto COPE e também percorremos vários bairros e distritos de Nova Friburgo/RJ para realizar entrevistas em profundidade com moradores(as)”, explica Marchezini, pesquisador do Cemaden e coordenador do Projeto COPE.
Projeto COPE e atividades de pesquisa de campo
O Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE) tem integrado atividades de ensino, pesquisa e extensão, com o objetivo de subsidiar a implementação de políticas públicas de preparação para eventos extremos. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) (processo 2022/02891-9), o COPE terá a duração de mais quatro anos, com vigência no período de 01 de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2028.
Marchezini, que é professor do Programa de Pós-Graduação em Desastres (PGDN/ICT-Unesp/Cemaden e do Programa de Pós-graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE), envolve discentes da pós-graduação e os sobreviventes de desastres para o desenvolvimento de métodos e abordagens inter-(entre as ciências) e transdisciplinares (entre cientistas e não-cientistas). “Em Nova Friburgo/RJ ouvimos gestores(as) públicos e percorremos diversos bairros para aplicar questionários e conduzir entrevistas em profundidade a fim de ouvir as pessoas”, explica o sociólogo.
Da pesquisa de campo participaram as doutorandas Monique Polera (bolsista Fapesp, processo 2024/03072-7) e Karolina Gameiro (bolsista Capes), da PGCST/INPE, e o mestrando André Cotting, da PGDN/ICT-Unesp/Cemaden, que é bolsista Fapesp no Projeto COPE (processo 2024/00164-8).
Do Cemaden, além do coordenador Victor Marchezini, participam do projeto os pesquisadores Giovanni Dolif, José Marengo, Luciana Londe e Silvia Saito, e os tecnologistas Caroline Mourão e Tulius Dias Nery, especialistas da Sala de Situação do Cemaden. O projeto conta ainda com a participação das professoras Gabriela Lotta (FGV), Tatiana Sussel Mendes (ICT/Unesp), Giselly Rodrigues Gomes (Instituto dos Cegos do Estado do Mato Grosso), de João Porto de Albuquerque (Universidade de Glasgow), e de Reinaldo Soares Estelles (Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil). Há também a participação de doutorandos(as) e mestrandos(as) do PGDN-ICT/Unesp-Cemaden e PGCST/INPE. Ao longo do projeto são previstas atividades voltadas a organizações públicas, ONGs e outras organizações interessadas.
Acompanhe as novidades do Projeto COPE no Instagram: @projetocope (https://www.instagram.com/projetocope/)
PROGRAMAÇÃO DO PROJETO COPE*EM NOVA FRIBURGO-RJ
06/12/2024
09:00-09:30| Mesa de Abertura
Participantes: Dra. Denise Tarin (MP-RJ); Cemaden/RJ, Prefeitura de Nova Friburgo e Luiz Cláudio Rosa (Instituto Friburgo Solidário)
09:30-10:00| O que é o Projeto COPE? Resultados preliminares
Participantes: Victor Marchezini (Cemaden/MCTI), Monique Sampaio (PGCST-INPE), Karolina Gameiro (PGCST-INPE) e André Cotting (PGDN-ICT/Unesp-Cemaden)
10:00-12:00: Mesa redonda: “Eventos extremos e os desafios da intersetorialidade na gestão pública municipal”
Participantes: Secretaria Municipal de Defesa Civil, Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Meio Ambiente
12:00-14:00: Almoço
14:00-16:00: Café Mundial - Como podemos nos preparar melhor para eventos extremos?
Fonte: Ascom/Cemaden (MO)
- Doutorandas do Projeto COPE entrevistam sobrevivente da catástrofe de 2011 em Nova Friburgo/RJ (Foto: Victor Marchezini/Projeto COPE Cemaden).
Cemaden lança licitação para contratação de serviço de vigilância patrimonial
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - localizado no Parque de Inovação Tecnológica da cidade de São José dos Campos (SP) - lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, que visa a contratação de serviço de Vigilância Patrimonial ostensiva e uniformizada para atuar na sede do Cemaden. Esse serviço será executado com regime de dedicação exclusiva de mão-de-obra para atender as necessidades operacionais do Cemaden. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 22/01/2025.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 90001/2025 pode ser retirado a partir de 22/01/2025 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 22/01/2025 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 05/02/2025 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Rede Clima divulga primeiro vídeo da série Ciência Compartilhada
A Rede Clima divulgou esta semana o primeiro episódio da série de vídeos “Ciência Compartilhada Rede Clima”. O tema de abertura, apresentado pelos pesquisadores Marcel Bursztyn e Saulo Rodrigues Filho, foram os objetivos e os resultados do Projeto Integrativo Segurança Socioambiental (PI-SSA), desenvolvido no âmbito da Rede Clima.
O PI-SSA teve por objetivo produzir conhecimentos voltados à formulação e implementação de estratégias de ação pública para assegurar a promoção da resiliência de sistemas sociais e ambientais na região do Submédio Curso do Rio São Francisco, explorando as questões de vulnerabilidade e adaptação em um contexto de transição climática, processos de desertificação e escassez de recursos. Baseou-se nos três pilares fundamentais que compõem a abordagem Nexus: Água-Energia-Alimento, complementados pelo entendimento das interconexões entre as seguranças hídrica, energética e alimentar com uma quarta dimensão transversal às demais - a segurança socioambiental, representada pelo Nexus+.
Ressalta-se a importância do conhecimento e dos aprendizados trazidos por comunidades tradicionais, entre indígenas, comunidades de fundo de pasto, catadores, agricultores familiares e assentados, sobretudo na identificação de estratégias bottom-up para identificar estratégias e políticas capazes de promover capacidades e resiliência socioambiental.
Acesse o PDF da publicação Segurança Socioambiental: Submédio Curso do Rio São Francisco:
Cemaden Educação premia os destaques na mobilização da Campanha #AprenderParaPrevenir e anuncia Curso On-line para 2025
Fundamentada no tema “Com-Ciência de Riscos: saber que transforma!”, a Campanha #AprenderParaPrevenir, fez a premiação, na última quinta-feira (5), dos destaques nas iniciativas de mobilização e inovação inscritas. A campanha foi promovida pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Conforme explicou a equipe do Cemaden Educação, durante a transmissão on-line pelo Canal Youtube do Cemaden Educação, a premiação não visa a competição entre os inscritos, mas sim a de compartilhar os conhecimentos, ações e mobilizações entre todos os participantes, de todas as regiões do Brasil.
”A Campanha #AprenderParaPrevenir foi a forma encontrada para mobilizar a sociedade brasileira na reflexão e ação diante dos desastres socioambientais”, destaca a pesquisadora e coordenadora do Cemaden Educação, Rachel Trajber e complementa: “Compartilhar conhecimentos, ações e mobilizações tornam-se transformadores na cultura de percepção e prevenção de riscos de desastres socioambientais”. Destacou, também, que os riscos vêm aumentando no planeta, tanto na frequência, como na intensidade dos extremos climáticos. “É transformador o compartilhamento e fortalecimento das ações e dos saberes das comunidades”.
Premiação
Na Campanha deste ano, foram inscritas 101 iniciativas, com a participação de 81 instituições de todas as regiões do Brasil. Participaram 40 escolas, oito Defesas Civis, 17 universidades e 16 instituições de movimentos sociais.
Foram apresentadas 15 instituições finalistas, classificadas em cada categoria. Dessas finalistas, cinco receberão a premiação como Práticas Inspiradoras e as outras 10 da classificação, receberão o prêmio de Menção Honrosa.
Na Categoria Defesa Civil, destacou-se nas Práticas Inspiradoras o trabalho da Secretaria Executiva de Defesa Civil de Recife (PE) com o tema NUPEC Mulheres 2024).
Na Categoria Movimentos Sociais e Outros Coletivos, o destaque ficou para o trabalho “Por um futuro seguro; prevenindo e mitigando riscos, do Comando da Paz/Geden-Grupo Especializado em Desastres Naturais, de Petrópolis (RJ).
Na Categoria Instituto de Ensino Superior, o destaque das Práticas Inspiradoras ficou para o trabalho “Juventude do Alto Uruguai Gaúcho no enfrentamento aos desastres climáticos”, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, de Erechim (RS).
Na Categoria Escolas, das seis finalistas apresentadas, foram destacadas duas iniciativas de Práticas Inspiradoras: “Com-Ciência em ERRD”, da Escola Básica Municipal Profª Anna Alves Dias, de Indaial (SC) e o trabalho “Riscos em Perspectiva: o Bairro Matosinhos em São João Del-Rei (MG) em maquetes”, da Escola Estadual Governador Milton Campos, de São João Del-Rei (MG).
Cada premiado recebeu: uma miniestação meteorológica, Kits educativos (vários jogos educativos em ERRD), livros, publicações, HQ, cartilhas, todos relacionados à de prevenção de riscos de desastres e clima. Também foi realizada premiação por sorteio aos participantes.
Um vídeo foi transmitido no evento, com o relato de alguns participantes da campanha, que apresentaram o trabalho desenvolvido pela equipe local, além de compartilhar a experiência e o aprendizado.
Todas as Ações da Campanha inscritas em 2024, na temática deste ano (Com-Ciência de Riscos: saber que transforma!), estão disponibilizadas no site do Cemaden Educação, acessado pelo link: https://educacao.cemaden.gov.br/acao/edicao/2024/
Cemaden Educação : Cemaden Microlocal
Criado há 10 anos, o Cemaden Educação é um programa do Cemaden/MCTI que mobiliza escolas e comunidades em todo Brasil na prevenção de risco de desastres. Com base na educação ambiental climática crítica e participativa, o programa fortalece construção de uma cultura de percepção de riscos, promovendo conhecimentos e metodologias relacionadas à Educação em Redução de Riscos e Desastres (ERRD).
O Programa Cemaden Educação promove e incentiva atividades, criando uma rede de escolas e comunidades, a partir das escolas e da educação (ERRD e Educação Ambiental). Com isso, transforma as ações locais em um Cemaden Microlocal (realizando o monitoramento, alerta de risco de desastres, prevenção e pesquisas). O programa trabalha em três eixos: Aprendizagem (ciência cidadã, Jornadas Pedagógicas, Educação Digital); Mobilização (Campanha #AprenderParaPrevenir) e Comunidade-Com-VidAção (intervenções transformadoras, Educomunicação, Defesa Civil e Parcerias).
Cemaden Educação Digital
Durante o evento de premiação da Campanha, a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber anunciou que, no próximo ano (2025), será lançado o Cemaden Educação Digital, na Aprendizagem on-line, onde serão oferecidos três cursos. Esses cursos trarão diversas abordagens sobre clima, eventos extremos, desastres socioambientais, prevenção e resiliência.
O evento de premiação da 8ª Edição da Campanha #AprenderParaPrevenir (2024) está disponível no YouTube do Cemaden Educação, com acesso pelo link: https://www.youtube.com/live/XTQBCjzPFQQ
Mais informações:
Site Cemaden Educação : https://educacao.cemaden.gov.br/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto do Cemaden lança questionário em Libras sobre percepção de risco de desastres socioambientais
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- por meio do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), acaba de lançar a versão em Libras do questionário on-line “Comunicação e Percepção de Riscos”. O objetivo é compreender de que forma as informações acerca de desastres socioambientais são percebidas pela população brasileira.
Para o coordenador do Projeto COPE e pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini, o lançamento do questionário no dia 3 de dezembro - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - é uma lembrança de como precisamos aprimorar nossas práticas de inclusão de grupos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Precisamos gerar conhecimento para formular e planejar políticas públicas de preparação aos eventos extremos, considerando os diversos grupos sociais, como as pessoas com diferentes tipos de deficiência.”, explica o sociólogo.
Questionário “Comunicação e Percepção de Riscos”
Lançado em outubro de 2024, o questionário on-line já conta com mais de 5 mil participantes de todo o Brasil. Agora disponível na versão Libras será ampliada a participação pública na pesquisa. O questionário foi elaborado a partir de cinco eixos principais: características da população, modos de vida, acesso a dispositivos comunicacionais, análise de comunicação de riscos e alfabetização midiática.
“Com essa pesquisa, procuramos entender de que forma esses diferentes tipos de acesso à informação alteram a percepção da população sobre desastres socioambientais”, enfatiza a jornalista Monique Ribeiro Polera Sampaio, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (PGCST/INPE), e Bolsista de doutorado FAPESP (Processo 2024/03072-7). Uma das idealizadoras do instrumento de pesquisa do Projeto COPE, a pesquisadora destaca que o meio pelo qual as pessoas recebem informações sobre desastres pode alterar os níveis de compreensão e confiabilidade nas notícias e demais conteúdos informativos.
O projeto COPE tem o apoio da FAPESP (Processo 2022/02891-9) e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Para responder na Versão LIBRAS- Questionário de comunicação e percepção de riscos – (Projeto COPE/Cemaden), o questionário pode ser acessado pelo link:
https://pt.surveymonkey.com/r/TY9TYZB
Para responder ao questionário (sem intérprete de libras), acesse:
https://pt.surveymonkey.com/r/projetocopecomunicacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Inteligência Artificial para redução de risco de inundações/alagamentos foi o debate promovido pelo Cemaden
O Encontro Internacional da Comunidade Brasileira de Pesquisa, realizado na segunda-feira (02), promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia (MCTI) – reuniu pesquisadores brasileiros de diversas instituições internacionais, que apresentaram estudos sobre o uso de inteligência artificial e matemática aplicadas para a redução do risco de inundações/alagamentos e enxurradas urbanas.
O evento - integralmente remoto e com transmissão on-line, no idioma português - foi coordenado pelo pesquisador do Cemaden, físico Leonardo Bacelar Lima Santos, coordenador do Projeto iFAST – Intelligent Flood Alert Surveillance Tools, que conta com financiamento CNPq/MCTI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/MCTI- 446053/2023-6) e da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (24/02748-7).
Organizado pelo pesquisador do Cemaden, Elton Escobar, também integrante do Projeto iFAST, no encontro de pesquisadores atuou na apresentação dos palestrantes e intermediador na integração de novos colaboradores na temática.
Na abertura, o pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos, destacou que o evento dá a oportunidade de fomentar mais colaborações entre pesquisadores e estudantes de pós-graduação. “Pelos processos rápidos, principalmente de enxurradas urbanas, em todos os países tropicais, há um grande desafio no monitoramento e alerta de riscos de desastres hidrológicos”, aponta o pesquisador. “Por isso, a importância dos avanços científicos para aprimorar e subsidiar as tomadas de decisões para emissão dos alertas”, enfatiza Santos.
Apresentações dos pesquisadores brasileiros que atuam em instituições internacionais
“Mineração de textos na pesquisa de extremos climáticos” foi o tema apresentado pela pesquisadora Mariana Madruga de Brito - do Helmholtz Centre for Environmental Research - UFZ, Alemanha – com graduação e pós-graduação em engenharias Ambiental, Civil e Hidrologia, considerada uma cientista interdisciplinar, pois trabalha na intersecção de temas envolvendo Ciências Naturais e Ciências Sociais. Atua na pesquisa de eventos extremos e eventos climáticos, nas ciências computacionais na mineração de textos. “Trabalho com textos jornalísticos que trazem os dados completos dos eventos, desde o histórico até os relatos das comunidades locais”, explica a pesquisadora. Destaca que esse tipo de pesquisa permite fazer a avaliação dos impactos: 1º- em identificar as áreas críticas; 2º- avaliar medidas de adaptação; 3º- criar previsões e estimar o quê e quem serão afetados e, por último, validar modelos de risco.
O pesquisador Arlei Lopes da Silva, da Universidade de Rice (Texas-EUA), da área de Ciência da Computação, mostrou a utilização da Inteligência Artificial (I.A.) para reproduzir os resultados nos modelos físicos sobre inundações pluviais e hidráulica. “Trabalhamos com gráficos, ciências de dados e aprendizado da máquina, incorporando as leis da hidráulica. Obtivemos melhores resultados com esse modelo”, afirma o pesquisador.
“Modelagem de danos por enchentes para diferentes escalas e tipos de enchentes” foi o tema abordado pelo pesquisador Guilherme Samprogna Mohor, da Universidade de Potsdam (Alemanha). Da área de engenharias Ambiental e Hidráulica, atua na pesquisa de modelagem e perdas por tipos de inundações, resiliência e adaptação climática. Mohor já pesquisador Bolsista do Cemaden/MCTI. Na apresentação, explica que os algoritmos de aprendizagem da máquina apresentam dois modelos técnicos diferentes, para o entendimento dos riscos e impactos.” Temos o modelo perdas por enchentes, que mostra o que foi afetado, o nível e a infraestrutura. E temos o modelo dos dados não homogêneos, maleáveis e dispersos”, destaca o pesquisador.
Projeto iFAST
O projeto prevê o desenvolvimento de ferramentas para previsão hidrológica e para simulação de impactos, envolvendo desde vidas humanas à infraestrutura de transporte e mobilidade urbana.
Os pesquisadores do Projeto “iFAST – Intelligent Flood Alert Surveillance Tools realizam eventos para discutir as ferramentas a serem desenvolvidas com usuários em potencial do próprio Cemaden e de outras instituições interessadas.
A equipe do projeto é formada por mais de trinta pesquisadores, de diferentes instituições nacionais e internacionais e de áreas de formação diversas.
I.A. para redução de risco de inundações
As apresentações na íntegra do Encontro Internacional da Comunidade Brasileira de Pesquisa, na temática: I.A. para redução de risco de inundações estão disponibilizadas no YouTube, pelo link:
https://www.youtube.com/live/9_2qcAofsVU
Fonte: Ascom/Cemaden
Mudanças climáticas: a comunicação social, diversidade e inclusão foi a temática da Série de Debates do Cemaden
Romper com as condições impostas que ameaçam a vida dos povos indígenas - especialmente no contexto de deslocamento e mudanças climáticas – além de obter o reconhecimento da sabedoria dos povos ancestrais para a defesa da biodiversidade : esses foram os pontos focais apresentados debatidos pela jornalista e liderança indígena Warao, Yolis Lyon, na Série de Debates do Cemaden – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Com transmissão on-line pelo Canal YouTube Série de Debates do Cemaden, o debate ocorrido nesta quarta-feira (27) abordou a temática “Comunicação Social, diversidade e inclusão frente a mudanças climáticas”, promovido pelo pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, docente do Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais (ICT/Unesp-Cemaden) e coordenador do Projeto COPE (Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos).O debate contou, também, com a participação dos estudantes de pós-graduação da Unesp/Cemaden , como atividade do Projeto COPE.
Natural da Venezuela, Yolis Lyon é graduada em Comunicação Social e está refugiada no Brasil há 12 anos. Trabalha com migrantes e refugiados climáticos e de guerras, atuando no Conselhos de Belo Horizonte e de Minas Gerais, na defesa dos Direitos Humanos. Conhecedora dos grandes desastres ambientais no Brasil, mostrou o lado das mudanças climáticas provocadas pelo homem, principalmente, do ponto de vista do valor econômico. Falou sobre a importância da grande Mídia em dar destaque às responsabilidades dos impactos ambientais, que afetam, principalmente as populações mais vulneráveis.
“Falar em mudança climática é falar também de uma violação dos Direitos Humanos. A população que sofre os impactos dos desastres ambientais não é só a população indígena, mas toda a população mais vulnerável”, afirma Yolis Lyon. “Estamos falando não só de desastres ambientais, mas de desastres humanos”, complementa a jornalista, mostrando a importância dessa abordagem no momento de mudança climática global.
Enfatizou que a Ciência e Tecnologia deve abranger a Cultura e Comunicação. “É importante que a Ciência & Tecnologia reconheça o valor da sabedoria ancestral, utilizando-a para minimizar os impactos sociais e ambientais.”
A palestra na íntegra “Comunicação Social, diversidade e inclusão frente a mudanças climáticas” está disponibilizada no Canal YouTube da Série de Debates pelo link:
https://www.youtube.com/live/hfaVvMrKx2Q?feature=shared
Fonte: Ascom/Cemaden
Na próxima semana, Cemaden Educação premia os destaques da Campanha #AprenderParaPrevenir 2024
Os participantes que mais se destacaram em mobilização e inovação na Campanha #AprenderParaPrevenir de 2024 serão anunciados no próximo dia 05 de dezembro, às 15 horas, com transmissão on-line pelo Canal YouTube do Cemaden Educação.
Promovida pelo Programa Cemaden Educação (CEdu), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – a campanha deste ano teve o tema proposto “Com-Ciência de Riscos: saber que transforma”.
O objetivo da 8ª Edição da Campanha #AprenderParaPrevenir foi o de promover o diálogo entre ciência e comunidades locais, incentivando práticas de educação em redução de riscos de desastres socioambientais e ambiental climática.
Participantes e ações de mobilização
A Campanha contou com a participação de escolas, Defesas Civis, Instituições de Ensino Superior, coletivos e organizações de diversas regiões do Brasil.
As Ações da Campanha inscritas em 2024 pelos participantes na temática deste ano (Com-Ciência de Riscos: saber que transforma!) estão disponibilizadas no site do Cemaden Educação. (https://educacao.cemaden.gov.br/acao/edicao/2024/).
Evento de Premiação da Campanha #AprenderParaPrevenir
Durante o evento, serão anunciadas as ações que mais se destacaram em mobilização e inovação, com sorteios ao vivo e reconhecimento das iniciativas inspiradoras inscritas.
📅 Data: 05 de dezembro de 2024
🕓 Horário: 15h
📍 Transmissão ao vivo: YouTube do Cemaden Educação
Mais informações sobre o Programa Cemaden Educação estão disponibilizadas nos seguintes links:
Site : https://educacao.cemaden.gov.br/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisa do Cemaden vai registrar a percepção e comunicação de riscos de desastres socioambientais no país
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), acaba de lançar o questionário online “Comunicação e Percepção de Riscos”. O objetivo é compreender de que forma as informações acerca de desastres socioambientais são percebidas pela população brasileira. Aberto a respondentes de todo o Brasil, o questionário foi elaborado a partir de cinco eixos principais: características da população, modos de vida, acesso a dispositivos comunicacionais, análise de comunicação de riscos e alfabetização midiática. O projeto COPE tem o apoio da FAPESP (Processo 2022/02891-9) e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
As perguntas a respeito das características populacionais, tais como renda familiar e escolaridade, têm o objetivo de compreender o perfil sociodemográfico dos respondentes, o que é relevante sobretudo no âmbito da implementação de políticas públicas. Para o coordenador do projeto COPE, Victor Marchezini, ter dados a respeito de diferentes estratos populacionais é relevante, pois “ajuda a formular e planejar políticas públicas de preparação para eventos extremos, considerando os diversos grupos sociais.”, explica o sociólogo. A análise dos diferentes modos de vida, isto é, com quem vivem os participantes da pesquisa e quanto tempo passam fora de casa durante a semana, por exemplo, busca avaliar como as diferentes organizações do cotidiano podem alterar as respectivas percepções dos respondentes acerca dos desastres socioambientais.
Após responder às perguntas desses dois eixos, os participantes são indagados acerca de diferentes aspectos da comunicação, isto é, quais dispositivos possuem, por quais canais mais acessam informações de maneira geral, e se recebem com frequência notícias e conteúdos informativos sobre desastres socioambientais. Ainda, são feitas perguntas que buscam compreender se os respondentes avaliam que as informações sobre o tema abordam a prevenção e mitigação, e se os canais oficiais do poder público informam a população a respeito de desastres socioambientais.
De acordo com Monique Ribeiro Polera Sampaio, jornalista e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (PGCST/INPE), e bolsista de doutorado FAPESP (Processo 2024/03072-7), o meio pelo qual as pessoas recebem informações sobre desastres pode alterar os níveis de compreensão e confiabilidade nas notícias e demais conteúdos informativos. “Talvez isso não seja tão claro em um primeiro momento, mas a recepção de uma informação por meio de um aplicativo de mensagens, por exemplo, difere muito daquela de uma notícia veiculada por jornal televisivo da mídia tradicional, por mais que o assunto seja o mesmo”, explica. “Com essa pesquisa, procuramos entender de que forma esses diferentes tipos de acesso à informação alteram a percepção da população sobre desastres socioambientais”, complementa Monique, que foi uma das idealizadoras do instrumento de pesquisa no projeto COPE.
Finalmente, nas últimas perguntas do questionário, o respondente encontra um teste rápido de alfabetização midiática, isto é, a capacidade de acessar e analisar criticamente as diferentes mensagens recebidas por meio da mídia tradicional e das redes sociais.
A produção de estratégias efetivas de comunicação de riscos é um dos objetivos do projeto COPE, que tem como proposta central coproduzir estratégias para fortalecer a implementação de políticas públicas de preparação para enfrentar eventos extremos. Por esse motivo, o questionário de “Percepção e Comunicação de Riscos”, é um importante instrumento diagnóstico para análise de dados acerca do panorama atual da comunicação de riscos no país. Para responder ao questionário, acesse: https://pt.surveymonkey.com/r/projetocopecomunicacao.
Ascom/Cemaden
Pesquisador do Cemaden é considerado “altamente citado” pelo site Clarivate
O climatologista José Marengo foi considerado o único brasileiro “altamente citado” em 2024 pelo site Clarivate, na área de Geociências. Anualmente, o Clarivate identifica a pequena fração dos cientistas pesquisadores e cientistas sociais globais que demonstraram influência ampla e significativa em seus campos de pesquisa. “Esse grupo seleto contribui desproporcionalmente para ampliar as fronteiras do conhecimento e contribuir para inovações que tornam o mundo mais saudável, mais sustentável e geram impacto social”, registra o site.
Marengo é coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Cada pesquisador selecionado é autor de vários Highly Cited Papers que estão entre os primeiros 1% por citações em suas áreas e ano de publicação na Web of Science na última década. Entretanto, a atividade de citação não é o único indicador de seleção. Uma lista preliminar baseada na atividade de citação é então refinada usando análise qualitativa e opinião de especialistas.
Jose A. Marengo possui graduação em Fisica y Meteorologia - Universidad Nacional Agraria (1981), mestrado em Ingenieria de Recursos de Agua y Tierra - Universidad Nacional Agraria (1987) em Lima, Peru e doutorado em Meteorologia - University of Wisconsin - Madison (1991) em EUA. Fez pós- doutorado na NASA-GISS e Columbia University em Nova York e na State University na Flórida (EUA), em modelagem climática. É membro do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, e autor dos Relatórios do IPCC. Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, e da The World Academy of Sciences (TWAS).
Ascom/Cemaden
Cemaden publica DL eletrônica para aquisição de PCD’s para o estado do RS - Dispensa de Licitação Eletrônica 90005/2024
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque de Inovação Tecnológica (PIT) da cidade de São José dos Campos/SP, publicou Aviso da Dispensa de Licitação Eletrônica 90005/2024 no Portal Nacional de Compras Públicas (PNCP), convidando interessados para o envio de propostas para aquisição de Plataformas de Coleta de Dados (PCD’s) automáticas, visando reconstituir a rede de equipamentos no estado do Rio Grande do Sul, como medida de enfrentamento ao estado de calamidade, após os eventos climáticos extremos ocorridos neste ano.
O Aviso e o Termo de Referência podem ser obtidos no endereço eletrônico do PNCP: https://pncp.gov.br/app/editais/01263896000164/2024/1233.
O envio de propostas deverá ser feito no site https://www.gov.br/compras/pt-br, até a data de abertura das propostas e disputa de lances, que ocorrerá no dia 29/11/2024 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Os anexos - relacionados abaixo - estão inclusos no link no rodapé da página.
1- Edital -Aviso de Contratação Direta Nº 5/2024
2- Anexo I- TR 2402 (Termo de Referência 34/2024
3- Anexo III- Contrato