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Cemaden Educação participa de workshop sobre resiliência climática
Com o objetivo de intercâmbio e disseminação de saberes e conhecimentos em temáticas relacionadas à sustentabilidade, prevenção, planejamento e adaptação à emergência climática e ao desenvolvimento rural sustentável, o V Workshop da Rede Internacional de Pesquisa Resiliência Climática – RIPERC teve a participação do Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O evento foi organizado pelo Centro de Ensino, Pesquisas e Extensão em Proteção e Desastres – CEPED/Unioeste e o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Rural Sustentável da Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Brasil, em parceria com a Pró-reitoria de Extensão da Unioeste . O workshop foi realizado no município de Marechal Cândido Rondon (PR), com transmissão on-line, nos dias 10 a 13 de dezembro de 2023.
As mesas temáticas de debates, discussões e apresentação de pesquisas nos Grupos de Trabalho (GTs) foram direcionadas a pesquisadores, professores, estudantes de pós-graduação, lideranças e entidades promotoras e instituições relacionadas à sustentabilidade e mudanças climáticas.
Participaram dos debates a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber e o pesquisador Antonio Guerra, que apresentou o trabalho da equipe do Cemaden Educação com o título: “Contribuições do programa cemaden educação frente aos desafios da emergência climática e na prevenção de riscos de desastres.”
Os trabalhos apresentados no evento serão submetidos à aprovação e publicação na Revista International Journal of Environmental Resilience Research and Science.
A transmissão das palestras e mesas redondas estão disponibilizadas no canal do Youtube do NAPI - Emergência Climática - da Rede de Pesquisa Internacional Resiliência Climática – RIPERC pelo link:
https://www.youtube.com/@NAPI-EC-RedeResiliencia
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores do Cemaden participam da edição “Desastres” da Revista Climacom
“Dossiê dos Desastres” publicada pela Revista Climacom Cultura Científica – pesquisa, jornalismo e arte, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), traz nessa edição Ano 10- N25 -2023 na temática “Desastres”, a participação de pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Conforme apresentada no Editorial da publicação, o dossiê propõe “diálogos e ressonâncias entre trabalhos que abordam artes, literatura, filosofia, biologia, política, com outros que se dedicam a acontecimentos catastróficos específicos, com reflexões e apontamentos em torno das possibilidades de testemunho, modelagem, adaptação, mitigação e criação diante dos desastres.”
Na Seção de Ensaios, os pesquisadores do Cemaden: Victor Marchezini, Christopher Cunningham, Giovanni Dolif, Pedro Ivo Camarinha, Paula Oda e Renato Lacerda discutem o conceito de “eventos extremos” sob ao menos três enfoques: o da meteorologia, da engenharia e da sociologia. Inicialmente, discorrem sobre os eventos extremos de clima e de tempo. Em seguida, adentra-se na sua compreensão a partir dos seus impactos. Por fim, exploram-se algumas percepções, representações sociais e estratégias de comunicação sobre os eventos extremos. O ensaio é intitulado: “O que são eventos extremos? Perspectivas multidisciplinares como subsídios à gestão de riscos de desastres”
Na Seção de Artes, o jovem pesquisador do Cemaden, Fernando Pereira Silva, faz uma análise e reflexões sobre notícias de descobertas científicas sobre os impactos sofridos pelos seres vivos e o meio ambiente, aumentando a “ansiedade climática”. Expõe acreditar na ciência e tecnologia para a solução do caos, na capacidade do acesso ao conhecimento e que “a inteligência artificial ainda é apenas uma criança treinada com trilhões de parâmetros”. Deixa uma pergunta a ser respondida. O artigo é intitulado “A inteligência artificial poderia reconhecer e representar desastres?”
O “Dossiê dos Desastres” tem como editores: Gabriel Cid de Garcia, Viviana Aguilar-Muñoz, Jose Antonio Marengo Orsini, Eduardo Mario Mendiondo e Susana Oliveira Dias e pode ser acessado na íntegra pelo link:
https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/apresentacao-editorial-dossie-desastres/
Fonte: Ascom/Cemaden
Workshop com desafios multidisciplinares para pós-graduandos tem colaboração do Cemaden
Pesquisadores da área de geodinâmica e do monitoramento de deslizamentos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – colaboraram com o evento Integrative Think Tank Brazil 2023, entre os dias 11 e 15 de dezembro, no Sirius, localizado no Campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).
O evento foi direcionado a cerca de 50 estudantes de pós-graduação em áreas relacionadas à Matemática, que enfrentaram desafios multidisciplinares vindos da indústria e áreas aplicadas. Ao longo das 40 horas de programação, os estudantes enfrentaram desafios propostos e, colaborativamente, estabeleceram abordagens para enfrentar esses problemas por meio da pesquisa matemática, construindo estratégias para avançar em suas resoluções.
Promovido pela Universidade de Bath (Reino Unido), o Integrative Think Tank Brazil (ITT Brasil 2023) é organizado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), do Centro Brasileiro de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM/MCTI), com a colaboração conjunta do Cemaden/MCTI, do Departamento de Ciências Matemáticas da Universidade de Bath, o Centro de Pesquisa em Matemática Aplicada à Indústria ( CeMEAI) e o Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de
Participação do Cemaden
Os temas apresentados aos estudantes pela equipe do Cemaden foram voltados a deslizamentos e à rede pluviômetros. Os pesquisadores da área de pesquisa e monitoramento em geodinâmica do Cemaden que colaboraram no evento: Cassiano Bortolozo, Daniel Metodiev, Danielle de Paula, Marcio Andrade e Rodrigo Stabile.
Sobre o evento
O objetivo central do Integrative Think Tank Brazil (ITT-Brasil) é criar abordagens colaborativas que possam ser aplicadas para resolver problemas. Utiliza a pesquisa matemática como ferramenta principal, desenvolvendo estratégias para avançar na sua resolução.
Estabelecidos na Universidade de Bath, no Reino Unido, os ITTs são eventos que procuram aprofundar e ampliar as relações entre a comunidade matemática e os seus parceiros, incluindo empresas e instituições públicas. O resultado desta interação são projetos de pesquisa colaborativa com horizontes plurianuais. A participação dos alunos é essencial em todas as fases deste processo.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da LNLS-CNPEM/MCTI
Pesquisa do Cemaden analisa os impactos socioeconômicos dos desastres na bacia do rio Paraíba do Sul
Pesquisadores ressaltam a necessidade de que as bacias hidrográficas sejam consideradas como unidades geográficas de gestão de risco de desastres, para assim fortalecer a institucionalidade e a cooperação.
O estudo realizado na Bacia do Rio Paraíba do Sul traz mais do que apenas estatísticas, mas alerta para uma ação urgente: repensar políticas públicas, fortalecer instituições e proteger vidas e meios de subsistência, identificando os impactos de desastres sobre os municípios da bacia e contrasta esses resultados com a realidade da capacidade dos municípios em gestão do risco.
O artigo intitulado "Impactos Socioeconômicos de Desastres na Bacia do Paraíba do Sul: Uma Análise de 2003 a 2022", recentemente publicado no Dossiê "Desastres" da revista Climacom da Universidade Estadual de Campinas, foi liderado pela economista Lucía Calderón, que é também bolsista PCI do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnología e Inovação (MCTI).
O trabalho científico contou com o apoio do pesquisador e sociólogo do Cemaden, Victor Marchezini, e da doutoranda Paula Oda, do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE). O estudo é um dos resultados do projeto COPE (Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos), que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Processo: 22/02891-9), coordenado por Victor Marchezini.
“O cenário é desafiador, especialmente porque a região é composta em sua maioria por municípios de pequeno porte (menos de 5.000 habitantes), que carecem de instrumentos eficazes de prevenção.”, enfatiza o pesquisador do Cemaden, Marchezini. O estudo aponta que, apenas 32% dos municípios da bacia possuem medidas preventivas implementadas em seus Planos Diretores Municipais, o que revela uma vulnerabilidade institucional que merece atenção.
Apesar de ser caracterizada por uma presença majoritária (88,4%) de municípios com uma população menor de 50 mil habitantes, a bacia foi considerada a sexta maior economia do Brasil em 2020. A região enfrenta impactos significativos de desastres, especialmente no setor de serviços, essencial para a região, e que é particularmente vulnerável a enchentes e inundações. De 2003 a 2022, os prejuízos sofridos pelo setor privado alcançaram os R$ 4,119 bilhões, com representação de 56% do setor de serviços.
Com um total de 1.698 registros de desastres (em média quase 90 desastres por ano), predominantemente relacionados a eventos hidrológicos como inundações e enxurradas, o estudo destaca a vulnerabilidade humana na região. O ano de 2011, com mais de 900 vidas perdidas em Nova Friburgo e Teresópolis, é uma lembrança dolorosa dessa realidade, destaca o estudo.
O artigo intitulado “Impactos socioeconômicos de desastres na Bacia do Rio Paraíba do Sul: uma análise do período 2003-2022”, está disponível no endereço:
https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/impactos-socioeconomicos/
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden discute estratégias para enfrentar chuvas fortes na região serrana do RJ
Realizado no auditório do Centro Administrativo da Prefeitura de Nova Friburgo (RJ), nos dias 21 e 22 de dezembro, o Workshop gratuito “Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos ( Projeto Cope)” reuniu representantes da sociedade, servidores, estudantes de pós-graduação e equipes da Defesa Civil dos municípios da região serrana do Rio de Janeiro.
O evento foi organizado pelo sociólogo e pesquisador Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Instituto Friburgo Solidário.
“O objetivo é discutir junto com as autoridades e sociedade local sobre as estratégias de se preparar melhor para os eventos extremos na região serrana. O Projeto Cope tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).”, afirma o pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini.
Na programação, Marchezini apresentou o Projeto Cope e a pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito, discorreu sobre Vulnerabilidade a inundações e deslizamentos em Nova Friburgo.
Foi mostrado o mapeamento de riscos em Nova Friburgo (RJ), por Pedro Higgins, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável do município. Em seguida houve debates entre os participantes.
Confira a programação, abaixo:
PROGRAMAÇÃO DO PROJETO COPE* EM NOVA FRIBURGO-RJ
21/12/2023
09:00-09:30| Mesa de Abertura
09:30-10:15| Apresentação dos participantes
10:15-10:30| O que é o Projeto COPE? (Victor Marchezini-Cemaden/MCTI)
10:30-11:00| Mapeamento de perigo de Nova Friburgo-RJ (Pedro Higgins/Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável de Nova Friburgo-RJ)
11:00-11:30| Vulnerabilidade a inundações e deslizamentos em Nova Friburgo-RJ (Silvia Saito-Cemaden/MCTI)
11:30-12:00| Debate
12:00-14:00| Almoço
14:00-15:30| Oficina Mapeamento Participativo de Riscos de Desastres (Adriano Mota, Janaina Alencar, Viviana Aguilar Muñoz)
15:30-17:00| Café Mundial: Como podemos nos preparar melhor para eventos extremos? (Adriano Mota, Janaina Alencar, Viviana Aguilar Muñoz)
22/12/2023
09:00-10:30| Oficina Previsão e Monitoramento de Eventos Extremos (Caroline Mourão-Cemaden/MCTI)
10:30-12:00| Oficina sobre Comunicação de risco e de alertas (Victor Marchezini, Adriano Mota, Janaina Alencar, Viviana Aguilar Muñoz)
12:00-14:00| Almoço
14:00-16:00| Oficina sobre Plano de Contingência e Preparação para Eventos Extremos (Bruno França/REDEC 8 Serrana II ( SEDEC/RJ); Luciano Luiz da Silva/Secretaria de Defesa Civil de Nova Friburgo; Victor Marchezini/Cemaden/MCTI)
16:00-16:30| Avaliação do workshop e sugestões para novas atividades
Acompanhe as novidades do Projeto COPE no instagram: @projetocope (https://www.instagram.com/projetocope/)
*Apoio: FAPESP (processo 22/02891-9)
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden apresenta pesquisas científicas na Reunião Anual da União Geofísica Americana nos E.U.A.
Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - participaram da Reunião Anual da União Geofísica Americana 2023 (AGU- American Geophysics Union), realizado em São Francisco, California (EUA), nos dias 11 a 15 de dezembro, apresentando estudos e pesquisas realizados por pesquisadores do Cemaden, em parceria com instituições nacionais e internacionais.
O climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, apresentou dois estudos científicos que entraram na programação de palestras do evento. A primeira, intitulada “ Desastres hidrogeológicos na cidade de São Sebastião, no litoral norte do estado de São Paulo, em fevereiro de 2023” , abordou sobre o evento meteorológico ocorrido nos dias 18 e 19 de fevereiro deste ano, a emissão de alerta alto e muito alto feito pelo Cemaden. Mesmo com o alerta com dias de antecedência, o evento climático resultou em 65 vítimas fatais e danos materiais. Cientistas consideraram a necessidade de melhorar a percepção da iminência de um desastre e implementação de sistemas de alerta multirriscos. Liderado por Marengo, participaram desses estudos diversos pesquisadores do Cemaden, da Unesp, do INMET, do Instituto Nacional de Educação de Singapura e do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Outra apresentação feita pelo climatologista Marengo no evento da AGU foi sobre “Mudanças observadas nos extremos da hidrologia e duração da estação seca na Amazônia: impactos no risco de desastres hidroclimáticos”, mostrando as associações entre os extremos da hidrologia da Amazônia, as anomalias pluviométricas e o aumento da duração da estação seca. Também foram considerados os possíveis impactos do El Niño 2023-2024, que vem afetando o clima da Amazônia. Liderado também por Marengo, esses estudos tiveram a participação da pesquisadora Ana Paula Cunha, do Cemaden; da Universidade de Toulouse (França), do Programa de Pós-Graduação em Desastres (Unesp/Cemaden); do Instituto de Geociências e Meio Ambiente da França e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
Secas no nordeste brasileiro
O pesquisador da área de agrometeorologia do Cemaden, Marcelo Zeri também participou da conferência União Geofísica Americana (American Geophysics Union, AGU) em São Francisco, Estados Unidos, mostrando os resultados do monitoramento de secas no Nordeste do Brasil. O trabalho apresentou os primeiros dados de torres micrometeorológicas já instaladas na região. Essas torres permitem a medida da evapotranspiração e trocas de carbono entre a vegetação e atmosfera, entre outras variáveis meteorológicas. Esses dados permitem acompanhar a evolução das condições de seca, o seu efeito na vegetação, e a comparação com outras medidas, como aquelas feitas por satélites
Duas torres já foram instaladas desde meados de 2023: uma em Petrolina, Pernambuco, em parceria com a Embrapa Semiárido, e outra na Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte, em área de Caatinga preservada, mantida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A terceira torre será instalada no começo de 2024 numa área de Caatinga preservada perto do município de Quixeramobim (CE), em parceria com a Universidade Federal do Ceará e Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Hidrologia
Na área de Hidrologia, a pesquisadora do Cemaden, Larissa Antunes Pimentel fez a exposição do estudo científico sobre “Avaliação do mapeamento de inundações na agricultura familiar na sub-bacia do Rio Juruá na Região Amazônica”.
Estudos de movimento de massa e deslizamentos
O pesquisador do Cemaden, Cassiano Antonio Bortolozo apresentou dois estudos. O primeiro intitulado “Investigando a aplicabilidade do método DC para avaliação da variação da umidade do solo em estudos de movimento de massa: experimentos de campo com sensores de umidade do solo e testes de amostras de laboratório”. A pesquisa mostra as capacidades de visualização de levantamentos geofísicos que permitem uma representação mais detalhada e precisa do subsolo, enriquecendo, em última análise, a compreensão do comportamento de taludes, melhorando significativamente as avaliações de risco de deslizamentos.
A outra pesquisa explanada por Bortolozo foi a intitulada: “Uma nova abordagem para definir limites de acumulação de chuva para ocorrência de deslizamentos usando análise de cluster na Região Metropolitana de Recife, em Pernambuco. O objetivo dos estudos é aumentar a precisão e a eficiência dos sistemas de alerta de deslizamentos de terra, contribuindo, em última análise, para aumentar a segurança e a preparação para desastres em áreas propensas a deslizamentos de terra. Os limites definidos foram aplicados a um evento de deslizamento significativo em 2021, que demonstraram uma base sólida para o limite operacional utilizado na Sala Operacional do Cemaden.
Os dois estudos foram liderados pelo pesquisador Cassiano Bortolozo e tiveram a participação de vários pesquisadores do Cemaden; do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp/ICT e da Universidade de Bath, do Reino Unido.
AGU (The American Geophysical Union ) 2023 -São Francisco-California
Todos os anos, a reunião anual da AGU reúne mais de 25.000 participantes de mais de 100 países para compartilhar pesquisas e se conectar com amigos e colegas. Cientistas, educadores, decisores políticos, jornalistas e comunicadores participam na AGU23 para compreender melhor o nosso planeta e o ambiente, abrindo caminhos para a descoberta, abrindo uma maior consciência para enfrentar as alterações climáticas, abrindo maiores colaborações para levar a soluções e abrindo os campos e profissões da ciência a um todo.
Fonte: Ascom/Cemaden
Lançado E-book “Riscos ao Sul: diversidade de riscos no Brasil”
Com abordagens em variadas temáticas sobre os riscos de desastres ao Sul do Brasil, a publicação conta com 25 capítulos em áreas de estudo de diversas regiões do Brasil, com a organização da La Red, Rede de Estudos Sociais em Prevenção de Desastres da América Latina e Caribe.
Os organizadores do E-book foram Viviana Aguilar-Muñoz, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), o pesquisador Allan Yu Iwama, da Universidade Federal da Paraíba e Fabiana Barbi Seleguim, da Universidade de São Paulo(USPSusten). A coordenação geral foi dos pesquisadores Jesica Viand e Alonso Brenes. O trabalho contou com apoio do Cemaden/MCTI, Rede Clima e apoio da Unesco.
A obra traz no prefácio as palavras de Andrew Maskrey, um dos membros fundadores de La Red, coordenador de relatórios da UNISDR (Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (em inglês: United Nations International Strategy for Disaster Reduction -UNISDR) e produção pela CDRI (Coalition for Disaster Resilient Infrastructure).
No posfácio do livro teve a contribuição de Zelmira May, especialista de Programa, Oficina Regional da UNESCO em Montevideo (Uruguai).
A arte da capa foi produzida buscando representar a diversidade de riscos de desastres no contexto de nossos biomas brasileiros, e aspectos sociais e culturais de no ssa sociedade. O processo de criação artística da capa foi recentemente publicado no dossiê especial desastres pela Revista Climacom, disponível em: Imaginários de Desastres.
Riscos ao Sul
"Riscos ao Sul” é um projeto editorial dedicado à compilação de estudos sobre riscos de desastres na América Latina e Caribe, que surge como iniciativa de pesquisadores associados à La Red. A primeira edição em 2015 teve como país foco a Argentina, com o objetivo de apresentar o estado de conhecimento sobre os riscos de desastres nesse país, e oferecer algumas reflexões sobre maneiras de abordar essa temática a partir de uma perspectiva social.
Dando continuidade a essa iniciativa, outros grupos e países do Cone Sul estão aderindo, com as perspectivas de gerar condições propícias para um diagnóstico do estado atual do conhecimento sobre risco de desastres para toda a região.
Nesta perspectiva, o objetivo desta publicação é reunir artigos sobre a compreensão e tratamento do risco no Brasil, a partir da perspectiva social dos desastres.
A publicação de Riscos ao Sul: diversidade de riscos no Brasil, na versão digital na página http://www.riesgosalsurbrasil.org/conteudo.html, na versão completa e versão para cada capítulo. Para baixar somente os seus capítulos, basta clicar no título do capítulo/seção.
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisa aprimora a aplicação da Inteligência Artificial em monitoramento e previsão de riscos hidrológicos
Pesquisadores obtiveram um bom desempenho nos testes realizados em uma pequena bacia hidrográfica no Rio de Janeiro, empregando um modelo hidrológico de redes neurais artificiais (RNA) para a previsão o nível dos rios e, também, para investigar sua dependência de condições antecedentes de chuva. A utilização da Inteligência Artificial nos modelos hidrológicos pode contribuir para aprimorar a previsão de riscos hidrológicos, como inundações e cheias.
Os estudos utilizaram dados observados do nível do rio e a estimativa de precipitação - fornecido por radar meteorológico de alta resolução - sobre uma pequena bacia hidrográfica na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Como resultado, a série temporal do nível de água previsto mostrou um bom desempenho quando as entradas de dados consideraram pelo menos duas horas de precipitação acumulada, sugerindo uma forte associação física com o tempo de concentração da bacia hidrográfica.
Sob longos períodos de chuva acumulada, maiores de 12 horas, a estrutura atingiu níveis de desempenho consideravelmente mais elevados, o que pode estar relacionado à capacidade da RNA de capturar a resposta subsuperficial, bem como estados passados de umidade do solo na bacia hidrográfica.
Os estudos foram liderados pelo pesquisador e físico Leonardo Santos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Recentemente, o pesquisador Santos teve projeto aprovado na chamada CNPq "Nº 15/2023 - Eventos Meteorológicos Extremos: Prevenção de Desastres Naturais e Minimização de Danos", o projeto "iFAST - Intelligent Flood Alert Surveillance Tools" (446053/2023-6) que avançará o conhecimento científico na interface entre Inteligência Artificial (I.A.) e desastres, produzindo ferramentas para melhoria contínua dos alertas do hidrológicos emitidos pelo Cemaden.
O artigo científico completo sobre a pesquisa disponível abertamente em: https://www.mdpi.com/2673-4117/4/3/101
Fonte: Ascom/Cemaden
Secas sem precedentes na Bacia Amazônica são apontadas pelo Observatório Global da Secas
Causada pela falta de precipitação, várias ondas de calor e temperaturas acima da média, uma seca severa vem afetando a Bacia Amazônica, persistindo desde julho deste ano. A evolução espaço-temporal da seca indica um aumento na extensão e severidade.
O relatório foi divulgado pelo Observatório Global da Seca (Global Drought Observatório), do Serviço de Publicações do Centro Científico da União Europeia (JRC), no último dia 20. Os estudos tiveram a participação de cientistas brasileiros e internacionais, entre eles, a do climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O trabalho científico aponta que, em 2023, todos os países da Bacia Amazônica registraram as menores precipitações de julho a setembro em mais de 40 anos. Indicadores derivados de satélite mostram uma tensão generalizada na vegetação em toda a bacia, particularmente nas regiões sudeste e estendendo-se até a Bolívia. A umidade do solo foi gravemente afetada, com anomalias negativas em grande parte da região. Os impactos na hidrologia são enormes: os caudais dos rios são extremamente baixos, com muitos deles no valor mais baixo para a época. O risco de incêndios florestais está aumentando e é alto principalmente no centro-oeste do Brasil.
Regiões afetadas e os impactos
A seca afeta a navegação, com impactos também no abastecimento básico de alimentos e água. As previsões do caudal dos rios sugerem que estes impactos poderão agravar-se nos próximos meses.
“As previsões sazonais apontam para condições mais quentes e secas do que a média em toda a região amazônica, que são típicas de um evento El Niño forte a muito forte.”, afirma o climatologista Jose Marengo, do Cemaden.
Em agosto de 2023, a seca afetou principalmente a região amazônica ocidental do Brasil, bem como as regiões boliviana e peruana. Depois, em setembro, concentrou-se mais na região peruana, no sudoeste da Amazônia brasileira e na Amazônia boliviana. Em outubro de 2023, a situação se estendeu ao estado do Amazonas no Brasil.
Dos 62 municípios do estado do Amazonas (norte do Brasil), 59 – habitados por cerca de 590 mil pessoas – estão em estado de emergência devido aos graves impactos da seca. A seca também afeta as populações da região amazônica de países, além do Brasil, do Peru, Bolívia e Venezuela, entre outros.
Os estudos estão disponibilizados nos links:
https://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/handle/JRC136439
Declaração sobre a seca amazônica de 2023 e suas consequências imprevistas
Evidências pelos dados científicos sobre a seca na região amazônica mostraram a vulnerabilidade do ecossistema amazônico e de sua população às mudanças climáticas. Dessa forma, foi elaborada uma Declaração sobre a seca amazônica, no início de dezembro, assinados por Flávia Costa, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, (INPA) Manaus, da Coordenação PELD Manaus - Floresta Amazônica e pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, ambas instituições do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), resultado das discussões do Painel Científico para a Amazônia, no encontro realizado em Manaus.
No documento são explanados os padrões históricos e singularidade da seca de 2023, e das últimas décadas, o que pode acontecer em 2024 e a longo prazo, bem como consequências, impactos e as recomendações aos governos nacionais e locais que devem liderar a transição para a sustentabilidade e a resiliência climática. “A grave seca na Amazônia é uma crise humanitária e ecológica com implicações globais”, enfatiza o documento.
Para conhecer o conteúdo completo da Declaração sobre a seca amazônica de 2023, pode ser acessado o link abaixo.
Fonte: Ascom/Cemaden
Câmara Municipal de São José dos Campos parabeniza o Cemaden e o cientista Jose Marengo
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) recebeu o ofício parabenizando a instituição na pessoa de seu cientista Jose Marengo, climatologista, pela atuação no fomento ao conhecimento e consequente reconhecimento como um dos cientistas mais influentes do mundo, conforme pesquisa publicada em 2022 pela Stanford University.
O ofício foi aprovado por unanimidade pelos vereadores da Câmara Municipal de São José dos Campos (SP), na 72ª Sessão Ordinária, realizada no último dia 24 de novembro de 2023. No texto do documento, foi destacada a ciência como um dos pilares fundamentais da sociedade “um papel crucial em diversas áreas, desde a saúde até a tecnologia, a ciência é responsável por proporcionar impactos diretamente na vida das pessoas, ao evoluir o conhecimento, melhorar o ensino e a qualidade de vida dos cidadãos, além de trazer soluções para os grandes problemas da humanidade.”
Classificado como um dos mais influentes cientistas no mundo
Além de ser reconhecido como um dos cientistas mais influentes do mundo, pela Stanford University, Jose Marengo também foi classificado como o cientista mais citado na última década, na área de Geociências pela consultoria internacional Clarivate Analytics, nos anos de 2019, 2021, 2022 e agora em 2023.
Em 2021, foi classificado, também, na lista de cientistas internacionais mais influentes no tema “mudanças climáticas”, pela agência britânica de notícias Reuters, na Hot List da Reuters.
Jose Antonio Marengo Orsini integra o quadro de servidores do Cemaden/MCTI desde 2014 e, atualmente, é coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden. Tem contribuído de forma significativa com o desenvolvimento de pesquisas e novos conhecimentos nas áreas de Geociências e da Ciência dos Desastres, bem como na formação de recursos humanos. Trabalha na disseminação de informações e conhecimentos científicos em fóruns e mídias nacional e internacional, na coordenação de projetos e programas nas áreas mencionadas, em especial, com foco nos impactos das mudanças climáticas em diferentes setores estratégicos do país.
Fonte : Ascom/Cemaden
Cemaden realiza evento de premiação aos participantes da Campanha #AprenderParaPrevenir 2023
Coordenada pelo Cemaden Educação, Programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais -unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o sétimo ciclo da Campanha #AprenderParaPrevenir concluiu com projetos e práticas significativas provocadas pelo tema “Clima de Desastres, tempo de agir”, realizando o evento de premiação na última quinta-feira (07), transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação.
Neste ano, foram convidadas escolas, Defesas Civis, Instituições de Ensino Superior, coletivos e outras instituições a criarem ações de mobilização e a resposta da criatividade foi celebrada com sorteio de prêmios realizado ao vivo, com a participação de diversas instituições.
O evento contou com momentos especiais: além da premiação e apresentação dos destaques na campanha, também foi lançada a nova identidade visual do Programa Cemaden Educação.
Lançamento da nova identidade visual do Programa Cemaden Educação
Criado pelo Renan Lieto da Evolve Design for Science, o logotipo é um balão de fala que recorta o original do Cemaden em diálogo com a sociedade. A identidade visual da 7ª Campanha oi utilizada durante esses últimos meses.
“Com o apoio dos recursos do FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, neste ano, o Programa Cemaden Educação foi recriado e conquistou espaços na promoção de políticas públicas educacionais transformadoras para a sustentabilidade e resiliência diante da emergência climática”, afirma a coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber.
A pesquisadora destacou, também as condições de reconstruir relações interministeriais em Educação em Redução de Riscos de Desastres com Educação Ambiental Climática. “Criamos um novo site e temos uma identidade visual mais atraente e interativa. Recebemos um prêmio no Reino Unido por um de projeto de pesquisa de Ciência Cidadã. Retomamos a mobilização da Campanha #AprenderParaPrevenir, que culmina com êxito tantas conquistas, com a surpresa de receber e aprender com iniciativas de grande qualidade”, enfatiza a coordenadora do Programa Cemaden Educação.
Resultados da 7ª Campanha #AprenderParaPrevenir e a ampliação pelo apoio dos moderadores regionais
Este ano a Campanha recebeu 82 inscrições, sendo 44 de Escolas, 15 de Coletivos/Movimentos Sociais + Outros, 12 de Instituições de Ensino Superior e 11 de Defesas Civis. As práticas de mobilização vieram de todas as regiões do país, de 13 estados e do Distrito Federal.
“A Campanha de 2023 foi especial, pois foi uma retomada com muitas novidades.”, afirma a pesquisadora Patricia Matsuo, coordenadora da Campanha #AprenderParaPrevenir”, do Programa Cemaden Educação e complementa: “Além do estabelecimento de parceiros interministeriais e nacionais estratégicos, ampliou as categorias de públicos, integrou a inscrição no site e criou uma rede de Mobilizadores Regionais que divulgaram intensamente em seus espaços“.
Para valorizar todas essas práticas de mobilização o Programa Cemaden Educação incluiu dois tipos de prêmios criados com a colaboração de diversas instituições:
- Sorteio: que evita a competição e adota a valorização de cada uma das práticas inscritas.
- Prêmio de Práticas Inspiradoras: para aquelas que se destacaram pela criatividade, inovação, parcerias, continuidade e mobilização comunitária.
Sorteio dos kits educativos e estação pluviométrica
Foram sorteados, ao vivo, dezenas de kits educativos compostos por publicações e jogos doados por instituições parceiras e três estações pluviométricas doadas pela empresa Ativa Soluções.
Devido ao número de inscrições nas categorias Defesa Civil e Instituições de Ensino Superior, o sorteio foi apenas da Estação Pluviométrica. Todas as outras instituições serão contempladas com os kits educativos.
Também foram unificadas as categorias “Coletivos/Movimentos Sociais” com “Outros” pelo pequeno número de inscrições, mas a quantidade de prêmios continua a mesma (total de 10 kits e dois troféus).
Premiação
- Categoria Escola
Kit Educativo |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
10. E.E. Professora Maria José da Penha Frúgoli - São Sebastião/SP |
Escola Estadual Governador Milton Campos - São João Del Rei/MG |
- Categoria Defesa Civil
Kits Educativos |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
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Secretaria Executiva de Proteção e defesa civil - Recife/PE |
- Categoria Instituto de Ensino Superior
Kits Educativos |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
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IFF Campus Avançado Maricá - Maricá/RJ |
- Categorias unificadas Coletivos/Movimentos Sociais + Outros
Kits Educativos |
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PRÊMIO PRÁTICAS INSPIRADORAS
Este prêmio especial foi composto por:
- kit educativo com publicações e jogos na temática.
- Mini-estação meteorológica que mede pluviosidade, velocidade do vento, temperatura, umidade do ar, pressão atmosférica, radiação solar e luminosidade. Feita em impressão 3D, este equipamento foi doado pela empresa PETE.
- troféu em 3D criado pela Thabata Ganga da startup LIMBSE/UNIFESP, composto por 44 peças, 13 cores, um quebra-cabeça representando quatro quadrantes de desastres.
O processo de escolha foi realizado em duas etapas. Na primeira, a equipe do Cemaden Educação selecionou, previamente, três finalistas em cada categoria. Na segunda etapa, o Comitê de Análise composto por 15 profissionais que atuam na área de Redução de Riscos de Desastres (externos ao Cemaden) avaliaram as práticas segundo critérios pré-estabelecidos e divulgados no Guia da Campanha 2023. Vale destacar que a composição deste comitê levou em consideração a diversidade regional, segmentos da sociedade e geracional.
Conheça as instituições premiadas:
- Categoria Escola: Alunos do Ensino Médio do Colégio Unifebe como agentes de mudança: elaboração de protótipos para enfrentar os desafios dos desastres ambientais. Colégio Universitário Unifebe. Brusque/SC.
- Categoria Defesa Civil: Monitora Cuiabá. NUDEC Vale do Cuiabá. Petrópolis/RJ.
- Categoria Instituto de Ensino Superior: Projetos: ‘Que chuva é essa?’ ‘Meninas e Mulheres na RRD’ e ‘Que casa é essa?’ Universidade Veiga de Almeida – UVA. Rio de Janeiro/RJ.
- Categorias unificadas Coletivos/Movimentos Sociais + Outros
- Campanha “Pelo Direito de Respirar Ar Puro” Iniciativa Inter-Religiosa Pelas Florestas Tropicais. Brasília/DF.
- Formação para Professores: Educação para redução de riscos e desastres no Litoral Norte/SP. Diretoria de Ensino – Região Caraguatatuba. São Sebastião/SP
ENVIO DOS PRÊMIOS
Como estipulado no Guia da Campanha 2023, o envio dos prêmios será realizado a partir de Janeiro de 2024.
Destaca-se que os equipamentos meteorológicos doados pela Ativa Soluções e PETE serão encaminhados diretamente pelas empresas, que também oferecerão gratuitamente todas as orientações para instalação, configuração e monitoramento.
Conheça todas as práticas inscritas na campanha 2023
Todas as atividades e ações inscritas na Campanha #AprenderParaPrevenir de 2023 estão no site do Cemaden Educação.
A gravação da cerimônia de premiação está disponível no Youtube do Cemaden Educação.
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe da campanha do Cemaden Educação
Cemaden recebe visita técnica de estudantes de Educação Ambiental da UNIVAP
Uma comitiva de 25 alunos da disciplina de Educação Ambiental, da Universidade Vale do Paraíba (Univap) realizou visita técnica, no último dia 28 de novembro, ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os alunos dos cursos de História, Pedagogia e Química, acompanhados pela professora Sandra Costa, assistiram inicialmente uma apresentação sobre a atuação do Cemaden em atividades de monitoramento e alertas, bem como as atividades de pesquisa e desenvolvimento.
A palestra foi proferida pela pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito. Os alunos participaram ativamente com perguntas trazendo o debate sobre a responsabilização sobre os desastres. Segundo a professora da universidade, Sandra Costa, “no contexto da disciplina de Educação Ambiental falamos sobre o quanto a sociedade tem sido omissa em relação à ocupação da terra e de que forma esses desastres expressam a falta de sensibilidade da nossa parte, principalmente em relação a respeitar os limites do meio ambiente”.
Em seguida, os alunos conheceram o funcionamento da Sala de Situação, que foi apresentado pela tecnologista Graziela Scofield, que também explicou sobre o sistema de monitoramento geo-hidrológico, a emissão de alertas para os municípios monitorados pelo Cemaden.
Na avaliação da professora da Univap, “a visita foi excelente pois além da oportunidade de conhecer um local de pesquisa e produção do conhecimento no País, também de se verem em outras possibilidades de trabalho, além da sala de aula.”
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden fará a premiação dos participantes da 7ª Campanha #AprenderParaPrevenir
A premiação da 7ª Edição da Campanha #AprenderParaPrevenir será no próximo dia 7 de dezembro, às 15 horas, no Auditório do Cemaden e transmitido pelo YouTube do Cemaden Educação. Participaram escolas, Defesas Civis, Instituições de Ensino Superior, coletivos e instituições com ações e mobilização dentro da temática “Clima de desastres: tempo de agir!”
Coordenada pela equipe do Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - a Campanha #AprenderParaPrevenir vem sendo realizada desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro). A iniciativa busca mobilizar comunidades na construção de conhecimentos e intervenções de Educação em Redução de Riscos de Desastres.
No dia da premiação, serão divulgados os resultados gerais da 7ª edição da campanha e o lançamento da nova identidade visual do Programa Cemaden Educação. Também ocorrerá o sorteio e a premiação de kits compostos com publicações e jogos educativos, troféu em 3D desenvolvido pela startup LIMBSE e de equipamentos meteorológicos doados pelas empresas Ativa Soluções e PETE.
Parcerias fortalecem a Campanha AprenderParaPrevenir 2023
A campanha deste ano conta com a parceria dos Ministérios da Educação; Meio Ambiente e Mudança do Clima/Diretoria de Educação Ambiental; Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico; Integração e Desenvolvimento Regional/Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil; e Cidades/Caravana das Periferias. Das instituições: Cruz Vermelha Brasileira; do Movimento Escolas pelo Clima e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas/ Divulgação do Conhecimento, Comunicação de Risco e Educação para a Sustentabilidade.
Com a ampliação das parcerias, a Campanha #AprenderParaPrevenir do Cemaden pôde aprofundar a interlocução com a sociedade, ampliando as ações de educação, ciência, cidadania, sustentabilidade e resiliência para a redução dos riscos de desastres. O Programa Cemaden Educação utiliza estratégias educacionais participativas na construção de conhecimentos e intervenções transformadoras.
A transmissão da premiação da Campanha #AprenderParaPrevenir será pelo Canal YouTube do Cemaden Educação, pelo link:
https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Links do Programa Cemaden Educação
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Jose Marengo é classificado como cientista mais citado na última década
O climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Modelagem, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - foi novamente classificado, neste ano, como um dos pesquisadores mais influentes do mundo na área de Geociências, na última década.
A divulgação foi feita pela consultoria internacional Clarivate Analytics, classificando Marengo como um dos pesquisadores altamente citados, demonstrando influência significativa e ampla no campo de pesquisa em Geociências. Essa classificação deu-se em 2019, 2021, 2022 e agora em 2023. Neste ano, foram consideradas 10.156 citações, em 90 publicações e 6.289 citações de artigos na área de Geociências.
Carreira do cientista José Marengo
Pesquisador 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Jose Antonio Marengo Orsini possui graduação em Física e Meteorologia pela Universidad Nacional Agraria (1981), mestrado em Ingenieria de Recursos de Agua y Tierra – Universidad Nacional Agraria (1987) em Lima, Peru e doutorado em Meteorologia – University of Wisconsin – Madison (1991) em EUA. Fez pós-doutorado na NASA-GISS e Columbia University em Nova York e na Florida State University (EUA) em modelagem climática. Foi coordenador científico da previsão climática do CPTEC-INPE.
Atualmente, Marengo é pesquisador titular e coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento no Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI) – onde trabalha com estudos sobre eventos extremos, desastres naturais e redução de risco aos desastres. É professor na pós-graduação do INPE. É membro de vários painéis internacionais das Nações Unidas (IPCC, WMO) e de grupos de trabalho, no Brasil e no exterior, sobre mudanças de clima e mudanças globais. Atua como consultor na área de estudos ambientais de mudanças globais, impactos, vulnerabilidade e adaptação as mudanças climáticas e emite pareceres em diversas revistas científicas e agências financiadoras nacionais e internacionais. Autor de mais de 250 artigos, capítulos de livros, livros, relatórios técnicos e trabalhos de congressos. Participa atualmente de vários projetos de pesquisa, com instituições brasileiras, inglesas, francesas e americanas. Têm intensificado atividades de docência e orientação de pesquisa, além de ser membro ativo em vários conselhos participativos de clima e hidrologia, mudanças climáticas e globais.
É membro do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, dos Relatórios do IPCC. Em academias científicas, é Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e também da Academia Mundial de Ciências (The World Academy of Sciences – TWAS). Foi membro do Comitê Assessor de Ciências Ambientais do CNPq. É editor associado do International Journal of Climatology e dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, e professor nos programas de Meteorologia e Ciencia do Sistema Terrestre do INPE e de Desastres Naturais da UNESP.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden realiza manutenção de estações geotécnicas na Região Metropolitana de Recife
No mês de novembro, pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - visitaram as estações geotécnicas instaladas nas áreas de morro, suscetíveis a deslizamentos, na Região Metropolitana do Recife (PE), com o objetivo de realizar a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos.
Os trabalhos foram realizados pelos pesquisadores e geólogos do Cemaden, Márcio Andrade e Daniel Metodiev, em parceria com a Agência Pernambucana de Água e Clima (Apac) e com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Defesas Civis Municipais. Durante duas semanas, foram realizadas a manutenção de 15 estações geotécnicas com pluviômetros, na Região Metropolitana de Recife.
Os equipamentos são responsáveis pelo monitoramento de chuvas e umidade volumétrica do solo em até três metros de profundidade. Esses dados são atualizados a cada 10 minutos e disponibilizados no site do Cemaden.
Projeto RedeGeo do Cemaden
A Rede de Monitoramento Geotécnico (RedeGeo) é um projeto da Rede de Monitoramento Ambiental de Desastres Naturais (Remaden) do Cemaden (MCTI), financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do MCTI) e executado pela Funcate (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais) e Cemaden/MCTI.
A PCD Geo é um equipamento, exclusivamente, instalado em áreas localizadas em encostas antropizadas (áreas alteradas), suscetíveis de deslizamentos, com vasto histórico de ocorrências, bem como em encostas naturais com fortes indícios de processos ativos de movimentos de massa.
Desde o ano de 2019, já foram instaladas 101 PCDs Geo em áreas de risco com vasto histórico de ocorrências de movimento de massa no Brasil nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, nos municípios de Blumenau (SC); Olinda, Recife, Jaboatão do Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Camaragibe (Pernambuco); na Baixada Santista no Estado de São Paulo (Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande); no Grande ABC paulista (Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Mauá); na região serrana de Campos do Jordão (SP), Angra dos Reis (RJ) e Petrópolis (RJ).
Fonte: Ascom/Cemaden
Na sede da Academia Brasileira de Ciências, Cemaden discute a crise climática, desastres e o El Niño 2023-2024
Promovida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) a mesa-redonda “Crise climática e desastres como consequência do El Niño 2023-2024: impactos observados e esperados no Brasil” foi realizada na sede da ABC, no Rio de Janeiro, no último dia 16 de novembro.
O evento teve a parceria do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas Fase 2 (INCT MC2).
A diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, participou da mesa de abertura do evento, afirmando que nenhum El Niño é igual ao anterior e que a instituição está atuando de maneira preventiva junto aos órgãos do governo. “Estamos monitorando semanalmente, os impactos do El Niño, principalmente, as chuvas no Sul e as secas na região Norte e Nordeste.”, afirma Alvalá. “Os impactos atingem, também, diferentes setores, como a agricultura, os recursos hídricos e a geração de energia. Estamos monitorando as regiões impactadas e repassando as informações científicas, em constantes reuniões com vários órgãos governamentais.”
Estiveram, também, na mesa de abertura do evento Ana Tereza Vasconcelos (SBPC), Roberto Lent (ABC), e a secretária Márcia Barbosa (MCTI)
O coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo, foi um dos debatedores da mesa-redonda e enfatizou sobre a necessidade do país ter estratégicas claras para responder à emergência climática. Lembrou que o Cemaden foi criado após o desastre de 2011 na região serrana do Rio de Janeiro, ocasião em mais de mil pessoas morreram em deslizamentos e enchentes. “Desde então, o Cemaden vem tentando unificar e otimizar os alertas sobre eventos climáticos extremos, mas apenas isso não basta”, afirma Marengo e complementa: “Desde 2011, cresceu em 17% o número de pessoas vivendo em áreas de risco. É preciso criar condições para que essas pessoas vivam em outros lugares”, alertou José Marengo.
Participaram da mesa-redonda como palestrantes: Regina Rodrigues (UFSC), Suzana Montenegro (Apac), Carlos Nobre (USP), Chou Sin Chan (Inpe) e José Marengo (Cemaden).
Para assistir na íntegra os debates, está disponibilizado no YouTube da Academia Brasileira de Ciências (ABC), com acesso pelo link:
https://www.youtube.com/watch?v=nAdMeiZGNNQ
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Ascom/ABC- (Fotos: Bruna Sampaio e Pedro Dantas/ABC)
No II Webinário informativo, Cemaden mostra os serviços e produtos relacionados ao monitoramento de secas e fogo
Com o objetivo de mostrar os produtos e serviços relacionados à monitoramento e emissão de alertas de desastres, previsão/cenários de riscos de desastres e atividades científicas desenvolvidas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – foi realizado, na semana passada (13), o II Webinário Produtos do Cemaden/MCTI para o Monitoramento Geo-Hidrometeorológico no Brasil.
Transmitido pelo YouTube Reunião de Impactos- Cemaden/MCTI, este segundo webinário focou o Monitoramento de Secas e Previsão de Probabilidades de Risco de Fogo, contando com a participação pelo chat do público e especialistas na área de gestão de risco de desastres. A série de webinário, lançada no dia 1º de novembro, também foca os conceitos associados a vulnerabilidade e impactos em vários setores.
Na abertura, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, destacou a iniciativa da realização dos webinários informativos: “As apresentações contarão com a contribuição de especialistas do Cemaden, que geram produtos e informações relevantes para os avanços dos conhecimentos científicos da Ciência de Desastres, assim como para subsidiar as tomadas de decisão.”
O coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo, enfatizou a importância dos trabalhos de monitoramento e previsão de impactos. “Na situação atual do El Niño, temos as secas combinadas com ondas de calor. Nosso papel é o monitoramento dos impactos das secas e serão apresentados neste webinário os seus diferentes aspectos”, afirma Marengo, ressaltando que os trabalhos desenvolvidos pelo Cemaden são em parcerias com instituições nacionais e internacionais. “É importante destacar que o Índice Integrado de Seca (IIS) - desenvolvido pelo Cemaden- é usado pela Organização Mundial de Meteorologia no Relatório mundial ‘Estado do Clima’, aplicado em toda a América Latina e Caribe, desde 2019.” O Índice Integrado de Seca é um valor que combina as informações de dados de precipitação, de umidade do solo e do índice da vegetação.
O II Webinário Produtos do Cemaden/MCTI contou com a moderação realizada pelo pesquisador do Cemaden, Alan Pimentel.
Apresentações de secas e risco de fogo
Sistema de Monitoramento de Secas do Cemaden e Avaliação de Impactos - A pesquisadora de seca e extremos agrometeorológicos, Ana Paula Cunha, coordenadora substituta da Coordenação de Relações Institucionais, fez um breve histórico do monitoramento de secas, realizado desde 2012, apresentando os tipos de secas ( meteorológica, agrícola, hidrológica e seca socioeconômica). Abordou sobre os dois tipos de monitoramento da seca vegetativa agrícola e da hidrológica, a avaliação dos impactos da seca nas áreas agroprodutivas e dos imóveis rurais potencialmente afetados pela seca, além das pesquisas de seca, de forma operacional, para aprimorar o monitoramento. “O monitoramento de seca tem a importante aplicação para ações de mitigação. O Cemaden é uma das instituições que contribui com o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para o diagnóstico de perda de safra na produção agrícola”, informa a pesquisadora. Explica sobre o risco de seca na agricultura familiar, composto por ameaças (intensidade da seca ou chuvas extremas), exposição das áreas produtivas e vulnerabilidades da agricultura familiar. “Não enviamos alertas, mas publicamos informações no site e participamos de diversas reuniões de tomadas de decisões, como exemplo, nas Salas de Crise da Agência Nacional de Água (ANA) e da Casa Civil da Presidência.”, afirma a pesquisadora Ana Paula Cunha, complementando que os relatórios de seca, disponíveis no site do Cemaden, estão no Boletim de Impactos, nos relatórios Monitoramento de Seca para o Brasil e no RISAF- Risco da Seca na Agricultura Familiar.
Indicadores de Secas desenvolvidos no Cemaden – Definições e Aplicações - O pesquisador de extremos agrometeorológicos e secas, Marcelo Zeri, explanou sobre os indicadores de secas desenvolvidos pelo Cemaden, no “O Índice Integrado de Seca (IIS) faz um diagnóstico objetivo das condições médias de seca, composto por dados de precipitação, umidade de solo e índice de vegetação, além de dados de satélites. Com esses dados pode-se obter a a quantificação da intensidade da seca e é atualizado mensalmente.”, explica o pesquisador. Informa que o Índice de Chuvas (SPI) é bastante utilizado para diagnosticar seca (seca agrícola de três meses) – avaliando as chuvas nesse período (acima ou abaixo da média) - na escala de um mês, de três ou de seis meses. Já na análise da umidade de solo, é indicada a progressão de seca e onde ela vem afetando (com dados do satélite da NASA), mostrando a profundidade de um metro de solo e extensão de 25 km. Esses dados são disponibilizados a cada sete dias. Os valores abaixo de 40% indicam o começo do estresse hídrico e o Índice de Saúde da Vegetação (VHI). “Esse índice (VHI) mede as condições de umidade e temperatura da vegetação. Os valores abaixo de 40% indicam o começo do estresse hídrico.”, esclarece o pesquisador do Cemaden, Marcelo Zeri, informando que há uma escala de processamento do IIS, fazendo o cálculo por município, numa escala de um a cinco. Todas essas informações estão nos Boletins e Relatórios disponíveis no site do Cemaden, apresentações em reuniões institucionais e em fase de se colocar em plataforma digital. Atualmente, os dados de secas são fornecidas pelas 595 Plataformas de Coletas de Dados, rede instalada pelo Cemaden, em 2016. Informou, também, de outras iniciativas para o monitoramento da secas, como a instalação de duas torres de fluxos do semiárido (parcerias com Embrapa Semiárido, UFRN e UFC/Funceme). “Essas torres de fluxos permitem obter medidas em tempo real de evapotranspiração, temperatura do ar, umidade do solo e precipitação, além da avaliação de tendências e das secas-relâmpago”, afirma o pesquisador.
Monitoramento e Previsão de Seca Hidrológica – A pesquisadora do Cemaden, da área de extremos hidrológicos do Cemaden, hidróloga Adriana Cuartas, afirma que “Para ocorrer uma seca hidrológica são necessários vários fatores, como qual o tempo e a quantidade do déficit de chuva (com anomalias envolvendo altas temperaturas e evapotranspiração), que vai gerar seca hidrológica. E o tempo e quantidade de chuva necessários para sair de uma condição de seca hidrológica. Esse é o grande desafio da comunidade científica”, afirma a hidróloga. “Vai depender não só desses fatores climáticos, mas também depender do tipo de solo, da vegetação, dos tamanhos das Bacias que estamos avaliando, processos que estão em andamento.” Mostrou que, para o monitoramento da seca hidrológica, são utilizados o Índice Padronizado de Precipitação (SPI) em escala hidrológica e o Índice Padronizado de Precipitação-Vazão (TSI – Two-variate Standardized Index). “Esse é o produto mais recente: O Índice Padronizado de Precipitação-Vazão (bivariável), com a combinação das duas variáveis, com relação ao monitoramento de secas.” Apresentou todas as Bacias Hidrográficas monitoradas. “Nossa preocupação prioritária nesse monitoramento de Bacias é a geração de energia elétrica, abastecimento de água e navegação”, informando que na questão sobre abastecimento de água, a primeira Bacia monitorada pelo Cemaden foi a Cantareira, em 2014, pela crise hídrica. E em razão da seca do centro-oeste, a Bacia do Paraguai no aspecto da navegação. Apresenta as fontes de informações para o monitoramento de seca hidrológica e como se processa o sistema de previsão e projeção de cenários com algumas Bacias, como a do Paraná, com foco na Usina Hidrelétrica (UHE) de Itaipu, da UHE Barra Grande do Rio Uruguai e sub-bacia Rio Pelotas (RS e SC). Informa que está sendo ampliado o monitoramento de Bacias Hidrográficas.
Concepção do produto de probabilidade de fogo – A pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, especialista em risco e impactos de incêndios na vegetação, inicia com explicação do referencial teórico sobre a palavra “probabilidade de fogo” e não de “risco de fogo” afirmando: “Desastres são perigos que se concretizam e impactam a sociedade e meio ambiente. A vulnerabilidade é uma combinação de exposição a um perigo e a suscetibilidade ao seu impacto, ambos, fortemente, moldados por fatores humanos, sociais e ambientais”. Enfatizou que na gestão de riscos de desastres há diferentes elementos de risco, destacando a importância da geração de dados científicos (conhecimento dos riscos, ameaças e vulnerabilidades). Com a informação elaborada, é repassada à sociedade e para subsidiar decisões e os caminhos de adaptação. Sobre a probabilidade de fogo, a pesquisadora Liana Anderson afirma: “O caminho a ser perseguido, em relação ao desenvolvimento sustentável, deve ser focado nos esforços voltados à prevenção. E para essa prevenção, há a necessidade de gerar um produto voltado a auxiliar a ideia de como nós podemos ter ações de prevenção em ampla escala e em escala subsazonal.” Aborda, também, sobre os trabalhos, programas e a plataforma Map Fire, bem como as instituições parceiras na geração de dados observacionais. A previsão da probabilidade de fogo é também divulgada no Boletim mensal de Impactos, no site do Cemaden. “Os dados são capturados pelos focos de calor acumulados (obtidos por satélite). Calculamos a tendência dos focos de calor, as probabilidades de temperatura e de chuva. Analisa-se junto às variáveis como o início e duração da seca”, resume a pesquisadora. Afirma que os resultados dos níveis de alerta para o municípios brasileiros são divulgados no Boletim de Impactos, e o trabalho conjunto de divulgação de informações junto às Salas de Situação de alguns estados do país.
As apresentações e informações na íntegra do II Webinário de Produtos do Cemaden/MCTI para o Monitoramento Secas e Probabilidade de Fogo no Brasil, estão disponíveis no canal YouTube do Reunião de Impactos-Cemaden/MCTI, acessados pelo link :
https://www.youtube.com/watch?v=g4xqnbEvx2g
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden abre inscrições para duas vagas de Bolsa de Treinamento da Fapesp para graduandos em ensino superior
Estão abertas as inscrições para duas vagas de Bolsas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) de treinamento Jornalismo Científico, disponíveis para o projeto Projeto “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), conduzido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais Cemaden- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com sede em São José dos Campos-SP.
As Bolsas são destinadas a estudantes de graduação, em qualquer área do conhecimento, com atividades previstas para desenvolvimento de podcast, vídeos Reels para redes sociais, videorreportagem ou reportagem escrita sobre projetos científicos. Os estudantes de graduação devem estar regularmente matriculados em instituições de ensino superior do Estado de São Paulo.
Cada proposta de trabalho deverá prever a entrega de três produtos de difusão científica a serem desenvolvidos por uma dupla de bolsistas, no período de seis meses de duração da bolsa. O período da bolsa poderá ser ampliado para um ano.
Veiculação da produção de materiais multimídia
Os bolsistas selecionados participarão de jornada formativa on-line sobre técnicas de produção de materiais multimídia oferecida pelo Canal Futura. Os produtos desenvolvidos integrarão o acervo da co.educa, midiateca de ciência e tecnologia para professores e alunos do Ensino Básico. Essa midioteca será lançada em breve pela FAPESP e pela Fundação Roberto Marinho. Também serão veiculados nas multitelas do Canal Futura e nas plataformas de comunicação da FAPESP (saiba mais em: https://fapesp.br/comunicarciencia/edital).
Inscrições e processo seletivo
Para se candidatar, os (as) interessados (as) devem preencher o formulário de interesse até dia 11 de dezembro. O valor mensal da bolsa será R$ 853,80. Não é permitido o acúmulo de bolsas. Aceita-se um período de dedicação semanal em home office.
O processo seletivo incluirá análise de Currículo Lattes, entrevista e análise de um vídeo curto no tema de desastres (no máximo 1 minuto).
O vídeo deverá ser publicado em uma plataforma de compartilhamento, e na submissão deverá ser disponibilizado apenas o link do arquivo.
Candidatos(as) selecionados(as) para a fase de entrevistas serão comunicados por e-mail até o dia 15 de dezembro.
Projeto COPE
O objetivo do Projeto COPE - que tem o apoio da Fapesp (Processo 22/02891-9) - é analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades, frente a eventos extremos de tempo e clima. A partir disso, coproduzir estratégias de fortalecimento da implementação de políticas públicas no tema.
A mobilização dos participantes da pesquisa e a disseminação dos resultados ao longo do processo de pesquisa fará uso de webinários, bem como de redes sociais mediante estratégias de jornalismo de dados e produção de vídeos voltados à identificação e disseminação de boas práticas. A finalidade é aumentar as capacidades organizacionais frente a eventos extremos.
A ideia do Projeto COPE é integrar atividades de ensino, pesquisa, extensão e implementação de políticas públicas, conectando gestores (as) públicos e comunidades expostas a riscos de desastres, considerando as dimensões etárias, de gênero e pessoas com deficiência. A proposta se associa aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 e 13.
Em caso de dúvidas, contatar o pesquisador Victor Marchezini (victor.marchezini@cemaden.gov.br)
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto Dados à Prova d’Água com participação do Cemaden Educação recebe prêmio no Reino Unido
O Conselho de Pesquisa Econômica e Social do Reino Unido (sigla em inglês, ESRC) anunciou, ontem (15), o Projeto ‘Waterproofing Data’ – Dados à Prova d’Água - como o vencedor da categoria ‘Grande Impacto Social’. O projeto desenvolveu uma abordagem inovadora que combina educação e ciência, a partir de dados e análises gerados pela comunidade. O objetivo foi o de aumentar a resiliência e melhorar a capacidade dos residentes de áreas propensas a inundações no Brasil, além das ações e medidas de proteção.
A equipe internacional de pesquisadores com múltiplas formações disciplinares do Brasil, Alemanha e Reino Unido - liderados pelo pesquisador João Porto de Albuquerque, da Universidade de Glasgow – trabalhou em parceria com o Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - e com a Fundação Getúlio Vargas, para a construção do conhecimento para a prevenção de riscos de desastres.
“Ao invés de apenas recolher dados, a metodologia de Ciência Cidadã, proposta pelo Programa Cemaden Educação, envolveu comunidades escolares e defesas civis das cinco regiões do Brasil como coprodutoras de conhecimento.”, destaca a coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber. Ela explica que, na prática, isso se deu com a criação de redes observacionais de pluviômetros de garrafas PET em escolas e residências, com dados pelo aplicativo ‘Dados à Prova d’Água’, juntamente com as memórias das pessoas sobre desastres, e complementa: “Além disso, foram trabalhadas as formas como lidariam com a situação, proporcionando uma oportunidade de enfrentar o problema de inundações, alagamentos e deslizamentos de encostas de diferentes formas.”
Trajber afirma, também, que as lições aprendidas com o método aplicado - no qual pesquisadores e cidadãos colaboram em todas as fases da produção dos conhecimentos - mostraram que esta abordagem poderia ser aplicada para capacitar a ação climática, liderada pelas comunidades e escolas. “Essa ação é voltada, especialmente, em áreas com vulnerabilidades face aos riscos crescentes de eventos climáticos extremos.”, enfatiza a pesquisadora.
Projeto À Prova d’Água
O Projeto À Prova d’Água nasceu da colaboração e parcerias entre instituições de três países: Brasil, Alemanha e Reino Unido. No Brasil, a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações- e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na Alemanha, a Universidade de Heidelberg e no Reino Unido, as Universidades de Glasgow e de Warwick.
No projeto, participaram 21 polinizadores/multiplicadores - professores e integrantes de defesas civis parceiros do Cemaden Educação - das cinco regiões do país, nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Acre, Pernambuco e Mato Grosso, envolvendo mais de 200 pessoas das comunidades vulneráveis.
O Aplicativo móvel permite a disponibilização de dados de pluviômetro, de áreas propensas à inundação, previsão de tempo, intensidade de chuva, áreas de alagamento e nível de água do rio.
Fonte: Ascom/Cemaden
Estudo do CEMADEN e do INPE identifica pela primeira vez a ocorrência de uma região árida no país
Estudo do CEMADEN e do INPE identifica pela primeira vez a ocorrência de uma região árida no país
Aridez é uma característica do clima que resulta do déficit hídrico gerado pela insuficiência da precipitação média e sua relação com a evapotranspiração potencial numa dada região. A aridez de uma região é caracterizada através do índice de aridez, que é a razão entre a precipitação e a demanda de evaporação da atmosfera. Assim, se o índice for menor do que 1, significa que a demanda atmosférica é maior do que a precipitação, o que ocorre nos climas mais secos como na Caatinga. Quando o índice é maior do que 1, a precipitação é suficiente para suprir toda a demanda de evaporação da atmosfera, o que pode ser constatado no bioma Amazônia.
Por meio do índice de aridez é possível identificar, localizar ou delimitar regiões com variável déficit de água disponível, condição que pode afetar severamente o uso efetivo da terra para atividades como agricultura ou pecuária, que favorece a ocorrência de queimadas, e que no longo prazo podem levar à desertificação quando associado a uso não sustentável do solo.
Utilizando uma base de dados climatológicos recentemente publicada, pesquisadores do INPE e do Cemaden analisaram a variação da precipitação e a evapotranspiração no período entre 1960 e 2020. Neste tipo de estudos é importante considerar dados médios em períodos de 30 anos, pois as variações de chuva entre um ano e outro podem mascarar tendências de longo prazo. Assim, foram considerados os períodos 1960-1990, 1970-2000, 1980-2010 e 1990-2020 nas análises.
O estudo constatou que há uma tendência de aumento da aridez em todo o país, com exceção da região sul e do litoral dos estados de Rio de Janeiro e São Paulo. Estas variações se devem principalmente ao aumento da evapotranspiração associada com aumento da temperatura, que tem sido observada em grande parte do país. Já no caso da Região sul, a diminuição está associada com o aumento da chuva.
O estudo verificou que as áreas do semiárido do país, têm crescido a uma taxa média superior a 75 mil km2 a cada década considerada. As áreas classificadas como semiáridas se concentram na região Nordeste (exceto Maranhão) e no norte de Minas Gerais. Com relação às áreas subúmidas secas, além da Região Nordeste e Norte de Minas Gerais, foram identificadas ocorrências no Norte do Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul. Finalmente, no último período considerado, 1990-2020, observou-se o aparecimento de uma área definida como árida no norte do Estado da Bahia, que nunca fora observada no país nas décadas anteriores.
O diagnóstico produzido pelo INPE e CEMADEN subsidiará a elaboração do Plano Nacional de Combate à Desertificação.