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Cemaden realiza oficina virtual sobre secas e o setor hidroelétrico, em evento sul-americano do SISSA
No último dia 14 de agosto, pesquisadoras do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- apresentaram os trabalhos, as capacidades de monitoramento das secas hidrológicas no Brasil, dentro da Programação de Webinários 2024 do Sistema de Informação sobre Secas da América do Sul (SISSA), que integra o Centro Regional sobre o Clima para o Sul da América do Sul (CRC-SAS). O objetivo desse centro regional é fornecer dados e informações, em rede, aos Serviços Meteorológicos Nacionais (SMN) da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile.
Dentro desses serviços, o Cemaden participa do Sistema de Informação sobre Secas da América do Sul (SISSA), produzindo informações e conhecimentos sobre seca no Brasil, de forma a subsidiar a tomada de decisões e reduzir os impactos provocados pela seca.
No curso virtual, as pesquisadoras do Cemaden, hidrólogas Adriana Cuartas e Elisângela Broedel mostraram os trabalhos científicos e monitoramento das secas hidrológicas, análise, previsões e geração de produtos de aplicação, bem como a previsão e projeção dessas secas e impactos no setor hidroelétrico.
“Para entender os processos e impactos da seca, o ponto de desafio dos cientistas é identificar as características dessa seca, como início, duração, severidade e extensão espacial.”, afirma a pesquisadora Adriana Cuartas do Cemaden.
A apresentação sobre Seca e o Setor Hidroelétrico está disponibilizado no link:
https://www.youtube.com/watch?v=RobZosDIvB0
Ciclo de Webinários do SISSA 2024
A Série de Webinários do SISSA 2024 consiste em uma série de cursos virtuais realizados por membros das equipes de trabalho do SISSA, que abordam os mais recentes avanços e conquistas da iniciativa, permitindo o diálogo e a troca de ideias sobre a gestão do risco de seca na região.
Inscrições:
A participação nos webinários é aberta, gratuita e precisa ser feita inscrição prévia A inscrição permite a participação em todos webinários a serem realizados. Após a inscrição, o participante recebe um link da plataforma Zoom, enviado ao finalizar a inscrição.
Link de inscrição:
https://forms.gle/8pBVAb8dtUvzSwfK8
Os próximos webinários, a serem realizados de 11 às 12h30, no horário da Argentina e Brasília, abordam as seguintes temáticas:
21-08-2024 -Projeto Demonstrativo SISSA para Agricultura: Características, Estratégia, Ações.
28-08-2024 -Caracterização dos Riscos e Impactos relacionados com as secas.
4-9-2024 -Políticas Nacionais de Seca: Caracterização e Desafios.
Acesso às palestras já realizadas on-line:
As temáticas já abordadas estão disponibilizadas no YouTube pelo link : https://www.youtube.com/@crc-sas/videos
31-07-2024- Secas hidrológicas e agrícolas.
7-8-2024 Projeto Demonstrativo SISSA para Navegação Fluvial: Características, Estratégia, Ações.
14-08-2024 Projeto Demonstrativo SISSA para Hidroenergia: Características, Estratégia, Ações.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Ascom/SISSA
Série de Debates do Cemaden discute o gerenciamento de riscos da bacia do rio Paraíba do Sul
A Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres” do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- realizou, nesta quarta-feira (14), evento para discutir a temática "Bacia do Paraíba do Sul: características, governança e instrumentos voltados ao gerenciamento de riscos", no Auditório do Cemaden e com transmissão on-line pelo Canal Youtube da Série de Debates.
O debate foi promovido pelo Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos -COPE (projeto com apoio da Fapesp) e da disciplina de "Sociologia dos Desastres", do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), coordenado pelo pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, que também é docente do programa de pós-graduação.
A palestrante convidada foi Maíra Simões Cucio - especialista em Recursos Hídricos da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP) - órgão que exerce a função de Agência da Bacia, no que se refere à elaboração e execução do Plano de Recursos Hídricos e das ações deliberadas pelos Comitês para a gestão dos recursos hídricos. O órgão trabalha com os sete comitês que compõem o Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul- CEIVAP (criado por decreto federal em 1996).
Bacia do Paraíba do Sul: características, extremos hídricos e impactos
A bacia do Paraíba do Sul abrange 184 municípios, em três estados: São Paulo (39 municípios), Rio de Janeiro (57 municípios) e Minas Gerais (88 municípios), abastecendo cerca de 14,5 milhões de pessoas.
Apresentando um cenário e histórico socioambiental, estrutura e gerenciamento de riscos, a palestrante mostrou a importância da governança da bacia do rio Paraíba do Sul, na articulação com os comitês hidrográficos, na organização institucional e nas questões dos recursos e gestão de riscos relacionados à seca ou às cheias. Para a governança da bacia hidrográfica, destacou o acesso à informação, a participação social, o compartilhamento de recursos, numa estrutura de governança capilar.
Dos 52 municípios banhados pelo rio Paraíba do Sul, 28 captam água diretamente do rio para abastecimento da população. Toda bacia hidrográfica tem transposição de rios e afluentes, reservatórios, 120 PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) que atendem indústrias e o setor agrícola.
Conforme o Sexto Relatório de Análise (AR6) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de agosto de 2021, as projeções do estudo indicam uma tendência de aumento de extremos hídricos. O Relatório do IPCC de 2023, destaca que esse aumento de extremos hídricos impacta diretamente a segurança hídrica na bacia do Paraíba do Sul, tanto por eventos de escassez, como de chuvas intensas.
A apresentação e as discussões na íntegra estão disponibilizadas pelo Canal YouTube da Série de Debates, no link :
https://www.youtube.com/live/eFnmzQt_FZc?feature=shared
Fonte: Ascom/Cemaden
Visita de comitiva da Colômbia fortalece parceria do projeto Dados à Prova d’Água na América Latina
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), recebeu, nos dias 29 e 30 de julho, a visita de representantes colombianos, parceiros do projeto Dados à Prova d’Água: Expansão para América Latina – WPD+++. Os visitantes foram recebidos pela equipe do Cemaden Educação.
Durante os dois dias de programação, foram apresentados os principais resultados do WPD+++ e discutidas possibilidades de ações futuras em conjunto. A resolução de desafios técnicos para avanço do Aplicativo Dados à Prova D´Água utilizado no projeto e do Painel de Observação (Dashboard), em que os usuários inscrevem os dados das chuvas em diversos territórios, e a viabilização de uma doação de minis estações meteorológicas para trinta escolas participantes com a Startup PETE também foram temas presentes.
Foram realizadas ainda rodas de conversa e reuniões temáticas que abordaram a continuação do projeto Enlaces – intercâmbio de escolas do Brasil e Colômbia WPD+++; hidrologia; jogos educativos produzidos no Programa Cemaden Educação, entre outros assuntos de interesse comum entre os parceiros. A programação incluiu uma visita à E.E. Nelson Monteiro, de São José dos Campos, uma das escolas públicas vinculadas ao projeto no Brasil.
“É um prazer retornar ao Cemaden, desta vez para coroar o fechamento da terceira fase do projeto”, afirmou João Porto de Albuquerque, diretor-adjunto da Urban Big Data Centre, da Universidade de Glasgow. Poder contar com essa riqueza que existe no Centro, que é a associação entre a operação e a pesquisa multidisciplinar na área de desastres, tem sido fundamental para o êxito do Dados à Prova d’Água, além de ter nos proporcionado a grande parceria com o Cemaden Educação.” Ele destacou também a importância da interação com a Colômbia, como início de uma possível expansão para outros países da América Latina e do hemisfério sul.
Para Débora Olivato, consultora do Cemaden Educação, receber os parceiros/as colombianos/as no Cemaden foi fechar o ciclo do projeto WPD+++ com medalha de ouro: “Foi uma oportunidade excepcional para trocar impressões, experiências e resultados que fortalecem o trabalho com a Ciência Cidadã para a redução de riscos de desastres em ambos países”, comentou.
Cheila Baião, professora responsável por receber a comitiva colombiana na escola, em São José dos Campos, explica que a relação da comunidade escolar com o Cemaden Educação acontece desde o ano passado; “Foi uma honra receber a visita de pesquisadores do Cemaden, da Universidade de Glasgow e da Colômbia, representando não só um reconhecimento para a escola e estudantes envolvidos, mas também um estímulo para a continuidade deste trabalho tão importante”, afirmou.
A comitiva colombiana foi composta por Diego Pajarito da Urban Big Data Centre, da Universidade de Glasgow; Jeannette Sambrano Najera, da Universidade Nacional de Colombia; Doralice Ortíz, Diretora da Fundação Aldea Global; e João Porto de Albuquerque.
Com informações do Cemaden Educação
Projeto COPE e Cemaden lançam glossário voltado à preparação para eventos extremos de tempo e clima
Diante do aumento de eventos extremos de tempo e clima associados à precipitação e temperatura, torna-se fundamental aperfeiçoar nossas capacidades de preparação para enfrentá-los. Para tanto, a equipe do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), acaba de publicar o Glossário Transdisciplinar de conceitos e termos para fortalecer a preparação frente a eventos extremos de tempo e clima. Com linguagem acessível, o entendimento dos termos e expressões são fundamentais para a proteção da vida e das ações a serem tomadas para diminuir os riscos de perdas materiais e humanas.
O Projeto COPE é coordenado pelo pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Esse projeto tem integrado atividades de ensino, pesquisa e extensão com o objetivo de subsidiar a implementação de políticas públicas de preparação para eventos extremos.
Marchezini, que é professor do Programa de Pós-Graduação ICT-Unesp/Cemaden e do Programa de Pós-graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE), tem envolvido discentes da pós-graduação e os sobreviventes de desastres no desenvolvimento de métodos e abordagens inter-(entre as ciências) e transdisciplinares (entre cientistas e não-cientistas) do Projeto COPE.
“O foco do projeto é desenvolver metodologias para implementar a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), com referência à criação de sistemas de alertas centrados nas pessoas.”, afirma o pesquisador e sociólogo Marchezini e destaca “O glossário é um primeiro passo para tentar melhorar a comunicação entre os diversos atores que precisam de um sistema de alerta.”
Glossário transdisciplinar: metodologia e participantes de diversas áreas científicas
O glossário foi desenvolvido na disciplina de Sociologia dos Desastres, oferecida pelo Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), no ano de 2023.
Os autores consideram que diversos estudos têm empregado o conceito de “eventos extremos” para analisar terremotos, contaminações químicas, erosão costeira, invasão de espécies, erupções vulcânicas, ciclones, secas, inundações dentre outros. Em metade dos artigos analisados não se encontrou uma definição explícita sobre eventos extremos.
O modelo de construção do Glossário Transdisciplinar do Projeto COPE envolveu um processo integrado de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e coleta de sugestões, filtragem, seleção, definição, descrição e validação de termos e conceitos, sempre em diálogo com as diversas formas de conhecimento consideradas pela transdisciplinaridade.
O trabalho se iniciou a partir do contato com documentos e normativas previamente selecionados, tais como a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, os Anais do I Seminário Nacional de Avaliação de Alertas do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o Guia Prático de Utilização de Alertas do Governo Federal, o Manual Técnico para Elaboração, Transmissão e Uso de Alertas de Risco de Movimentos de Massa, dentre outros. Também foram coletadas sugestões a partir de questionário virtual, aplicado no segundo semestre de 2023, com cerca de 70 participantes.
Coordenado pelo pesquisador do Cemaden e professor Victor Marchezini, a elaboração do glossário contou com a participação de Caroline Mourão, tecnologista em extremos meteorológicos e de Tulius Dias Nery, tecnologista em Geodinâmica, ambos da Sala de Situação (monitoramento) do Cemaden; de Renato Santos Lacerda, analista em ciência e tecnologia do Cemaden; de Sérgio Pulice, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE); de Monique Sampaio, doutoranda da PGCST/INPE e bolsista Fapesp no Projeto COPE (processo 2024/03072-7); de Fernando Amaral, mestrando no Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden); de Jane Zandomenico, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden); e de Leda Nardi, cidadã-cientista de São Luiz do Paraitinga (SP).
Projeto COPE
Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) (processo 2022/02891-9), o Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE) terá a duração de mais quatro anos, com vigência no período de 01 de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2028.
Do Cemaden, além do coordenador Victor Marchezini, participam do projeto os pesquisadores Giovanni Dolif, José Marengo, Luciana Londe e Silvia Saito, e os tecnologistas Caroline Mourão e Tulius Dias Nery, especialistas da Sala de Situação do Cemaden. O projeto conta ainda com a participação das professoras Gabriela Lotta (FGV), Tatiana Sussel Mendes (ICT/Unesp), Giselly Rodrigues Gomes (Instituto dos Cegos do Estado do Mato Grosso), de João Porto de Albuquerque (Universidade de Glasgow), e de Reinaldo Soares Estelles (Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil). Há também a participação de doutorandos e mestrados do PGDN-ICT/Unesp-Cemaden e PGCST/INPE, além de dois bolsistas de jornalismo científico, Heitor Reis (UNIFESP) e Gabriela Gouveia (UFABC). Ao longo do projeto são previstas atividades voltadas a organizações públicas, ONGs e outras instituições interessadas.
O glossário do projeto COPE pode ser acessado gratuitamente pelo link:
Fonte: Ascom/Cemaden com informações do Projeto COPE
Imersão Científica 2025: inscrições abertas para o Programa Futuras Cientistas
Estão abertas as inscrições para a Imersão Científica 2025, do programa Futuras Cientistas, promovido pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O prazo é 30 de agosto.
Durante o mês de janeiro, 470 participantes, entre alunas e professoras de redes públicas estaduais, irão participar de 90 projetos desenvolvidos em centros de pesquisa e instituições científicas parceiras espalhadas em todo o território nacional, dentre elas o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do MCTI, com o projeto intitulado "Toda menina pode se tornar uma cientista que monitora o risco, emite alertas e contribui com a redução do risco de desastres em sua comunidade."
O processo de inscrição é simples: basta acessar o site oficial do Cetene, preencher o formulário com as informações solicitadas e enviar a documentação necessária.
É importante que as alunas do segundo ano do Ensino Médio e as professoras do Ensino Médio de redes públicas estaduais estejam atentas aos requisitos específicos no edital e aos prazos para garantir a sua participação. Para mais informações e orientações adicionais, consulte a página de inscrições ou entre em contato com a equipe do Futuras Cientistas.
A programação do módulo imersão científica será no período de 06 de janeiro a 28 de fevereiro e incluirá atividades em laboratórios, além de uma série de palestras sobre ciência, tecnologia e o papel político das mulheres nas transformações sociais.
As 470 participantes de todo o Brasil atuarão em projetos monitorados por especialistas, abordando temas como biotecnologia, linguagens de programação, cosmética, células solares, computação científica, nanotecnologia, mudanças climáticas e fake news na ciência.
Durante o mês da Imersão Científica, as selecionadas receberão um auxílio de R$ 600,00 (seiscentos reais), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além de um kit com os materiais necessários para a realização dos experimentos dos planos de trabalho.
As atividades são realizadas em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente a igualdade de gênero (ODS 5), e com a missão do CETENE de promover o acesso e a popularização da ciência no Nordeste e no Brasil.
Perfil das participantes - Das 470 vagas, 50% são para alunas de escolas regulares, 50% de escolas semi integrais e integrais, 10% para pessoas com deficiência (PCD) e para pretas, pardas, indígenas, quilombolas, trans e travestis. As professoras selecionadas ocupam um total de 150 vagas.
Outras etapas - A Imersão Científica é o primeiro módulo do "Futuras Cientistas". Ao longo do ano, o programa inclui bancas de estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), mentoria e estágios supervisionados.
Futuras Cientistas - Criado em 2012, o Futuras Cientistas alcançou abrangência nacional em 2023, após uma década de atuação nos estados de Pernambuco, Paraíba e Sergipe. Estima-se que 70% das participantes são aprovadas no vestibular, e, desse grupo, 80% escolhem áreas de Ciência e Tecnologia.
Com apoio do CNPq e do MCTI, o Futuras Cientistas passou a contar com núcleos em todos os 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. O programa também foi agraciado em 2022 com o Prêmio LED – Luz na Educação, promovido pela Fundação Roberto Marinho.
Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 incentiva difusão de conhecimentos e saberes para emergência climática
A 8ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 - lançada nesta quarta-feira (07), com transmissão on-line, pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - traz o tema “Com-Ciência de Riscos: saber que transforma”, destacando a importância da aprendizagem para a redução das vulnerabilidades e dos riscos de desastres existentes em cada território.
Neste ano, a Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 convida escolas, instituições de educação não-formal, defesas civis, instituições de ensino superior e coletivos, propondo a mobilização dessas entidades para conhecerem e aplicarem as Jornadas Pedagógicas desenvolvidas pelo Cemaden Educação.
Os participantes podem criar ações que envolvam a difusão do conhecimento sobre as causas e efeitos dos eventos extremos, ampliando a conscientização e intervenções em Educação em Redução de Riscos e Desastres para enfrentar o novo regime climático.
A pesquisadora Rachel Trajber, coordenadora do Programa Cemaden Educação, fez um breve histórico do surgimento do Cemaden Educação, em 2014, trabalhando a ciência cidadã e com atividades e jornadas pedagógicas nas escolas, para a conscientização sobre o risco de desastres socioambientais. Lembra que a primeira campanha surgiu em 2016, na necessidade de ampliar a mobilização nas escolas, estendendo essas jornadas pedagógicas a mais participantes como as defesas civis, universidades, instituições e comunidades em geral.
“O tema da campanha deste ano 'Com-Ciência de Riscos: saber que transforma' relaciona desastres, educação ambiental e a emergência climática.", enfatiza a coordenadora do Cemaden Educação e explica: “Os riscos anunciam um desastre futuro e são as probabilidades da ocorrência de um desastre. Se temos consciência desse risco, se tivermos o conhecimento, podemos prevenir o risco de desastre.”, afirma Trajber, destacando que nesta emergência climática, os desastres vão ocorrer com maior frequência, mais intensidade e em diversos locais. “Conhecimento e diálogo com as comunidades e os saberes que transformam, reduzindo os riscos, mas não os desastres. Com isso, podemos começar a enfrentar as emergências climáticas.”
Toda equipe do Cemaden Educação apresentou as diversas metodologias e atividades práticas para participar da campanha, denominadas de Jornadas Pedagógicas. Entre as opções as temáticas: A Terra desliza; História Oral; Nossa Escola é Vulnerável; Cartografia Social; Bacia-Escola ou PluviPet+App. Também, outra forma de participação da campanha é inscrever a ação de mobilização realizada na temática da campanha, tais como: oficinas, evento, projeto (em andamento ou concluído), palestra, campanha, formação (professores, comunidade), atividades (pesquisa, extensão, estudo do meio, mapeamento, monitoramento) dentre outros.
No final, um vídeo sintetiza e incentiva a participação da campanha deste ano.
Para participar da Campanha 2024, o período de planejamento e realização das atividades vai de 07 de agosto a 31 de outubro. O período de entrega das atividades/ações: de 01 a 31 de outubro de 2024.
O próximo encontro da equipe do Cemaden Educação já está agendado para ocorrer no dia 04 de setembro. Os interessados podem acompanhar no site e nas redes sociais do Cemaden Educação.
O evento de lançamento da Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 está disponibilizado no YouTube Cemaden Educação, pelo link: https://www.youtube.com/live/9yIqSlHcovQ
Mais informações sobre o Programa Cemaden Educação e inscrições para a campanha 2024 estão disponibilizadas nos seguintes links:
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden presente no encontro do Plano Clima Participativo discute “Clima, Desertificação e Justiça Climática”
Com o objetivo de implementar a elaboração do Plano Clima Participativo, foi realizada a plenária na última sexta-feira (2), em Teresina (PI), para discutir sobre “Clima, Desertificação e Justiça Climática”, com a presença da ministra Marina Silva, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA),
O Plano Clima Participativo é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), da Secretaria-Geral da Presidência da República e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do MCTI - foi convidado a participar da mesa dessa terceira plenária presencial, com foco no bioma Caatinga. Mais cinco plenárias presenciais (total oito) percorrerão os biomas para debater a construção do novo Plano Clima. Esse plano guiará a política climática do país até 2035.
Representando o Cemaden/MCTI, participou do evento a pesquisadora da área de seca, Ana Paula Cunha, coordenadora-substituta de Relações Institucionais, que reforçou o compromisso da unidade de pesquisa no monitoramento e emissão de alertas sobre os riscos de desastres relacionados ao clima. Também, o de fornecer as informações científicas precisas sobre a seca no Brasil, principalmente, no bioma Caatinga. “É a região mais vulnerável aos efeitos da seca, com maior concentração de população em situação de vulnerabilidade social”, afirmou a pesquisadora do Cemaden, informando que o clima semiárido segue se expandindo na Caatinga, de forma preocupante.”
A pesquisadora Ana Paula Cunha destacou a oportunidade do Cemaden de contribuir para a construção do 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas, iniciativa do MMA, cujo Seminário Regional do Sudeste foi coordenado pela pesquisadora, realizado na sede do Cemaden, nos últimos dias 3 e 4 de junho.
“Reconhecemos a importância de ampliar o escopo deste plano para além do semiárido, abrangendo todo o território nacional”, afirma a pesquisadora, enfatizando que na última década a seca não é mais um problema exclusivo do Nordeste, mas um desafio que afeta comunidades do Norte ao Sul do país, com graves consequências sociais, econômicas e ambientais.
“Nossos estudos, realizados em parceria com o INPE, mostram um aumento médio de 75 mil km² por década na área classificada como semiárida, o equivalente a mais de um estado da Paraíba a cada 10 anos. Essa expansão afeta principalmente o oeste do Nordeste, nos estados do Piauí e Bahia, e o norte de Minas Gerais”, ressalta a pesquisadora do Cemaden.
Ressaltou, também, que a recorrência de secas intensas e duradoras também afetam os biomas brasileiros e contribuem para a aceleração da degradação, aumento das emissões dos gases do efeito estufa, o que indica um mecanismo de retroalimentação das mudanças climáticas antropogênicas.
Plano Clima
Diante da emergência climática global, com eventos extremos cada vez mais intensos e frequentes, vem sendo elaborado o Plano Clima, no âmbito do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima - CIM desde o final de 2023, que conta com a participação de 22 ministérios, da Rede Clima e do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima, e apresenta medidas para prevenir e enfrentar os danos climáticos.
O Plano é estruturado em dois pilares principais: mitigação, que foca na redução das emissões de Gases de Efeito Estufa - GEE, e adaptação, que aborda a preparação de cidades e ambientes naturais às mudanças climáticas.
Além de ministra Marina Silva, participaram do encontro no Piauí os ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e o governador do Piauí, Rafael Fonteles. Representantes da sociedade civil apresentaram propostas para o plano, que terá sua primeira versão apresentada pelo presidente Lula na COP29, conferência do clima da ONU que será realizada em novembro em Baku, no Azerbaijão.
As discussões da 3ª Plenária do Plano Clima Participativo estão disponibilizadas no link : https://youtu.be/9alSnoQ2-yY
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Ascom/MMA
Lançamento da Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 será nesta quarta-feira (07)
Na temática “Com-Ciência de Riscos: saber que transforma”, a 8ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 será lançada nesta quarta-feira (07), às 15 horas, pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O evento será totalmente on-line, com transmissão pelo Canal YouTube do Cemaden Educação (https://www.youtube.com/live/9yIqSlHcovQ).
Neste ano, o tema da campanha sugere a importância da aprendizagem para a redução das vulnerabilidades e dos riscos de desastres existentes em cada território. Esses riscos anunciam a probabilidade de um desastre futuro. A ciência e os saberes locais aumentam a nossa capacidade de transformar conhecimentos em ação preventiva.
Quem e como participar da Campanha #AprenderParaPrevenir 2024
A equipe do Cemaden Educação vem convidando escolas, instituições de educação não-formal, defesas civis, instituições de ensino superior e coletivos, propondo a mobilização dessas entidades para conhecerem e aplicarem as Jornadas Pedagógicas, desenvolvidas pelo Cemaden Educação.
Os participantes podem criar ações que envolvam a difusão do conhecimento sobre as causas e efeitos dos eventos extremos e ampliem a conscientização e intervenções em Educação em Redução de Riscos e Desastres para enfrentar o novo regime climático.
São duas formas de participar na campanha:
A primeira é a de escolher uma jornada pedagógica de seu interesse: A Terra desliza; História Oral; Nossa Escola é Vulnerável; Cartografia Social; Bacia Escola ou PluviPet+App. Essas jornadas pedagógicas estão representadas por ícones em cards para serem clicados no site do Cemaden Educação.
A segunda forma de participação é realizar uma ação de mobilização na temática da Campanha, tais como: oficinas, evento, projeto (em andamento ou concluído), palestra, campanha, formação (professores, comunidade), atividades (pesquisa, extensão, estudo do meio, mapeamento, monitoramento) dentre outros.
Cada instituição/coletivo poderá inscrever atividades inéditas. Não serão aceitas ações inscritas em campanhas anteriores.
Histórico da campanha
A Campanha acontece, anualmente, desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres -13 de outubro.
Criada para “levantar a lebre” da prevenção de riscos de desastres na educação, a campanha já recebeu a inscrição de 735 ações de mobilização realizadas por mais de 477 instituições em 21 Unidades da Federação. A campanha premiou 150 participantes. Nesta 8a. edição, em tempos de emergência climática, o desafio é ampliar o engajamento da sociedade para proteger a vida.
Cronograma da Campanha #AprenderParaPrevenir 2024
- Lançamento da campanha: 07 de agosto de 2024- 15 horas
Link da transmissão pelo YouTube Cemaden Educação:
https://www.youtube.com/live/9yIqSlHcovQ
- Período de realização das atividades na Campanha 2024: de 07/08 a 31/10
- Período de entrega das atividades/ações: de 01/10 a 31/10/2024
Mais informações sobre o Programa Cemaden Educação e inscrições para a Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 estão disponibilizados nos seguintes links:
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden com informações do Cemaden Educação
76ª SBPC apresenta a Ciência produzida nas unidades de pesquisa
“Levamos o melhor da CIÊNCIA produzida em nossas unidades vinculadas e secretarias para a 76ª SBPC, em Belém do Pará. Revelamos um futuro brilhante para o Brasil, fazendo ciência com o povo e para o povo. Laboratórios, universidades e instituições de pesquisa de mãos dadas com os saberes populares e tradicionais.”
Com essas palavras, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) resumiu a participação das suas unidades de pesquisa na 76ª Reunião da SBPC, realizada de 8 a 13 de julho em Belém (PA). Este ano, a reunião anual teve como tema “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”. A escolha de Belém como sede foi uma oportunidade de rediscutir o desenvolvimento sustentável do País, com ênfase especial na Amazônia, antecipando as discussões científicas que serão centrais na COP30, que acontecerá em novembro de 2025.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do MCTI, participou com um estande na ExpoT&C, que faz parte programação, com banners, pluviômetro automático, vídeos e jogos educativos. Também apresentou aos visitantes os trabalhos desenvolvidos no Centro e as atividades do programa Cemaden Educação. Foram distribuídos exemplares de jogos e livros publicados.
“Apresentei uma palestra com o tema “Com-ciência de Riscos: saber que transforma“, em que mostrei o trabalho do Cemaden Educação, os materiais educativos desenvolvidos e falei sobre a Campanha #aprenderparaprevenir2024”, explicou Heloisa Martins, integrante da equipe do Cemaden no evento. “Voltei pra casa com amor renovado pelo conhecimento e pelo meio ambiente, certa de que é através da ciência que podemos trilhar um caminho seguro para um país mais justo, inclusivo, resiliente e sustentável.”
A equipe do Cemaden Educação e a tecnologista Caroline Mourão participaram também da SBPC Jovem, com uma sessão de jogos educativos sobre prevenção de riscos de desastres, despertando bastante interesse do público.
“Um dos aspectos marcantes da ExpoT&C da SBPC é o fato de receber muitos estudantes universitários, de vários níveis, que participam de projetos de extensão ou estão desenvolvendo suas pesquisas de mestrado e doutorado e têm muita curiosidade, trazendo questões complexas, que possibilitam uma verdadeira interação e troca”, afirmou a analista em C&T Selma Flores, que também integrou a equipe do Cemaden. “Por exemplo, me chamou atenção a pergunta feita por um estudante de pós-graduação de Marajó: ‘Quais os maiores desafios da ciência cidadã na área de desastres?’. Ele, que teve esse acesso ao ensino superior, quer encontrar formas de compartilhar seus conhecimentos com a sua comunidade - seu trabalho de pesquisa é sobre isso.”
Dentre as áreas de conhecimento dos visitantes do estande do Cemaden, destacam-se Direito, Meteorologia, Psicologia, Engenharia de Pesca, Agroecologia, Química e Linguística, além de professores de todos os níveis de ensino.
Este ano, a equipe do Cemaden contou com integrantes de diferentes áreas do Centro. Além de Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais, que coordenou a participação do Cemaden, colaboraram a tecnologista Caroline Mourão (Operação), a analista em C&T, Lívia Moura (Coordenação de Administração), e integrantes do programa Cemaden Educação - Heloísa Martins e Priscilla Françoso. “A oportunidade de representação do Centro em evento da importância das reuniões anuais da SBPC contribui para a motivação dos servidores e bolsistas e para que todos tenham uma visão mais ampla das frentes de ação do órgão, o que pode impactar positivamente o seu trabalho do dia-a-dia”, avaliou Selma. “O contato com as atividades e missões das outras unidades de pesquisa e instituições também foi muito enriquecedor para todos.”
Estudantes de São Luiz do Paraitinga participam de oficina do Projeto COPE
Estudantes de ensino médio da Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gioia, de São Luiz do Paraitinga (SP), visitaram o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no dia 4 de julho. O objetivo foi participar de uma oficina do Projeto COPE, liderado pelo pesquisador Victor Marchezini. Além de 40 alunos da instituição, também estiveram presentes três professores.
A programação da visita teve início com uma apresentação de Marchezini sobre o Cemaden, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e dos resultados da primeira oficina realizada na escola. Em seguida, estudantes, professores e colaboradores do Cemaden participaram de uma atividade em grupo, coordenada pelos bolsistas Fapesp Gabriela Gouvêa e Heitor Reis, abordando a temática da comunicação voltada à preparação para eventos extremos de tempo e clima.
Finalizando a programação, a equipe do Cemaden Educação promoveu o jogo “Na trilha do risco” e os visitantes conheceram a Sala de Situação do Cemaden.
“A oportunidade de os alunos participarem de atividades como essa os torna disseminadores de informações no seu entorno familiar e de amizades”, afirmou o professor Daniel Messias dos Santos, que acompanhou a visita. “Isso é fundamental, pois além dos dados dos órgãos oficiais, o conhecimento que eles adquirem aqui também passa a ser uma fonte de informação, e isso dá mais credibilidade às ações que se seguem.”
Para o estudante David dos Santos Siqueira, a tecnologia envolvida no monitoramento e alertas de desastres é algo que chama a atenção. “Foi uma experiência incrível. Participar desse projeto é vivenciar experiências muito diferentes e ao mesmo tempo muito próximas da nossa realidade.”
“Conhecer as causas dos desastres que vivemos em nossa cidade, para mim, foi um dos destaques da visita”, afirmou Maria Eduarda Lopes, aluna do segundo ano do ensino médio. “Ouvimos histórias sobre os desastres em São Luiz do Paraitinga, contadas pelos moradores mais antigos, mas aqui no Cemaden executamos tarefas que nos ensinaram uma forma diferente de comunicar esse assunto tão relevante para nós”, complementou Ana Clara Rio Branco Pereira, também do segundo ano do ensino médio.
Sobre o Projeto COPE
O projeto “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos”, financiado pela Fapesp (processo 2022/02891-9), tem como objetivo realizar um diagnóstico da estrutura de governos municipais brasileiros e de comunidades para enfrentar desastres socioambientais e, a partir daí, coproduzir estratégias de fortalecimento da implementação de ações relacionadas ao tema.
A pesquisa inclui etapas como o envolvimento de cientistas de várias áreas da pós-graduação, aplicação de questionários virtuais, novas metodologias para desenvolvimento de sistemas de alerta centrados nas pessoas e pesquisa de campo.
Em uma primeira fase, estarão envolvidas as 184 cidades da bacia do rio Paraíba do Sul, que banha os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os projetos-piloto serão implementados em três municípios – de pequeno, médio e grande porte, respectivamente, São Luiz do Paraitinga (SP), Cataguases (MG) e Nova Friburgo (RJ). Essas cidades representam a variedade de realidades locais, não só da própria bacia como de outras regiões, permitindo uma análise abrangente e diversificada.
Na segunda etapa, haverá a participação de governos municipais e órgãos de Defesa Civil locais.
Sobre a Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gióia de São Luiz do Paraitinga
A Escola Monsenhor Ignácio Gióia de São Luiz do Paraitinga, Diretoria de Ensino de Taubaté, participa desde 2014 do Projeto Piloto desenvolvido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais — CEMADEN, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e Defesa Civil Estadual e Municipal denominado CEMADEN EDUCAÇÃO.
A escola e seus parceiros desenvolveram todas as oficinas que constam do Portal, servindo como laboratório, e que agora passa a ser desenvolvida por todas as escolas participantes. A reportagem é apenas uma das ações das quais a escola participou visitando o CEMADEN em 2014. O resultado do Projeto — que já está na fase de estruturação do COMVIDAÇÃO — está alcançando as escolas municipais realizando as oficinas e educando para a prevenção de riscos e desastres e, principalmente, visando formar uma comunidade resiliente e capaz de se prevenir ou minimizar os riscos de desastres socioambientais no município que, em 2010, viveu o maior desastre socioambiental da sua história com a enchente do rio Paraitinga que destruiu grande parte do Patrimônio Cultural no centro histórico tombado como patrimônio estadual e nacional.
Com informações da Agência Fapesp e Cemaden Educação
Cemaden lança perfil sobre secas no Instagram
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, acaba de lançar o perfil Cemaden Secas, no Instagram (@cemaden.secas).
A ideia é publicar dados sobre o monitoramento de secas do Cemaden, com linguagem acessível ao público amplo. Também serão divulgados resultados de pesquisas na área, realizadas pelos pesquisadores do Centro.
Um dos primeiros posts divulgados explica o efeito dominó da seca, que desencadeia impactos em cascata, afetando um número significativo de pessoas e causando prejuízos socioeconômicos em diferentes setores. Após a seca meteorológica propriamente dita, instala-se a seca agrícola, que afeta a produção agrícola e traz impactos na economia e na segurança alimentar. A seca hidrológica ( impactos nos rios, lagos e represas) vem em seguida, reduzindo a disponibilidade de água para consumo humano e outras necessidades.
A seca socioeconômica, por sua vez, está ligada aos impactos das diferentes tipologias de secas, que muitas vezes leva ao aumento dos preços dos produtos, por conta da falta de água e de alimentos. O custo da energia elétrica também pode subir, uma vez 69,1% da nossa energia provém de fonte hidráulica. Além disso, a seca pode ter consequências na saúde emocional das pessoas afetadas, causando estresse e ansiedade.
Finalmente, há a seca ecológica, que se refere à ausência ou escassez de água em ecossistemas naturais, afetando tanto a flora quanto a fauna local de maneira significativa.
Siga o perfil Cemaden Secas para mais informações relevantes sobre o tema!
MCTI publica edital de abertura do processo de escolha do(a) novo(a) diretor(a) do Cemaden
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou nesta segunda-feira (15), no Diário Oficial da União (DOU), o Edital de abertura do processo de escolha de Diretor(a) para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa integrante da estrutura deste Ministério, sediada em São José dos Campos - SP.
A escolha de novo(a) Diretor(a) terá origem em uma lista tríplice encaminhada à Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação pela Presidente da Comissão de Busca, que buscará identificar, nas comunidades científica, tecnológica e/ou empresarial, nomes que se identifiquem com as diretrizes técnicas e político-administrativas estabelecidas para o Cemaden.
Conforme Edital nº 46, de 12 de julho de 2024, podem se inscrever para o cargo quaisquer cidadãs(ãos) com notório conhecimento e experiência profissional nas áreas de atuação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), portadores(as) de diploma de doutorado emitido por instituição de ensino superior credenciada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ou revalidado/reconhecido no Brasil, e que atendam aos requisitos básicos explicitados no processo de seleção.
A seleção de candidatos(as) é composta por análise dos currículos e memoriais, além de projeto de gestão, exposição oral pública do projeto de gestão e entrevista individual com a Comissão de Busca.
As inscrições devem ser feitas mediante encaminhamento da documentação ao seguinte endereço: cgup@mcti.gov.br
Edital anexo abaixo.
Cemaden participa da ExpoT&C, na 76ª Reunião Anual da SBPC
Consultar em tempo quase real os dados de monitoramento de riscos de desastres no País é uma das atividades disponíveis aos visitantes do estande do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) na ExpoT&C, que acontece até o dia 13 de julho em Belém (PA). O evento integra a programação da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O Cemaden, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), também apresenta na exposição seu Sistema de Alerta Precoce de Desastres, integrado pelo Salvar - Sistema de Alerta e Visualização de Áreas de Risco e Siaden - Sistema de Alertas de Desastres Naturais, além de ferramentas de Análise Regional Dinâmica de Risco de Deslizamentos de Terra. Esses sistemas permitem mostrar ao público como é realizado o monitoramento de desastres, com informações em tempo real sobre as chuvas em diferentes pontos do País, áreas de risco de inundações e deslizamentos, dados de radares meteorológicos e equipamentos que compõem a rede observacional do Centro, ferramentas de detecção de raios, e ainda informações de desastres ocorridos em cada município monitorado.
Os visitantes poderão conhecer o funcionamento de uma plataforma de coleta de dados ambientais (PCD), representando os cerca de 3 mil pluviômetros automáticos (para coleta de dados de chuva) instalados em todas as regiões do Brasil.
Durante o período da ExpoT&C, haverá rodadas de jogos de cartas que permitem trabalhar a temática de desastres socioambientais e da Redução de Riscos de Desastres (RRD) por meio de diferentes abordagens. O jogo Quem? apresenta os profissionais que atuam na área, tanto na fase de prevenção quanto na resposta e na reconstrução. O jogo Mini Trunfo é composto por cartas que descrevem desastres e apresentam pontuações de risco; o jogador que tiver o menor risco em determinada categoria, ganha a rodada. O Vale do Risco é um jogo de tabuleiro em que, por meio de cartas de ação e de decisão, o jogador deve levar o maior número de pessoas para áreas seguras.
No estande, serão distribuídos fôlderes do Cemaden e do programa Cemaden Educação, unidades dos jogos educativos e publicações do Cemaden (livros Educação em Clima de Riscos de Desastres e HQ sobre prevenção de riscos de desastres). Banners de projetos do Cemaden relacionados à temática da Sustentabilidade apresentam a atuação da instituição na área de pesquisa.
A 76ª SBPC está sendo realizada no Campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA). O tema central desta edição é “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”.
O evento conta com uma Programação Científica composta por conferências, mesas-redondas, painéis, sessões especiais, webminicursos, minicursos presenciais e a sessão de pôsteres, que inclui a Jornada Nacional de Iniciação Científica. Também são realizadas outras atividades, como a SBPC Cultural, a SBPC Jovem e o Dia da Família na Ciência.
Tese de estudante orientado por pesquisador do Cemaden é premiada no ITA
No dia 29 de junho, o estudante de pós-graduação Felipe Simoyama foi agraciado com o Prêmio Professor Marco Antonio Guglielmo Cecchini, conferido à melhor tese de doutorado e à melhor dissertação de mestrado do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 2023.
A tese vencedora, intitulada "LOCATION MODELS TO OPTIMIZE FLOOD MONITORING NETWORKS", foi defendida no Programa de Pós-graduação em Pesquisa Operacional ITA-Unifesp e apresenta soluções inovadoras para a otimização de redes de monitoramento de alagamentos em grandes cidades. O trabalho de Simoyama tem impacto significativo nas áreas científica, social e ambiental. A pesquisa foi orientada pelo professor Luiz Leduino de Salles-Neto, docente e atual coordenador do PPG-PO, e pelo Dr. Leonardo Bacelar Lima Santos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
A entrega do prêmio ocorreu durante a formatura dos Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu de 2024, da instituição. Um total de 166 estudantes, de nove diferentes cursos, receberam os diplomas de mestrado e doutorado.
De acordo com informações da Unifesp, até o momento, a tese de Simoyama já resultou na publicação de três artigos em revistas científicas de excelência, todas classificadas como Qualis A1 pela Capes.
Fonte: sites da Unifesp e da FAB
Foto: ITA
Cemaden chega aos 13 anos como instituição crucial para a redução de perdas humanas e materiais por desastres no país
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), acaba de comemorar 13 anos de criação. Desde o início de sua atuação, a instituição tem sido fundamental para a redução de perdas humanas e materiais por desastres no país.
“A equipe do Cemaden realiza um esforço coletivo permanente visando atender às demandas nacionais e internacionais, provenientes de outras instituições, da mídia, de órgãos do governo, de todas as esferas, e de instituições de ensino”, explica a diretora substituta, Regina Alvalá. “Nesses 13 anos, houve grandes avanços em relação à qualidade e precisão dos alertas emitidos pelo Cemaden, mas também enfrentamos enormes desafios, dentre eles o de trabalharmos com recursos limitados, aquém do que necessitamos para executar nossa missão.”
No dia 2 de julho, o Cemaden realizou uma programação comemorativa, com apresentações sobre o trabalho realizado pela instituição. Após a apresentação da diretora, o coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento, José Marengo, falou sobre a atuação do Cemaden diante do desastre do Rio Grande do Sul. Em seguida, o pesquisador Giovanni Dolif, coordenador substituto de Operações e Modelagem, apresentou uma retrospectiva dos 13 anos de monitoramento e alerta: contribuição da Sala de Situação para a sociedade. Encerrando o evento, a equipe do programa Cemaden Educação, que acaba de completar 10 anos de atividades, realizou uma rodada de jogos sobre prevenção de riscos de desastres.
Atuação de destaque
O Cemaden monitora riscos de desastres 24 horas, nos 365 dias do ano, com equipes de profissionais altamente especializados - geólogos, especialistas em geodinâmica, meteorologistas, hidrólogos e especialistas na área de desastres e vulnerabilidade. São monitorados 1.133 municípios do Brasil que dispõem de mapeamento das áreas de riscos geo-hidrológicos (deslizamentos, inundações, enxurradas, enchentes), o que abrange 20,3% dos municípios brasileiros e quase 60% da população do país.
Em 2023, o Cemaden registrou 1.346 ocorrências de desastres, associados aos municípios monitorados. Esse total registrado em 2023 foi o segundo maior número de eventos ocorridos, desde 2016. Outro estudo relevante conduzido no Cemaden apontou que o ano de 2023 foi marcado por temperaturas e secas extremas, destacando-se vários municípios com temperaturas superiores àquelas da média.
Além de ser a referência nacional na previsão de riscos de desastres e impactos socioeconômicos e ambientais, o Cemaden tem contribuído, nos últimos anos, com dados, informações e resultados relevantes para os Relatórios da Organização Mundial de Meteorologia, principalmente, os Relatórios do Estado do Clima na América Latina e Caribe.
No dia 19 de junho, o Cemaden recebeu o Prêmio Faz Diferença 2023. A premiação, realizada pelo jornal O Globo em parceria com a Firjan-SESI, homenageia brasileiros que inspiraram por seu trabalho e dedicação no último ano.
Histórico
A partir do megadesastre ocorrido na Região Serrana do RJ, em janeiro de 2011, o então ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloisio Mercadante, juntamente com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisas do MCTI – Carlos Nobre - tomaram a decisão histórica de criar uma instituição nacional dedicada ao monitoramento e alertas, de forma ininterrupta, para prover alertas de riscos de desastres deflagrados por extremos hidrometerológicos, bem como direcionada a desenvolver pesquisas estado-da-arte em temas correlatos aos desastres que mais impactam o território brasileiro.
Logo após a sua criação - 01 de julho de 2011 – o Cemaden também ficou responsável por implementar uma rede de monitoramento ambiental observacional dedicada ao monitoramento de chuvas e outras variáveis relevantes para subsidiar o monitoramento e pesquisas na área de desastres relacionados ao clima. Em 2012, o Centro passou também a monitorar impactos de secas e escassez de chuvas, inicialmente na região semiárida do Brasil e, posteriormente, em todo o território brasileiro.
Em 18 de outubro de 2016, o Cemaden foi declarado como uma Instituição Científica e Tecnológica (ICT) integrante do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do Decreto nº 8.877.
Cemaden recebe premiação “Faz Diferença 2023” pela atuação em prevenir e mitigar os impactos dos eventos climáticos
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – recebeu o Prêmio Faz a Diferença 2023, na categoria Brasil, na última quarta-feira (19), na Casa Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), na cidade do Rio de Janeiro.
A diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, recebeu o prêmio, entregue pela diretora-executiva Leticia Sander e pelo editor de Política e Brasil, Thiago Prado, do Jornal O Globo, na cerimônia da 21ª Edição da premiação que tem parceria com a Firjan, com apoio da Naturgy.
Na ocasião da cerimônia de entrega do prêmio ao Cemaden, a colunista do Globo, Míriam Leitão, destacou a atuação do Cemaden pautado na ciência para salvar vidas nesse tempo de emergência climática. O colunista Ancelmo Gois enfatizou a criação do Centro em 2011, após as fortes chuvas e deslizamentos ocorridos na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Foram, também, lembrados os episódios de seca extrema ocorridos na Região Norte e no Pantanal, bem como os temporais recentes no estado do Rio Grande do Sul, que culminaram em significativos impactos decorrentes de inundações e deslizamentos de terra. Destacou-se ainda a atuação do Cemaden em alertar, em meados do ano passado, a transição rápida do fenômeno La Niña para o El Niño, variação responsável pelos índices de chuva muito acima da média no Rio Grande do Sul e inferiores na Amazônia.
Regina Alvalá, diretora substituta do Cemaden, expressou a importância do prêmio concedido ao Cemaden: “Agradeço esse honroso prêmio, que não deixa de ser um enorme incentivo para continuarmos a fazer a melhor ciência no Brasil com o objetivo de salvar vidas”, destacando que essa premiação é direcionada a todos os profissionais que atuam no Centro, merecedores do prêmio pelo trabalho conjunto e integrado para o cumprimento da missão da instituição.
Cemaden e sua atuação
Após a sua criação – em 01 de julho de 2011 – o Cemaden também ficou responsável por implementar uma rede de monitoramento ambiental observacional, dedicada ao monitoramento de chuvas e outras variáveis relevantes para subsidiar o monitoramento e pesquisas na área de desastres relacionados ao clima. Em 2012, o Centro passou também a monitorar impactos de secas e escassez de chuvas, inicialmente na região semiárida do Brasil e, posteriormente, em todo o território brasileiro.
Em 18 de Outubro de 2016, o Cemaden passou a ser Unidade de Pesquisa integrante do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do Decreto nº 8.877.
O Cemaden, que monitora municípios do território brasileiro 24 horas, sete dias da semana, conta com equipes de profissionais altamente especializados, das áreas de geologia, hidrologia, meteorologia, e especialistas na área de desastres e vulnerabilidade. Atualmente são monitorados 1.133 municípios do Brasil para os quais se dispõe dos mapeamentos das áreas de riscos geo-hidrológicos (deslizamentos, inundações, enxurradas, enchentes), que abrangem 20,3% dos municípios brasileiros, e quase 60% da população do país.
Serviços e informações providos pelo Cemaden/MCTI, disponíveis em https://www.gov.br/cemaden/pt-br
Fonte: Ascom/Cemaden
Rede Clima realiza Conferência Nacional de Mudanças Climáticas
A Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) realiza, nos dias 18 a 20 de junho, a Conferência Nacional de Mudanças Climáticas. O evento, em formato híbrido (presencial e online), será no Auditório do CNPq, em Brasília (DF).
Além de mesas-redondas sobre as áreas de pesquisa da Rede, haverá debates sobre Mulheres e Mudanças Climáticas; Políticas de Indução à C&T para Mudanças Climáticas; 5ª Comunicação Nacional à Convenção do Clima.
A abertura será realizada pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Em seguida, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, apresentará a Conferência Magna.
Confira a programação completa.
Sobre a Rede Clima
A Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais – Rede Clima constitui-se em um importante pilar de apoio às atividades de Pesquisa e Desenvolvimento do Plano Nacional de Mudanças Climáticas para atender às necessidades nacionais de conhecimento sobre mudanças do clima, incluindo a produção de informações para formulação de políticas públicas. Foi instituída pelo então Ministério da Ciência e Tecnologia em sua Portaria nº 728, de 20 novembro de 2007, e alterada pelas Portarias nº 262 de 2 de maio de 2011 e nº-1295 de 16 de dezembro de 2013.
A Rede Clima atua para atender às necessidades nacionais de conhecimento científico sobre as “Mudanças Climáticas Globais” e para dar apoio à diplomacia brasileira nas negociações internacionais sobre o tema.
A Rede Clima também elabora análises sobre o estado do conhecimento das mudanças climáticas no Brasil, nos moldes dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (Intergovernamental Panel on Climate Change – IPCC), porém com abordagens setoriais mais específicas para subsidiar a formulação de políticas públicas nacionais e internacionais.
Seu foco científico cobre questões relevantes das mudanças climáticas, tais como:
• A base científica das mudanças climáticas: detecção e atribuição de causas; entendimento da variabilidade natural versus mudanças climáticas de origem antrópica; ciclo hidrológico e ciclos biogeoquímicos globais e aerossóis; capacidade de modelagem do sistema climático;
• Estudos de impactos, adaptação e vulnerabilidade para sistemas e setores relevantes, tais como: agricultura e silvicultura, recursos hídricos, biodiversidade e ecossistemas, zonas costeiras, cidades, economia, energias renováveis e saúde;
• Desenvolvimento de conhecimento e tecnologias para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
A Rede Clima tem abrangência nacional, envolvendo dezenas de grupos de pesquisa em universidades e institutos. Estas estão distribuídas nas diversas regiões do país, o que provê capilaridade para a Rede, assim como potencializa a transferência e difusão das informações geradas.
Nota de Pesar
Com profundo pesar, comunicamos o falecimento do Dr. Jorge Vicente Lopes da Silva, ocorrido na data de hoje. Dr. Jorge foi um renomado pesquisador-tecnologista no CTI Renato Archer, onde também exerceu o cargo de Diretor de 2019 a 2024.
Durante sua passagem pela instituição, destacou-se na área de Prototipagem Rápida e nas aplicações médicas da tecnologia de impressão 3D. Sob sua liderança, foram implantadas e desenvolvidas as primeiras máquinas de impressão 3D no Brasil, consolidando um importante grupo de pesquisa que conta com dezenas de colaboradores em todo o país.
Dr. Jorge coordenou uma equipe responsável por centenas de planejamentos cirúrgicos e desempenhou um papel crucial no apoio aos principais hospitais brasileiros na adoção dessa tecnologia, especialmente em colaborações com o Sistema Único de Saúde (SUS).
O Cemaden, profundamente enlutado, presta esta singela homenagem póstuma ao Dr. Jorge, cujo legado perdurará através de seu impacto significativo na área de saúde brasileira.
NOTA TÉCNICA SOBRE ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SECAS E PREVISÕES HIDROLÓGICAS PARA A REGIÃO DO PANTANAL
1. SUMÁRIO EXECUTIVO
Na presente Nota Técnica apresenta-se a situação da seca no Pantanal entre dezembro de 2023 e maio de 2024. O período foi marcado por chuvas irregulares e déficit hídrico, resultando em seca severa ou extrema em grande parte da região, especialmente no período supracitado. A seca afetou significativamente as áreas agroprodutivas, principalmente os minifúndios. A situação hidrológica é crítica, com seca excepcional registrada nas estações fluviométricas de Ladário e de Porto Murtinho desde janeiro de 2024. A previsão para o trimestre MAIO-JUNHO-JULHO de 2024 indica alta probabilidade de fogo no Pantanal, especialmente no Mato Grosso do Sul.
1. VARIABILIDADE DAS CHUVAS NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS NA BACIA DO ALTO PARAGUAI
Na Figura 1 apresentam-se as anomalias de chuvas em relação à média histórica do período, com valores negativos (vermelho) indicando chuvas abaixo do normal e valores positivos (azul) indicando chuvas acima do normal. Observa-se um padrão de déficit de chuvas em quase todos os anos analisados, com exceção de 2022/2023, que apresentou 76 mm acima da média. Nos demais anos, as anomalias foram negativas, com destaque para 2020/2021, que registrou o maior déficit do período (-311 mm), seguido por 2023/2024 (-277 mm). O verão de 2024 foi marcado por chuvas irregulares na Bacia do Alto Paraguai, com precipitação abaixo da média em janeiro, fevereiro e maio, e acima da média em março e abril.
2. ÍNDICE INTEGRADO DE SECAS (IIS) NA ESCALA DE 1 MÊS
O Índice Integrado de Seca (IIS) do CEMADEN/MCTI combina informações sobre o déficit de chuvas, a umidade do solo e o estresse hídrico da vegetação para avaliar a intensidade da seca em uma determinada região. As análises do Índice Integrado de Seca (IIS) em curto prazo (1 a 3 meses) são relevantes para avaliar os impactos do déficit hídrico, tanto na vegetação (relacionado ao potencial de risco de fogo) quanto na produção agrícola, especialmente em cultivos de ciclo curto. Essas informações são importantes para a tomada de decisão em relação ao manejo agrícola e à prevenção de incêndios florestais.
O Índice Integrado de Seca (IIS-1) na escala de 1 mês para a região de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, incluindo o Pantanal, de dezembro de 2023 a maio de 2024 é apresentado na Figura 2. Observa-se que as condições de secas foram heterogêneas na região, no período avaliado, com destaque para o mês de dezembro de 2023, com grande parte da região classificada como em condição de "Seca Severa" ou "Seca Extrema". Em abril, em razão dos acumulados de chuvas registrados, houve uma pequena melhora, com algumas áreas passando para a classificação de "Seca Moderada". Em maio, a situação se agravou novamente, com a "Seca Extrema" se expandindo e cobrindo quase toda a região, em razão do déficit de chuvas no mês.
A Bacia do Alto Paraguai (BAP, linha azul na Figura 2) apresenta como característica marcante a divisão entre áreas de planalto, mais altas, onde ocorrem predominantemente as formações de Cerrado, e áreas de planície, mais baixas e alagáveis. Essa característica do relevo exerce forte influência na dinâmica hidrológica da região, afetando a ocorrência de secas e cheias. Os mapas do IIS mostram que as secas têm sido mais intensas nas áreas de planalto da BAP. Tal condição tem contribuído para a queda dos níveis dos rios da bacia, uma vez que o planalto desempenha um papel crucial na manutenção da disponibilidade hídrica, abrigando as nascentes de muitos rios e contribuindo para a recarga dos aquíferos.
3. ÍNDICE INTEGRADO DE SECAS (IIS) NA ESCALA DE 3 MESES
Considerando a escala de três meses, que compila as condições de seca de março a maio, o Índice Integrado de Seca (IIS-3) apresenta áreas com seca moderada e severa predominantemente no sul do Mato Grosso do Sul e no norte do Mato Grosso (Figura 3). A previsão do IIS-3 para o mês de junho indica que a situação de seca na região Centro-Oeste deve persistir, com potencial agravamento em algumas áreas (norte do Mato Grosso do Sul).
3.1. ÁREAS POTENCIALMENTE AGROPODUTIVAS
A evolução temporal do número de municípios em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com áreas agroprodutivas potencialmente afetadas pela seca entre dezembro de 2023 e maio de 2024 é apresentada na Figura 4. Em dezembro, 95 municípios (43% do total) nos dois estados já apresentavam pelo menos 40% de suas áreas agroprodutivas impactadas. A situação se agravou em maio de 2024, quando esse número aumentou para 118 municípios (54% do total).
O impacto da seca em imóveis rurais de diferentes portes (minifúndios, pequenos e médios) entre dezembro de 2023 e maio de 2024 é ilustrado na Figura 5. Com exceção do mês de abril, a seca afetou a maioria das propriedades em todos os meses analisados, independentemente do tamanho. Os minifúndios foram os mais afetados, com grande parte deles apresentando mais de 80% da área impactada em dezembro de 2023, março e maio de 2024. A irregularidade das chuvas no verão-outono de 2024 intensificou a seca, resultando em picos de impactos em dezembro, março e maio, quando houve um aumento no número de imóveis com maior área afetada.
4. ANÁLISE HIDROLÓGICA
O Índice Padronizado Bivariado Precipitação-Vazão (TSI), permite a caracterização das secas hidrológicas pela análise conjunta tanto da precipitação quanto da vazão nas bacias hidrográficas. De acordo com o TSI na escala temporal de 12 meses (Figura 6), as bacias afluentes às estações fluviométricas de medições de Ladário e Porto Murtinho, localizadas às margens do rio Paraguai, encontram-se em condição de seca hidrológica excepcional (TSI-12 = 3.42 e TSI-12 = -3.45, respectivamente). Destaca-se que ambas as regiões apresentam seca hidrológica excepcional, intensidade mais crítica, desde janeiro de 2024.
Em Ladário, localizado no noroeste do Estado do Mato Grosso do Sul, foi registrado, no mês de maio, um incremento do nível médio do rio comparativamente ao mês anterior (21 cm), como pode ser observado na Figura 7. O atual nível médio mensal do rio em Ladário (144 cm) configura uma situação bastante crítica, com valor correspondente a apenas 37% da média histórica de maio (384 cm). Ressalta-se que, a estação de Ladário é uma das referências para acompanhar o comportamento do nível do Rio Paraguai, por estar localizada na região central do Pantanal e gerando dados desde 1900. Neste local, para que seja considerada situação de "cheia", de acordo com relatório final do Programa de Ações Estratégicas para o Gerenciamento Integrado do Pantanal e da Bacia do Alto Paraguai (ANA/GEF/PNUMA/OEA), o nível do rio precisa atingir no mínimo 400 cm. Adicionalmente, em Porto Murtinho, localizada na região oeste do Estado do Mato Grosso do Sul, também foi registrado um aumento do nível médio do rio em maio quando comparado ao mês anterior, de aproximadamente 19 cm (Figura 7). No entanto, o atual nível médio em Porto Murtinho (223 cm), é equivalente a apenas 46% do esperado para o período (489 cm), configurando uma situação bastante crítica.
Ressalta-se, também, que a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou, no dia 14 de maio de 2024, situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos na região hidrográfica do Paraguai, que terá vigência até 31 de outubro de 2024, podendo ser prorrogada caso a situação de escassez persista. A escassez hídrica nessa região pode provocar impactos significativos para os usos da água, especialmente no abastecimento de cidades como Cuiabá, no Mato Grosso, e Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Além disso, atividades como navegação, turismo, pesca e geração de energia também podem ser afetados.
5. PREVISÃO DE PROBABILIDADE DE FOGO
Na Figura 8 apresenta-se a previsão da probabilidade de fogo para a região do Pantanal para o trimestre MAIO-JUNHO-JULHO de 2024. No Mato Grosso, grande parte do estado apresenta níveis de alerta (54 municípios) e de atenção (72 municípios), além de 3 municípios em alerta alto, indicando uma alta probabilidade de fogo. A área em alerta abrange 391.147 km², enquanto a área em alerta alto abrange 19.845 km².
A situação é mais crítica no Mato Grosso do Sul, com grande parte do território em situação de atenção e de alerta. As áreas em alerta e em alerta alto abrangem um pouco mais de 100 mil km², incluindo 23 municípios e 1 município, respectivamente.
Em relação à área do Bioma Pantanal, que abrange áreas de ambos os estados, a situação é de atenção e de alerta em todo o território.
6. VARIABILIDADE DA TEMPERATURA MÉDIA DA SUPERFÍCIE
As anomalias de temperatura média (TMED) no Pantanal entre dezembro de 2023 e maio de 2024 mostram um padrão de aquecimento gradual, com algumas flutuações. Nos meses de dezembro de 2023 a abril de 2024, predominam anomalias positivas de TMED, com valores entre 2,0 e 3,0 °C acima da média em grande parte da região. No mês de março de 2024, observa-se um aumento nas anomalias de TMED, com valores predominantemente entre 3,0 e 4,0 °C acima da média. Este é o mês mais quente do período analisado. Especialmente no período de dezembro a março, o calor acima da média, associado também com as condições de seca em parte da região, podem ter contribuído para a redução dos níveis dos rios.
Elaborado por:
Ana Paula Martins do Amaral Cunha
Luz Adriana Cuartas
Lidiane Cristina Oliveira Costa
Elisangela Broedel
Márcia Guedes
Revisado por:
Regina Célia dos Santos Alvalá
Na presente Nota Técnica apresenta-se a situação da seca no Pantanal entre dezembro de 2023 e maio de 2024. O período foi marcado por chuvas irregulares e déficit hídrico, resultando em seca severa ou extrema em grande parte da região, especialmente no período supracitado. A seca afetou significativamente as áreas agroprodutivas, principalmente os minifúndios. A situação hidrológica é crítica, com seca excepcional registrada nas estações fluviométricas de Ladário e de Porto Murtinho desde janeiro de 2024. A previsão para o trimestre MAIO-JUNHO-JULHO de 2024 indica alta probabilidade de fogo no Pantanal, especialmente no Mato Grosso do Sul.
Seminário no Cemaden discute secas e degradação de terra: 122 municípios da região Sudeste apresentam áreas suscetíveis à desertificação
As secas são recorrentes e têm se intensificado nos últimos anos. O aumento na frequência e na intensidade das secas pode contribuir para a intensificação do processo de desertificação, assim como, para os impactos socioeconômicos e ambientais. E isso não é diferente na Região Sudeste: aproximadamente, 37% do Sudeste está com nível de degradação entre moderado e crítico, com 122 municípios na condição de áreas susceptíveis à desertificação (ASD), este localizados no norte de Minas Gerais.
Para elaborar plano e subsidiar, posteriormente, programa e ações públicas, foi realizado, nos dias 03 e 04 de junho, o Seminário Regional para a Elaboração do 2° Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca - PAB Brasil – Sudeste, na sede Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - no Parque de Inovação Tecnológico de São José dos Campos (SP).
A elaboração do 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (2º PAB Brasil) é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), por meio do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável (SNPCT).
Foram reunidos cerca de 50 representantes de organizações não-governamentais, órgãos federais, estaduais e/ou municipais de meio ambiente, clima, agricultura e justiça, universidades, instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil, representações de povos e comunidades tradicionais, Defesas Civis, entre outros, provenientes dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Discussões e elaboração de propostas foram desenvolvidas no intuito de empenharem-se no trabalho - de forma direta ou indiretamente - no combate de processos relacionados à desertificação (degradação da terra) e a mitigação das secas.
Durante os dois dias, a programação do seminário regional do Sudeste, desenvolvida no auditório do Cemaden e em espaços e auditórios do Parque de Inovação Tecnológica (PIT-SJC), ofereceu atividades de integração, partilha de aprendizados, discussões sobre temáticas, palestras sobre a situação climática- ambiental e dados socioeconômicos da Região Sudeste. Foram realizadas quatro reuniões, em grupos de trabalho, para elaborar propostas da Região Sudeste para inclusão no 2º Plano do PAB.
Na Região Sudeste, vivem mais de 20 milhões de pessoas (IBGE 2022), representando 41,78% da população brasileira. Segundo o IBGE, Sudeste é a região que mais ganhou população: soma de habitantes de SP, MG, RJ e ES saltou de 80,3 milhões (2010) para 84,8 milhões (2022). Os dados socioeconômicos do Sudeste foram apresentados pelo prof. Marcos Teixeira, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), durante o seminário.
Situação climática-ambiental e dados socioeconômicos do Sudeste
Foram identificados 122 municípios da Região Sudeste na condição de áreas susceptíveis à desertificação -ASD (com índice de aridez inferior a 0,65). Aproximadamente, 37% do Sudeste está com nível de degradação entre moderado e crítico.
No norte fluminense houve um aumento das áreas com aridez nos últimos anos.
“Para o Sudeste, deve-se trazer discussões sobre o Vale do Jequitinhonha, Vale do Espírito Santo e Baixada Fluminense. Secas são recorrentes e têm-se intensificado nos últimos anos. Está ocorrendo uma variabilidade espacial e temporal muito grande. Há risco à desertificação com o aumento da intensidade das secas e secas severas.”, afirma o profº Gustavo Lyra, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Foi apresentado o índice integrado de secas (IIS) dados do Cemaden/MCTI, das secas no Sudeste desde 2014 até 2023. As secas mais severas ocorreram no período de 2014-2015 (toda Região Sudeste); em 2015 (norte MG e SP-noroeste e central); em 2017 (norte de MG e noroeste e centro do Estado de SP); em 2021 (todo estado SP e sudoeste de MG) e 2023 (centro do Estado de SP, noroeste e nordeste de MG e todo ES).
Representatividade da sociedade e contribuições para elaboração de propostas
Na abertura do Seminário Regional do Sudeste do PAB (Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca), representantes de organizações não governamentais, instituições públicas e representantes de órgãos federais, estaduais e municipais deram a sua mensagem sobre a temática do evento.
“A seca e a degradação de terra estão em todo o Brasil”, afirma a pesquisadora em secas do Cemaden, Ana Paula Cunha, coordenadora da organização do evento regional e coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden. Fez uma breve citação das secas no Brasil: a que impactou a Região Sudeste entre 2012 e 2017; a do ano de 2014 em quase toda a região Sudeste; a de 2015 na Região Metropolitana de SP; a de 2015 no norte de Minas Gerais e Espírito Santo; a de 2015-2016 na Amazônia e a de 2021-2022 na Região Centro-Oeste.”
“Trabalhamos com Agroecologia e reflorestamento de árvores e floresta, que contribui para o uso ambiental do solo e o uso e conservação da água. Precisamos de políticas públicas e apoio governamental para melhorar a produção e a renda familiar.”, destaca José Roberto Reboneto, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA-ES).
“Nossos centros operacionais de apoio ambiental exigem uma ação planejada e integrada, dando prioridade às ações relacionadas às mudanças climáticas, as quais devem ser de caráter preventivo. É essencial essa escuta social de todos os nichos presentes da sociedade”, afirma Renata Bertoni Vita – procuradora de Justiça – representante do Grupo de Atuação Especial e Defesa do Meio Ambiente (GAEMA- SP)
“Estamos sempre à disposição no sentido de contribuir com nossas pesquisas e, principalmente, escutar o que as pessoas representativas da sociedade têm a dizer”. “Javier Tomasella – hidrólogo e pesquisador, representante do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando os trabalhos científicos que dão referência às situações e perspectivas das secas no País, desenvolvidos pelo INPE, em parceria com o Cemaden.
“Temos observado a seca também no sul do Espírito Santo, suscitando as discussões sobre mudanças climáticas. Cada vez mais, a estiagem é uma realidade no estado, principalmente ao norte. Vemos o tamanho da complexidade do assunto, mostrando a importância do combate e prevenção, mas também das questões de adaptação à realidade.”, enfatiza a Major Lorena Sarmento Rezende – representando a Coordenação Estadual da Defesa Civil do Estado do Espírito Santo.
“Decretamos 102 municípios em estado de seca. Os períodos de seca estão mais contínuos, avançando em direção ao sul do estado. Temos algumas ações para minimizar os impactos, como o projeto de dessalinização das águas. Nosso foco é prevenção e fortalecer os municípios.”, informa Major Luís Antônio – representando a Coordenação Estadual da Defesa Civil do Estado de Minas Gerais.
“É importante a construção via campesina, no movimento de luta pela terra no estado do Espírito Santo. Temos que desmistificar quando precisamos falar de terra. O assunto é de causa e efeito e está ligado à concentração de terra e projetos antagônicos, como o uso desenfreado do agrotóxico e dos biomas. Os projetos de campo defendem a valorização das pessoas. Falar sobre preservação ambiental também é falar dos povos dos campos, que utiliza a agroecologia. A construção coletiva é o papel do governo democrático, dando a oportunidade de criar o modelo da sociedade do campo, que faz a defesa da natureza.”, afirma Eliandra Fernandes - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina (Movimentos Sociais do Campo).
“Há 30 anos atuando na área ambiental, venho representando a sociedade. As questões ambientais estão relacionadas ao processo de ocupação das cidades há 50 anos, que não se adequada com a legislação. Na lógica do afetado, da pessoa, é fundamental falar sobre Ministério Público para a sociedade. Precisamos trazer a prevenção antes que o desastre ocorra. Falar em desastres é falar em prevenção e em pessoas.”, expõe Denise Torin – procuradora de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro.
“Basicamente, a missão do Parque de Inovação Tecnológica (PIT) de São José dos Campos é o desenvolvimento de tecnologias para implementar vários setores do Brasil. Uma dessas áreas é a do agro. Aqui na região do Vale do Paraíba, historicamente, houve a degradação de terra, impactada pela monocultura. É preciso valorizar o bem social que a terra traz e o estudo agroeconômico, os quais contribuem para essa missão. Este fórum já mostra o que há de bom para trabalhar com tecnologias. Estamos animados para dar capilaridade e contribuir para as políticas públicas.”, declara Jeferson Cheriegate, presidente do Parque de Inovação Tecnológica (PIT) de São José dos Campos (SP).
“Do ponto de vista e memória sobre seca, lembrava-se apenas da Região Nordeste e semiárido brasileiro. As secas atingem todo o país. Ao longo dos 25 anos, o processo de mudança significativa no que se refere à seca, exigiu mais construção de conhecimentos e implementação de políticas públicas para a convivência com o semiárido. As mudanças climáticas, ações humanas, degradação da terra, aquecimento global chamam a atenção e sobre o impacto em todos os biomas. Nas regiões da seca, são atingidas um milhão e quatrocentos mil propriedades rurais, sendo 60% em Minas Gerais, atingindo comunidades quilombolas. Também 42 populações indígenas estão vivendo em áreas do semiárido. A conservação da biodiversidade, do solo e da água estão mais preservados nas regiões onde vivem quilombolas, indígenas e campesinos.” enfatiza Alexandre Pires – diretor do Departamento de Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Dando as boas-vindas aos participantes do 2º PAB Brasil, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, fez uma explanação do contexto da missão do Cemaden, em ser a sede do Seminário Regional do Sudeste, com relação ao monitoramento e pesquisas sobre desastres.
“A seca é a tipologia que mais impacta social e economicamente o mundo, na classificação dos desastres”. Fez a lembrança sobre a criação do Cemaden pós o maior desastre ocorrido na Região Sudeste, na região serrana do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011. As secas também são bastante significativas, demandando pesquisas tanto pelo INPE, pelo Cemaden e INSA. Desde 2012, com a seca do Nordeste, houve a necessidade de prover informações e subsídios para tomada de decisões e implementação de políticas públicas. Como instituto de ciência e tecnologia, o Cemaden provém de informações para o diagnóstico e prognóstico da seca. Olhar para o monitoramento e gerar informações com relação a população e sociedade em geral, impactadas pela seca, demandou o desenvolvimento de metodologias, levantamento das pessoas afetadas e identificação dos estabelecimentos agrários e agrícolas. A partir de 2014, esses dados passaram a ser gerados para todo o território nacional, abrangendo os 5.570 municípios do país. A geração de informações e diagnóstico estão relacionados com a falta de chuvas, subsidiando a agricultura, as bacias hidrológicas que geram água para energia e para o abastecimento, além de subsidiar as decisões do Programa Garantia Safra”, informa a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá.
2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca (PAB Brasil)
O 2º PAB Brasil tem o intuito de propor e planejar ações estratégicas concretas de curto, médio e longo prazos para combater a desertificação, mitigar os efeitos das secas e prevenir e reverter os quadros de degradação da terra. Com essa finalidade, foram realizados 10 seminários estaduais e três regionais (Sudeste, Centro-Oeste e Norte) para compreender os contextos regionais e territoriais, visando à construção do 2º PAB Brasil. O seminário da região Sul ainda não ocorreu, devido às fortes chuvas na região.
Esses seminários representam etapas participativas fundamentais que conectam os diferentes segmentos da sociedade, incluindo governos municipais, estaduais e federal, sociedade civil, comunidade científica e setor empresarial, todos contribuindo com discussões sobre conjunturas, propostas e metas de ação. Espera-se que o 2º PAB Brasil seja apresentado na COP 16, a ser realizada na Arábia Saudita entre 03 e 15 de dezembro de 2024.
“A elaboração do plano de ação depende do contexto político e do compromisso com essa agenda. O conjunto de iniciativas tem que ter a cara de cada região do país. O Plano tem que ter a cara do povo, dos que estão sendo afetados pela degradação da terra.”, esclarece Alexandre Pires – diretor do Departamento de Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Propostas apresentadas no Seminário Regional do Sudeste- 2º PAB Brasil
Os grupos de trabalho do Seminário Regional do Sudeste debateram quatro eixos relacionados à seca e degradação de terra, englobando: gestão de informação, pesquisa e inovação; governança e fortalecimento institucional; melhoria das condições de vida da população afetada; e gestão sustentável para neutralização da degradação da terra.
Basicamente, as propostas apresentadas, no final dos trabalhos, abordaram desenvolvimento sustentável, redução do uso de agrotóxicos, melhoria na gestão de recursos hídricos, construção de planos de comunicação, fortalecimento de ações de educação ambiental, entre outras.
Para o diretor do Departamento de Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Alexandre Pires, a realização do Seminário Regional do Sudeste na sede do Cemaden, no Parque de Inovação Tecnológica, simboliza exatamente a capacidade de geração de conhecimentos científicos, pesquisas e inovação, que contribuem com subsídios para gerar as políticas públicas.
“Chamou a atenção essa capacidade das equipes de pesquisa, dos conhecimentos, da mobilização para congregar toda a representatividade da sociedade e dos estados, para as discussões do tema da seca, degradação de terras e a situação na Região Sudeste”, destaca Pires, enfatizando que foram os elementos condutores para as discussões dos eixos realizadas pelos participantes.
“Vamos priorizar e dar atenção aos municípios do Sudeste impactados nas áreas socioeconômica e ambiental”.
O diretor do Departamento de Desertificação do MMA informou que junto com a elaboração do 2º Plano de Ação, será implementado um Programa de Cultura de Enfrentamento à Desertificação”, articulado com outras iniciativas.
Informou, também, que as estratégias para a elaboração do documento, análise de novas propostas para incorporação e elaboração da 2ª versão, passará por fases de pactuação com outros órgãos do governo federal e estadual, para a eficiência e eficácia das ações, com previsão de finalização em novembro deste ano. “A apresentação do Plano na COP 2024 dará oportunidade de parcerias financeiras com fundos internacionais, para fortalecer a implementação das ações de combate à desertificação e degradação das terras.”, finaliza o diretor.
As propostas elaboradas em todas as regiões brasileiras- destinadas à elaboração do 2° PAB Brasil - estarão disponibilizadas para consulta pública no segundo semestre deste ano, no site:
https://www.pabbrasil.ufrpe.br/
Fonte: Ascom/Cemaden