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Desastres naturais será um dos temas discutidos na conferência internacional sobre mudanças climáticas
A conferência será aberta nesta quarta-feira, em São Paulo e se estenderá até sexta-feira, com a participação de pesquisadores nacionais e internacionais que discutirão treze temas integradores sobre mudanças climáticas, entre eles, Desastres Naturais e Cenários Climáticos para Estudos IVA.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – ambos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – promoverão a Conferência Internacional do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas ( INCT-MC), nos próximos dias 28 a 30 de setembro, no Espaço Apas, Centro de Convenções, no Alto da Lapa, na capital de São Paulo. O evento tem apoio institucional da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O chefe de Pesquisas e Produtos Integrados do Cemaden, climatologista José Marengo, coordenador da organização do evento, informou que a novidade nessa conferência internacional é a integração das ciências naturais, sociais e as tecnologias, referentes ao sensoriamento remoto.
“Os resultados da conferência contribuirão para oferecer subsídios científicos e tecnológicos para a tomada de decisões, aplicadas nas políticas ambientais e nos desafios para o desenvolvimento sustentável.”, enfatiza o climatologista José Marengo. Entre os aspectos importantes que ele considera na abordagem sobre mudanças climáticas estão a intensidade dos impactos e os efeitos na humanidade: “ Os impactos das mudanças climáticas serão maiores quanto maior for o aquecimento global. E esses impactos provocados pelos extremos climáticos afetarão, principalmente, os sistemas de saúde, alimentação e energético da população mundial.”
Durante a conferência, serão abordados pelos cientistas nacionais e internacionais, também, os modelos do sistema climático, geossensores para medir a concentração de gases de efeito estufa e o sistema de prevenção de desastres naturais.
Mais informações sobre a Conferência Internacional do INCT para Mudanças Climáticas podem ser obtidas pelo site http://www.fapesp.br/eventos/inct/sobre.
(Assessoria de Comunicação do Cemaden – Maria Rosário Orquiza)
Teresópolis recebe sensores geotécnicos do Cemaden para monitorar riscos de deslizamentos
Instalação de prisma no Morro do Rosário, em Teresópolis (RJ), pela equipe do Cemaden com apoio da Defesa Civil municipal (Foto: Ascom-Cemaden)
Duas equipes dos Setores de Pesquisas e de Monitoramento do Cemaden estiveram em Teresópolis, nesta semana, concluindo a identificação dos pontos e instalação dos prismas no Morro do Rosário, nos Bairros Rosário, Pimentel e Perpétuo, além da Serra dos Cavalos. A força tarefa conta com a parceria da Defesa Civil municipal, dos técnicos da empresa dos equipamentos, além do apoio da comunidade local.
Aumentar a confiabilidade de monitoramento nas áreas suscetíveis a riscos de deslizamentos, aprimorando os estudos científicos sobre os processos e pontos críticos para a emissão de alertas com maior precisão são os objetivos do Projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Os trabalhos de instalação de 100 (cem) prismas e da Estação Total Robotizada (ETR), no município de Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, foram iniciados com a reapresentação do projeto, pelo pesquisador e engenheiro geotécnico do Cemaden, Rodolfo Mendes, na sede da Secretaria da Defesa Municipal de Teresópolis, no último dia 19.
“É importante obter a autorização da comunidade local, onde serão instalados os equipamentos. O sucesso do projeto depende da compreensão dos moradores sobre esse monitoramento para prevenção dos riscos de deslizamentos, inclusive para a manutenção e preservação desses equipamentos.”, enfatiza Mendes, destacando a importância da parceria junto à Defesa Civil municipal.
“É um grande avanço para a população, que vai receber os alertas da Defesa Civil com maior precisão”, afirma o secretário municipal da Defesa Civil de Teresópolis, coronel Ricardo Leal, que participou da apresentação acompanhado do subsecretário, major Breno Correia e dos agentes comunitários.
Da equipe do Cemaden, além do pesquisador Rodolfo Mendes, participam da instalação dos sensores geotécnicos: o pesquisador e hidrólogo Márcio Mendes e os tecnologistas da área geodinâmica, Celso Graminha e Juliano Coelho. As instalações dos sensores geotécnicos estão feitas no Morro do Rosário, nos Bairros Rosário, Pimentel e Perpétuo e na Serra dos Cavalos. Previstas para terminarem no final de setembro, a instalação dos equipamentos nessas áreas abrangem a concentração de cerca de 60 mil habitantes.
Instalação do sensor geotécnico na torre da igreja
Sensor geotécnico (ETR) instalada na torre (lado direito) da Igreja de São Pedro, em Teresópolis (RJ) para o monitoramento de morros pelo Cemaden e prevenção de riscos de deslizamentos. (Foto: Ascom-Cemaden)
A Estação Total Robotizada (ETR) – equipamento que emite sinal e registra o retorno do sinal refletido pelos prismas – instalada em nove municípios do território brasileiro, geralmente, está fixada em órgãos públicos, como por exemplo, em unidades de saúde, hospital e escolas municipais.
Em Teresópolis, a novidade é que essa ETR foi instalada em uma das torres da Igreja de São Pedro, no bairro do mesmo nome. Inaugurada no início da década de 1950, a igreja, atualmente, passa por uma reforma para ser reinaugurada no mês de outubro.
O apoio e permissão do padre Agnaldo Andrade dos Santos para a instalação de um equipamento na torre da igreja foram fundamentadas pela sua compreensão da importância desse monitoramento para salvaguardar vidas. Ele próprio vivenciou a tragédia ocorrida no município, na região dos bairros de Posse e Campo Grande, em 2011. Como sacerdote, na época, ajudou a população, tanto na logística de alimentação e roupas, como no apoio emocional e espiritual.
“O que mais me impressionou como sacerdote foi a solidariedade e o apoio mútuo da população. As pessoas se colocavam no lugar da outra e compartilharam a vivência da tragédia, procurando ajudar dia e noite no salão paroquial.” , afirma o padre Agnaldo. Ele reforça que o reconhecimento da instalação do sensor geotécnico irá complementar essa outra função da igreja de salvaguardar vidas: “As sirenes de alerta estão instaladas na igreja e o nosso salão paroquial é um ponto de apoio para a população nos momentos críticos provocados pelos desastres naturais.”
Acompanhado por moradores, equipe do Cemaden visita a área onde ocorreu a tragédia de 2011
Geólogo do Cemaden, junto aos moradores que vivenciaram o desastre de 2011, em Teresópolis (RJ), observando o nível de terra depositado no estabelecimento comercial, resultado da inundação com detritos do Rio Paquequer (Foto:Ascom-Cemaden)
Casas destruídas na região de Posse e Campo Grande, em Teresópolis, com as marcas do desastre de 2011 e a identificação da interdição oficial (à direita). (Foto: Ascom-Cemaden)
Em janeiro deste ano, a tragédia da região serrana do Rio de Janeiro completou 5 anos. Foi considerado o evento de maior impacto provocado por inundação e deslizamentos de massa, com o maior número de vítimas registrados no país. Após esse evento, o governo federal criou o Cemaden, em julho de 2011, para monitorar os municípios considerados prioritários- mapeados com as áreas de riscos. A missão do Cemaden é o de monitoramento e emissão alertas de riscos de desastres naturais, com o objetivo de prevenir e minimizar os impactos socioambientais desses eventos.
Teresópolis foi um dos municípios da região serrana do Rio de Janeiro mais impactado pelas inundações e deslizamentos de terra, rochas e árvores. A devastação dos bairros de Posse e Campo Grande ( cerca de meia hora do centro de Teresópolis), na área por onde passa o Rio Paquequer, ainda mantém algumas marcas da tragédia. A equipe do Cemaden foi acompanhada por duas testemunhas que vivenciaram a tragédia.
Membro da equipe da Defesa Civil, Reimy Rodrigues da Silva, de 75 anos, nasceu e viveu nessa região, participando na ajuda e resgate das pessoas. Na época, vivia em uma granja, mais acima do local atingido pelo desastre, trabalhando como motorista e também voluntário da Defesa Civil. Não sabe o número exato de familiares que perdeu no evento, mas estima cerca de 50 parentes. Como presidente da Associação de Moradores, conhecia toda a comunidade. Antes da tragédia, seu cotidiano era ajudar nas emergências, transportando as pessoas da comunidade para os hospitais ou para ter a assistência de parto. “Perdi muitas pessoas amigas, que conhecia desde criança.”, afirma Seu Reimy, como é conhecido em toda a comunidade. “No desastre, trabalhamos por mais de uma semana, dia e noite, no resgate das pessoas.” Ele conta que, hoje, sempre que há uma chuva intensa, voltam aquelas cenas em sua memória.
Jorge Luís Quinteiro trabalha como construtor e é membro ativo dos eventos comunitários da Igreja de São Pedro. Na época do desastre de Teresópolis, ajudou a coordenar o cadastramento de mais de 600 pessoas e distribuição de cestas básicas no salão paroquial, por quase dois meses seguidos. “A cidade parecia uma área de guerra. O desespero era total. Sem comunicação, sem estradas e todos os voluntários trabalhavam virando a noite e dia para atender as famílias desabrigadas.”, lembra Quinteiro. Foi dele a iniciativa de acompanhar a equipe do Cemaden na área do desastre de 2011.
O tecnologista e geólogo do Cemaden, Celso Graminha, informou que em 2012, teve a oportunidade de visitar esse local, junto a uma equipe da instituição. Atualmente, apesar da área devastada estar tomada por mato, registrou e fez a observação sobre alguns resquícios da destruição, deixados pelos restos de construção, rochas e das árvores que ainda se mantém reclinadas pela força da inundação, composta por rochas e detritos. “Estar no local do evento, nos faz reforçar a conscientização da importante missão do Cemaden de salvaguardar vidas, no empenho de aprofundar as pesquisas e aprimorar a emissão de alertas.”, finaliza o geólogo do Cemaden.
Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos
Além de Teresópolis, os sensores geotécnicos já foram instalados nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo; em Blumenau, em Santa Catarina; Nova Friburgo e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro; em Recife, no estado de Pernambuco; em Salvador, na Bahia e em fase de finalização no município de Angra dos Reis, também no Rio de Janeiro. Pelo projeto do CNPq, a primeira instalação desses equipamentos para monitoramento de riscos de deslizamentos foi em Campos do Jordão (SP).
A Estação Total Robotizada (ETR) é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 prismas (ou espelhos) instalados nos morros e encostas do município. Esses sinais emitidos permitem captar até pequenas movimentações de terra dos morros, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus, cobrindo até 2,5 km de extensão.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade
Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos, na primeira etapa, cada um dos nove municípios recebeu uma Estação Total Robotizada, acompanhada de 100 prismas.
A segunda etapa do projeto, serão instalados mais um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, que coletam dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo, complementando as informações sobre possíveis riscos de deslizamentos. Está em processo para a licitação dos serviços de instalação dos equipamentos dessa segunda etapa, com previsão para execução no primeiro semestre de 2017. ( Fonte: Assessoria de Comunicação do Cemaden)
Encerra-se neste domingo, 25/09, o período de inscrições para participar da Conferência Internacional do INCT sobre Mudanças Climáticas
Prevista para ocorrer entre os dias 28 e 30 de setembro, o objetivo da conferência é apresentar os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas e discutir as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelos vários projetos de pesquisa, além de promover o debate entre pesquisadores e estudantes envolvidos com a temática.
Na conferência serão apresentados os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas e a discussão entre pesquisadores sobre as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelo projeto. Este foi organizado em três eixos científicos principais: a base científica das mudanças ambientais globais, os impactos-adaptação-vulnerabilidade e a mitigação.
As inscrições para participar da conferencia encerram-se neste domingo dia 25 de setembro de 2016.
Para mais informações sobre as inscrições acesse o site do evento http://www.fapesp.br/eventos/inct/.
Conhecimento científico e práticas foram abordados no curso de gerenciamento de desastres naturais
Durante uma semana, 40 participantes integrantes de defesas civis do estado de São Paulo, pesquisadores e área acadêmica obtiveram informações teóricas e práticas das ações sobre desastres naturais. O objetivo foi o de integrar as informações entre instituições de pesquisa e Defesas Civis, facilitando a comunicação e ações para prevenção, mitigação e preparação, principalmente, dos processos de inundação e deslizamentos nas áreas de risco.
O Curso “Práticas de Prevenção e Gerenciamento de Riscos de Desastres Naturais”, promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), foi realizado entre os dias 12 e 16 de setembro, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes enfatizou sobre a importância dos esforços para aprimorar a comunicação com as Defesas Civis, nos processos de monitoramento, prevenção e alertas dos riscos de desastres naturais. Destacou a oportunidade do curso em promover o intercâmbio de conhecimentos científicos e práticos, entre Cemaden, Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), CPRM e Defesas Civis, como integrantes das bases do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais.
“Um dos desafios é o de aprimorar os procedimentos de comunicação entre o Cemaden e as Defesas Civis.”, afirma o diretor Osvaldo Moraes na abertura do curso. “Para nós, é importante saber como os alertas emitidos pelo Cemaden serão recebidos, como serão aplicados na comunidade de risco e receber o retorno das Defesas Civis sobre a situação local e os resultados do alerta.”
O secretário-chefe da Casa Militar do Estado de São Paulo e coordenador Estadual de Defesa Civil, Cel. PM José Roberto Rodrigues de Oliveira enfatizou a importância do trabalho cotidiano dos agentes das Defesas Civis municipais e a conscientização sobre a missão com a sociedade. “É fundamental, cada vez mais, fortalecer o sistema da Defesa Civil. O dia-a-dia desse trabalho deve manter a reflexão constante do chamado ‘círculo de ouro’ : o quê, como e o porquê faço para protegermos uma pessoa.” , afirma o secretário.
Abordagens do curso e práticas em campo
Dentro da programação do Curso Práticas de Prevenção e Gerenciamento de Riscos de Desastres Naturais, foram abordados assuntos referentes ao Mapeamento de áreas de risco, Monitoramento e Alerta, Plano de Contingência e Evacuação Emergencial, Atividade em Campo e Mapeamento e exercícios e avaliações sobre as atividades.
Na área de monitoramento e alerta, a equipe de pesquisadores do Cemaden apresentou o uso das ferramentas e sistemas de monitoramento disponíveis, interpretação de alertas e coleta de informações de ocorrências. Foram discutidas com são tomadas as decisões com base na construção do cenário de risco, avaliando impacto desse risco e probabilidades de ocorrência, feita de forma interdisciplinar de profissionais de geodinâmica, meteorologia, hidrologia e desastres naturais.
O coordenador de preparação e gestão de riscos, do Cenad, Rafael Pereira Machado, palestrante do tema sobre Plano de Contingência, destacou a oportunidade do curso em construir a interação entre o conhecimento científico das instituições de pesquisa e desenvolvimento às boas práticas da atuação da Defesa Civil nas situações emergenciais. “Em razão da extensão continental do país, esse fluxo de interação de conhecimentos e práticas permite maior eficiência nas atividades desenvolvidas pelas equipes das Defesas Civis para a preparação, prevenção e resposta aos riscos de desastres naturais junto à sociedade.”
Além das técnicas de mapeamento das áreas de risco de desastres naturais, o curso também ofereceu atividades em campo, para o mapeamento e identificação das áreas de risco, com visitas nos bairros Mirante do Buquirinha, Buquirinha II e Freitas, no município de São José dos Campos (SP). Os participantes tiveram atividades práticas para o levantamento e avaliação das áreas de risco de deslizamentos e de inundação, com a equipe de técnicos da CPRM, coordenada pela geóloga e pesquisadora em Geociências, Andrea Lazaretti.
Balanço sobre o curso feito pelos participantes
Conhecimentos, comunicação e integração foram pontos importantes destacados pelos participantes do curso, realizado durante uma semana no Parque Tecnológico. Defesas civis de diversas regiões do Estado de São Paulo participaram do curso, como as Defesas Civis do Consórcio do ABC, a do Vale do Ribeira, da Região de Marília entre outros municípios da Grande São Paulo e interior.
O coordenador de Defesa Civil de São José dos Campos, Cel. Custódio Barreto Neto, considerou entre, os pontos positivos do curso, o compartilhamento de ações e intercâmbio de conhecimentos entre as Defesas Civis de São Paulo, permitindo criar um intercâmbio que será mantido entre os municípios. Também, ressaltou a oportunidade de ampliar os conhecimentos científicos de alto nível com os palestrantes. “Todas as informações e ferramentas de gerenciamento das áreas de risco, como exemplo, as técnicas de plotagem das áreas de risco e a documentação das fases de evolução dessas áreas, são importantes no trabalho de mitigação de desastres naturais”, afirma o coordenador.
Representando 52 municípios, houve a participação de representantes da Coordenação Estadual da Defesa Civil Regional de Marília. O coordenador-adjunto, Harold Scharf, destacou a importância das atividades do trabalho em campo e as orientações técnicas, do ponto de vista científico, sobre como os procedimentos dos primeiros passos para melhor atendimento nas comunidades de risco. “Todas as informações vão contribuir para uma atuação mais eficiente e eficaz nas atividades dos municípios, conhecimentos que compartilharemos na região.”
A agente da Defesa Civil, Liv da Costa Domingo, atuando há 5 anos no município de Atibaia, disse que as informações obtidas no curso permitem atualizar as ações e procedimentos entre os agentes, as instituições e a sociedade. “O curso possibilitou alinhar a comunicação entre as instituições, com uma linguagem clara e objetiva.”, afirma a agente, enfatizando a importância dessa comunicação no feedback, ou retorno das ações e resultados da Defesas Civis municipais nos relatórios estaduais e nacionais. “ É importante que esse sistema do banco de informações seja integrado, para aprimoramento da eficiência e agilidade, de forma a não sobrecarregar, principalmente, nos momentos dos atendimentos de crise extrema.”
Representando 14 municípios do Vale do Ribeira, o coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual, Célio de Farias, considerou que o conteúdo abrangente do curso esclareceu muitas dúvidas das atividades cotidianas das Defesas Civis. “ Os conhecimentos teóricos e a visão detalhista científica repassada pelos palestrantes aprimoram nosso trabalho de prevenção de riscos. Nossas atividades em campo, sempre foram mais voltadas no contato com os moradores.”
Cemaden finaliza instalação de sensores geotécnicos em Teresópolis (RJ)
Os equipamentos permitirão estudar e identificar os momentos preliminares e críticos que antecedem o deslizamento, de forma a obter dados com maior confiabilidade para a emissão de alertas de riscos desse desastre natural, complementando os dados e informações da rede observacional de monitoramento. Nove municípios brasileiros receberam esses sensores geotécnicos, dentro do Projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos do Cemaden.
A conclusão do trabalho da instalação dos sensores geotécnicos no município de Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, será feita pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, entre os dias 19 e 22 de setembro. Nesse período, uma equipe de pesquisadores do Cemaden estará acompanhando os trabalhos de instalação e configuração dos equipamentos, junto à equipe da Defesa Civil do município.
Os sensores geotécnicos fazem parte do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos do Cemaden/MCTI para acompanhar, com maior precisão, a movimentação de terra em morros e encostas nas áreas de riscos de deslizamentos. São equipamentos de alta tecnologia que estão sendo instalados nas áreas vulneráveis a deslizamentos de nove municípios, em várias regiões do País.
Em Teresópolis, a Estação Total Robotizada (ETR) já foi instalada na Paróquia de São Pedro, no Bairro São Pedro. A conclusão da instalação de 100 prismas na Comunidade do Rosário ocorrerá a partir da próxima semana até o final deste mês.
Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos
A Estação Total Robotizada (ETR) é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 prismas (ou espelhos) instalados nos morros e encostas do município. Esses sinais emitidos permitem captar até pequenas movimentações de terra dos morros, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus, cobrindo até 2,5 km de extensão.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade.
Os moradores das áreas de riscos de deslizamentos de Teresópolis estão sendo informados e esclarecidos sobre as instalações desses aparelhos próximos às moradias. Esses equipamentos não causam quaisquer interferências em outros equipamentos e nem impactos às áreas onde serão instalados.
O município de Teresópolis já tem parceria com o Cemaden, com 19 (dezenove) pluviômetros automáticos instalados em locais próximos a áreas de risco de desastres. Os pluviômetros têm a função de medir, em milímetros, a quantidade de chuva precipitada, durante um determinado tempo e local, para monitoramento do município.
Além de Teresópolis, os sensores geotécnicos já foram instalados nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo; em Blumenau, em Santa Catarina; Nova Friburgo e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro; em Recife, no estado de Pernambuco; em Salvador, na Bahia e em fase de finalização no município de Angra dos Reis, também no Rio de Janeiro.
Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos, na primeira etapa, cada um dos nove municípios recebeu uma Estação Total Robotizada, acompanhada de 100 prismas. Na segunda etapa do projeto, serão instalados mais um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, que coletam dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo, complementando as informações sobre possíveis riscos de deslizamentos.
Técnicos e pesquisadores discutem gerenciamento de desastres naturais
Começa nesta segunda-feira (12) o curso sobre prevenção e gerenciamento de riscos de desastres naturais, que será realizado no Parque Tecnológico, em São José dos Campos. Direcionado a agentes e técnicos de Defesas Civis e membros da comunidade acadêmica, o curso focará aspectos teóricos e práticos das ações para prevenção, mitigação e preparação, principalmente, dos processos de inundação e deslizamentos.
Com o objetivo de capacitar profissionais que atuam diretamente na área de proteção e defesa civil do Estado de São Paulo, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – promove o curso “Práticas de Prevenção e Gerenciamento de Riscos de Desastres Naturais”, no período de 12 a 16 de setembro, no Auditório 4 do Parque Tecnológico, em São José dos Campos (SP).
A abertura do evento, prevista para as 8 horas, desta segunda-feira (12), será feita pelo diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes que fará a abordagem sobre a atuação e importância das ações interministeriais e governamentais, dentro do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Criado em 2012, esse plano estratégico integra diversos ministérios para as ações de mapeamento de áreas de risco, monitoramento e alerta, prevenção, mitigação e resposta a desastres naturais.
Além do diretor do Cemaden, estarão presentes, na abertura do curso, representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
Sobre o Curso
Foram abertas 40 vagas destinadas aos agentes e técnicos do quadro de servidores efetivos das Defesas Civis Estaduais e Municipais e membros da comunidade acadêmica.
O curso será ministrado das 8h às 17h30, durante uma semana, abordando ações de prevenção e preparação para desastres naturais, nos aspectos teóricos e práticos, principalmente, dos processos de inundação e deslizamentos.
Na Programação, serão abordados os seguintes temas : 1°- dia 12 : Mapeamento de áreas de risco; 2º -dia 13 : Monitoramento e Alerta; 3º- dia 14 : Plano de Contingência e Evacuação Emergencial; 4º- dia 15 : Atividade em Campo e Mapeamento e 5º- dia 16 : exercícios e avaliações sobre as atividades.
A abordagem do tema sobre Monitoramento e Alerta, no dia 13 (terça-feira), será de responsabilidade do Cemaden, que disponibilizará informações sobre o uso das ferramentas e sistemas de monitoramento disponíveis, interpretação de alertas e coleta de informações de ocorrências.
Nas atividades em campo, previstas para o dia 15 (quinta-feira), estão programadas visitas aos bairros Mirante do Buquirinha e Freitas, no município de São José dos Campos. Nesses bairros, serão realizadas atividades práticas para o processo de avaliação das áreas de risco de deslizamentos e de inundação.
Cemaden finaliza instalação de equipamentos para monitoramento de riscos de deslizamentos em Angra dos Reis (RJ)
A finalização do trabalho da instalação dos sensores geotécnicos no município de Angra dos Reis, região serrana do Rio de Janeiro, pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, ocorrerá na próxima semana, entre os dias 12 e 16 de setembro. Nesse período, uma equipe de pesquisadores do Cemaden estará acompanhando os trabalhos de instalação e configuração dos equipamentos, em parceria com a Defesa Civil do município.
Os sensores geotécnicos fazem parte do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos do Cemaden/MCTI para acompanhar, com maior precisão, a movimentação de terra em morros e encostas nas áreas de riscos de deslizamentos. São equipamentos de alta tecnologia que estão sendo instalados nas áreas vulneráveis a deslizamentos de nove municípios, em várias regiões do País.
Em Angra dos Reis, já foi instalada a Estação Total Robotizada (ETR), no prédio da Rua Raul Pompeia, no Centro da cidade, que fica direcionada em frente às áreas vulneráveis a deslizamentos das encostas, onde estão sendo instalados os 100 (cem) prismas. Essas áreas se localizam nos Morros : do Abel, da Carioca, do Santo Antonio, da Caixa D’Água, do Carmo, da Fortaleza, das Marinas e do Sapinhatuba III.
Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos
A Estação Total Robotizada (ETR) é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 prismas ( ou espelhos) instalados nos morros e encostas do município. Esses sinais emitidos permitem captar até pequenas movimentações de terra dos morros, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus, cobrindo até 2,5 km de extensão.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade.
Os moradores das áreas de riscos de deslizamentos de Angra dos Reis estão sendo informados e esclarecidos sobre as instalações desses aparelhos próximos às moradias. Esses equipamentos não causam quaisquer interferências em outros equipamentos e nem impactos às áreas onde serão instalados.
O município de Angra dos Reis já tem parceria com o Cemaden, com 30 pluviômetros automáticos instalados em locais próximos a áreas de risco de desastres, além de 16 pluviômetros semiautomáticos, do Projeto Pluviômetros nas Comunidades. Os pluviômetros têm a função de medir, em milímetros, a quantidade de chuva precipitada, durante um determinado tempo e local, para monitoramento do município.
Além de Angra dos Reis, os sensores geotécnicos já foram instalados nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo; em Blumenau, em Santa Catarina; Nova Friburgo e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro; em Recife, Pernambuco; em Salvador, na Bahia e em finalização no município de Teresópolis, também na região serrana do Rio de Janeiro.
Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos, na primeira etapa, cada um dos nove municípios recebeu uma Estação Total Robotizada, acompanhada de 100 prismas. Na segunda etapa do projeto, serão instalados mais um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, que coletam dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo, complementando as informações para o monitoramento de possíveis riscos de deslizamentos.
Cemaden coordena discussões sobre desastres naturais na conferência dos países do Brics
Acordos de intercâmbios científicos e tecnológicos foram discutidos entre os países do Brics, na Sessão Especial – realizada na Rússia e coordenada pelo Cemaden – para tratar sobre “Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais em Regiões Costeiras”. As reuniões ocorreram durante a XXVI Conferência Conjunta de Regiões Costeiras de 2016, EMECS 11, realizado no período de 22 a 27 de agosto.
Dentro do acordo de cooperação multilateral entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – países que integram o Brics – o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações fez a abertura e coordenou a Sessão Especial “Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais em Regiões Costeiras”, em Petersburgo, na Rússia, na semana passada, nos dias 22 a 27 de agosto.
O Cemaden foi designado para coordenar o Plano de Trabalho, entre 2015 e 2018, na área de prevenção e mitigação de desastres naturais, uma das áreas prioritárias de discussão entre os países do Brics. O acordo de cooperação entre os países do Brics foi realizado em 2015.
Na sessão especial da conferência científica, realizada na Universidade Estadual de Hidrometeorologia da Rússia (Russian State Hydrometeorological University – RSHU), o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, apresentou aos países do Brics as experiências do Brasil no sistema de monitoramento e alertas, mostrando as estratégias interministeriais de gestão de desastres naturais, desde o mapeamento das áreas de risco, prevenção, resposta e mitigação de desastres naturais.
Entre as articulações, foi estabelecido que o Grupo de Trabalho dos Brics – em Desastres Naturais – deverá constituir sub-grupos para tratar de temas específicos, uma vez que as características e tipos de desastres não são, necessariamente, comuns aos países.
“Nos acordos entre os países, definiu-se formalizar os projetos de cooperação técnica e, para o incentivo às pesquisas, realizar intercâmbios científicos entre os pesquisadores.”, destaca o diretor do Cemaden, informando que esses intercâmbios podem ser financiados pelas agências de fomento, por meio de acordos bi ou multilaterais.
As reuniões ocorreram durante a Conferência Conjunta de Regiões Costeiras (EMECS 11) com o tema “Gerenciamento de Riscos nas Regiões Costeiras em um mundo em mudança”. Foram discutidas, também, a situação atual das áreas prioritárias em cada um dos países Brics, considerando a posição geográfica e as diversas questões na prevenção e mitigação de desastres naturais.
Apresentação de pesquisa científica do Cemaden
O climatologista José Marengo, chefe da Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, apresentou, durante a conferência, o trabalho científico sobre a avaliação de vulnerabilidade no litoral e a tomada de decisão dos gestores, com base nos estudos de adaptação para a elevação do nível do mar na cidade de Santos, no estado de São Paulo. Essa pesquisa integra o “Projeto Metrópoles”, envolvendo uma equipe multidisciplinar formada por cientistas sociais e naturais do Brasil, Reino Unido e Estados Unidos. Nesse projeto de cooperação internacional, avaliam os processos de tomada de decisão locais, fornecendo dados aos gestores urbanos locais para planejarem ações voltadas à adaptação e minimização dos impactos, com relação à subida do nível do mar.
“O projeto visa ajudar as comunidades costeiras a entender melhor os fatores que facilitam ou dificultam as ações e a tomada de decisões, relacionadas ao planejamento para adaptação ao risco.”, explica José Marengo.
Cooperação entre os países do Brics
No acordo de cooperação entre os Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ( países do Brics), firmado dia 18 de março de 2015, os termos aprovados entre os países estão inclusos em dois documentos: a Declaração de Brasília e o Memorando de Entendimento sobre a Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação.
Na programação da EMECS 11 – XXVI Conferência Conjunta de Regiões Costeiras “Gerenciamento de Riscos nas Regiões Costeiras em um Mundo em Mudanças” foram discutidas a situação atual das áreas prioritárias em cada um dos países que compõem o Brics, considerando a posição geográfica e as diversas questões na prevenção e mitigação de desastres naturais.
Percepção de riscos das mudanças climáticas e os limites da adaptação são debatidos no Cemaden
O climatologista e coordenador do INCT para Mudanças Climáticas, Carlos Nobre, apresentou o panorama dos riscos das mudanças climáticas para o Brasil, a convite do Cemaden, dentro da programação da Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres”. Enfatizou a importância da percepção de riscos e concluiu que estamos numa corrida contra o tempo para as ações de mitigação e minimização dos riscos e impactos, resultantes do aquecimento global.
Discutir sobre as ferramentas da avaliação da análise de riscos das mudanças climáticas no Brasil, seus impactos e limites da adaptação – bem como a análise da percepção e consciência desses riscos pela sociedade – foram os tópicos destacados na palestra do coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, climatologista Carlos Nobre, realizada no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, nesta semana (23), dentro da programação da Série Debates “Ciência, Riscos e Desastres”.
Apresentando as avaliações do risco sistêmico do aquecimento no mundo e no Brasil, Nobre abordou sobre as probabilidades e projeções do aumento da temperatura provocado pelo aumento da concentração dos gases de efeito estufa. “As pesquisas científicas apontam a relação do aumento da temperatura com o crescimento da emissão desses gases”, enfatizando a necessidade de urgentes ações para mitigação desses impactos e minimização de riscos decorrentes das mudanças climáticas.
“Sem ações de mitigação via redução das emissões, a temperatura média global da superfície poderá aumentar entre 3,7ºC e 4,8°C até o fim do século”, alerta Nobre. “O potencial da adaptação aos impactos das mudanças climáticas fica reduzido, à medida que o aquecimento ultrapassa certos limiares, aumentando, assim, os riscos e impactos”, enfatiza o climatologista.
Percepção de riscos e os limites da adaptação
Com base na análise das projeções de riscos e impactos, Carlos Nobre explicou que – para promover a redução da vulnerabilidade à mudança do clima adotando estratégias para a gestão de risco – as ações para a adaptação têm um prazo, dado o agravamento do cenário.
“Com a diminuição das possibilidades de adaptação – ou seja, o enfrentamento para diminuição dos impactos do aquecimento global – é iniciada a aceleração do aumento desses impactos, de maneira irreversível. Existem limites absolutos à capacidade humana de adaptação”.
Nobre falou sobre a importância das percepções de risco, e que essa percepção varia globalmente, entre setores da sociedades, sua localização geográfica e ao longo do tempo.
Modelo exemplar de ações para diminuição dos riscos
Com relação à percepção dos riscos das mudanças climáticas, o cientista Carlos Nobre afirma que deveria seguir o exemplo do modelo da Organização Mundial de Saúde. Em 2015, mesmo sem certeza e com poucos dados científicos, trabalharam para a prevenção e mitigação da doença, no caso da Zika, em nível mundial. Dessa forma, minimizaram os riscos e impactos da doença através de alerta internacional de emergência no nível máximo, atenuando o risco.
“Os riscos das mudanças climáticas apontados nos estudos científicos, colocam em 99% de certeza dos gases estarem afetando a temperatura global. Mas, temos falhado em ações concretas para diminuir as emissões.”, afirma.
Probabilidades da temperatura no Brasil
Estima-se que a temperatura média no Brasil pode subir entre 1,3 a 3,8°C, mesmo para cenários de médias emissões. Entre as regiões brasileiras, o maior aumento da temperatura está prevista para a Amazônia, com variações que podem chegar a 8° C, no caso de cenários de máximas emissões. Carlos Nobre enfatiza a importância de se avaliar o risco sistêmico de aquecimento de muitos graus centígrados no Brasil. “Isso serve como estratégia para desenvolver uma abordagem baseada em avaliação de riscos para comunicar os riscos das mudanças climáticas à política pública.” E o que fazer para minimizar os riscos? O climatologista cita as recomendações da Conferência das Partes (COP-21), elaboradas na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Mudança Climática.
Carlos Nobre tem uma longa relação histórica com o Cemaden, tendo sido seu criador em 2011, enquanto exercia a função de Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do MCTIC. A palestra da Série de Debates – “Os riscos das mudanças climáticas para o Brasil” -Carlos A. Nobre – Coordenador Geral do INCT para Mudanças Climáticas) está disponibilizada no Canal do youtube “Série de Debates do Cemaden”: https://www.youtube.com/channel/UCli7dG6pJ6wPkJs53x3FK-w.
Cemaden é um dos organizadores da conferência internacional do INCT sobre Mudanças Climáticas
Prevista para ocorrer entre os dias 28 e 30 de setembro, o objetivo da conferência é apresentar os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas e discutir as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelos vários projetos de pesquisa, além de promover o debate entre pesquisadores e estudantes envolvidos com a temática.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – ambos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – promoverão a Conferência Internacional do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas ( INCT-MC), nos próximos dias 28 a 30 de setembro, no Espaço Apas, São Paulo (SP). O evento tem apoio institucional da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Na conferência serão apresentados os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas e a discussão entre pesquisadores sobre as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelo projeto. Este foi organizado em três eixos científicos principais: a base científica das mudanças ambientais globais, os impactos-adaptação-vulnerabilidade e a mitigação.
Também foram inclusos os esforços de inovação tecnológica em modelos do sistema climático, geossensores para medir a concentração de gases de efeito estufa e o sistema de prevenção de desastres naturais.
A programação do evento, que contempla o tema Resultados Científicos e Perspectivas sobre Mudanças Climáticas, com treze temas integradores, inclui apresentações de conferencistas nacionais e internacionais, de pesquisadores do INCT para Mudanças Climáticas, além da sessão de pôsteres.
O Cemaden participará da conferência no âmbito de duas palestras: no dia 29 setembro, abordando o Tema Integrador Desastres Naturais, pela diretora substituta e coordenadora de Relações Institucionais, Regina Alvalá. No dia 30 de setembro, no Tema Integrador Cenários Climáticos para Estudos IVA, a palestra será proferida pelo chefe da Divisão de Pesquisas e Desenvolvimento, o climatologista José Marengo.
Mais informações sobre inscrições de trabalho de pôsteres dos membros do projeto (até 25 de agosto) e inscrições para participar do evento pelo site http://www.fapesp.br/eventos/inct/.
Universidade demonstra interesse em criar curso de graduação na área de desastres naturais
Além da participação com palestras em diversos eventos científicos e acadêmicos, o Cemaden foi convidado a integrar comissão pedagógica que discute a criação de curso superior de graduação em Desastres Naturais em universidade federal.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações foi convidado a participar das discussões preliminares para a elaboração de uma proposta para criar um curso superior de graduação em Desastres Naturais. Coordenada por uma comissão pedagógica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a reunião ocorreu no último dia 12, em Porto Alegre, no campus dessa universidade, com a participação do diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes.
“A formação de profissionais especializados na área de desastres naturais, envolvendo hidrólogos, geólogos, meteorologistas e engenheiros, ampliará as pesquisas científicas – voltadas ao monitoramento, prevenção e mitigação dos riscos de desastres naturais – utilizando ciência e tecnologias. Essa ação trará resultados eficazes para a sociedade, no trabalho de diminuição dos impactos socioambientais provocados pelos extremos climáticos.”, afirma o diretor do Cemaden.
Na reunião, foi discutida a possibilidade do Cemaden participar da elaboração das justificativas do projeto pedagógico e do conteúdo programático da grade curricular, formalizando a parceria por um acordo de cooperação técnica entre as instituições.
Nessa discussão preliminar para a criação de um curso de graduação, além do diretor do Cemaden, da UFRGS participaram: o diretor de Engenharia, profº Luiz Carlos Pinto da Silva Filho; o diretor do Instituto de Geociências, profº André Sampaio Mexias e a diretora do Centro Estadual de Pesquisas e Sensoriamento Remoto e Meteorologia, profª Rita de Cássia Marques Alves.
O diretor do Cemaden também proferiu a palestra “Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais” , na Universidade de Santa Catarina (UFSC) e participou de mesas redondas e debates, nos dias 15 e 16 de agosto, durante a XV Semana de Engenharia Civil.
Conferência científica na Rússia terá Sessão Especial coordenada pelo Cemaden
Sessão Especial do BRICS para tratar sobre “Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais em Regiões Costeiras” será coordenada pelo Cemaden, durante a XXVI Conferência Conjunta de Regiões Costeiras “Gerenciamento de Riscos nas Regiões Costeiras em um Mundo em Mudanças” -EMECS 11, a ser realizada na Rússia, nos próximos dias 22 a 27 de agosto.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – coordenará a Sessão Especial “ Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais em Regiões Costeiras”. Esta sessão e reuniões paralelas vão tratar sobre cooperação multilateral entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – países que integram o BRICS- na implementação de projetos multilaterais de pesquisa e do plano de trabalho de 2015-2018, na área de ciências, tecnologias e inovações.
A abertura da Sessão Especial será feita pelo diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, durante o EMECS 11 – Conferência Conjunta de Regiões Costeiras com o tema “Gerenciamento de Riscos nas Regiões Costeiras em um mundo em mudança”, a ser realizada em São Petersburgo, na Rússia, entre os dias 22 e 27 de agosto.
No acordo de cooperação entre os países do BRICS, firmado dia 18 de março de 2015, os termos aprovados estão inclusos em dois documentos: a Declaração de Brasília e o Memorando de Entendimento sobre a Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação. Nesse acordo, o Brasil ficou responsável em coordenar o Plano de Trabalho, entre 2015-2018, por meio do Cemaden/MCTIC, na área de “prevenção e mitigação de desastres naturais”, uma das cinco áreas prioritárias do acordo de cooperação multi-países.
“As experiências do Brasil no sistema de monitoramento e alertas, as questões de mapeamento de áreas de riscos, a prevenção, resposta e mitigação de desastres naturais – aliados ao suporte da ciência e tecnologia – são focos importantes nas discussões e intercâmbio entre os países do BRICS.” , afirma o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes. Explica que – dentro do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, criado em 2012 – as articulações interministeriais mudaram o panorama na área de gestão de desastres naturais do país.
“Temos a experiência que, para definir as áreas classificadas como prioritárias, deva prevalecer três condições básicas: o mapeamento das áreas vulneráveis, o histórico das ocorrências de desastres naturais e a existência da estrutura das equipes que darão a resposta e assistência.”, destaca o diretor do Cemaden.
Na programação da EMECS 11 – XXVI Conferência Conjunta de Regiões Costeiras “Gerenciamento de Riscos nas Regiões Costeiras em um Mundo em Mudanças” serão discutidas a situação atual das áreas prioritárias em cada um dos países BRICS, considerando a posição geográfica e as diversas questões na prevenção e mitigação de desastres naturais. Também, serão abordadas as articulações entre esses países para o intercâmbio e desenvolvimento de produtos científicos e tecnológicos.
Inscrições prorrogadas para o curso sobre práticas de prevenção e gerenciamento de riscos de desastres
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – promove o curso “Práticas de Prevenção e Gerenciamento de Riscos de Desastres Naturais”, no período de 12 a 16 de setembro, no Auditório do Parque Tecnológico, em São José dos Campos (SP).
O curso visa capacitar agentes e técnicos estaduais e municipais do quadro efetivo das Defesas Civis e os membros da comunidade acadêmica, com atuação significativa na área de proteção e defesa civil do Estado de São Paulo. Os assuntos abordados na programação serão direcionados às ações de prevenção, mitigação e preparação para desastres naturais, focando os aspectos teóricos e práticos dos processos de inundação e deslizamento.
Essa capacitação integra o conjunto de ações do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e o Cemaden. O curso contará com a participação de equipes técnicas do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional.
Inscrições
As inscrições são gratuitas e foram prorrogadas até o próximo dia 26 de agosto. Estão disponibilizadas 40 (quarenta) vagas, das quais 10 (dez) vagas serão direcionadas à comunidade científica.
Os interessados podem fazer as inscrições por meio do site da Defesa Civil do Estado de São Paulo (www.defesacivil.sp.gov.br) pelo link http://www.sidec.sp.gov.br/producao/Diplencurso/cursos.php#
Curso oferece propostas para formar escolas sustentáveis e resilientes
Dentro do acordo de cooperação técnica entre o Cemaden e a Prefeitura de Lorena (SP), as atividades e conteúdos sobre prevenção de riscos de desastres naturais foram desenvolvidos pelo Projeto Cemaden Educação, junto aos gestores e professores de escolas municipais de Ensino Fundamental.
Contribuir para a formulação de atividades didático-pedagógicas nas escolas de Ensino Fundamental, com temas voltados à prevenção de riscos de desastres naturais, foi o objetivo da 2ª Formação do Projeto Lorena Resiliente, curso realizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
As propostas de ações e atividades foram desenvolvidas pelos pesquisadores e equipe do Projeto Cemaden Educação, direcionados a um público de cerca de 25 pessoas, entre professores, gestores da rede de Educação, educadores ambientais e membros da Defesa Civil do município. A capacitação ocorreu, na semana passada, no Parque Ecológico do Taboão, em Lorena (SP), que compreende 80 hectares de uma área de proteção, preservação ambiental, lazer, educação ambiental e disseminação da cultura regional.
“É de relevante importância a preparação de profissionais da área de educação pelo Cemaden e pelo Projeto Lorena Resiliente, pela necessidade de prevenção para eventuais desastres naturais.”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Willinilton Tavares Portugal, que participou das atividades, apresentando as potencialidades do parque para a prática educativa. Considera que as atividades socioambientais desenvolvidas nas escolas municipais irão agregar na formação dos alunos, tornando-os agentes multiplicadores. “As informações técnicas permitem maior participação e reflexão, buscando soluções para mitigar os impactos dos desastres socioambientais.”, complementa o secretário.
Nessa segunda oficina realizada pelo Cemaden, foram repassadas informações sobre escolas sustentáveis e resilientes, além de ações para prevenção e alertas de risco de desastres socioambientais. Foram, também, desenvolvidas atividades práticas, a serem disseminadas junto aos alunos, como jogos e mosaicos ilustrativos, para a identificação de exemplos de sustentabilidade e os opostos, os quais podem potencializar os riscos de desastres naturais.
“É muito gratificante perceber que o acesso ao conhecimento e à ciência desperta a curiosidade e criatividade dos alunos. É como se estivéssemos plantando uma semente que irá produzir frutos de cidadania, resiliência e sustentabilidade ao longo de uma vida.”, afirma o pesquisador e meteorologista do Cemaden, Giovanni Dolif, um dos participantes do projeto, em Lorena.
Projeto Lorena Resiliente
Criado a partir do acordo de cooperação técnica entre Cemaden e a Prefeitura Municipal de Lorena, no ano passado, o Projeto Lorena Resiliente abrange a instalação de pluviômetros, trocas de experiências, capacitação e pesquisa, com o objetivo de redução de riscos de desastres no município e promover ações para tornar a cidade mais resiliente.
No primeiro encontro junto aos professores da rede municipal de Educação, realizado em abril deste ano, o Cemaden fez apresentações sobre as atividades de monitoramento e alertas, os tipos, riscos e vulnerabilidades naturais e socioambientais, além de atividades práticas, em campo. Também tiveram exposições sobre o funcionamento dos pluviômetros semiautomáticos, do Projeto Pluviômetros Comunitários.
Esses cursos e oficinas de capacitação, destinados aos gestores e professores das escolas municipais, visam disseminar ações para a conscientização e percepção dos alunos e da comunidade sobre os riscos de desastres naturais nas áreas vulneráveis a inundações e deslizamentos. O próximo curso está previsto para ocorrer em novembro.
O Projeto Lorena Resiliente – considerado piloto – conta com três Grupos de Trabalho : o GT Defesa Civil, o GT Saúde e Meio Ambiente e o GT Educação.
Cemaden participa do V Seminário Capixaba de Gestão de Riscos e Desastres
Destinado a profissionais que atuam com o gerenciamento de riscos de desastres naturais, o seminário foi organizado pelo Governo do Estado do Espírito Santo, Corpo de Bombeiros Militar, Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil e contou com palestra do Cemaden.
Durante o V Seminário Capixaba de Gestão de Riscos e Desastres, realizado em Vitória (ES), nesta quarta-feira (10), diversas instituições do Estado do Espírito Santo reuniram-se para apresentar as ações da União, do Estado e de Municípios voltados para o enfrentamento de desastres naturais que impactam os diversos municípios do Estado do Espírito Santo. Neste contexto, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – apresentou as ações desenvolvidas para a gestão de riscos de desastres naturais, em especial para a atuação em proteção e defesa civil.
A diretora substituta e coordenadora das Relações Institucionais do Cemaden, Regina Alvalá, apresentou o status da rede observacional implementada no Estado do Espírito Santo. Também, informou sobre as pesquisas em desenvolvimento para avanços no monitoramento e alertas de desastres, bem como dos projetos e o programa do Cemaden, focando o Monitoramento dos Impactos da Seca. Este último projeto foi desenvolvido para atender o Decreto Presidencial No 8.472, de junho de 2015, integrando, também, a avaliação de municípios da parte norte do Estado do Espírito Santo.
“A participação do Cemaden no seminário possibilitou não somente apresentar as ações voltadas para a proteção e defesa civil, mas também para troca de informações com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), com quem o Cemaden mantém acordo de cooperação técnica”, ressaltou Regina Alvalá.
A programação do evento incluiu, ainda, a entrega da Medalha General Castro; as ações de capacitação da Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp); o projeto desenvolvido em municípios por escolas de ensino fundamental e a operação do serviço de plantão na CEPDEC. Também foram mostradas as ações de apoio ao enfrentamento da estiagem pelo governo do Estado, além das ações direcionadas ao desastre de estiagem no município de Marilândia, pelas Coordenadorias Municipal e Regional de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC e REPDEC, respectivamente).
Curso abordará as práticas de prevenção e gerenciamento de riscos de desastres
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – promove o curso “Práticas de Prevenção e Gerenciamento de Riscos de Desastres Naturais”, no período de 12 a 16 de setembro, no Auditório do Parque Tecnológico, em São José dos Campos (SP).
O curso visa capacitar agentes e técnicos estaduais e municipais do quadro efetivo das Defesas Civis e os membros da comunidade acadêmica, com atuação significativa na área de proteção e defesa civil do Estado de São Paulo. Os assuntos abordados na programação serão direcionados às ações de prevenção, mitigação e preparação para desastres naturais, focando os aspectos teóricos e práticos dos processos de inundação e deslizamento.
Essa capacitação integra o conjunto de ações do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e o Cemaden. O curso contará com a participação de equipes técnicas do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional.
Inscrições
As inscrições são gratuitas e estão abertas até o próximo dia 18 de agosto. Estão disponibilizadas 40 (quarenta) vagas, das quais 10 (dez) vagas serão direcionadas à comunidade científica.
Os interessados podem fazer as inscrições por meio do site da Defesa Civil do Estado de São Paulo (www.defesacivil.sp.gov.br) pelo link http://www.sidec.sp.gov.br/producao/Diplencurso/cursos.php
Cemaden promove o compartilhamento e balanço do treinamento técnico realizado no Japão
Pesquisadores e tecnologistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações apresentaram as experiências e conhecimentos técnicos das políticas, projetos e metodologias de prevenção e do sistema de alerta para prevenção de desastres do Japão, obtidos durante o treinamento realizado nesse país, entre outubro e novembro de 2015.
O treinamento técnico da equipe do Cemaden integra as ações do Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais (Projeto Gides), no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica entre Brasil e Japão. Essa cooperação técnica foi firmada entre os Ministérios da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações, das Cidades, da Integração Nacional e a Agência de Cooperação Internacional do Japão – Jica.
A equipe do Cemaden apresentou o comparativo entre os sistemas de monitoramento de alerta, bem como as ações de resposta no Brasil e no Japão. As visitas e treinamentos ocorreram nas agências de monitoramento (Fire and Disaster Management Agency –FDMA e a Japan Meteorological Agency – JMA) e no Governo Provincial e Prefeituras das cidades de Nagano e Nagasaki.
Entre os resultados desse treinamento técnico ao Cemaden, está a de maior integração e cooperação técnica entre os pesquisadores brasileiros e japoneses, além da finalização do Manual de Monitoramento e Alertas e do novo Protocolo de Transmissão de Alertas. Esses manuais estão em processo de aplicação nos municípios de Nova Friburgo e Petrópolis (RJ) e de Blumenau (SC), cidades pilotos integrantes do Projeto Gides. O objetivo é sistematizar e aprimorar as emissões de alertas de risco de deslizamentos, com um planejamento de regras e ações junto às comunidades vulneráveis a riscos de desastres naturais. Posteriormente, os procedimentos serão aplicados nas áreas de risco dos municípios monitorados, em todo o território nacional.
Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres”
Promover o intercâmbio científico e ampliar os debates e pesquisas sobre monitoramento e redução de riscos de desastres têm sido os objetivos principais da Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres”, instituída, desde 2013, pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Os debates abordam temas interdisciplinares, associados às áreas de geologia, hidrologia, meteorologia, desastres naturais, e outras áreas afins, como, por exemplo, educação e sociologia, os quais focam a prevenção dos riscos de desastres naturais.
Para as palestras e discussões, também são convidados pesquisadores de outras instituições científicas e de universidades, tanto nacionais como internacionais, além de representantes dos três níveis de governo. O objetivo é fortalecer a interface entre ciência e formulação de políticas públicas.
Programação para Agosto de 2016
As apresentações da Série de Debates acontecem na Sala de Imprensa do Cemaden e são transmitidas pelo youtube no endereço : https://www.youtube.com/channel/UCli7dG6pJ6wPkJs53x3FK-w
08/08/2016 – 14h00: “Desastres y Derechos: un diálogo más allá de un sistema de normas y leyes” (Dra. Magdalena Hernández – UAM-Xochimilco/México)
23/08/2016 – 14h00: “Os riscos das mudanças climáticas para o Brasil” (Dr. Carlos Nobre – Coordenador Geral do INCT para Mudanças Climáticas)
25/08/2016 – 14h00: “Vulnerabilidade aos desastres naturais decorrentes de deslizamentos de terra, em cenários de mudanças climáticas, na porção paulista da Serra do Mar” (Dr. Pedro Camarinha – Cemaden).
Cemaden recebe visita de pesquisadores da Unifesp
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações recebeu, nesta quarta-feira (dia 3), a visita de professores e estudantes do Núcleo Educacional de Tecnologia Social e Economia Solidária (NETES), do Instituto de Ciência e Tecnologia, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do campus de São José dos Campos(SP). A comitiva teve como foco conhecer os projetos e as pesquisas do Cemaden, principalmente, as ações diretamente voltadas às comunidades das áreas de risco socioambientais.
O objetivo da reunião entre o Cemaden e a Unifesp/NETES é o de discutir as perspectivas de parceria entre as instituições, voltada ao trabalho conjunto na difusão da ciência e tecnologia para a qualidade de vida, sustentabilidade e diminuição dos riscos de desastres naturais nas comunidades.
Além de conhecer a instituição e a Sala de Situação do Cemaden – onde se realiza o monitoramento de 957 municípios classificados como prioritários, com áreas de riscos de desastres naturais, no território nacional – a comitiva da Unifesp obtive informações sobre a modelagem de dados com técnicas de inteligência computacional e tecnologias sociais, todas aplicadas a desastres naturais. Também foram apresentados os projetos de pesquisas em desenvolvimento e, especialmente, o Projeto Cemaden Educação.
O Núcleo Educacional de Tecnologia Social e Economia Solidária (NETES) é um programa de extensão da Unifesp, que tem, entre os objetivos, difundir e construir um banco de dados, informações e inovações em tecnologias sociais existentes no Brasil que sejam replicáveis na área da saúde, da qualidade de vida e da sustentabilidade. Foi a primeira instituição brasileira a firmar um compromisso com o programa “Cada Mulher, Cada Criança”, da Organização das Nações Unidas (ONU). O público-alvo das ações do compromisso firmado são, prioritariamente, jovens e mulheres com alta vulnerabilidade econômica, social e ambiental, além de estarem previstas ações diretas e indiretas com crianças.
Para discutir as parcerias de trabalhos locais, regionais e nacional, já foram definidos novos encontros, entre os pesquisadores do Cemaden e da Unifesp/NETES, previstos para ocorrem neste mês de agosto.
Público diversificado conheceu as práticas de gestão de riscos de desastres naturais
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, promoveu o Workshop de Boas Práticas de Defesa Civil, em parceria com a Faculdade de Tecnologia do Estado de São José dos Campos (Fatec) e com o Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade de São Paulo (Ceped/USP).
O público era formado por membros das Defesas Civis municipais do estado de São Paulo, de pesquisadores, estudantes universitários e profissionais que atuam na área de desastres naturais, totalizando cerca de 140 participantes no evento.
“As ações e pesquisas compartilhadas neste workshop são fundamentais para as ações integradas das instituições municipais, estaduais e federais, as quais trabalham na prevenção, preparação, resposta e redução dos impactos dos desastres naturais.”, afirma o coordenador-geral de Pesquisas e Desenvolvimento do Cemaden, Mario Mendiondo.
O evento contou com a participação da Defesa Civil do Estado de São Paulo, que, além de palestra sobre a campanha para a preparação de cidades resilientes, organizou a exposição de pôsteres, mostrando os trabalhos realizados no estado sobre o tema.
O coordenador regional da Defesa Civil do Vale do Paraíba e Litoral Norte, Cap. Rinaldo de Araújo Monteiro – que também comanda a Polícia Ambiental do Vale – trabalha com 39 municípios, afirmou que a capacitação dos agentes e membros da Defesa Civil foi uma das premissas consideradas prioritárias e fundamentais para a mitigação dos riscos no estado e na região. “Essa capacitação permite a aquisição de informações para aprimorar o trabalho das Defesas Civis do estado, principalmente, nas ações preparatórias para as cidades resilientes.”, afirma o Cap. Monteiro. “Também trará um benefício na disseminação à população das práticas de prevenção e mitigação de desastres naturais, com a inclusão desses conhecimentos nas escolas.”, enfatiza o coordenador regional.
Nesse workshop, entre outras ações, foram mostradas as experiências práticas da aplicabilidade da Cartografia Social na percepção de riscos ambientais, além de pesquisa relacionada à avaliação da vulnerabilidade estrutural de escolas expostas a ameaças naturais, apresentadas por pesquisadoras do Cemaden.
Na apresentação das experiências exitosas, o Grupo de Trabalho de Defesa Civil do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC mostrou a importância da integração dos trabalhos das Defesas Civis de sete cidades da região para a gestão e prevenção dos riscos de desastres naturais. As ações têm obtido resultados positivos pela diminuição dos impactos socioambientais na região.
No evento, também estiveram presentes : o coordenador-geral da Ceped-USP, Hugo Yoshizaki; o professor de Logística Humanitária da Fatec de São José dos Campos, Irineu Brito; o diretor do Núcleo Inovação Tecnológica do Centro Paula Souza (Inova), Oswaldo Massambani e o diretor técnico e de Operações do Parque Tecnológico, Elso Alberti Júnior.
O tema “desastres socioambientais” é incluso em capacitação para professores
O tradicional curso “Uso Escolar do Sensoriamento Remoto para Estudo do Meio Ambiente”, oferecido pelo INPE, incluiu um módulo com atividades do Cemaden Educação.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – por meio do Projeto Cemaden Educação – participou do curso, realizado entre 11 e 15 de julho, no campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, tanto como cursista, quanto na condição de palestrante. Neste ano, o curso ampliou as temáticas abordadas para a apresentação de conceitos e práticas pedagógicas de prevenção e monitoramento de risco de desastres com o uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC).
Promovido pela Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe, o curso está em sua 18ª edição e recebeu 25 professores do ensino básico (fundamental e médio), provenientes de seis estados brasileiros ( São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Piauí) e do Distrito Federal.
Durante o curso, a equipe do Cemaden Educação ministrou duas palestras envolvendo a prevenção e monitoramento de risco de desastres naturais voltados para o contexto escolar. No tema “Desastres Naturais”, a pesquisadora Débora Olivato demostrou a metodologia da cartografia social aplicada a essa temática.
A coordenadora do Projeto Cemaden Educação, Rachel Trajber, apresentou as bases conceituais do projeto, além do site elaborado para envolver as escolas em atividades de iniciação científica e intervenções transformadoras. Como exemplo, mostrou a confecção de pluviômetros utilizando garrafas de plástico PET para a construção da rede observacional da escola e comunidade.
Ambas as palestras contaram com a participação especial da pesquisadora do Cemaden, Viviana A. Muñoz, que demostrou a aplicabilidade das atividades pedagógicas em meio digital, com uso do Google Earth. Nos anos anteriores, o curso também contou com a participação de pesquisadores do Cemaden, nas aulas de cartografia e meteorologia.
Mais informações sobre o Curso “Uso escolar do Sensoriamento Remoto para Estudo do Meio Ambiente” estão disponibilizadas no site: http://www.dsr.inpe.br/vcsr/index.html