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Mudanças ambientais e agravamento da seca afetam as fronteiras agrícolas na América do Sul
Foto Crédito: Chain Reaction Research
(https://chainreactionresearch.com/report/cerrado-deforestation-disrupts-water-systems-poses-business-risks-for-soy-producers/)
Mudanças ambientais em grande escala, tanto antropogênicas quanto naturais, estão interagindo de forma não linear na zona de transição entre a Amazônia oriental e o Cerrado, região considerada uma nova fronteira agrícola no Brasil e na América do Sul.
As mudanças do uso da terra para a expansão do agronegócio, juntamente com as mudanças climáticas, induziram um agravamento das severas condições de seca durante a última década nesta região.
Todos os dados estão documentados no artigo científico intitulado Increased climate pressure on the agricultural frontier in the Eastern Amazonia-Cerrado transition zone (Aumento da pressão climática sobre a fronteira agrícola na zona de transição Amazônia Oriental-Cerrado), recentemente publicado na revista Scientific Reports. O estudo foi realizado por uma equipe de pesquisadores nacionais e internacionais, liderada pelo climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O trabalho científico teve a colaboração da pesquisadora da área de Agrometeorologia e Secas do Cemaden, Ana Paula Cunha, do IRD (instituto de pesquisa da França), da Universidade de Valência (Espanha) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O estudo aponta que as maiores tendências de aquecimento e seca na América do Sul tropical - durante as últimas quatro décadas - são observadas justamente na região de transição oriental da Amazônia-Cerrado.
“Os resultados evidenciam um aumento na temperatura, déficit de pressão de vapor, subsidência, frequência de dias secos e uma diminuição na precipitação, umidade e evaporação.”, explica o climatologista José Marengo e complementa: “O estudo aponta, também, um atraso no início da estação chuvosa, induzindo um maior risco de incêndio durante a estação de transição seca para úmida.”
Todos os dados científicos fornecem evidências observacionais da crescente pressão climática nessa área, que é sensível para a segurança alimentar global, bem como a necessidade de conciliar a expansão agrícola e a proteção dos biomas tropicais naturais.
O artigo completo está disponibilizado, de forma gratuita, com acesso pelo link:
https://www.nature.com/articles/s41598-021-04241-4
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden participa do Rio Innovation Week, apresentando a ciência e tecnologia no monitoramento e pesquisa de desastres
O estande de exposição do Cemaden será no espaço Vila da Ciência, onde reunirá as 27 entidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia (MCTI)
A partir desta quinta-feira (13 de janeiro), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – participa do Rio Innovation Week, evento que reúne o setor de inovação e tecnologia no Brasil e no mundo, com mais de 190 expositores, 15 palcos simultâneos, 500 palestrantes e mil startups e incubadoras. O evento será realizado no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 16 de janeiro.
O Rio Innovation Week reúne negócios, networking, branding, educação do futuro e soluções para alcançar resultados. O objetivo é apresentar projetos para captação de recursos, modelos de negócios, estabelecer e estreitar parcerias e atrair investimentos privados.
O Cemaden participará com um estande na Vila da Ciência MCTI, espaço que reúne as 27 entidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, com o objetivo de apresentar o que há de mais moderno no desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil.
O estande do Cemaden contará com a exposição de equipamentos da Rede Observacional de monitoramento das áreas de risco geo-hidro-meteorológicas, além da apresentação das atividades desenvolvidas em ciência e tecnologia para o Monitoramento e a Pesquisa na área de Ciência dos Desastres. Entre as ações, serão mostrados os projetos Cigarra e Rede Geo, além das parcerias institucionais.
Como parceiros no estande do Cemaden/MCTI estão: a IACIT Soluções Tecnológicas S.A. -empresa e desenvolvimento de produtos tecnológicos, entre eles, Radar Meteorológico e redes integradas - e a Defesa Civil Municipal de Maricá (RJ).
Mais informações sobre o Rio Innovation Week e a programação:
https://rioinnovationweek.com.br
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança licitação para contratação de uma solução de Firewall - tipo NGFW
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos (SP), lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, cujo objeto é a contratação de uma solução de Firewall do tipo NGFW.
A finalidade é prover segurança e disponibilidade de acesso para as redes do Cemaden, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos (SP). A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 07/12/2021.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 13/2021 pode ser retirado a partir de 07/12/2021 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos - SP ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 07/12/2021 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 17/12/2021 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Projeto do “Programa Ciência na Escola” do Cemaden faz balanço das atividades desenvolvidas para prevenção de deslizamentos
O projeto desenvolve atividades coordenadas pelas equipes de pesquisadores do Projeto RedeGeo e do Programa Cemaden Educação, para construir uma estratégia de prevenção e percepção de risco de desastres - principalmente, de deslizamentos de encostas em áreas urbanas - com base no ensino de ciências, tecnologia e inovação. Pesquisadores do Cemaden, professores e alunos de Escolas e Universidade, além das Defesas Civis dos municípios de Santos e de Cubatão, participantes do projeto, apresentam suas experiências, desafios e estratégias.
Com foco na resiliência, a partir da coprodução e compartilhamento de conhecimentos científicos relacionados à prevenção e redução de risco de desastres, os participantes do projeto “Prevenção de deslizamentos se aprende na escola: ciência cidadã em redução de riscos de desastres” (dentro do “Programa Ciência na Escola”) apresentaram as experiências desenvolvidas junto às escolas e comunidades, voltados ao conhecimento de risco, monitoramento, comunicação de alertas e capacidade de resposta.
O encontro reuniu pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)- professores e estudantes bolsistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp-Campus da Baixada Santista), professores e alunos bolsistas do ensino médio de escolas estaduais (Dep. Emílio Justo e Profª Maria Helena Duarte Caetano) dos municípios de Santos e de Cubatão, além das Defesas Civis Municipais dos dois municípios.
“A abordagem do projeto foi pela pesquisa transdisciplinar, na qual a educação científica e a comunicação pública da ciência permitem fornecer subsídios para elaboração de políticas públicas.”, destaca o coordenador do projeto, pesquisador e geólogo Márcio Andrade, coordenador também do Projeto RedeGeo do Cemaden. “A ciência cidadã a que se refere o projeto tem a participação pública na ciência, na coprodução de conhecimentos científicos realizada por cientistas profissionais e amadores”, afirma o pesquisador.
Estudantes usam redes sociais para divulgar e interagir o público com o projeto
As bolsistas Gabriella Forato Avancini e Lívia Sayumi Honda Kiguti, da Unifesp da Baixada Santista - responsáveis por ações de divulgação do projeto por meio do Facebook (#cienciacidadanaescola) e Instagram (@cienciacidadanaescola) - ressaltaram a importância da divulgação científica por meio do uso de redes sociais. As estudantes apresentaram dados de publicações e número de seguidores ao longo de 18 meses de manutenção desses canais, atingindo mais de 200 postagens em cada uma das redes.
Fazem parte das divulgações: os boletins semanais e mensais de dados pluviométricos em Santos e em Cubatão, as médias históricas de chuva em cada uma das cidades, além da previsão meteorológica para a cidade de Santos, realizada pelo meteorologista Franco Cassol, da Defesa Civil Municipal de Santos. Entre as atividades participativas, a realização de enquetes, para mais interação com os seguidores, bem como a divulgação de informações relativas ao projeto.
Instalação de equipamento na escola e incentivo à pesquisa científica
O professor Rafael Afonso Pellegrini de Almeida Lucas, da Escola Estadual Professora Maria Helena Duarte Caetano, na Cota 200, em Cubatão (SP), apresentou a recuperação histórica do surgimento do bairro, em 1938, quando a área foi escolhida para sede do alojamento de trabalhadores, durante a construção da rodovia Anchieta. Encravado na Serra do Mar, o nome Cota 200 foi originado pela delimitação da cota topográfica, associada aos 200 metros acima do nível do mar.
“Com a seleção da escola para instalação do equipamento de monitoramento geotécnico, no âmbito do Projeto RedeGeo, do Cemaden, surgiu a oportunidade de aproximar a prática pedagógica da proposta de pesquisa científica, dando origem a este projeto, que integra o Programa Ciência na Escola.”, destaca o professor.
Em parceria da Defesa Civil de Cubatão e apoio da direção e professores da Escola Estadual Maria Helena Duarte Caetano, do Bairro Cota 200 , em Cubatão, município paulista da Baixada Santista, após oficinas realizadas pelo Projeto da RedeGeo do Cemaden e pelo Programa Cemaden Educação, o professor Rafael Lucas iniciou atividades pedagógicas científicas com seus alunos, produzindo e instalando pluviômetros artesanais (feitas de garrafas PET), monitorando as chuvas de forma diária, quinzenal e mensal.
Monitoramento e metodologia científica realizadas pela estudante com apoio familiar
A aluna e pesquisadora Thalita Gabriele Batista de Jesus, Bolsista de Iniciação Científica Júnior, também da escola estadual de Cubatão, desde o início do projeto, compartilhou que as atividades desenvolvidas têm o apoio de toda sua família, a qual participa de alguma forma do projeto. Essa participação familiar é feita ou por meio da lembrança sobre o horário de medição, ou auxiliando no registro fotográfico do pluviômetro PET e, ainda, acompanhando as publicações nas redes sociais.
Com as anotações de dados realizadas dia após dia, foram criadas planilhas com os dados de precipitação semanais, mensais e, agora, anual, possibilitando a comparação histórica dos dados e comparação entre os equipamentos A disciplina envolvida no trabalho e a possibilidade de utilização prática das informações compiladas são o grande aprendizado envolvido com a participação no projeto.
Desafios e estratégias para superar os impactos da Covid-19 e do grande desastre de 2020 na Baixada Santista
A professora Cecilia Apolinário, da Escola Estadual Deputado Emílio Justo, na Vila Progresso, em Santos (SP), destacou os desafios de desenvolvimento do projeto, marcado pela pandemia de Covid-19 e pelos impactos sofridos diretamente pelas alunas que atuaram como bolsistas júnior. Mostrou as estratégias para superação dessas dificuldades a partir da busca por empatia e muito diálogo, mesmo com distanciamento social. Perdas e necessidades de adaptação acompanharam todo período do projeto, cujo início foi marcado por um grande desastre, em março de 2020, quando deslizamentos ocasionaram 44 mortes na Baixada Santista. Um novo bolsista júnior está em processo de se integrar na equipe, ao mesmo tempo em que atividades presenciais voltam a ser realizadas nas escolas, possibilitando um maior envolvimento da equipe escolar e dos demais alunos.
Defesas Civis de Cubatão e de Santos: difusão de conhecimentos beneficia alunos e comunidade
Cristina Cândido, coordenadora da Defesa Civil de Cubatão, e a arquiteta Pacita Franco, integrante da equipe da Defesa Civil de Santos, ressaltaram os aspectos de integração entre diferentes instituições – Cemaden, Universidade, Escolas e Defesa Civil – na elaboração e na difusão dos conhecimentos, algo que deveria ser mais comum, mas que requer um empenho, uma construção, que foi oportunizada por este projeto. Pacita Franco destacou a importância de aproximar a ciência dos alunos, despertando a oportunidade para o surgimento de novos cientistas. Segundo ela, o ganho principal é para a comunidade, por meio do conhecimento gerado, dos esforços de comunicação e sensibilização quanto a riscos de deslizamento, dando instrumentos para percepção do cidadão em relação ao seu entorno.
Pluviômetros artesanais apresentam potencial positivo para monitorar chuvas
O pesquisador do Cemaden, geólogo Daniel Metodiev, apresentou uma comparação entre os dados coletados ao longo do projeto a partir do pluviômetro artesanal e de pluviômetros automáticos instalados próximos aos locais de coleta em ambas os municípios. Analisou os aspectos de precisão possibilitados a partir dos pluviômetros de PET, instrumentos de custo praticamente zero.
Segundo o pesquisador do Cemaden, médias de erros relativos -obtidas a partir da comparação entre as medições feitas nos diferentes tipos de equipamentos- variaram de 5,9 mm, em Cubatão, e 7,6 mm, em Santos. “Esses erros podem ter diversas causas, como questões de interferência ambientais (como os equipamentos ficam expostos, podem sofrer algum tipo de interferência causada por quedas de folhas, por exemplo) ou também detalhes de localização e distância entre os equipamentos.”, explica Metodiev. No entanto, considerando-se as condições locais de limiares de chuva em 72 horas utilizados para envio de alertas, o pesquisador afirma que esses dados gerados a partir de pluviômetros PET mostram seu potencial positivo para auxiliar e complementar o monitoramento de chuvas.
Importância de envolver a sociedade para compreensão científica
O professor Fernando Ramos Martins, da Unifesp da Baixada Santista, destacou a importância de ações conjuntas de grupos de pesquisa, para potencializar a aproximação de alunos com os problemas reais da sociedade onde estão inseridos. “Envolver a sociedade na coleta de dados de base científica é um aspecto muito importante, não só por aproximar a pesquisa e o mundo científico dos estudantes de nível médio, mas por propiciar à sociedade o entendimento sobre a importância desses dados.”, enfatiza o professor, explicando que essa metodologia auxilia a promoção do bem-estar social, sobretudo para essas comunidades que vivem em áreas de risco.
Projeto dentro do Programa Ciência na Escola
Coordenado pelo pesquisador e coordenador do Projeto RedeGeo do Cemaden, Márcio Andrade, e pela pesquisadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, o projeto “Prevenção de deslizamentos se aprende na escola: ciência cidadã em redução de riscos de desastres” faz parte do “Programa Ciência na Escola”, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Foi aprovado no final de 2019 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) à Chamada MCTIC/CNPq Nº 05/2019 – Programa Ciência na Escola - Linha 2 – Ações de intervenção em escolas de educação básica com foco em ensino de ciências.
O III Workshop do Projeto “Prevenção de deslizamentos se aprende na escola: ciência cidadã em redução de riscos de desastres”, foi realizado em outubro deste ano, com o objetivo de compartilhar os conhecimentos acumulados até a fase atual do projeto. A troca de percepções sobre os desafios enfrentados para desenvolvimento do projeto durante a pandemia, possibilitou estipular as perspectivas para o próximo ano, uma vez que o projeto teve sua vigência ampliada até o novembro de 2022.
Mais informações sobre o projeto e os participantes, está disponbilizado no endereço: http://www2.cemaden.gov.br/cemaden-desenvolve-o-programa-ciencia-na-escola-para-prevencao-de-risco-de-desastres-na-baixada-santista/
Fonte: Ascom Cemaden com equipe do Projeto RedeGeo
Cemaden é homenageado pela Defesa Civil de Barra Velha (SC) pelos trabalhos de prevenção
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – recebeu, no mês de outubro deste ano, a medalha “Laurita Pedroso de Oliveira”, concedido pela Prefeitura Municipal de Barra Velha (SC), por meio da Defesa Civil Municipal, em cerimônia de homenagem às instituições municipais, estaduais e federais, e de pessoas que atuaram na valorização da Defesa Civil local, no apoio dos trabalhos de prevenção e assistência à comunidade.
Neste ano, a homenageada no Cemaden foi a pesquisadora e bióloga Luciana de Resende Londe, que atua na área de Vulnerabilidade e Redução de Riscos de Desastres.
Homenageados do Cemaden
Desde o ano de 2018, servidores e gestores do Cemaden/MCTI têm recebido a Medalha Municipal de Defesa Civil de Barra Velha: “Laurita Pedroso de Oliveira. São eles (as):
2018
Marisa Pulice Mascarenhas – analista em C&T
Maria Rosário Orquiza- analista em C&T- Comunicação
Osvaldo Luiz Leal de Moraes – diretor
Rachel Trajber- pesquisadora e coordenadora do Programa Cemaden Educação
2019
Marcelo Seluchi – coordenador-geral de Operação e Modelagem
Sílvia Midori Saito – pesquisadora
Victor Marchezini – pesquisador
2020
Liana Oighenstein Anderson - pesquisadora
Rogério Ishibashi - Tecnologia da Informação
2021
Luciana de Resende Londe – pesquisadora
Medalha
A Medalha Municipal de Defesa Civil de Barra Velha: “Laurita Pedroso de Oliveira, instituída por Lei Municipal nº 1215, de 21 de setembro de 2012; pelo Decreto de regulamentação nº 817, de 28 de setembro de 2012 e Decreto de nomeação da Medalha Laurita Pedroso de Oliveira nº895, de 23 de agosto de 2013.
O nome dado à medalha é uma homenagem (In Memoriam) para Dona Laurita Pedroso de Oliveira, que desenvolveu um importante trabalho social no município catarinense, representando a perseverança, caridade e amor ao próximo.
Seu último trabalho foi na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) na cidade. Quando estava em tratamento de câncer, organizou um grupo denominado “A Vida Continua” para o apoio e orientação às pessoas portadoras da doença. Dois anos após seu falecimento, o grupo foi reorganizado e criado a Associação de Assistência aos Portadores e ex-Portadores de Câncer (AAPEC) de Barra Velha, dando continuidade aos trabalhos iniciados por Dona Laurita. A entidade oferece apoio social, jurídico e psicológico às pessoas em tratamento.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Defesa Civil de Barra Velha (SC)
José Marengo do Cemaden está entre os 21 cientistas brasileiros mais influentes do mundo
Conforme levantamento realizado pela Web of Science , da Clarivate Analytics, para identificar os cientistas mais influentes do mundo, José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) está classificado na lista dos Pesquisadores Altamente Citados em 2021.
O estudo organizou os pesquisadores por categoria, em 21 áreas das Ciências e Ciências Sociais. Identificaram 6.602 pesquisadores de mais de 70 países e regiões no mundo, que demonstraram impacto positivo em seu campo ou campos escolhidos, através da publicação de vários artigos, altamente citados durante a última década. Desse número, 3.774 pesquisadores em áreas específicas e 2.828 por impacto entre campos (denominado em Inglês, de cross-field ).
José Marengo, do Cemaden, é um dos 21 cientistas brasileiros citados, considerando 91 publicações, com 8.947 vezes de citação, com quase 100 (cem) citações em média por documento. Foram avaliados artigos e citações entre janeiro de 2010 e dezembro de 2020, por especialistas em bibliometria do Instituto para Informação Científica, nos Estados Unidos (EUA).
Dos cientistas brasileiros classificados com mais citações na última década, apenas dois atuam em entidades governamentais: José Marengo do Cemaden, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e de Luiz Henrique Caparelli, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os demais cientistas brasileiros são oriundos de universidades e institutos federais.
Os Estados Unidos ainda lideram o mundo na influência de pesquisa. Foram classificados 2.622 cientistas norte-americanos, o que equivale a 39,7%, seguidos pela China (935 pesquisadores ou 14,2%) e do Reino Unido (com 492 pesquisadores ou 7,5%).
A divulgação da Lista dos Pesquisadores Altamente Citados em 2021 foi divulgado na segunda quinzena do mês passado (novembro 2021) e está disponível a lista e a metodologia no endereço:
https://recognition.webofscience.com/awards/highly-cited/2021/
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden participa como expositor na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal
No estande do Cemaden, em Brasília, haverá a exposição de equipamentos da rede observacional, painéis e vídeos. Também ocorrerão palestras sobre pesquisas e monitoramento, além de oficinas voltadas à prevenção de risco de desastres. A 18ª SNCT inicia hoje (03) e se estende até o próximo dia 10 de dezembro.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) participa como expositor na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Distrito Federal, que se inicia hoje (03/12) e vai até a próxima sexta-feira (10/12), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, respeitando-se todos os protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias devido à pandemia.
Nesta edição da SNCT o tema abordado é a "A Transversalidade da Ciência, Tecnologia e Inovações para o Planeta", buscando enfatizar como atributo fundamental, efetivo e atual as agendas voltadas ao desenvolvimento equitativo e sustentável.
A participação do Cemaden/MCTI no evento é uma oportunidade de popularização da ciência e de divulgação das pesquisas e atividades que vêm sendo realizadas pelo Cemaden.
Estande do Cemaden na 18ª SNCT
No estande do Cemaden, serão apresentados uma simulação do funcionamento da Sala de Situação do Cemaden, o Mapa Interativo do Cemaden, banners com a descrição da missão e das principais linhas de pesquisa.
Também estarão expostos alguns modelos de equipamentos de monitoramento - que compõem a rede observacional do Cemaden - além de materiais gráficos e vídeos institucionais destacando os 10 anos do Cemaden, completados em 2021.
Palestras
Na programação dos espaços comuns do evento, serão ministradas duas palestras: “Apresentação do sistema de emissão de alertas de desastres naturais do Cemaden”, pelo meteorologista José Felipe Farias, e “Iniciativas de monitoramento de secas desenvolvidas pelo Cemaden/MCTI”, pelo pesquisador agrometeorologista, Marcelo Zeri.
Oficinas do Cemaden sobre prevenção de desastres
A equipe do programa Cemaden Educação organizou duas oficinas a serem oferecidas aos participantes do evento, com diferentes opções de horários. A primeira oficina, denominada “Trilha do risco”, consiste em um jogo de tabuleiro gigante (em lona - tamanho 5m x 5m) com o mapa do Brasil e uma trilha que aborda questões de prevenção de desastres e apresenta conhecimentos sobre questões culturais e sobre biomas do Brasil; os jogadores são as próprias peças do tabuleiro, que para avançar no jogo precisa solucionar desafios de diferentes graus de dificuldade.
A segunda oficina é a “Roda de Conversa: Campanha #AprenderParaPrevenir 2021”, que contará com a exibição de alguns vídeos elaborados por alunos e professores participantes da Campanha, seguida de uma roda de conversa sobre o processo de mobilização, criação e produção de vídeos como ferramenta de educação, possibilitando a construção e difusão de conhecimentos e intervenções no campo da Educação para Redução de Riscos e Desastres (ERRD).
O Programa Workshop Aficionados em Software e Hardware (WASH) também compõe com o Cemaden as atividades apresentadas no evento, por meio da oferta, também em diversos horários, de oficina de Scratch (linguagem de programação), utilizado como instrumento nas suas atividades de educação não-formal com o viés de cultura digital.
O objetivo é oportunizar e estimular a criatividade por meio da produção de jogos, narrativas, animações, estimulando o raciocínio lógico. Os jogos digitais e não digitais podem ser meios para auxiliar na construção do conhecimento.
Programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Maiores detalhes sobre a programação do evento podem ser acompanhadas em: https://semanact.mcti.gov.br/.
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden
Cemaden divulga premiação da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021 e o lançamento de projetos e publicações sobre prevenção de desastres
A 6ª edição da campanha e os projetos inovadores - voltados à redução dos riscos de desastres socioambientais - foram coordenados pela equipe do Programa Cemaden Educação, em parceria com várias entidades públicas e privadas.
O evento virtual de premiação da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021, realizado pelo Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – ocorreu na terça-feira (30), dentro da Programação 10 Anos Cemaden, transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação.
Na ocasião, também foram lançados projetos inovadores voltados à prevenção e mitigação de desastres socioambientais, como as disciplinas eletivas “É Fogo” (parceria com o Projeto MAP Fire) e do Projeto À Prova d’Água (parceria com várias instituições nacionais e internacionais). Ainda, foram apresentados o Aplicativo do Projeto “À Prova d’Água” (para monitoramento das chuvas com pluviômetros artesanais feitos com garrafas PETs); o “Jogo Na Trilha do Risco”, (com tabuleiro de chão, game digital e vídeos, em parceria com o Programa WASH) e o lançamento do livro “Educação em clima de risco de desastres”, do Cemaden Educação.
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, durante o evento, ressaltou sobre o mais amplo trabalho da educação do Programa Cemaden Educação, frisando que, além das atividades das campanhas para prevenção de desastres, o programa possibilita a compreensão e a formação do pensamento crítico para a construção participativa de uma sociedade mais humana, solidária, fraterna, justa e igualitária. “A participação dos jovens na campanha possibilita o entendimento da responsabilidade de cada um como agentes civis e cidadãos, atuantes na construção de uma sociedade mais solidária.”, enfatiza o diretor do Cemaden.
A pesquisadora Rachel Trajber, coordenadora do Programa Cemaden Educação, salientou que juntamente com as parcerias, houve uma expansão da campanha e das ações para a prevenção e mitigação de desastres. “A força das parceiras tem permitido ampliar os projetos de pesquisas nacionais e internacionais, os programas estaduais e municipais de secretarias de Educação e Defesas Civis, as escolas, universidades, organizações da sociedade civil e organizações não governamentais”, frisa a pesquisadora. Explica que com as experiências acumuladas da educação ambiental e da educação para redução do risco de desastres, as parcerias vêm crescendo e multiplicando. “Estamos trabalhando com ações e compartilhamento de conhecimentos de forma crítica, participativa, transformadora no sentido ético e estético, para a construção de comunidades sustentáveis e resilientes.”, enfatiza Trajber.
Premiação
Foram apresentados pela pesquisadora Heloísa Martins, do Cemaden Educação e por Selma Flores, analista em C&T da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden, os sete destaques das produções de vídeos da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021 nos quesitos: mobilização, criatividade e visualizações. No sorteio, 16 instituições participantes da campanha deste ano foram premiadas com um kit de materiais educativos, composto por livros e publicações de referência, relacionados à educação para prevenção de risco de desastres.
A 6ª edição da campanha “Desastres, aqui!? Como prevenir?”, deste ano, abriu para duas formas de participação: individual (jovens, educadores, ambientalistas, pessoas da comunidade, entre outras) e institucional (escolas, universidades, Defesas Civis, organizações não-governamentais e instituições públicas). A campanha ocorreu durante o período de 03 de agosto a 30 de outubro de 2021.
Durante o evento da premiação, foi apresentado um vídeo, fazendo uma coletânea de trechos dos vídeos produzidos pelos participantes na campanha deste ano.
Para conhecer os destaques e premiados, pode acessar o site do Cemaden Educação, disponibilizados nos endereços:
http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2021
http://educacao.cemaden.gov.br/site/news/MTcxMDAwMDAwMDA3NA==
Lançamentos de projetos
1-E-book “É Fogo” – guia de disciplina eletiva
As (os) pesquisadoras (es) do Cemaden, Liana Anderson, João dos Reis, Gleiciane Pismel e Viviane Aguiar fizeram a apresentação do e-book “É Fogo”, do Projeto MAP Fire, que serve como guia para disciplina eletiva nas escolas. O objetivo é promover a compreensão de um problema que faz parte do cotidiano das populações amazônicas: o fogo. Utilizando estratégias de produção, coleta e disseminação de dados e informações gerados pela comunidade escolar, o e-book “É Fogo!” utiliza metodologias científicas de forma prática e adaptada para estudantes, incentivando a capacidade transformadora dos jovens.
O e-book contém um guia de atividades para serem desenvolvidos em sala de aula, que tem como foco os riscos de desastres associados à ocorrência de queimadas e incêndios florestais, causados pelo ser humano com foco na Amazônia. A disciplina foi elaborada por pesquisadores e educadores do Projeto MAP Fire em parceria com o Cemaden Educação
2- Dados à Prova D’Água – guia de disciplina eletiva
Apresentada pela pesquisadora Fernanda Lima, do Projeto À Prova d´Água, a disciplina eletiva “Dados à Prova d’Água” é dirigida ao ensino médio e pode ser ofertada também aos últimos anos do ensino fundamental. A disciplina fomenta o conhecimento sobre a gestão de risco de desastres, especialmente aqueles provocados pelo excesso de água, como as inundações, alagamentos e enxurradas. O objetivo é engajar os (as)estudantes com a produção de textos sobre os desastres provocados pelo excesso de água no “seu” bairro/cidade. Traz propostas para desenvolver diversas atividades para trabalhar o tema: construção e monitoramento de pluviômetros artesanais, produção de histórias orais temáticas, elaboração de mapas de risco e análise de dados governamentais, entre outras. A disciplina foi elaborada por pesquisadores e educadores do Projeto Dados à Prova d' Água, em parceria com o Cemaden Educação,
3- Projeto - Aplicativo Dados à Prova D’Água: polinização em escolas e defesas civis
Apresentado pela pesquisadora Lívia Degrossi, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o aplicativo móvel “Dados à Prova d’Água” tem o objetivo de engajar as comunidades e escolas que podem ser afetadas por inundações, alagamentos e enxurradas na produção de dados sobre eventos de chuva e os impactos locais desses eventos. Além de possibilitar a produção de dados, o aplicativo facilita o acesso e a visualização de dados governamentais de pluviômetros automáticos e áreas propensas a inundações.
O Aplicativo está em testagem intensiva nas cinco regiões brasileiras, envolvendo 17 escolas (com professores e estudantes) e cinco defesas civis (com NUPDECs e grupos sociais) pelo Projeto WPD++ ciência cidadã com aplicativo Dados à Prova d’Água: polinização nas comunidades. Esse aplicativo também faz parte do conteúdo da disciplina eletiva “Dados à Prova d’ Água e da atividade de Pluviômetros do Cemaden Educação, sendo utilizado como um recurso tecnológico didático para apoiar as atividades de pesquisa em ciência cidadã dos(as) estudantes.
Os dados produzidos ao longo do processo educativo alimentarão a base de dados do aplicativo e poderão ser acessados pelo Cemaden, além de instituições que lidam diretamente com o gerenciamento do risco de desastres na esfera municipal, estadual e federal.
4- Livro: Educação em Clima de Riscos e Desastres - Cemaden Educação
Apresentado pela pesquisadora Rachel Trajber, do Cemaden Educação, o livro “Educação em clima de risco de desastres” foi elaborado pelo Programa Cemaden Educação, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq (do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações -MCTI) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura -UNESCO (agência das Nações Unidas -ONU).
A publicação busca, sobretudo, a prevenção como exercício de cidadania, promovendo a compreensão das causas da vulnerabilidade socioambiental. Nessa perspectiva, as escolas e as comunidades tornam-se espaços para pesquisar, diagnosticar as condições locais dos riscos, monitorar os fenômenos socioambientais, compartilhar conhecimentos, entender e emitir alertas de desastres. Contribui, ainda, para superar a naturalização dos desastres e o sentimento de impotência das pessoas, mobilizando o conhecimento da realidade para a ação transformadora.
5- Jogo “Na Trilha do Risco”
Apresentado por Bárbara Beraquet do Projeto WASH, “Na Trilha do Risco” é um jogo que segue uma trilha, onde os impactos das mudanças climáticas e riscos socioambientais são desafios a serem descobertos nas diversas regiões do Brasil. O jogador aprende ainda sobre possíveis ações de prevenção e mitigação de riscos desastres. O jogo está em três formatos diferentes: tabuleiro gigante de chão (onde os jogadores são as peças e usam um grande dado); o jogo em formato impresso (para uso em sala de aula); e em formato ampliado de game digital) com múltiplas atividades e vídeos).
O jogo foi concebido no âmbito do Programa Cemaden Educação, teve a arte desenvolvida pela empresa Cão Fila e a versão digital executada pelo Programa WASH.
Conhecer os projetos
Mais informações sobre os projetos lançados e as parcerias desses trabalhos, estão disponibilizados no site do Cemaden Educação pelo endereço:
http://educacao.cemaden.gov.br/
Atividade virtual compartilhada
No final do evento, a pesquisadora Débora Olivato, do Cemaden Educação, fez uma atividade virtual junto aos que acompanhavam a transmissão da premiação da campanha. A ideia era coletar e identificar as palavras mais destacadas, enviadas pelos participantes, que resumiam os sentimentos sobre mudanças climáticas e redução do risco de desastres socioambientais. O resultado foram as palavras “esperança e resiliência” as que mais expressaram os sentimentos, após acompanharem os projetos e os vídeos da campanha apresentados no evento.
Para ver na íntegra o evento da Premiação da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021 e as apresentações dos projetos, transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação, pode acessar o endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=OuIWdIEbubc
Fonte Ascom/Cemaden
Equipe do Projeto Elos apresenta propostas para implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
A proposta metodológica foi o resultado de discussões entre instituições, pesquisadores, defesas civis, profissionais, universidades e sociedade em geral ,envolvidos nas ações de gestão de risco de desastres. Participaram do evento o PNUD, SEDEC e Cemaden.
Após um ano de atividades com levantamento de dados por questionários, pesquisas, seminários e discussões, a partir do diagnóstico das capacidades e necessidades das defesas civis municipais, a equipe do Projeto Elos apresentou, nesta terça-feira (30), as propostas metodológicas para implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. Essas propostas foram classificadas em cinco pilares: definição da ocupação do profissional de proteção e defesa civil, recursos financeiros, capacitação regional, aprimoramento da comunicação (intra e interinstitucional) e aprimoramento da governança (com a participação social e intersetorial).
O evento foi transmitido pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden e contou com a participação de Moema Freire, coordenadora da Unidade de Governança e Justiça para o Desenvolvimento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); Osvaldo Moraes, diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) -unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e Alexandre Lucas Alves - secretário nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC), do Ministério de Desenvolvimento Regional.
A coordenadora da Unidade de Governança e Justiça do PNUD, Moema Freire, destacou a importância do fortalecimento da governança e das articulações intersetorial e interfederativa, lembrando do Acordo de Sendai e do fortalecimento das capacidades das instituições. “É essencial esse fortalecimento de todos os órgãos para atuar nas diversas dimensões da gestão de risco, desde a prevenção até a recuperação. “, afirma a coordenadora e completa: “Isso permite evitar retrocessos no desenvolvimento que já alcançamos no País, das ações voltadas aos efeitos adversos de crises e desastres, bem como o de possibilitar o nosso contínuo avanço.”
“O Projeto Elos foi além do que se pretendia inicialmente. Não é um encerramento de um projeto, mas a abertura para muitos trabalhos e outros projetos, para auxiliar, significativamente, a gestão de risco de desastres no País”, afirma o diretor do Cemaden/MCTI, Osvaldo Moraes, frisando sobre o importante trabalho entre Cemaden, SEDEC e PNUD: “Essa união reforça, ainda mais, a visão de que a gestão de risco é um processo integrado”, destacou o diretor do Cemaden, enfatizando que o Projeto Elos permitiu que o Cemaden conhecesse mais sobre a comunidade de defesas civis, para refletir a aprimorar a comunicação com essas instituições.
“Compartilhar esse momento para nós é vitorioso. É mais uma etapa de trabalho muito importante dessa gestão de risco de desastres.”, afirma Alexandre Lucas Alves - secretário nacional da SEDEC/MDR, informando que os recursos disponibilizados junto ao PNUD permitiram a obtenção de resultados das pesquisas para estabelecer uma melhoria prática no trabalho do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil. “Alinhamos a competência e conhecimento do Cemaden com a governança do PNUD. A pesquisa nos possibilitou o conhecimento das capacidades de governança, técnicas e materiais das defesas civis municipais. Isso permitirá uma política pública de gestão de risco e desastres mais eficaz, oportuna e sistêmica.”, destaca o secretário da SEDEC.
Apresentação das propostas
O pesquisador do Cemaden Victor Marchezini, coordenador do Projeto Elos, fez a apresentação dos objetivos e metodologias utilizadas para coletar, sistematizar e analisar os dados das estruturas municipais de Proteção e Defesas Civis, no que se refere a gestão local do risco de desastres e resposta a emergências. Mostrou e agradeceu a equipe do projeto, representada por profissionais de várias áreas de conhecimento e de diversas regiões do Brasil. Também mostrou as etapas do projeto: Agenda (diagnóstico, problemas, soluções e tomadas de decisão), Implementação (execução das decisões) e o Monitoramento e Avaliação (analisar o impacto da política pública).
“É importante que a partir dessa primeira fase, o Projeto Elos tenha uma continuidade.”, afirma o pesquisador e explica: “Por meio do diagnóstico de estruturação, capacitação e governança, há a elaboração da proposta para fortalecer a implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil nos municípios. Com isso, será possível promover, cada vez mais, a gestão de risco de desastres.”
A pesquisadora do Cemaden, Sílvia Saito, apresentou alguns destaques dos principais resultados do diagnóstico, relacionados às propostas elaboradas. “É importante salientar que esse diagnóstico vai nos permitir a construção da agenda dessa política pública que queremos fortalecer”, afirma a pesquisadora.
Em seguida, os pesquisadores e representantes de grupos de trabalho expuseram os cinco pilares das propostas: sobre a parte profissional de proteção e defesa civil, recursos financeiros, capacitação regional, aprimoramento da comunicação e da governança.
No final, houve a participação de representantes de defesas civis e atuantes no projeto de várias regiões brasileiras, fazendo as considerações sobre os trabalhos de discussões e a implementação de propostas.
Projeto Elos
O Projeto Elos é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC/MDR), no âmbito da Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017- Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, por meio do PNUD. A implementação do projeto está sendo feito pelos pesquisadores do Cemaden/MCTI.
O Seminário final do Projeto Elos na íntegra, com a apresentação das propostas de implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil está disponível no Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden, com acesso pelo endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=vCKtMtng5Rw
Fonte: Ascom/Cemaden
Cientista do Cemaden, climatologista José Marengo é empossado como membro da Academia Mundial de Ciências (TWAS)
José Antonio Marengo Orsini, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - foi empossado como membro titular da Academia Mundial de Ciências para o avanço da ciência em países em desenvolvimento (TWAS, da sigla em inglês), em cerimônia virtual realizada no último dia 4 de novembro, na Arábia Saudita.
Eleito como novo membro da TWAS em 2019, dentre os 46 novos Bolsistas para sua adesão, a academia vem expandindo seus esforços para aumentar a representação de mulheres e pesquisadores dos países de ciência e tecnologia do mundo. Marengo é um dos sete cientistas do Brasil, eleito como membro titular da Academia Mundial de Ciências, indicado na área de desenvolvimento de questões sobre previsão climática, mudanças climáticas, impactos e desastres naturais, dentro da categoria 7- de Astronomia, Ciências Espaciais e da Terra. Membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia do Estado de São Paulo, recebeu o Prêmio Internacional de Revista de Climatologia, o Prêmio Adalberto Serra, a participação regular em pesquisa com o AS-ICTP e o Prêmio Jacobo Zender, entre outros.
A posse deveria ter acontecido em 2020, mas foi adiada devido a pandemia da Covid-19. A votação realizada na 28ª Assembleia Geral da TWAS em Trieste, Itália, aumentou a adesão permanente total da Academia para 1.267 bolsistas. Com os resultados, a Academia cruzou um marco histórico: pela primeira vez desde sua fundação, há 35 anos, mais de 100 países estarão representados nas fileiras da TWAS – 104 países ao todo.
No dia 1º de novembro deste ano, durante a sua Assembleia Geral - uma parte da Conferência Geral da TWAS, dedicada a assuntos internos - a TWAS elegeu 58 novos Fellows, elevando o número total de membros da TWAS para 1.343. Vinte novos membros são mulheres, representando 34% da nova classe.
Mais informações sobre a eleição dos titulares da Academia Mundial de Ciências da turma de 2019, estão disponibilizadas no endereço:
https://twas.org/article/twas-elects-46-new-fellows
Fonte: Ascom/Cemaden
Nesta terça-feira (30), Cemaden Educação fará a premiação da campanha #AprenderParaPrevenir 2021 e lançamento de projetos inovadores
Entre os projetos, a equipe do Programa Cemaden Educação fará o lançamento de e-books, guias, aplicativo e game educativo para desenvolvimento de metodologias e atividades em sala de aula, voltados à prevenção e mitigação de desastres, além do livro sobre vulnerabilidade socioambiental.
Será nesta terça-feira, 30 de novembro, das 16 às 18 horas, o evento virtual para a apresentação dos resultados e premiação aos participantes da campanha #AprenderParaPrevenir 2021 e do lançamento de projetos inovadores voltados à prevenção e mitigação de desastres socioambientais. Coordenada pela equipe do Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) -unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - o evento será transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação e faz parte da Programação 10 Anos Cemaden.
Na programação do evento estão previstos lançamentos de projetos e metodologias científicas para prevenção e mitigação de riscos de desastres socioambientais, direcionados a estudantes de escolas do ensino fundamental e médio.
Entre os projetos, as atividades de disciplinas eletivas desenvolvidas por pesquisadores e educadores em parceria com a equipe do Cemaden Educação, como as disciplinas eletivas “É Fogo” (parceria com o Projeto MAP Fire) e do Projeto "À Prova d’Água" (parceria com várias instituições nacionais e internacionais). Também serão apresentados: o Aplicativo do Projeto "À Prova d’Água" (para monitoramento das chuvas com pluviômetros artesanais feitos com garrafas PETs); o “Jogo Na Trilha do Risco” (com tabuleiro de chão, game digital e vídeos, em parceria com o Programa WASH) e o lançamento do livro “Educação em clima de risco de desastres”, do Cemaden Educação.
Premiação da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021
Na programação do evento de premiação da campanha, está previsto o anúncio dos principais resultados da 6° edição da campanha. A campanha ocorreu no período de 03 de agosto e 30 de outubro deste ano, mobilizando escolas, defesas Civis, universidades e comunidades.
Neste ano, a campanha focou a produção de conhecimento e de vídeos relacionados ao tema "Desastres, aqui?! Como prevenir?". Serão anunciados três destaques especiais: mobilização, criatividade e visualizações. Haverá sorteio de prêmios entre as instituições participantes - 23 kits compostos por livros e demais materiais educativos, doados por parceiros e apoiadores da campanha e relacionados à temática da Educação para Redução de Riscos e Desastres.
Lançamentos previstos na programação do evento de premiação:
1-Disciplina eletiva "É FOGO!"
A disciplina eletiva "É FOGO!" visa promover a compreensão de um problema que faz parte do cotidiano das populações amazônicas : o fogo. Utilizando estratégias de produção, coleta e disseminação de dados e informações gerados pela comunidade escolar, o e-book “É Fogo!” utiliza metodologias científicas de forma prática e adaptada para estudantes, incentivando a capacidade transformadora dos jovens.
O e-book contém um guia de atividades para serem desenvolvidos em sala de aula, que tem como foco os riscos de desastres associados à ocorrência de queimadas e incêndios florestais causados pelo ser humano com foco na Amazônia .
A disciplina foi elaborada por pesquisadores e educadores do Projeto MAP Fire em parceria com o Cemaden Educação.
Informações sobre o Projeto MAP Fire: http://www.treeslab.org/map-fire.html
2- Disciplina eletiva “Dados à Prova d’Água
A disciplina eletiva “Dados à Prova d’Água” é dirigida ao ensino médio e pode ser ofertada também aos últimos anos do ensino fundamental. A disciplina fomenta o conhecimento sobre a gestão de risco de desastres, especialmente aqueles provocados pelo excesso de água, como as inundações, alagamentos e enxurradas. O objetivo é engajar os (as)estudantes com a produção de textos sobre os desastres provocados pelo excesso de água no “seu” bairro/cidade.
São propostas diversas atividades para trabalhar o tema: construção e monitoramento de pluviômetros artesanais, produção de histórias orais temáticas, elaboração de mapas de risco e análise de dados governamentais, entre outras.
A disciplina foi elaborada por pesquisadores e educadores do Projeto Dados à Prova d' Água em parceria com o Cemaden Educação.
Informações sobre o projeto Dados à Prova d´Água: https://warwick.ac.uk/fac/arts/schoolforcross-facultystudies/igsd/waterproofingdata/wpd-brasil
3-Aplicativo “Dados à Prova d’Água”
O aplicativo móvel “Dados à Prova d’Água” tem o objetivo de engajar as comunidades e escolas que podem ser afetadas por inundações, alagamentos e enxurradas na produção de dados sobre eventos de chuva e os impactos locais desses eventos. Além de possibilitar a produção de dados, o aplicativo facilita o acesso e a visualização de dados governamentais de pluviômetros automáticos e áreas propensas a inundações.
O Aplicativo está em testagem intensiva nas cinco regiões brasileiras, envolvendo 17 escolas (com professores e estudantes) e cinco defesas civis (com NUPDECs e grupos sociais) pelo Projeto WPD++ ciência cidadã com aplicativo Dados à Prova d’Água: polinização nas comunidades.
O aplicativo também faz parte do conteúdo da disciplina eletiva “Dados à Prova d’ Água e da atividade de Pluviômetros do Cemaden Educação, sendo utilizado como um recurso tecnológico didático para apoiar as atividades de pesquisa em ciência cidadã dos(as) estudantes.
Os dados produzidos ao longo do processo educativo alimentarão a base de dados do aplicativo e poderão ser acessados pelo Cemaden, além de instituições que lidam diretamente com o gerenciamento do risco de desastres na esfera municipal, estadual e federal.
4- Jogo “Na Trilha do Risco”
“Na Trilha do Risco” é um jogo que segue uma trilha, onde os impactos das mudanças climáticas e riscos socioambientais são desafios a serem descobertos nas diversas regiões do Brasil. O jogador aprende ainda sobre possíveis ações de prevenção e mitigação de riscos desastres. O lançamento apresentará o jogo em três formatos diferentes: tabuleiro gigante de chão (onde os jogadores são as peças e usam um grande dado); o jogo em formato impresso (para uso em sala de aula); e em formato ampliado de game digital (com múltiplas atividades e vídeos). O projeto foi desenvolvido em parceria com o Programa WASH.
O jogo foi concebido no âmbito do Programa Cemaden Educação, teve a arte desenvolvida pela empresa Cão Fila e a versão digital executada pelo Programa WASH (https://wash.net.br/o-que-e-o-wash/).
5- Livro “Educação em clima de risco de desastres”
O livro “Educação em clima de risco de desastres” foi elaborado pelo Programa Cemaden Educação, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -CNPq (do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações -MCTI) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura -UNESCO (agência das Nações Unidas -ONU).
A publicação busca, sobretudo, a prevenção como exercício de cidadania, promovendo a compreensão das causas da vulnerabilidade socioambiental. Nessa perspectiva, as escolas e as comunidades tornam-se espaços para pesquisar, diagnosticar as condições locais dos riscos, monitorar os fenômenos socioambientais, compartilhar conhecimentos, entender e emitir alertas de desastres. Contribui, ainda, para superar a naturalização dos desastres e o sentimento de impotência das pessoas, mobilizando o conhecimento da realidade para a ação transformadora.
Transmissão do evento e informações sobre o Cemaden Educação
Para acompanhar a transmissão do evento neste dia 30de novembro, terça-feira, das 16h00 às 18h00, pelo Canal YouTube do Cemaden Educação pode acessar o endereço: https://www.youtube.com/c/CemadenEducação
Para saber sobre a programação da premiação: http://educacao.cemaden.gov.br/site/news/MTY2MDAwMDAwMDEwMg==
E sobre o Cemaden Educação: http://educacao.cemaden.gov.br/
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe do Cemaden Educação
No próximo dia 30, Projeto Elos realiza Seminário Final com Sedec, PNUD e Cemaden
Na ocasião, será apresentada a proposta metodológica de implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil para o fortalecimento Municipal e Estadual .
O Projeto Elos apresenta no próximo dia 30 de novembro de 2021 (terça-feira), às 14h30min (horário de Brasília), a proposta metodológica de implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), cujo objetivo é fortalecer os órgãos de proteção e defesa civil municipais e estaduais. O Seminário Final será transmitido pelo canal do YouTube da Série de Debates do Cemaden.
O evento contará com a participação de Alexandre Lucas Alves - secretário nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) do Ministério de Desenvolvimento Regional; Maristela Baioni - representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Osvaldo Luiz Leal de Moraes- diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Nos meses de outubro e novembro, foram realizados eventos públicos e também reuniões com membros do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), a fim de discutir e aprimorar as proposições feitas pelos (as) pesquisadores(as) do Cemaden do Projeto Elos, a partir do diagnóstico das capacidades e necessidades dos órgãos municipais.
Nos cinco encontros on-line, houve a participação de profissionais de proteção e defesa civil, de pesquisadores (as) e de técnicos de diferentes instituições, representando todos os estados do Brasil, totalizando mais de 1.400 participantes inscritos. Foram recebidas muitas contribuições e interações durante os eventos virtuais, por meio do chat do YouTube e do formulário criado para coletar impressões de forma anônima.
“Após um ano de atividades do Projeto Elos, podemos perceber que muitas experiências positivas foram replicadas e foi construído um espaço de trocas entre diversos atores, que já contribuiu para o avanço do debate na área de proteção e defesa civil.”, destaca Victor Marchezini, coordenador do Projeto Elos. “Estamos fazendo uma ciência com impacto social em políticas públicas, com diálogo de conhecimentos”, afirma o pesquisador.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas a partir do formulário acessado pelo endereço:
https://forms.gle/G7pU33soJUv3EHEr7
Haverá emissão de certificados para todos aqueles que preencherem a lista de presença no dia do encontro.
O Projeto Elos é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC/MDR), no âmbito da Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017- Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, por meio do PNUD. A implementação do projeto está sendo feito pelos pesquisadores do Cemaden/MCTI.
O Seminário Final do Projeto Elos será transmitido pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden, com acesso pelo endereço:
https://www.youtube.com/channel/UCli7dG6pJ6wPkJs53x3FK-w
Informações sobre o Projeto Elos podem ser solicitadas pelo e-mail: projeto.elos@cemaden.gov.br ou pelo WhatsApp: (51) 99792-4654.
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe do Cemaden do Projeto Elos
Sala de Situação do Cemaden lança Anuários 2017 e 2018, com análise de alertas e ocorrências de desastres
Elaborado pelos tecnologistas da Sala de Situação do Cemaden, os anuários trazem a análise de alertas e ocorrências de desastres geo-hidrológicos, imprescindíveis tanto para a avaliação interna, como também no registro histórico do trabalho de monitoramento e de ocorrências de desastres no Brasil.
Com a finalidade de consolidar as estatísticas dos alertas emitidos pela Sala de Situação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – tecnologistas que realizam o monitoramento de 959 municípios brasileiros (mapeados com áreas de risco de desastres geo-hidrológicos) desenvolveram um banco de registro de ocorrências de inundações e deslizamentos (denominado Reindesc). Esse banco de dados foi organizado e culminou no trabalho científico e elaboração dos Anuários da Sala de Situação do Cemaden de 2017 e de 2018.
A primeira versão do anuário fez uma análise dos alertas e ocorrências registrados em 2017. Já o anuário relativo ao ano de 2018 reflete a importância do Cemaden para o monitoramento e a emissão de alertas de eventos deflagrados por ameaças de natureza hidrometeorológica, como alagamentos, inundações, enxurradas e movimentos de massa. Estudos apontam que esses desastres são os que causam mais fatalidades no País.
“Ao longo dos anos, os resultados dessas pesquisas contribuirão para melhorar a confiabilidade e a tempestividade dos alertas”, citado na apresentação do Anuário 2018, subscrito pelo diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes e pelo coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, Marcelo Seluchi.
Ainda na apresentação do Anuário de 2018, é destacado que o Cemaden enviou 2.077 alertas, em 2018, enquanto o registro de ocorrências no banco de dados (Reindesc) foi de 601 eventos. Por outro lado, é altíssima a correlação entre o nível do alerta e a magnitude do evento. Nenhum evento de magnitude considerada de grande porte deixou de ser alertado. Já os alertas emitidos com nível alto foram assertivos em 50%. Isto significa que, a cada dois alertas emitidos com nível alto, foi registrado um evento com impacto confirmado na população.
Organização e capítulos dos Anuários de 2017 e 2018
O Anuário de 2017 está organizado em seis capítulos. O primeiro capítulo é dedicado à apresentação da Sala de Situação e da rede observacional do Cemaden. No capítulo 2, são descritos os métodos e conceitos vinculados ao monitoramento e à emissão de alertas pelo Cemaden, assim como, ao registro de ocorrências dos processos geo-hidrológicos monitorados. O capítulo 3 apresenta um panorama geral da população residente em áreas de risco nos municípios monitorados, subsidiando a discussão nos capítulos posteriores. O capítulo 4 sintetiza os alertas enviados pelo Cemaden no ano de 2017 e as condições meteorológicas associadas. No capítulo 5, é feita a análise dos eventos com registro de ocorrências nos municípios monitorados. Por fim, o capítulo 6 trata da relação entre os alertas e os eventos com ocorrências registradas
O Anuário de 2018 está organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo é dedicado à apresentação do Cemaden, de sua estrutura e forma de organização. No capítulo 2, são descritos os métodos e os conceitos vinculados ao monitoramento e à emissão de alertas pelo Cemaden, assim como, ao registro de ocorrências dos processos geo-hidrológicos monitorados. O capítulo 3 traz uma síntese dos alertas emitidos em 2018, apresentando a distribuição dos alertas por região, sua distribuição em função do nível do alerta e as condições meteorológicas no ano em referência. O capítulo 4 apresenta os eventos com registros de ocorrências nos municípios monitorados e, por fim, no capítulo 5 é apresentado o diagnóstico dos eventos com ocorrências registradas e os alertas a eles associados.
Os Anuários da Sala de Situação do Cemaden, dos anos de 2017 e 2018, estão disponibilizados no site do Cemaden, acessíveis pelo endereço e também disponíveis para download:
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/acesso-a-informacao-lai/anuario-da-sala-de-situacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Ministro Marcos Pontes participa da cerimônia de cooperação técnica entre Cemaden/MCTI e Aliança Bioversity/CIAT
As instituições assinam termo de cooperação técnica para desenvolver plataforma de monitoramento geo-hidrometeorológico na Amazônia
Com a presença do ministro Marcos Pontes, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), foi realizada ontem (22) a cerimônia virtual da assinatura do Memorando de Entendimento (MoU) entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do MCTI- a Aliança Bioversity-CIAT e o Programa SERVIR-Amazonia, transmitida pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden.
A cooperação técnica entre o Cemaden/MCTI e as instituições internacionais visa promover estudos de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra na Amazônia.
Na abertura, o ministro Marcos Pontes destacou a importância institucional do Cemaden para o Brasil, no trabalho de monitoramento de áreas de risco de desastres geo-hidrometeorológicos e, também, como importante unidade de pesquisa do MCTI, na análise de dados, inclusive, socioeconômicos das regiões críticas de risco. “Hoje, com a assinatura do Termo de Entendimento, vejo o Cemaden junto com outras organizações internacionais para o trabalho de parceria voltado à importante região amazônica”, afirma o ministro do MCTI, citando que nesses últimos tempos da pandemia, foi destacada a importância da ciência e da união, no compartilhamento de dados e do trabalho em conjunto, para obtenção de melhores resultados. “Isso se faz presente em todas as áreas, principalmente, nessa área da assinatura do termo de entendimento”.
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, afirmou que há algum tempo a instituição já vinha conversando com o SERVIR-Amazonia e a Aliança Bioversity-CIAT sobre o trabalho de parceria técnica. Destacou que é essencial que essa colaboração seja assentada em nível de igualdade de desenvolvimento científico. “Entendemos que o Cemaden - como instituto de ciência e tecnologia - possui capacidade humana para fazer um trabalho colaborativo com diferentes instituições científicas do mundo”, afirma Moraes, citando alguns exemplos, como essa assinatura de entendimento; dos acordos já existentes, como os serviços climáticos junto a UK Met Office, do Reino Unido; e, em breve a assinatura de acordo técnico junto a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), dos Estados Unidos. “Todos esses acordos têm como pilar a capacidade humana que dispomos no âmbito do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações”, afirma o diretor do Cemaden.
Participantes da cerimônia
Além do ministro Marcos Pontes, do MCTI também participou da assinatura do termo de cooperação técnica o Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, Bernardo Milano. Do Cemaden, além do diretor Osvaldo Moraes participou da cerimônia o pesquisador Márcio Moraes, coordenador do projeto, que apresentou os trabalhos de modelagem e pesquisas hidrológicas realizados na região do Rio Madeira. Das instituições internacionais participaram: Jesús Quintana, diretor-geral para as Américas da Alianza Bioversity-CIAT; Ted Gehr, diretor da Missão da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID); a coordenadora científica Helen Baldwin e o coordenador da Equipe de Ciência Aplicada, Jim Nelson, ambos da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA-SERVIR Global); e Carlos Gasco – diretor do Programa SERVIR-Amazonia. A apresentação e o cerimonial foram conduzidos pelo coordenador de Engajamento de Usuários da SERVIR-Amazonia, José Fernandes.
Atividades a serem desenvolvidas na Amazônia
Por meio da parceria e cooperação técnica, os participantes expressam o propósito e compromisso de gerar uma plataforma de colaboração interinstitucional, que contenha mecanismos de coordenação, interação, cooperação e reciprocidade para promover um estudo de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra.
Entre as atividades previstas na parceria, incluem-se: estudos e pesquisas, desenvolvimento de ferramentas, capacitação entre instituições e parceiros, fortalecimento de intercâmbio de informação para a prevenção de redução de impactos ambientais, sociais e econômicos - decorrentes de eventos extremos no bioma e bacia Amazônica - além de compartilhar pesquisas e aplicações no campo hidrometeorológico.
Na primeira etapa da cooperação científica, estão previstas as seguintes atividades: validação de previsões hidrológicas e correção de viés, usando vazão observada para a bacia do Rio Madeira; desenvolvimento de ferramentas para visualização de previsões para a bacia do Rio Madeira, incluindo as bacias hidrográficas transfronteiriças; elaboração de mapas de impacto de cheias na região da bacia do Rio Madeira; capacitação dentro do Cemaden das agências/usuários de interesse mais amplo.
O Memorando de Entendimento entre o Cemaden/MCTI e a Aliança Bioversity/CIAT terá vigência até 20 de dezembro de 2023.
A transmissão do evento teve o apoio da equipe técnica da Série de Debates, coordenada pelo pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini. A cerimônia completa da assinatura do Memorando de Entendimento está disponibilizada no Canal do YouTube da Série de Debates do Cemaden pelo link:
https://youtu.be/3RaPW3ap1fE
Fonte: Ascom/Cemaden
Nesta segunda-feira (22), será realizada a cerimônia de cooperação técnica entre Cemaden/MCTI e Aliança Bioversity/CIAT
A cooperação técnica entre o Cemaden/MCTI, Aliança Bioversity/CIAT e Programa SERVIR-Amazônia visa colaboração interinstitucional para desenvolver, em parceria, pesquisas e plataforma para monitoramento geo-hidrometeorológico da Amazônia.
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No próximo dia 22 de novembro de 2021, às 16 horas (horário Brasília) será realizada a cerimônia oficial de assinatura do Memorando de Entendimento entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Aliança Bioversity - CIAT e o Programa SERVIR-Amazônia, com transmissão pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden.
A cooperação técnica entre o Cemaden/MCTI e as instituições internacionais visa promover estudos de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra na Amazônia.
Parceria e compromissos
Por meio da parceria e cooperação técnica, os participantes expressam o propósito e compromisso de gerar uma plataforma de colaboração interinstitucional, que contenha mecanismos de coordenação, interação, cooperação e reciprocidade para promover um estudo de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra.
Entre as atividades previstas na parceria, incluem-se estudos e pesquisas, desenvolvimento de ferramentas, capacitação entre instituições e parceiros, fortalecimento de intercâmbio de informação para a prevenção de redução de impactos ambientais, sociais e econômicos decorrentes de eventos extremos no bioma e bacia Amazônica, além de compartilhar pesquisas e aplicações no campo hidrometeorológico.
Na primeira etapa da cooperação científica, estão previstas as seguintes atividades: validação de previsões hidrológicas e correção de viés, usando vazão observada para a bacia do Rio Madeira; desenvolvimento de ferramentas para visualização de previsões para a bacia do Rio Madeira, incluindo as bacias hidrográficas transfronteiriças; elaboração de mapas de impacto de cheias na região da bacia do Rio Madeira; capacitação dentro do Cemaden das agências/usuários de interesse mais amplo.
Participantes da cerimônia nesta segunda-feira (22)
Na cerimônia de assinatura do Memorando de Entendimento, estarão presentes:
Abertura e condução da cerimônia: José Fernandes – Coordenador de Engajamento de Usuários da SERVIR-Amazônia (integrante da SERVIR Global);
Ted Gehr – diretor da Missão da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID);
Helen Baldwin – coordenadora científica da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA- SERVIR Global);
Jim Nelson – coordenador da Equipe de Ciência Aplicada da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA- SERVIR Global);
Márcio Moraes – pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), coordenador do Projeto de Parceria;
Jesús Quintana – diretor-geral para as Américas da Alianza Bioversity - CIAT;
Osvaldo Moraes – diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) unidade de pesquisa do MCTI; unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI);
Bernardo Milano - Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)
Encerramento: Carlos Gasco – diretor do Programa SERVIR-Amazônia
O Memorando de Entendimento entre o Cemaden/MCTI e a Aliança Bioversity/CIAT entra em vigor após a assinatura e terá vigência até 20 de dezembro de 2023.
Fonte: Ascom/Cemaden com Comunicação da Imaflora e SERVIR-Amazônia
Cemaden realiza pesquisa inédita de percepção sobre a crise climática com profissionais de proteção e defesa civil
Estudo quer identificar como aqueles que atuam com riscos e desastres percebem o debate climático
No momento das discussões climáticas que ocorrem nos próximos dias, durante a COP26 - 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), pesquisadores(as) do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - iniciam o processo de coleta de dados sobre um estudo ainda inédito no Brasil. Como os profissionais dos órgãos de proteção e defesa civil percebem a crise climática?
Estudo recente da Organização Meteorológica Mundial, vinculada à ONU, apontou que nos últimos 50 anos o número de desastres causados pelas mudanças climáticas aumentou cinco vezes. O relatório divulgado em setembro deste ano registra ainda a morte de 2 milhões de pessoas, sobretudo em países em desenvolvimento, e mais de 3,5 trilhões de dólares em perdas econômicas.
“Esperamos identificar as percepções dos profissionais da proteção e defesa civil para, a partir disso, fortalecer a articulação entre a agenda de redução de risco de desastres e as medidas de adaptação às mudanças climáticas“, afirma o pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini.
A pesquisa de percepção a respeito das mudanças climáticas é direcionada a integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e pode ser respondida em menos de dez minutos até o dia 4 de dezembro de 2021. Para participar, basta preencher este formulário: https://pt.research.net/r/PDC_mclim.
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores realizam workshop sobre fogo na Amazônia em diferentes momentos da ocupação humana na região
Qual é o papel histórico do fogo nas florestas da Amazônia e como ele pode nos auxiliar na conservação e manejo atual das florestas? A floresta Amazônica está preparada para enfrentar o atual regime de fogo? Quais seriam as opções para um futuro sem fogo na Amazônia? Quais as oportunidades atuais para subsidiar a prevenção de incêndios? Todas essas questões foram debatidas no Workshop Ciência e Prática sobre o Fogo na Amazônia, na programação que iniciou dia 8 de novembro de 2021 e se estende até amanhã (dia 11).
O evento está sendo realizado pela Universidade de Exeter (UK), equipe do Projeto MAP-Fire, do Centro Nacional de MonitoramentoeAlertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) e Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT- Nova Xavantina).
O objetivo é apresentar o estado da arte da ciência no conhecimento sobre o fogo e o seu uso pelas populações, em diferentes momentos da ocupação da Amazônia. Também traz reflexões sobre as mudanças ambientais atuais, sua relação com o risco e impactos dos incêndios florestais e pensar em estratégias de prevenção.
O workshop teve inscrições gratuitas, realizado através da plataforma Google Meet. O público-alvo do workshop foi estudantes, brigadistas (voluntários ou formalizados), bombeiros, gestores de áreas de conservação, defesa civil, educadores, acadêmicos de todas as áreas, comunidades tradicionais) e produtores rurais, ONGs e representantes de organizações e empresas de todos setores que identificam a emergência do tema e potenciais soluções associados a essa temática
”Amanhã, (11 de novembro), último dia do workshop, será realizada uma atividade para refletirmos sobre a utilização do produto do Cemaden/MetOffice de alerta de previsão do fogo em áreas protegidas da América do Sul.”, informa a pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson. "Este produto é uma ferramenta que provê informações necessárias para o planejamento de estratégias de prevenção, e assim podemos nos organizar melhor para reduzir as chances de incêndios florestais.", explica a pesquisadora do Cemaden.
O Workshop foi financiado pelo Natural Environment Research Council (UK), CAPES - Ciência Sem Fronteiras e conta com o apoio dos pesquisadores do projeto MAP-Fire (IAI, projeto número SGP-HW 016, @mapfire.project,) e Brigadas da Amazônia (WWF).
Para mais informações: Contato: mapfire.sa@gmail.com
Pesquisa
A pesquisa “ An alert system for Seasonal Fire probability forecast for South American Protected Areas ” (Um sistema de alerta para a previsão de probabilidade de incêndio sazonal para áreas protegidas sul americanas)- dos autores Liana O. Anderson , Chantelle Burton , João B.C. dos Reis , Ana Carolina M. Pessôa , Philip Bett , Nathália S. Carvalho , Celso H. L. Silva Junior , Karina Williams , Galia Selaya , Dolors Armenteras , Bibiana A. Bilbao , Haron Xaud. M , Roberto Rivera-Lombardi , Joice Ferreira , Luiz E. O.C. Aragão , Chris D. Jones , Andrew J. Wiltshire – pode ser acessada pelos links do artigo:
https://doi.org/10.1002/cli2.19
https://rmets.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cli2.19
A programação do Workshop Ciência e Prática sobre o Fogo na Amazônia- Passado, Presente e Futuro pode ser visualizada no link abaixo:
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden irá instalar equipamentos geotécnicos em Petrópolis (RJ) para ampliar o monitoramento de risco de deslizamentos
No mês de setembro, pesquisadores da área geotécnica do Projeto RedeGeo do Cemaden desenvolveram estudos de campo e identificação de locais possíveis para instalação de cinco PCDs Geo (Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicas). A instalação das PCDs Geo está prevista para a segunda quinzena deste mês de novembro (Foto: Pesquisadores do Cemaden e agentes da Defesa Civil de Petrópolis (RJ) no Bairro Alto da Independência - para análise de instalação da PCD Geo- Crédito: Daniel Metodiev/Cemaden)
Com o objetivo de ampliar o monitoramento da quantidade de chuvas e de umidade de solo, em tempo real, nas áreas de risco de deslizamentos em encostas urbanas, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações irá instalar, neste mês de novembro, cinco Plataformas de Coletas de Dados Geotécnicos (PCDs Geo) no município de Petrópolis (RJ).
Esses equipamentos geotécnicos (PCDs Geo), compostos por pluviômetro e sensores de umidade, permitem maior precisão no monitoramento de dados de chuva e umidade do solo, possibilitando precisão dos alertas de deslizamentos do Cemaden/MCTI e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres ( CENAD/MDR), além de ampliar o apoio das Defesas Civis Estaduais e Municipais na prevenção de movimentos de massa, durante o Plano de Verão.
Trabalhos preparatórios e parcerias entre Cemaden e Defesa Civil Municipal
Entre os dias 27 e 29 de Setembro, os pesquisadores e geólogos do Cemaden, Daniel Metodiev e Márcio Andrade, desenvolveram estudos em campo no município de Petrópolis (RJ) para avaliação e identificação de locais possíveis de instalação de cinco PCDs Geo (Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicas).
No âmbito do Projeto RedeGeo e dentro da parceria Cemaden (MCTI) e Secretaria de Defesa Civil Municipal de Petrópolis, o trabalho de identificação dos locais foi realizado junto com o geógrafo Luiz Henrique Alves e os geólogos Larissa Blaudt e Yuri Garin, todos técnicos da Defesa Civil. Essa parceria é fruto do compromisso firmado a partir do Acordo de Cooperação Técnica existente entre a Defesa Civil de Petrópolis e Cemaden/MCTI.
Desastres na região serrana do RJ
A região de Petrópolis é uma área crítica em desastres naturais, com constante e permanente processos de movimentos de massa (deslizamentos, corridas de lama e de detritos). Os maiores desastres registrados no município, em 1988 e 2011, tiveram grande impacto na cidade de Petrópolis, assim como em toda região serrana do Rio de Janeiro. O segundo desastre vitimou mais de 900 moradores, conforme dados oficiais, mas os indícios revelam muito mais vítimas, contando também as pessoas desaparecidas. “Esse desastre é uma das razões que a região serrana do Estado de Rio de Janeiro seja uma área sensível e complexa na prevenção de risco de deslizamentos.”, afirma o pesquisador e geólogo do Cemaden, Márcio Andrade. Explica que, por isso é necessária uma atualização frequente e ampliação da rede de monitoramento, principalmente, para o trabalho das Defesas Civis da região serrana de Rio de Janeiro.
Vistorias e identificação dos locais críticos e de adequação técnica para instalar as PCDs Geo
Junto à Defesa Civil de Petrópolis, foram realizadas vistorias para identificação de locais adequados para instalação das PCDs Geotécnicas. Os dados a serem obtidos de chuva e da umidade do solo permitirão uma correlação entre a quantidade de chuva do local e a parte dessa chuva que foi absorvida e retida no solo, causando saturação em profundidade, levando o solo a deflagração de deslizamentos. A PCD Geotécnica é composta por um pluviômetro automático e uma sonda geotécnica, que conta com seis sensores, em posição fixa a cada 0,5 m, os quais medem a umidade volumétrica do solo, através de um campo magnético.
A identificação dos possíveis locais de instalação foi realizada a partir do conhecimento local da Defesa Civil de Petrópolis, com base nos mapeamentos de áreas de risco R3 (nível alto) e R4 (nível muito alto) do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Além dos locais estarem em áreas ativas de deslizamentos, os requisitos para instalação exigiram que os terrenos tenham um solo que permita a escavação para instalação do tubo de acesso com três metros de profundidade, além dos o locais de fixação dos pluviômetros não apresentem obstáculos para captação da água da chuva (árvores, edificações, entre outros). Também é necessário ter bom sinal de telefonia móvel para transmissão dos dados; acessibilidade para realização da instalação e da manutenção preventiva e periódica, em condições mínimas de segurança para o equipamento e para as equipes de trabalho.
Os locais ficam posicionados em áreas com histórico de ocorrências de movimentos de massa em bairros como Quitandinha, Alto da Independência, Castelânea, Simeria, São Sebastião e Bingen. Alguns dos pontos como a Rampa de Voo Livre no bairro Simeria e o Residencial Gustavo Ernesto Baner no bairro São Sebastião estão muito próximos as cicatrizes de ocorrências históricas de movimento de massa de grande impacto social que ocorreram em 1988 e em 2011.
Projeto RedeGeo do Cemaden
A Rede de Monitoramento Geotécnico (RedeGeo) é um projeto da Rede de Monitoramento Ambiental de Desastres Naturais (REMADEN) do Cemaden (MCTI), financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do MCTI) e executado pela Funcate(Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais) e Cemaden/MCTI. A PCD Geo é um equipamento, exclusivamente, instalado em áreas localizadas em encostas antropizadas (áreas alteradas), suscetíveis de deslizamentos, com vasto histórico de ocorrências, bem como em encostas naturais com fortes indícios de processos ativos de movimentos de massa.
Desde o ano de 2019, já foram instaladas 87 PCDs Geo em áreas de risco com vasto histórico de ocorrências de movimento de massa no Brasil nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, nos municípios de Blumenau (SC); Olinda, Recife, Jaboatão do Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Camaragibe (Pernambuco); na Baixada Santista no Estado de São Paulo (Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande); no Grande ABC paulista (Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Mauá); na região serrana de Campos do Jordão (SP) e Angra dos Reis (RJ) agora em novembro, em Petrópolis (RJ).
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe RedeGeo
Foto: Pesquisadores do Cemaden e agentes da Defesa Civil de Petrópolis (RJ), realizando trabalho em campo nas comunidades das encostas íngremes do bairro Alto da Independência, para avaliação dos locais possíveis de instalação de PCDs Geo (Crédito: Daniel Metodiev/Cemaden).
Escolas e comunidades vulneráveis testam aplicativo para monitoramento de inundações e alagamentos
O projeto tem a participação do Programa Cemaden Educação em parceria com instituições nacionais e internacionais, aplicando a Educação para Redução de Riscos de Desastres, em tempos de mudanças climáticas ( Foto: Alunos de Jaboatão dos Guararapes coletando dados do pluviômetro construído com garrafa PET- fonte: Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes)
O Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) vem desenvolvendo - juntamente com instituições nacionais e internacionais - o Projeto WPD++ Ciência cidadã com aplicativo Dados à Prova d’Água: polinização nas comunidades. Trata-se do monitoramento de riscos de inundações e alagamentos, com dados registrados pelos pluviômetros feitos com garrafas PET.
A criação de redes observacionais com pluviômetros de garrafas PET integradas à testagem do aplicativo de celular (APP) acontece em Escolas e Defesas Civis, localizadas em municípios das cinco regiões do País. O período de testagem do APP é intensivo, entre setembro a dezembro de 2021.
Um grupo composto por 21 multiplicadores - professores e integrantes de Defesas Civis - de cinco estados (Santa Catarina, Acre, São Paulo, Mato Grosso e Pernambuco) estão formando integrantes de comunidades escolares vulneráveis a inundações, alagamentos, enchentes e enxurradas, aplicando a Educação para Redução de Riscos de Desastres, em uma perspectiva de ciência cidadã.
Cada polinizador(a) do projeto cria redes observacionais com estudantes e comunidades para monitorar as chuvas, confeccionando e instalando nas casas pluviômetros de baixo custo (como exemplo, a garrafa PET). Os dados de chuva em cada local, informações sobre inundação/alagamento e o nível dos rios são coletados e compartilhados com o Cemaden, por meio de um aplicativo para celular chamado ‘Dados à Prova d’Água’, o nome do projeto internacional.
Além do Cemaden (Programa Cemaden Educação), entre as instituições envolvidas no projeto estão: Fundação Getúlio Vargas (FGV), Universidades de Warwick e Glasgow (Reino Unido), com apoio financeiro do Global Challenges Research Fund, por meio do Global Research Translation Award (GRTA).
“Espera-se o projeto e com o uso do aplicativo móvel os estudantes e cidadãos que vivem em áreas propensas a inundações tenham uma maior compreensão socioambiental deste fenômeno, criem estratégias adaptativas”, afirma a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber. Ela explica que o projeto contribui para gerar dados relevantes para a comunidades, criando arranjos de governança entre cidadãos, governos e especialistas em enchentes e, em última análise, maior resiliência
Desenvolvimento e testagem do aplicatível móvel:
O desenvolvimento do aplicativo para celular para monitoramento cidadão de prevenção de riscos hidrológicos faz parte do projeto intitulado ‘Dados à Prova d’Àgua: engajando stakeholders na governança sustentável de riscos de inundação para resiliência urbana. O projeto é coordenado pelas Universidades de Warwick e Glasgow (Reino Unido), a Fundação Getúlio Vargas (Brasil), Cemaden/ Programa Cemaden Educação (MCTI).
Projeto Dados à Prova d’Água
Localidades dos participantes do Projeto:
Região |
UF |
Município |
Norte |
Acre |
Rio Branco/ Cruzeiro do Sul |
Nordeste |
Pernambuco |
Jaboatão dos Guararapes |
Centro Oeste |
Mato Grosso |
Cuiabá |
Sudeste |
São Paulo |
São José dos Campos/ São Paulo |
Sul |
Santa Catarina |
Florianópolis/Criciúma/Xanxerê |
Pessoas envolvidas e dados estimados:
Ação |
Polinizadores bolsistas |
Locais polinizados |
Participantes/redes de 5 pluviômetros) |
Estimativa de dados a serem coletados (7 dias/10 semanas - out a dez) |
Polinização escolas |
16 professores* |
32 escolas |
160 participantes estudantes |
11.200 dados |
Polinização defesas civis |
05 agentes de defesas civis |
10 Nupdecs |
50 participantes comunitários |
3.500 dados |
Totais |
21 polinizadores |
42 locais |
210 participantes/ pluviômetros |
14.700 dados |
Programa Cemaden Educação
Implantado em 2014 pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden/MCTI) -o Programa Cemaden Educação atua junto às comunidades escolares, localizadas em municípios vulneráveis a desastres socioambientais.
O Cemaden Educação tem como objetivo contribuir para a geração de uma cultura da percepção de riscos de desastres, no amplo contexto da educação ambiental e da construção de sociedades sustentáveis e resilientes.
Cada escola participante se torna um Cemaden microlocal, um espaço para realizar pesquisas, monitorar o tempo e o clima, compartilhar conhecimentos, entender e emitir alertas de desastres. Além de fazer a gestão participativa de intervenções com suas comunidades.
No Projeto WPD++ o Cemaden Educação participa na pedagógica do processo educativo e de formação de multiplicadores. Vale destacar que as instituições participantes (escolas e defesas civis) do WPD++ fazem parte da Rede ERRD promovida pelo Programa.
Mais informações sobre o Projeto Dados à Prova d´Água:
http://educacao.cemaden.gov.br/
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe do Cemaden Educação
Seminário do Projeto Elos tem últimos encontros nos dias 9 e 18 de novembro
Organizado pelo Cemaden/MCTI, o seminário recebe contribuições do público para aprimorar as propostas de fortalecimento da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
Com mais de 700 inscritos em apenas um encontro, o Seminário do Projeto Elos está mobilizando os integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil para discutirem propostas que possam fortalecer a implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) nos municípios brasileiros com o apoio das Coordenadorias Estaduais de Proteção e Defesa Civil.
O Projeto Elos é desenvolvido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), no âmbito da Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017- Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, por meio, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD. A implementação do Projeto Elos ocorre por meio da parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Depois da realização de uma pesquisa com os órgãos municipais, a equipe do Projeto Elos do Cemaden compartilha proposições que podem sanar lacunas e aprimorar capacidades identificadas em todo território nacional.
O Seminário já apresentou propostas de Capacitação, Comunicação e Participação Social e Intersetorial, contando com amplo público e recebendo muitos comentários. Os encontros do Seminário ocorrem sempre das 10h às 11h30min (horário de Brasília), no canal do YouTube da Série de Debates do Cemaden.
No dia 9 de novembro o tema será Recursos Financeiros e no dia 18 de novembro haverá debate sobre Profissionalização da Proteção e Defesa Civil.
Inscrições gratuitas e informações
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas a partir deste formulário: https://forms.gle/31SrDyV1BUXZVCc1A. Haverá emissão de certificados para todos aqueles que preencherem as listas de presença, disponibilizadas no dia de cada encontro.
Mais informações podem ser encontradas no canal do Telegram do Projeto Elos: https://t.me/projetoelosdefesacivil ou solicitadas pelo WhatsApp: (51) 99792-4654.
Fonte: Ascom/Cemaden com Equipe de pesquisadores do Projeto Elos