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Pesquisadores brasileiros e britânicos definem projeto de intercâmbio de pesquisas sobre clima e desastres naturais
Cerca de 30 pesquisadores brasileiros do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto Nacional de Pesquisas do Amazônia (Inpa) – instituições ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – estiveram reunidos com pesquisadores britânicos do Serviço Meteorológico do Reino Unido (U.K. Met Office) e da Gerência do Fundo Newton no Brasil, discutindo, durante três dias, sobre a agenda científica e aspectos de intercâmbio entre o MCTI e a U.K. Met Office.
A reunião ocorreu em São José dos Campos (SP), no Auditório do Inpe, durante os dias 28, 29 e 30 de outubro, com a participação dos diretores do Cemaden- Osvaldo Moraes, do Inpe- Leonel Perondi e do Inpa – Luiz Renato de França.
Foram definidos os produtos e pesquisas sobre os temas Modelagem do Ciclo de Carbono, Modelagem Climática e Redução do Risco de Desastres Naturais e as parcerias entre as instituições do Brasil e Reino Unido.
No último dia da reunião, foi criado um Comitê Gestor do Projeto Científico entre Brasil e Reino Unido, com a participação dos diretores do Cemaden, Inpe e Inpa e dos diretores da Met Office, Stephen Belcher e Chantelle Burton.
Um acordo de cooperação técnica será feito entre as instituições brasileiras e britânicas, formalizando o financiamento do projeto. Do lado brasileiro, foram definidas, como contribuições, a disponibilização dos dados científicos, o uso do supercomputador e os trabalhos dos pesquisadores dedicados ao projeto científico.
“As pesquisas interdisciplinares e o intercâmbio científico internacional ampliam as possibilidades de soluções aos desafios que temos sobre as mudanças climáticas, entre elas a mitigação e redução dos riscos de desastres naturais e a redução dos gases estufa ligados ao aquecimento global.”, enfatiza o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes.
O lançamento oficial do projeto de intercâmbio de pesquisa está previsto para ser feito no mês de abril de 2016, em Manaus (Amazonas).
Também participaram das discussões sobre o intercâmbio internacional científico, as entidades brasileiras Fapesp, Fapeam, CNPq, Capes e Confap.
2015 é um ano crucial para o nosso futuro
As mudanças climáticas constituem uma séria ameaça aos esforços para o desenvolvimento sustentável e para a redução da pobreza. A continuidade da trajetória atual de aquecimento deixará um legado ao planeta, de irreversível transformação, com temperaturas excedendo amplamente os 2ºC e potenciais impactos devastadores. Se atuarmos rápida e corajosamente, podemos começar imediatamente a descarbonizar a economia global e limitar as mudanças climáticas.
Para isso, porém, as lideranças políticas de todos os países devem agir, resolutamente este ano, para garantir um melhor futuro para as gerações vindouras e para todas as demais espécies.
E por essas razões é que nós, da Earth League (Liga da Terra)–uma rede internacional de cientistas de mudanças globais–estamos lançando hoje a “Declaração da Terra”, um conjunto de oito ações essenciais as discussões da Cúpula do Clima (COP21), em Paris, no mês de dezembro. São elas:
1. Limitar o aquecimento global abaixo de 2ºC, sendo este o limite máximo de aquecimento para evitar o risco de mudanças climáticas perigosas.
2. O máximo que a humanidade pode emitir no balanço global de carbono—isto é, o limite de emissões futuras de dióxido de carbono—deve ficar abaixo de 1 trilhão de toneladas (1000 Gt CO2) para termos uma chance razoável de ficarmos abaixo da linha de 2º C.
3. Ações de descarbonização profunda, de início imediato, para que atinjamos uma sociedade de “zero-carbono” em meados do século, ou um pouco depois, é condição chave para prosperidade futura.
4. Todos os países devem desenvolver planos de descarbonização de suas economias. Os países ricos e as indústrias modernas podem e devem assumir a responsabilidade de descarbonizar bem antes de meados do século.
5. Devemos desencadear uma onda de inovação climática para o bem global e permitir o acesso universal às soluções de tecnologia já existentes.
6. As mudanças climáticas já estão acontecendo. Nós precisamos aumentar, de forma maciça, o apoio público para as estratégias de adaptação e medidas de redução de perdas e danos nos países em desenvolvimento.
7. Devemos proteger sumidouros de carbono e ecossistemas vitais, nossos melhores amigos na luta contra as mudanças climáticas.
8. Os governos precisam dar apoio suplementar aos países em desenvolvimento para que possam lidar com as mudanças climáticas, em um nível pelo menos comparável àqueles da assistência global ao desenvolvimento.
O Brasil tem se destacado, mundialmente, na redução de 36% das emissões nos últimos anos, cortando suas emissões brutas de 2,36 Gton CO2 equivalente em 2005 para 1,52 Gton CO2 equivalente em 2012, de acordo com as estimativas do MCTI. Isso ocorreu, principalmente, pela redução de cerca de 80% dos desmatamentos da Amazônia e, em menor grau, pela redução também no bioma cerrado.
O Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) sinaliza caminhos para a sustentabilidade da agricultura brasileira, na direção de redução das emissões, diminuição da pressão sobre ecossistemas e, ao mesmo tempo, aumento de produtividade, equação esta que fecha com a intensa utilização de conhecimento, tecnologias e inovação no campo e que pode levar ao desmatamento (quase) zero.
No setor de energia, a descarbonização passa pelo aumento da eficiência energética e da utilização maciça de energias renováveis — notadamente energias eólica e solar — na matriz elétrica brasileira. China e Índia têm planos de acrescentar enormemente estas formas de energia renovável, nos próximos 10 anos, e o Brasil deve seguir o exemplo.
O Brasil — potência ambiental — deve apoiar e defender, na COP21, um acordo ambicioso, equitativo e cientificamente embasado, limitando o aquecimento a 2ºC.
Carlos A Nobre
Climatologista, com doutorado pelo MIT, é Diretor do CEMADEN-MCTI e membro da Earth Legue
Análise de vulnerabilidade para o monitoramento e alertas de desastres
Uma proposta metodológica de análise de vulnerabilidade da população no contexto de monitoramento e alertas de desastres naturais, utilizando os dados demográficos da população das áreas vulneráveis associados às informações sobre a infraestrutura, foi apresentada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), durante a reunião realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para tratar sobre “Indicadores de Vulnerabilidade da População à Mudança do Clima em Abordagem Territorial”, ocorrida em Brasília, nos dias 25 e 26 de março.
A metodologia, desenvolvida pelo Cemaden em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), associa dados censitários às áreas de risco de movimento de massa e inundação monitoradas, para produzir uma base de dados a qual permita caracterizar a população em áreas de risco a partir dos dados do Censo Demográfico 2010.
Com o cruzamento de variáveis e definição de indicadores de vulnerabilidade, o método busca identificar áreas de especial atenção, em função da combinação entre a capacidade de resposta e a exposição da população nas áreas de risco, diante da severidade dos processos geodinâmicos.
Considerando que as populações estejam expostas em diferentes graus de vulnerabilidade, torna-se relevante o conhecimento sobre a população potencial a ser atingida em caso de desastres naturais, em especial para subsidiar o apoio a todas as etapas de gestão de risco e resposta a desastres naturais (prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação).
Todas as discussões científicas abordadas durante o seminário, entre as instituições públicas e de pesquisa, buscam reduzir a vulnerabilidade das populações e serão os subsídios para a elaboração do Plano Nacional de Adaptação.
Cooperação multilateral do BRICS inclui prevenção, monitoramento e alertas de desastres naturais
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foi o órgão responsável dentro do ministério para desenvolver os acordos e mecanismos de ciência, tecnologia e inovação para a cooperação multilateral entre o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (países que integram o BRICS) em torno do tema relacionado a desastres naturais. Entre os instrumentos estratégicos propostos, estão a criação de uma plataforma on-line para compartilhamento de informações sobre alterações climáticas, prevenção e mitigação de desastres naturais, o intercâmbio de programas, além de bolsas para pesquisadores e estudantes.
No acordo de cooperação entre os países do BRICS, firmado no último dia 18 de março, os termos aprovados entre os países estão inclusos em dois documentos: a Declaração de Brasília e o Memorando de Entendimento sobre a Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação. No acordo, o Brasil ficou responsável em coordenar o Plano de Trabalho, entre 2015-2018, na área de “prevenção e mitigação de desastres naturais”, uma das cinco áreas prioritárias do acordo de cooperação multi-países.
O Cemaden/MCTI, desde a sua implantação, em 2011, vem trabalhando nas estratégias de monitoramento, na modelagem e plataformas para alertas e prevenção de riscos de desastres naturais. Também desenvolve pesquisas para a prevenção e mitigação, ou seja, adota medidas para aprimorar os alertas com maior antecedência, de forma a evitar e a reduzir as causas ou consequências dos desastres nas áreas de risco, em todo o território nacional.
Adotando planos regionais e projetos-pilotos nas cidades resilientes, o Cemaden tem metas de ampliar as ações de monitoramento e prevenções nos municípios considerados vulneráveis a risco de desastres, inclusive envolvendo a comunidade local. A resiliência, além do enfrentamento com o impacto sofrido, inclui o aprendizado com a situação de crise passada, a integração de sua elaboração, seja pessoal, familiar ou social, bem como o retorno desse aprendizado à comunidade.
A cooperação internacional com bases na Conferência de Sendai, no Japão, realizado também em março, definiu o quadro pós-2015 para redução do risco de desastres no mundo, incluindo metas a serem cumpridas até 2030, com orientações sobre cooperação internacional, investimentos e parcerias público-privadas, de forma a aprimorar a prevenção e redução do risco desses desastres.
Convenção das Nações Unidas faz projeção para o Combate à Desertificação
As projeções sobre as mudanças climáticas no Brasil sugerem que haverá aumento da secura na Região Nordeste, com reduções de chuva, aumento da temperatura, déficits de água e secas mais longas, aumentando a aridez, prevalecendo a seca mais acentuada na segunda metade do século 21. Essa análise foi apresentada pelo climatologista e pesquisador titular, José A. Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), durante a 3ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos Países Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação (UNCCD- sigla em inglês), ocorrida entre os dias 9 e 12 de março, em Cancun, no México.
No trabalho apresentado pelo pesquisador do Cemaden, foram traçados cenários com o uso de índice de aridez e o efeito da mudança climática sobre o balanço hídrico e a disponibilidade de água. Um aumento e intensificação das secas foi projetada para grande parte da América do Sul, incluindo o atual semiárido da Região Nordeste brasileira, devido à precipitação reduzida e/ou aumento da evapotranspiração, o que compromete a disponibilidade de água para irrigação agrícola.
A projeção apresenta um cenário de aumento da aridez, no período dos anos 2071-2100, com bases no aumento da extensão da região semiárida, combinado com a degradação da terra, o que aumenta o risco de desertificação. “Sobre o aumento de risco de seca/aridez e a vulnerabilidade das pessoas da região semiárida, é necessário considerar medidas de gestão de risco, as quais possam servir de base para a implementação de medidas de adaptação.”, afirma o cientista José A. Marengo.
Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação
Durante o evento, foi realizada a Sessão Extraordinária da Comissão de UNCCD de Ciência e Tecnologia, onde os cientistas emitiram um relatório alertando sobre danos irreversíveis à terra. Concluem que há a tendência de enormes faixas de terras do planeta ficarem com o solo estéril, resultante da soma de efeitos combinados da pobreza, da degradação de terra e das mudanças climáticas.
Junto a outros 192 países, o Brasil é signatário da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas – UNCCD, reconhecida como o instrumento fundamental para erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais das terras secas, que incluem regiões do semiárido brasileiro.
A desertificação é definida como um processo de degradação ambiental causada pelo manejo inadequado dos recursos naturais nos espaços áridos, semiáridos e subúmidos secos, que compromete os sistemas produtivos das áreas susceptíveis, os serviços ambientais e a conservação da biodiversidade. No Brasil são 1.480 municípios susceptíveis a esse processo que pode ser causado pelo homem ou pela própria natureza e agravados pelas questões climáticas.
O Cemaden atua no monitoramento do semiárido do nordeste brasileiro, com o Projeto Sistema de Previsão de Risco de Colapso de Safras no Semiárido, instalando plataformas de coleta de dados agrometeorológicos e de umidade do solo, para acompanhamento de safras de culturas de subsistência na região semiáriada brasileira.
Cemaden instala pluviômetros nas escolas localizadas em áreas de riscos
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, instalou, na semana passada ( 11 a 13 de março) pluviômetros semiautomáticos em três escolas estaduais nos municípios paulistas de Cunha, Ubatuba e São Luiz de Paraitinga, localizadas na área de abrangência do Rio Paraibuna e seus afluentes, consideradas vulneráveis a desastres naturais. Essa ação faz parte do Projeto Cemaden Educação: rede de escolas e comunidades na prevenção de riscos de desastres, projeto piloto aplicado nessas três cidades. A meta é expandir para outras escolas do território nacional em áreas vulneráveis a desastres naturais, com riscos a deslizamento de terras, inundações, enchentes e secas.
Cerca de 400 estudantes do ensino médio estão envolvidos diretamente no Projeto Cemaden Educação, em três atividades básicas de iniciação científica: na aprendizagem e análise dos dados sobre quantidade de chuvas apontadas nos pluviômetros semiautomáticos, na pesquisa em campo das bacias hidrográficas – identificando as áreas de impactos dos desastres em suas regiões – e na coleta da história oral das experiências das pessoas que sofreram com os desastres naturais.
Todos os dados levantados e pesquisas realizadas serão compartilhados entre as escolas, utilizando tecnologias da informação. As escolas estão criando diversas formas de mobilização entre estudantes e a comunidade local, trabalhando a utilização do conhecimento voluntário e coletivo, a fim de criar soluções ou desenvolver novas tecnologias, gerando um fluxo de informação (modelo conhecido como “crowdsourcing”). O objetivo é conscientizar sobre superação e enfrentamento dos desafios (resiliência) e apoio na solução dos problemas comunitários, no que se refere à prevenção dos impactos dos desastres naturais.
São Luiz do Paraitinga foi um dos municípios que sofreu um grande desastre natural, em janeiro de 2010, período em que ocorreram chuvas intensas, provocando inundação e deslizamentos nas áreas urbanas e rural, atingindo quase metade da população ( cerca de 5.100 pessoas afetadas). Na escola estadual Ignácio Gióia, onde foi instalado o pluviômetro semiautomático, o vice-diretor Daniel Messias dos Santos destaca a importância da participação dos estudantes do ensino médio e a influência das experiências pessoais. “Os alunos se sentem agentes e ativos para ajudar a sua comunidade. Esse estímulo é muito amplo, vai além dos muros da escola, vai em direção ao mundo.”, afirma o vice-diretor. A estudante Mariana Eduarda Mendonça, de 16 anos, cursando o 3º ano do ensino médio, conta que além da experiência pessoal e de sua família, viu o sofrimento de outros vizinhos que perderam a casa e tiveram até problemas com a saúde, resultantes do impacto das inundações. “O projeto permite que tenhamos maiores informações para a prevenção dos desastres naturais e a nos mobilizar para que possamos ajudar a comunidade.”
Para a organização das atividades de iniciação científica das escolas do projeto piloto, o Cemaden fez uma parceria com o Instituto de Ciência e Tecnologia, da Universidade do Estado de São Paulo (ICT/Unesp) a qual dará apoio na elaboração de aulas de ensino à distância (EaD), direcionadas aos estudantes participantes do projeto.
Projeto Cemaden Educação
O Cemaden Educação é um projeto piloto voltado para as escolas de ensino médio, localizadas em municípios vulneráveis a desastres socioambientais, com o objetivo de desenvolver pesquisas de prevenção de desastres – com monitoramento e alertas – produção de conhecimento, bem como a gestão participativa de intervenções nas comunidades locais.
A ação educativa faz parte de compromissos de governo assumidos em instrumentos internacionais como a Convenção sobre Mudança do Clima e, especialmente, o Marco de Ação de Hyogo (em 2005), entre outros marcos legais nacionais. O Cemaden Educação atua por meio de educação ambiental na construção de escolas sustentáveis e resilientes e se insere no “ Programa Pluviômetros nas Comunidades”. Ambos fortalecem o objetivo de introduzir a cultura da percepção de riscos de desastres naturais no Brasil junto às comunidades vulneráveis a desastres naturais.
Utilizando tecnologias de informação e comunicação (TICs) para envolver os jovens em pesquisas científicas interdisciplinares, no monitoramento e alertas, o projeto promove, também, a criação de comunidades de aprendizagem (Com-VidAção) em resposta aos desafios individuais, comunitários e sociais de enfrentamento de desastres socioambientais.
O Projeto Cemaden Educação pode ser acessado no endereço eletrônico http://educacao.cemaden.gov.br
Projeto Cemaden Educação instala pluviômetros nas escolas
Nesta semana, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, vai instalar pluviômetros semiautomáticos em três escolas nos municípios paulistas de Cunha, Ubatuba e São Luiz de Paraitinga, uma ação do projeto Cemaden Educação: rede de escolas e comunidades na prevenção de riscos de desastres. Essas cidades estão localizadas na área de abrangência do Rio Paraibuna e seus afluentes, consideradas vulneráveis a desastres naturais.
Na agenda, estão previstas instalações de pluviômetros semiautomáticos nas escolas estaduais no próximo dia 11 de março, em Cunha (Escola Paulo Virgínio), no dia 12, em Ubatuba (Escola Profª Maria Alice Pereira) e no dia 13, em São Luiz do Paraitinga (Escola Monsenhor Ignácio Gióia), em eventos que mobilizarão os estudantes, professores, a Defesa Civil e a comunidade local.
Em São Luiz do Paraitinga – será, ainda, apresentada a parceria entre o Cemaden e a Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), lançando o projeto de extensão, que envolve aulas de ensino à distância (EaD), a ser desenvolvido pela Faculdade de Engenharia Ambiental. Nesse município – entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010- houve um grande desastre natural, deixando marcas resultantes do período de chuvas intensas, quando ocorreram inundação e deslizamentos nas áreas urbana e rural, atingindo quase metade da população (cerca de 5.100 pessoas afetadas).
Projeto Cemaden Educação
O Cemaden Educação é um projeto piloto voltado para as escolas de ensino médio, localizadas em municípios vulneráveis a desastres socioambientais, com o objetivo de desenvolver pesquisas de prevenção de desastres – com monitoramento e alertas – produção de conhecimento, bem como a gestão participativa de intervenções nas comunidades locais.
A ação educativa faz parte de compromissos de governo assumidos em instrumentos internacionais como a Convenção sobre Mudança do Clima e, especialmente, o Marco de Ação de Hyogo (em 2005), entre outros marcos legais nacionais. O Cemaden Educação atua por meio de educação ambiental na construção de escolas sustentáveis e resilientes e se insere no “ Programa Pluviômetros nas Comunidades”. Ambos fortalecem o objetivo de introduzir a cultura da percepção de riscos de desastres naturais no Brasil junto às comunidades vulneráveis a desastres naturais.
Utilizando tecnologias de informação e comunicação (TICs) para envolver os jovens em pesquisas científicas interdisciplinares, no monitoramento e alertas, o projeto promove, também, a criação de comunidades de aprendizagem (Com-VidAção) em resposta aos desafios individuais, comunitários e sociais de enfrentamento de desastres socioambientais.
O Projeto Cemaden Educação pode ser acessado no endereço eletrônico http://educacao.cemaden.gov.br
Projeto de Monitoramento do Sistema Cantareira
Na região Sudeste do Brasil, no período de outubro de 2013 a março de 2014 foram observadas chuvas abaixo da média climatológica na região, com graves consequências no Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 8,8 milhões de pessoas (atualmente abastece 6,2 milhões) na Região Metropolitana de São Paulo, em razão da diminuição das vazões naturais afluentes, o que contribuiu para que os reservatórios não recebessem o volume de água esperado para essa época do ano.
Para o estabelecer o monitoramento em tempo real e para a obtenção de dados, de forma a aprimorar o entendimento do ciclo d’água nas sub-bacias, o Cemaden/MCTI instalou – entre o final de abril e início de maio de 2014 – uma rede de monitoramento de chuvas. Essa rede incluiu a instalação de 33 pluviômetros automáticos, que transmitem dados a cada 10 minutos para o Centro, via telefonia celular.
Com o objetivo de subsidiar informações para a gestão hídrica do Sistema Cantareira, em São Paulo, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vem elaborando relatórios semanais sobre os a situação atual e da evolução do armazenamento do Sistema Cantareira, usando um modelo hidrológico e diversos cenários de chuva acima, abaixo e na média histórica.
Os Relatórios do Sistema Cantareira estão disponibilizados no site www.cemaden.gov.br. O primeiro relatório foi publicado em 22 de janeiro de 2015.
Cemaden monitora 888 municípios e já emitiu quase 3 mil alertas
Criado em 2011, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nacionais (Cemaden) - órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI)- monitora, 24 horas por dia, as áreas de risco de 888 municípios classificados como vulneráveis a desastres naturais, abrangendo uma população estimada em 90 milhões de habitantes. Opera 24 horas por dia e emitiu 2.939 alertas até quarta-feira (25), dos quais 347 nestes dois primeiros meses de 2015.
O Cemaden tem como objetivo principal contribuir para que se evitem mortes acarretadas por esses eventos e diminuir a vulnerabilidade social, ambiental e econômica decorrente deles.Para isso, apoia-se em uma rede de observação composta hoje por nove radares, 2.267 pluviômetros automáticos e 960 semiautomáticos (cuja operação envolve comunitários) e 115 estações hidrológicas, entre outros equipamentos.
Os resultados das pesquisas e ferramentas desenvolvidas no centro e a disponibilidade de dados providos por sua rede e pelas redes de outras instituições federais e estaduais, somados à disponibilização de um grupo de profissionais com conhecimentos em meteorologia, geologia, hidrologia e desastres naturais, permitem o envio antecipado de alertas desses eventos para áreas localizadas em todas as regiões do território nacional.
No Setor de Operação e Modelagem (Sala de Situação) ocorrem as atividades de monitoramento e emissão de alertas. A sala conta, também, com gabinete de crise, interligado ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional. Entre outras competências, o Cemaden envia os alertas de desastres naturais ao Cenad, auxiliando o Sistema Nacional de Defesa Civil.
Sua estrutura técnico-científica especializada também desenvolve capacidade científica, tecnológica e de inovação para continuamente aperfeiçoar os alertas.
Para consolidar o Sistema Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden atua em parceria com várias instituições para implementar, complementar e consolidar a rede de instrumentos meteorológicos, hidrológicos e geotécnicos para monitoramento ambiental.
Histórico
O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais(Cemaden) foi criado em julho de 2011, pelo Decreto Presidencial 7.513, como órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped).
A operação em regime ininterrupto começou em dezembro daquele ano, em instalações cedidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também vinculado ao MCTI, em Cachoeira Paulista (SP).
Naquele mês, foi inaugurada a Sala de Situação, com capacidade para 25 operadores, que dispõe de videowall , gabinete de crise com sistema de telepresença, modernos computadores e sistema de emergência para fornecimento de energia elétrica.
No primeiro semestre de 2014, a sede do Cemaden passou a funcionar no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). A Sala de Situação da nova sede começou a operar em 29 de outubro, após o ingresso da nova equipe de 75 servidores efetivados por concurso público, consolidando a estrutura organizacional com as equipes de pesquisadores, tecnologistas e analistas. Toda essa estrutura está interligada, por sistema de videoconferência, à Sala de Situação do Cemaden de Cachoeira Paulista.
Secretário executivo do MCTI visita instalações do Cemaden
O secretário-executivo Alvaro Prata, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) visitou, na manhã desta quinta-feira (05), as instalações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado à Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do ministério e localizado no Parque Tecnológico, em São José dos Campos (SP).
Prata conheceu os setores de Administração, de Pesquisa e a Sala de Situação, onde são realizadas as atividades operacionais do setor de Monitoramento e Alertas de desastres naturais e todo o processo de monitoramento geo-hidro-meteorológico do Cemaden.
O sistema de monitoramento geo-hidro-meteorológico e de alertas do Cemaden foi apresentado pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped-MCTI), Carlos Nobre, acompanhado da Diretora, Regina Alvalá, dos coordenadores-gerais Mario Mediondo e Marcelo Seluchi, e do pesquisador José Marengo, do Cemaden.
O secretário Carlos Nobre apresentou ao secretário-executivo o Projeto Previsão de Risco de Colapso de Safra no Semiárido, destacando o monitoramento agrometeorológico na região semiárida do nordeste brasileiro, principalmente nas áreas onde se desenvolve a agricultura familiar.
Projeto Semiárido do Cemaden
Ao todo serão 600 sensores instalados na região do nordeste brasileiro. Desse total, 500 equipamentos denominados PCDAqua são plataformas de coleta automática de dados pluviométricos e de umidade de solo. Outros 100 equipamentos são plataformas de coleta de dados agrometeorológicos, denominadas PCDAgro, as quais enviam dados sobre o ambiente físico do semiárido, como a temperatura e umidade do ar, precipitação, ventos, radiação solar global, entre outros dados específicos.
A transmissão automática dos dados é feita por sinal via telefonia móvel e alimentação por meio de painel solar.
O monitoramento das secas e as longas estiagens no semiárido nordestino, permite a previsão de produtividade e/ou previsão de colapso de safras de culturas de subsistência. Nesse monitoramento, obtém-se indicadores de risco durante as fases da cultura, bem como dados pluviométricos, de umidade do solo e dados agrometeorológicos.
Políticas públicas integram educação ambiental, sustentabilidade e resiliência
Parcerias ampliarão conhecimentos e ações em escolas e comunidades vulneráveis a desastres naturais, frente aos desafios climáticos
Desenvolver a percepção de desastres naturais nas áreas de risco, gerando uma cultura de prevenção dos impactos socioambientais – por meio da educação ambiental e da construção de escolas sustentáveis e resilientes – é a proposta para a criação de um projeto que inicia o diálogo entre vários ministérios. A promoção de políticas integradas envolvendo escolas e comunidade, localizadas em áreas de riscos, na prevenção de desastres está na agenda de debates entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação junto aos ministérios da Educação, da Integração Nacional com a Defesa Civil, do Meio Ambiente e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
A ideia é implementar processos integrados de iniciação científica e da gestão participativa nas escolas de ensino médio e séries finais do fundamental, localizadas nas áreas vulneráveis a riscos de desastres socioambientais, em todo o território nacional.
O projeto prevê que cada escola desenvolva as tecnologias de monitoramento, alerta e pesquisa, junto a grupos interdisciplinares, conscientizando os estudantes para o enfrentamento aos desafios dos riscos, aos desafios climáticos e pela preservação de vidas.
Estão sendo discutidas entre os ministérios a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), as quais permitam criar uma rede observacional e de intercâmbio de pesquisas, de forma dinâmica e abrangente.
As parcerias propõem analisar as articulações entre seus diversos programas e projetos, de forma a concentrar esforços e potencializar um projeto integrado, envolvendo educação ambiental, sustentabilidade e resiliência.
Nas próximas etapas, estão previstas reuniões com outros parceiros de diferentes segmentos da sociedade, que atuam no contexto “ cuidar e proteger” para a sustentabilidade e resiliência, como as universidades, instituições internacionais e organizações não-governamentais.
Projeto piloto do Cemaden-Educação para prevenção de desastres e proteção de vida
O Cemaden desenvolve, desde 2014, um projeto piloto de Educação, para ampliar o Programa Pluviômetros nas Comunidades para a educação formal. Esse piloto ocorre em três escolas de ensino médio, nos municípios de Cunha, São Luiz do Paraitinga e Ubatuba, no estado de São Paulo, apresentado como embasamento para a criação do projeto integrado entre as instituições.
Liderados por jovens, são desenvolvidos projetos coletivos de pesquisa participativa, educomunicação, gestão democrática, de controle social e educação entre pares. O site Cemaden-Educação permite o compartilhamento de informações e conhecimentos em rede de escolas e comunidades.
Projeto Pluviômetros nas Comunidades
O Programa Pluviômetros nas Comunidades do Cemaden trabalha em parceria com o Centro Nacional de Risco e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional, para a introduzir a cultura de percepção de riscos de desastres naturais, envolvendo a população que vive em áreas de risco, em todo o território nacional. O objetivo é fortalecer as capacidades locais de enfrentamento de eventos adversos de impactos socioambientais, como inundações, enxurradas, deslizamentos de solos e rochas.
Para o Projeto Comunitário, foram instalados 907 pluviômetros semiautomáticos em áreas de risco, os quais são operados por equipes da comunidade local, especialmente treinadas, visando promover o engajamento e a conscientização dos moradores que vivem em áreas de riscos. As informações enviadas pela comunidade completam a rede de dados hidrometeorológicos, que fazem parte da estrutura observacional do país para o monitoramento e alertas de desastres naturais realizados pelo Cemaden.
Atualmente, o Cemaden monitora 856 municípios considerados vulneráveis a desastres naturais, em todo território brasileiro, para os quais estão disponibilizados os mapeamentos de áreas de risco de deslizamentos e inundações – base do sistema de prevenção de desastres naturais.
Cemaden monitora o Rio Madeira para aprimorar protocolos de alertas
Os pesquisadores da área de Hidrologia do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) – órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação – estão na região de Porto Velho e do município de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia, desde a semana passada, realizando o monitoramento dos níveis do Rio Madeira e mapeando os pontos vulneráveis às inundações, principalmente, nos trechos das rodovias BR-364 e RO-425. Os dados técnicos coletados sobre a evolução das cheias visam aprimorar os novos protocolos de alertas à população local, para que sejam antecipados esses alertas sobre os impactos nas áreas vulneráveis às inundações e alagamentos.
Além dos levantamentos de dados, nesta semana, o Cemaden também vem trabalhando de forma integrada a outras instituições envolvidas no monitoramento e alerta às cheias do Rio Madeira.
Na semana passada (22.01), o Cemaden participou da reunião coordenada pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) – vinculado ao Ministério da Integração Nacional – com a presença da Agência Nacional de Água (ANA), da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), além da Defesa Civil de Rondônia e do Acre, entre outros representantes da sociedade, para monitoramento integrado do Rio Madeira.
O Cemaden apresentou a previsão de chuvas sobre a área da bacia hidrográfica na região de Porto Velho. O prognóstico mostrou que as precipitações de até 200 mm – acumuladas em 10 dias – estão dentro da média, na região das nascentes das bacias dos Rios Beni e Madre de Dios. Apontaram possibilidades de inundações em áreas vulneráveis, ainda que inferiores às ocorridas no mesmo período em 2014.
Os primeiros levantamentos indicam que, neste ano, haverá impactos da cheia sazonal do Rio Madeira, uma vez que a vazão está aumentando. O nível na barragem de Jirau (a 120 km de Porto Velho, em Rondônia) vem se mantendo constante (em torno de 90 metros). Porém, o nível do rio próximo ao distrito de Abunã (localizado a 230 km de Porto Velho) vem subindo, ligeiramente, em razão do aumento da declividade da superfície da água e da vazão.
Na terça-feira (27.01), a vazão do Rio Madeira era de 34 mil m3/segundo. Quando o rio superar essa vazão, ao chegar em torno de 45 mil m3/segundo, é possível que ocorra o início da inundação da Rodovia BR-364, no trecho próximo ao antigo distrito Mutum-Paraná (a 90 km de Porto Velho), conforme previsão dos hidrólogos do Cemaden.
Cemaden divulga Relatório do Sistema Cantareira
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, divulgou o Relatório da Situação Atual e Previsão Hidrológica para o Sistema Cantareira, no site da instituição (www2.cemaden.gov.br), disponibilizando as análises da situação atual e projeções das vazões afluentes ao Sistema Cantareira, e da evolução do armazenamento hídrico do Sistema, para diversos cenários futuros de precipitações (na média climatológica, 25% e 50% abaixo e acima da média climatológica).
O modelo hidrológico usado para gerar as projeções de vazões foi calibrado e validado com dados da rede de monitoramento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da rede de pluviômetros automáticos do Cemaden, estes últimos instalados nas sub-bacias dos Sistema Cantareira em maio de 2014 (totalizando 33 pluviômetros automáticos).
As informações da rede de monitoramento de chuvas também estão disponíveis no site do Cemaden, na aba “Acesse os Produtos” ou diretamente em http://www.cemaden.gov.br/mapainterativo. Nesse endereço, estão disponibilizados – no mapa e por municípios monitorados – todos os dados coletados a partir dos pluviômetros automáticos, radares meteorológicos e estações hidrológicas, bem como de produtos de satélites.
Cemaden discute áreas de riscos na zona costeira de São Paulo
Identificar as áreas de riscos de desastres naturais e vulnerabilidade na região litorânea do estado de São Paulo, avaliando a percepção das pessoas sobre a situação de risco e as estratégias de enfrentamento, foram os assuntos principais discutidos na quarta-feira (21.01), em São José dos Campos, no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais ( Cemaden) – órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – durante a apresentação dos estudos realizados pelo pesquisador Allan Yu Iwama, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais, da Universidade Estadual de Campinas.
Dirigida aos pesquisadores e tecnologistas do Cemaden de São José dos Campos (SP)- transmitida por videoconferência ao Cemaden de Cachoeira Paulista – a apresentação promoveu o debate sobre os riscos e vulnerabilidade, no contexto de desastres naturais, provocados pelas mudanças climáticas e ambientais nos últimos dez anos.
As discussões focaram a região litorânea, principalmente, os municípios de Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba, abordando as ações para mitigação dos impactos sociais e ambientais.
Foram discutidos os impactos ocorridos entre 2000 e 2010, considerada a década dos eventos extremos pela Organização Mundial de Meteorologia ( WMO na sigla em inglês).
Sobre a pesquisa no litoral norte de São Paulo
Os estudos do pesquisador Iwama, apresentados no Cemaden, fazem parte da sua tese de doutorado, com a realização do mapeamento das áreas de riscos zona costeira de São Paulo, apresentando as múltiplas escalas que podem subsidiar ações de monitoramento de desastres naturais e de mudanças climáticas.
Uma das observações importantes, apontadas na análise como resultados da pesquisa, foi a necessidade de aumentar as efetivas intervenções e ações para reduzir os impactos perante um perigo iminente de desastres, adotando estratégias de mobilização da sociedade. Os dados indicam que estão sendo feitas ações e políticas públicas, integrando os instrumentos de gestão com bases nas mudanças climáticas ( como por exemplo, regras para o uso do solo, planos diretores, zoneamento e mapeamento de riscos), mas que ainda precisam ser expandidas as ações integradas entre o setor público e a sociedade.
Na pesquisa, foi identificado que os deslizamentos e inundações – nas áreas de muita alta e alta suscetibilidade de riscos do litoral paulista – ocorrem, também, em região de alta densidade populacional. No levantamento da análise sociodemográfica e do meio físico, constatou-se que a população mais vulnerável aos desastres naturais continua com acesso restrito aos serviços públicos básicos ou em condições precárias de moradia.
Os resultados da pesquisa deram contribuição ao Projeto Temático “Clima – Crescimento populacional, vulnerabilidade e adaptação: dimensões sociais e ecológicas das mudanças climáticas no litoral de São Paulo”, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Empresa de celular conhece o Projeto de Pluviômetros do Cemaden
Com o objetivo de discutir parcerias tecnológicas, a equipe técnica e de Relações Institucionais da Tim Celulares visitou as instalações do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – Cemaden/MCTI, em São José dos Campos e também em Cachoeira Paulista (SP), nesta quarta-feira (29.10), onde conheceram as Salas de Situação e o processo de monitoramento e alertas de desastres naturais. Esse monitoramento e alertas são subsidiados pela rede observacional, no qual está incluso o Projeto de Pluviômetros Automáticos.
Instalados em áreas de riscos de desastres naturais em todas as regiões brasileiras, os pluviômetros automáticos são aparelhos meteorológicos que utilizam “chips” de celulares e telemetria para recolher e medir, em milímetros, a intensidade de chuva precipitada durante um determinado tempo e local. Os dados acumulados a cada 10 minutos são repassados automaticamente ao Cemaden. A avaliação da situação hidrometeorológica de cada município permite minimizar o risco para a população, em casos de ocorrência de curta duração e alta intensidade das chuvas.
Em reunião com a Direção e com a equipe operacional de monitoramento e de pesquisa da área de Hidrologia, a empresa de celulares demonstrou interesse em ampliar a parceria e buscar soluções para o tráfego de dados por microondas, desenvolvendo pesquisas junto ao Cemaden. Os técnicos da Tim informaram que a empresa vai implantar, no próximo ano, um Laboratório de Pesquisas em Guaratiba (RJ) voltado à inovação tecnológica.
O Coordenador-Geral de Operação e Modelagem do Cemaden, Eduardo Mário Mendiondo, informou que a instituição fará a instalação de mais 900 pluviômetros, até o final de 2014, em todo o Brasil. “Temos urgência em atender a demanda crescente da qualidade do tráfego de dados por microondas e pela telemetria. Isso ampliará a transmissão de dados em tempo real, aumentando a capacidade de monitoramento e alertas para 90 milhões de pessoas que vivem em áreas de risco.”, informa o coordenador-geral.
Junto à área de Engenharia do Cemaden, a equipe técnica da Tim conheceu o sistema da rede nacional de monitoramento e alertas, envolvendo parcerias e outros instrumentos para monitoramento ambiental, como os radares meteorológicos, as plataformas para monitoramento de umidade de solo, bem como o funcionamento dos pluviômetros automáticos e a distribuição nas áreas de risco em 821 municípios monitorados.
O consultor da Unesco e responsável pela instalação dos pluviômetros automáticos do Cemaden, Cel. João Batista Monteiro Júnior informou que, atualmente, existem 1.600 pluviômetros instalados. A meta é chegar ao total de 2.500 equipamentos instalados até o final do ano.
Mudanças Climáticas é tema do Museu do Amanhã
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre, teve o seu depoimento gravado em áudio e vídeo sobre o tema Mudanças Climáticas para ser colocado em exibição interativa permanente, juntamente aos depoimentos de cientistas de outras áreas, no Museu do Amanhã, que será inaugurado em março de 2015, na cidade do Rio de Janeiro.
Desenvolvendo experimentos científicos observacionais na Amazônia, desde a década de 1980, além de estudos pioneiros sobre os impactos climáticos dos desmatamentos amazônicos pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o secretário Carlos Nobre fez uma abordagem das causas e consequências das mudanças climáticas, bem como os efeitos da vida no planeta. Fez também, explanações sobre as ações da atual e das próximas gerações da humanidade para a redução da emissão dos gases de efeito estufa e a sua implicação direta no futuro do planeta.
Com referência à educação ambiental e sobre a trajetória da humanidade, Carlos Nobre considerou que o Museu do Amanhã traz uma proposta avançada, intrigante e instigante, que levarão conhecimentos e respostas às questões sobre a evolução da vida. “A proposta do museu levará o visitante à reflexão sobre sua participação ativa para a sustentabilidade, como condição essencial para a vida do planeta.”, afirma o secretário. “Como cientista, nossa preocupação com o futuro é fazer previsão baseado na ciência e no conhecimento, apontando as trajetórias futuras e algumas soluções, com bases na própria ciência e conhecimento”.
Museu do Amanhã
Erguido no Píer de Mauá, o Museu do Amanhã faz parte do projeto de revitalização da região portuária do Rio de Janeiro, considerado um dos mais avançados e futuristas museus temáticos existentes no mundo. A ideia é que abordagem feita sobre as diversas áreas de ciência, tecnologia e cultura para os próximos 50 anos terá apresentação mais condensada e impactante comparada aos últimos dez mil anos.
Além de mudanças climáticas, o museu mostrará a perspectiva no Brasil e no mundo nas próximas cinco décadas sobre o crescimento da população e da longevidade, maior integração e diversificação, avanço da tecnologia, alteração da biodiversidade e expansão do conhecimento.
Concebido pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o prédio do Museu do Amanhã terá 15 mil metros quadrados de área construída. Serão dois andares conectados por rampas. No térreo haverá uma loja, um auditório, salas de exposições temporárias, salas de pesquisa e ações educativas e um restaurante, além das áreas administrativas do museu. No pavimento superior ficarão as salas das exposições de longa duração, um belvedere para contemplação da vista e um café.
Pesquisadores brasileiros e japoneses discutem sobre alertas de desastres naturais
Aprimorar as técnicas sobre previsão e alertas de desastres por deslizamento de encostas foi o objetivo central da 5ª reunião entre pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden-MCTI) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, sigla em inglês).
Os debates ocorreram no Auditório da Área de Eventos do Parque Tecnológico, em São José dos Campos, na segunda quinzena de outubro (21.10), com a participação dos técnicos da Defesa Civil dos municípios de Petrópolis e Nova Friburgo (RJ), de Blumenau (SC), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres do Ministério da Integração Nacional (Cenad-MI), além de especialistas da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais do Ministério de Minas e Energia (CPRM-MME), entre outros técnicos.
Durante todo o dia, foram discutidas as metodologias de pesquisa, entre elas a coleta e organização de dados para o monitoramento das chuvas, especialmente, nas áreas de riscos de deslizamentos, bem como para a definição de chuva padrão para emissão de alertas. Os resultados da aplicabilidade dessas pesquisas visam oferecer maior eficácia nas análises para agilizar o tempo dos alertas. Dessa forma, fortalece a estrutura nacional da Defesa Civil nas ações de prevenção, alertas e evacuação da população nas áreas de risco. Ao final da reunião, foram feitas recomendações e propostas para definição de protocolos e manuais.
“Nesta última reunião do ano, pudemos concluir sobre a metodologia ideal a ser aplicada no Brasil com relação ao monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres naturais por deslizamento de encostas”, afirmou o coordenador do evento e gerente operacional em Geociências do Cemaden, Celso Aluísio Graminha.
O intercâmbio entre Brasil e Japão faz parte do Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais, envolvendo o Cemaden-MCTI e a Jica. O projeto visa melhorar a capacidade brasileira de avaliar e reduzir riscos, aperfeiçoando o monitoramento, além de conduzir e organizar a pesquisa e desenvolvimento (P&D) sobre desastres naturais.
O Termo de Cooperação entre os dois países foi firmado em 2013, envolvendo as Agências Brasileira de Cooperação (ABC) e a de Cooperação Internacional do Japão (Jica), os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, das Cidades, da Integração Nacional e das Minas e Energia do Brasil, para o fortalecimento da capacidade brasileira na gestão de riscos de desastres naturais.
O Cemaden, criado por Decreto Presidencial nº 7.513, em julho de 2011, no âmbito do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, adota uma estrutura técnico-científica organizada, desenvolvendo capacidade científica, tecnológica e de inovação para continuamente aperfeiçoar os alertas de desastres naturais. Entre outras competências, emite alertas para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres – Cenad, do Ministério da Integração Nacional, auxiliando o Sistema Nacional de Defesa Civil. O Cemaden opera 24 horas por dia, sem interrupção, monitorando as áreas de risco em 795 municípios em todo território nacional.
Reunião Cemaden e Jica (Fotos Cristina Matayoshi, da JICA)
Cemaden e ANA integram sistema de monitoramento do Rio Paraíba do Sul
Com a finalidade de desenvolver um sistema integrado de ações para emissão de alertas e previsão do impacto das inundações e de ruptura de barragens, bem como de propagação de poluentes na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), está ampliando o acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA) para o intercâmbio técnico-científico entre as equipes das duas instituições.
O acordo de ação integrada tem como base a utilização do sistema computacional denominado Sistema de Previsão de Eventos Críticos (Sisprec), o qual obtém dados automaticamente do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e também dados da ANA.
Na semana passada, houve um outro acordo de gestão hidrográfica, definindo-se os aspectos técnicos de integração do sistema do Banco de Dados da ANA e do Cemaden. A ANA apresentou ao setor de Operação e Modelagem do Cemaden a metodologia de classificação de bacias hidrográficas com bases na configuração natural do sistema de drenagem (sistema adotado pela ANA e em outros países, denominado de “ ottocodificada”).
Nesta quinta-feira (11/12), o especialista em Recursos Hídricos da ANA, Othon Fialho de Oliveira, está em São José dos Campos, para o treinamento aos tecnologistas e pesquisadores do Cemaden, trazendo informações e apresentando o Sistema de Previsão de Eventos Críticos na Bacia do Rio Paraíba do Sul (Sisprec), que amplia a recepção de dados vindos das outras instituições (CPTEC/Inpe e ONS).
O desenvolvimento do Sisprec envolve a utilização de ferramentas que analisam os dados da previsão do tempo, bem como a criação de um histórico de precipitações, permitindo gerar simulações de possíveis enchentes na Bacia do Paraíba do Sul. Esses dados possibilitam desenvolver ações integradas para a gestão de risco e o gerenciamento de desastres relacionados aos recursos hídricos da Bacia do Rio Paraíba do Sul, com maior detalhamento aos rios Pomba, Muriaé, Carangola, Paraibuna e Paraíba do Sul.
A Bacia do Rio Paraíba do Sul estende-se por 184 municípios, uma das regiões mais habitadas e industrializadas do Brasil, abrangendo o Vale do Paraíba Paulista (13.500 km²), a Zona da Mata Mineira (20.900 km²) e quase metade do Estado do Rio de Janeiro (21.000 km²). Conforme dados do IBGE, o trecho da bacia referente à maioria dos municípios paulistas e do sul fluminense é o mais industrializado e urbanizado. Denominado de macroeixo Rio-São Paulo, o trecho envolve várias regiões metropolitanas, somando mais de 30 milhões de habitantes.
Protocolo de Ações Integradas de monitoramento e alerta de inundações
Desde dezembro de 2013, quando foi emitida a Portaria Conjunta n° 148/2013, ficou estabelecido o Protocolo de Ação Integrada para os casos de Inundação Gradual, definindo as competências entre a Agência Nacional de Águas (ANA), o Centro Nacional de Monitoramento a Alertas de Desastres Naturais – Cemaden, representado pela Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCTI), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) representado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec/MI) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
O Protocolo de Ação Integrada entre as instituições federais – envolvidas diretamente com o monitoramento e alerta de inundações – reforça a necessidade de intercâmbio técnico-científico dessas instituições para o enfrentamento de desastres relacionados a inundações, os quais afetam, todos os anos, grande número de pessoas, além dos prejuízos gerados por esse tipo de desastre.
Integração do sistema de gestão hidrográfica entre Cemaden, ANA e DAEE
Para o aprimoramento da gestão e monitoramento das bacias hidrográficas, foi finalizado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia do Estado de São Paulo (DAEE). Os aspectos técnicos de integração entre o sistema do Banco de Dados das instituições foram definidos para a integração da gestão hidrográfica.
A ANA apresentou ao setor de Operação e Modelagem do Cemaden a metodologia de classificação de bacias hidrográficas com bases na configuração natural do sistema de drenagem. Essa metodologia de codificação de bacias hidrográficas foi criada pelo pesquisador brasileiro Otto Pfafstetter, na década de 1980, e vem sendo utilizada pela ANA e por diversos países no mundo.
O procedimento adotado pela ANA para a construção da base hidrográfica denominada “ottocodificada” oferece economia de dígitos do código, a possibilidade de detalhamento em escalas maiores e a representação hierárquica da rede, trazendo informação topológica da bacia e sua aplicabilidade global. Com essa técnica, é possível aprimorar a gestão hidrográfica e o controle das atividades implementadas na região, identificando o rio principal dentro da bacia hidrográfica e o tipo de conexão com as demais bacias.
A reunião entre as instituições ocorreu na última quarta-feira (02/12) na sede do Cemaden no Parque Tecnológico, em São José dos Campos, participando o Coordenador-Geral de Operações e Modelagem, pesquisador Eduardo Mario Mendiondo, o especialista em Recursos Hídricos, João Carlos Carvalho, da Agência Nacional de Águas (ANA) e os técnicos de Informática e Engenharia do DAEE, Diego Monteiro e Stephanie Becker.
O novo Acordo de Cooperação Técnica entre o Cemaden, a ANA e o DAEE inclui a integração da base de dados hidrometeorológicos e telemétricos, além da gestão e utilização dos recursos hídricos de forma correta. O acordo define a articulação interinstitucional, visando o aprimoramento dos serviços de emissão de alertas e gerenciamento de riscos e desastres naturais, como no caso da previsão de cheias ou inundações.
Reunião para elaboração do Acordo de Cooperação Técnica entre o Cemaden, a ANA e o DAEE inclui a integração da base de dados hidrometeorológicos e telemétricos
Cemaden participa nas discussões sobre desafios da escassez hídrica
O seminário regional sobre “Desafios e Ameaças da Escassez Hídrica para o Vale do Paraíba”, realizado hoje à tarde (02.12), no Parque Tecnológico, em São José dos Campos, apresentou informações técnicas, precisas e atualizadas, sobre a situação da escassez hídrica na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte do Estado de São Paulo, com o objetivo de buscar soluções para a questão do baixo volume dos recursos hídricos da região.
Organizado pela Universidade de São Paulo (Unesp), em parceria com a administração do Parque Tecnológico de São José dos Campos, com o apoio do Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista, o evento contou com a participação de representantes que possuem poder de decisão sobre a gestão dos recursos hídricos da região paulistana.
Os pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, participaram dos debates, principalmente, os que vem desenvolvendo pesquisas na área de Mudanças Climáticas, Hidrologia e Desastres Naturais.
As conclusões das apresentações e discussões servirão de pauta para a redação dos princípios e objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos.