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Workshop no Cemaden discute projeto de sistema de alertas antecipados de deslizamentos de terra multiescalar
Previsão de curtíssimo prazo por assimilação, utilização de produtos meteorológicos de diferentes naturezas, dados de variadas frentes de pesquisas são alguns dos avanços inovadores visados pelo Projeto de "Sistema de Alerta Antecipado Multiescalar para deslizamento de terra, integrando produtos meteorológicos de alta resolução, as características geotécnicas e populacionais". O projeto foi aprovado na chamada CNPq-MCTI 15/2023 em dezembro de 2023, com o maior recurso dentre os mais de 80 projetos submetidos, e será coordenado pelo pesquisador especialista em geodinâmica de desastres Pedro Ivo Camarinha, sendo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a instituição executora.
Outra inovação, prevista no projeto, é a aplicação de diferentes abordagens com relação às condições limites, as quais levam a deflagração de deslizamentos de terra. Destaca-se a implementação de ferramentas que gerem previsões de deslizamentos de terra e análises de risco de desastres, em diferentes escalas (regional, municipal e intramunicipal).
Para reunir pesquisadores e discutir o projeto, foi realizado, no dia 20 de março, o Workshop de Integração e Alinhamento, no Auditório do Cemaden. Participaram do evento mais de 30 pesquisadores do Cemaden e de outras instituições, que apresentaram suas propostas de trabalho e realizaram discussões técnicas e de planejamento. O projeto tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e conta com as parcerias da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Estadual Paulista (UNESP de Guaratinguetá e de São José dos Campos), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Coordenação de Monitoramento e Alerta de Santa Catarina (COMAL-SC).
“No final do projeto, daqui a três anos, esperamos entregar um sistema que possa ser operacionalizado por qualquer instituição do País”, afirma o pesquisador e tecnologista Pedro Camarinha, explicando que além de fornecer outras contribuições técnicas e científicas, em diferentes áreas do conhecimento, poderão ser replicadas para a melhor adequação do uso deste sistema no futuro. “Queremos desenvolver um sistema que siga as mesmas premissas e que comunique os riscos de maneira adequada e compatível aos seus usuários finais, especialmente, às Defesas Civis (Estadual e Municipal) e à população, no geral”, enfatiza Camarinha.
Camarinha considerou que o workshop foi muito produtivo: “Uma vasta equipe de pesquisadores, de diversas áreas do conhecimento, pôde conhecer e mapear as potencialidades e desafios futuros”, afirma o pesquisador e complementa: “Também foi importante a aproximação com a Defesa Civil de Santa Catarina, que será um dos usuários finais deste sistema, focado no respectivo estado. A expectativa é que nos próximos 12 meses já tenhamos um primeiro protótipo, que será baseado na atual ferramenta de análise de risco de deslizamento que o Cemaden possui.”
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores sul-americanos se reúnem no Cemaden para tratar sobre a aplicação da I.A. no monitoramento e alertas de inundações
Com o objetivo de criar ferramentas integrando dados geoespaciais de países vizinhos do Brasil, na América do Sul, para elaborar modelagem de risco de inundação e previsão de eventos extremos, foi lançado o Projeto - Ifast – Intelligent Flood Alert Surveillance Tools”, no último dia 13 de março, em São José dos Campos (SP), na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Foram 50 pesquisadores (30 presencial e 20 on-line) que se reuniram para discutir as estratégias de intercâmbio institucional para a construção conjunta das ferramentas baseadas na Inteligência Artificial, destinadas ao monitoramento e alertas de inundações, alagamentos e enxurradas urbanas. O foco da equipe do projeto são bacias de resposta rápida, processos como enxurradas e alagamentos urbanos, que são de difícil previsibilidade, mas que têm grandes impactos associados a eles.
Contemplado na Linha 1 da Chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), o pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos, é coordenador do Projeto Ifast, e responsável pela organização do evento, enfatiza: "O edital no qual aprovamos esse projeto conseguiu fomentar não apenas o avanço acadêmico/científico tradicional, mas também o desenvolvimento de produtos operacionais".
O Projeto Ifast reuniu pesquisadores não só do Cemaden, mas também do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Federal do Estado de SP (Unifesp), do Instituto Federal de SP (IFSP), do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), da Universidade Tecnológica do Paraná (UFFPR), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade Tecnológica do Uruguai (UTEC), da Universidade Nacional de Assunção (Paraguai), entre outras instituições.
“O projeto iFAST é uma excelente iniciativa para a exploração de técnicas de IA e desenvolvimento de novas ferramentas para auxiliar no alerta de enxurradas e alagamentos.”, afirma a pesquisadora Aurelienne Jorge. “Esta reunião com todos pesquisadores foi a excelente oportunidade para conhecer os demais integrantes do projeto, trocar conhecimentos, e discutir ideias, visando os próximos passos". Aurelienne Jorge já foi pesquisadora do Cemaden, hoje está no INPE, doutoranda em Computação Aplicada, sob orientação da pesquisadora Izabelly Costa (CPTEC-INPE) e do pesquisador Leonardo Santos (Cemaden). Em abril, a pesquisadora Aurelienne Jorge iniciará um período de doutorado sanduíche nos Estados Unidos, para aprofundar seus conhecimentos sobre Inteligência Artificial aplicada a Nowcasting.
“Tenho muito interesse em colaborar com a modelagem. Implantarmos um sistema de assimilação de dados em tempo real seria inovador. Para isso, é preciso estudo da viabilidade, recursos humanos e muito trabalho pela frente.", afirma a pesquisadora Helaine Furtado, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). A pesquisadora em breve fará uma visita técnica ao Cemaden, para discutir como acoplar previsão de radar aos modelos hidrológicos a serem desenvolvidos no projeto, promovendo assimilação de dados em tempo real.
Os pesquisadores do Projeto “Ifast – Intelligent Flood Alert Surveillance Tools” planejam realizar mais eventos para discutir as ferramentas a serem desenvolvidas com usuários em potencial do próprio Cemaden e de outras instituições interessadas. A equipe do projeto é formada por mais de trinta pesquisadores, de diferentes instituições nacionais e internacionais e de áreas de formação diversas.
Fonte: Ascom/Cemaden
Vagas para estágio obrigatório em Ciências Atmosféricas ou Meteorologia
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) abriu processo seletivo por análise de currículo para 06 (seis) vagas de estágio obrigatório em Ciências Atmosféricas ou Meteorologia.
Período de Inscrição: 01/04/2024 às 8h até 10/04/2024 às 22h.
O edital pode ser acessado aqui.
Cemaden participa do Science Days 2024 com temática sobre prevenção de riscos de desastres
A 7ª edição do Science Days 2024, realizado no Parque de Inovação Tecnológica (PIT), em São José dos Campos, contou novamente com a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Promovido pelo Instituto Alpha Lumen, em conjunto com a The Michaelis Foundation For Global Education, o Science Days ocorreu nos dias 14 e 15 de março, promovendo a divulgação e difusão do conhecimento científico de maneira prática e didática.
O Cemaden participou do Science Days desde 2019. Neste ano, a novidade foi a oficina “Desastres em Jogos”, oferecida aos jovens estudantes da rede pública inscritos no evento. As atividades coordenadas pela equipe de pesquisadores (as) do Programa Cemaden Educação com apoio de oito estudantes do ensino médio, monitores do Instituto Alpha Lumen,
Os Jogos “Trilha do Risco”, “Mini Trunfo” e “Quem” possibilitaram o conhecimento dos participantes sobre os riscos de desastres geo-hidrológicos, bem como a prevenção e redução desses riscos, abordando temáticas como resiliência, mudanças climáticas e sustentabilidade.
Além dessas oficinas, dentro da programação do Cemaden, os alunos inscritos e monitores do Alpha Lumen visitaram a Sala de Situação, onde ocorre o monitoramento dos municípios mapeados com áreas de riscos de desastres, em todo o território brasileiro. Tiveram a oportunidade de conhecer o processo de monitoramento e emissão de alertas de risco de desastres. Os estudantes, participaram, também, de palestras, ocasião em que tiveram a oportunidade de conhecer a missão e as atividades desenvolvidas pela instituição.
Impressão dos estudantes nas oficinas e visita na Sala de Situação
Os monitores do Instituto Alpha Lumen, que deram apoio no desenvolvimento das atividades do Cemaden no Science Days, mostraram da importância da participação do evento: “É importante ajudar os estudantes nas atividades em que estão participando. Ao mesmo tempo, nesse processo de acompanhamento, também estou aprendendo e conhecendo diversas temáticas, tanto na área das Ciências Exatas como nas Humanas.”, afirma Pedro Von Rainer, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio, que coordenava a visita de monitores e estudantes na Sala de Situação do Cemaden, ao mesmo tempo em registrava fotos e divulgava nas redes sociais.
Glendy Raphaelly, 15 anos, cursando o 1º ano do ensino médio, acompanhou com interesse as explicações da tecnologista, Carla Prieto, especialista na área de geodinâmica na Sala de Situação. “Achei importante conhecer o sistema de monitoramento de risco de desastres”, afirma a estudante que se inscreveu no evento. “Chamou minha atenção os telões com imagens de satélite, a tela que mostrava raios e a explicação sobre e o risco de estar nas cachoeiras, no período de chuvas.”, citando o fenômeno “cabeças d’água”.
Outro monitor, Miguel Junqueira, 17 anos, estudante do 3º ano do ensino médio, acompanhava os participantes das oficinas e jogos sobre prevenção e riscos de desastres. “Os jogos dão uma oportunidade de aprendizagem e uma bagagem cultural na temática de desastres. É interessante obter o conhecimento das causas dos desastres ambientais, ajudando muito na participação ativa para a prevenção”.
“Na participação do jogo ‘Trilha do Risco’ observamos as várias regiões do Brasil, com suas características ambientais e de risco. Ajudou muito a lembrar dos estudos sobre as regiões brasileiras e, agora, acrescentados dos tipos de desastres”, afirma Joyce Faria, de 15 anos, cursando o 1º ano do ensino médio da rede pública. Da mesma turma e idade, Pedro Silva fez questão de dar sua opinião sobre a participação no jogo educativo: “Pudemos saber o que fazer e como ajudar na prevenção de risco, bem como o valor da preservação ambiental.” Mesma opinião de Thifany Queiroz, 15 anos, 1º ano do ensino médio: “Gostei muito da oficina e dos jogos. Interessantes explicações sobre desastres e como agir na prevenção de risco”
Oficinas “Desastres em Jogos”
Antes de receber as escolas, a equipe do Cemaden Educação fez um rápido treinamento com os monitores disponibilizados pelo evento, informa o pesquisador da equipe do Cemaden Educação, Antonio Fernando Guerra: “Foi muito gratificante observar o interesse e motivação desses monitores e monitoras na apresentação e execução dos jogos.”, afirma o pesquisador. Explicaram com entusiasmo, conhecimento e competência os jogos aos estudantes das escolas visitantes e do público em geral. Foram Jovens ensinando jovens, e também os adultos.”, complementa.
Das escolas visitantes por agendamento, o Cemaden recebeu cerca de 150 estudantes, além dos professores(as) que acompanhavam os alunos.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden realiza Conferência Livre sobre estratégias em C&T no contexto de monitoramento e alertas de desastres
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizará, no dia 11 de abril, uma Conferência Livre para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento tem como tema "Eventos Extremos no Contexto de Monitoramento e Alertas de Desastres: Estratégias em C&T para o Brasil". O objetivo das conferências livres para a 5ª CNCTI é abordar temas, perspectivas e desafios para enriquecer a pauta da Conferência Nacional e contribuir para o aprimoramento de políticas públicas, tendo a ciência e a tecnologia como aliadas.
A 5ª Conferência Nacional de CT&I está marcada para os dias 4, 5 e 6 de junho. Até lá, uma série de reuniões e conferências preparatórias vão acontecer pelo Brasil.
A Conferência Livre do Cemaden será híbrida (presencial e online). Para participar, basta fazer a inscrição pelo formulário disponível em https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScMo-7nahDG-TwG3XopGbF0eLxs21esrVxzKQoyMEr3RG-YhA/viewform?pli=1
O evento será transmitido pelo canal do YouTube da Reunião de Impactos do Cemaden: https://www.youtube.com/@reuniaodeimpactoscemaden
Confira a programação do evento:
Ascom/Cemaden
Cemaden amplia a lista de municípios monitorados, de 1038 para 1133
A partir de hoje (26/3), mais 95 municípios passam a ser monitorados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), somando-se aos atuais 1.038.
Esses novos municípios integram a lista considerada prioritária pela Casa Civil da Presidência da República, atualizada em 2023, e já contam com mapeamentos das áreas de riscos e pluviômetros para monitoramento das chuvas.
Desde 2011, quando foi criado, o Cemaden realiza o monitoramento de municípios considerados prioritários em razão de riscos de movimentos de massa e riscos hidrológicos. Os alertas de desastres elaborados pelo Cemaden são enviados imediatamente após suas emissões para as defesas civis dos municípios alertados, concomitantemente com o envio para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), que também os retransmite para os órgãos estaduais e municipais de Defesa Civil.
Acesse a lista dos 1038 municípios monitorados
Pesquisadoras(es) do Cemaden realizam oficinas de capacitação para comunidade e estudantes do Pará
Oficinas com material didático, informações técnico-científicas e capacitação para monitoramento das ameaças de fogo e secas na Amazônia foram as variadas atividades desenvolvidas pelos(as) pesquisadores(as) do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em escolas de três polos da rede pública da região da Floresta Nacional de Tapajós (Pará) e na Universidade Federal do Oeste do Pará. destinada à comunidade da região de Santarém (PA),
As atividades foram desenvolvidas pelos(as) pesquisadores(as) do Cemaden, vinculados aos projetos “Vozes em Recuperação”(apoio Fapesp) e “Rede Pantanal de pesquisa” (apoio MCTI), liderados pela pesquisadora Liana Anderson, durante uma missão de campo em Santarém e Belterra, na Floresta Nacional do Tapajós (Flona Tapajós) e na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), entre os dias 05 e 07 de dezembro de 2023.
Plataforma SEM-FLAMA para monitoramento de queimadas e incêndios florestais
Na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), a oficina contou com a participação de estudantes, brigadistas, pesquisadores/as, professores/as, indígenas e quilombolas. Houve uma etapa de capacitação e avaliação da Plataforma on-line SEM-FLAMA, desenvolvida pelos pesquisadores do Cemaden, João dos Reis e Liana Anderson. Essa plataforma é utilizada para o monitoramento e gestão do risco de queimadas e incêndios florestais nas Unidades de Conservação Flona Tapajós e Resex Tapajós-Arapiuns. A plataforma pode ser acessada via este link: http://terrama.cemaden.gov.br/griif/semflama/monitor/
Metodologias aplicadas aos alunos do ensino fundamental incentivaram a discussões sobre a problemática do fogo
Na Floresta Nacional do Tapajós (Flona Tapajós), as(os) pesquisadoras(es) realizaram oficinas com professores(as) e estudantes das escolas Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Polo Maguari), Santa Terezinha (Polo Piquiatuba) e Santa Filomena (Polo Prainha). As (os) pesquisadoras(es) do Cemaden estiveram na região do Tapajós, realizando oficina técnico científica nas escolas polo da região da Flona, onde abordaram o tema: ameaças socioambientais na Amazônia, juntamente com os alunos de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, servidores das escolas e representantes das comunidades.
Os(as) estudantes realizaram um diagnóstico dos problemas ambientais, utilizando a metodologia de cartografia social, dando oportunidade de expressarem suas visões sobre a problemática do fogo, com apoio de um trabalho com histórias em quadrinhos.
Junto aos professores, foi realizada uma oficina de capacitação para o uso do material didático “É fogo - Amazônia”, que apresenta um referencial teórico e metodologias para trabalhar a temática de incêndios com estudantes e comunidades. Link para acesso ao livro “É fogo!”: https://efogo.weebly.com/
Avaliação das atividades desenvolvidas
“Nessa missão de campo, tivemos a oportunidade de fazer reflexões e trabalhar ferramentas tecnológicas e educacionais junto a diversos atores sociais. Em parcerias, podemos pensar em estratégias de enfrentamento das múltiplas ameaças socioambientais.”, afirma a pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson. A pesquisadora destacou que as ameaças são variadas: “desde os incêndios florestais, como os que estavam ocorrendo na região durante o período da visita, até os aprendizados sobre a Covid-19.”, complementa.
Para Bruno Delano Chaves do Nafirascimento “Na gestão da Flona Tapajós, as ações e parceria com Cemaden e pesquisadores parceiros são fundamentais para o enfrentamento das situações da crise climática.”, destacando, principalmente, as pessoas e comunidades tradicionais, que foram e são impactadas por estes eventos, sendo comunidades vulneráveis. Explica a importância da compreensão sobre o impacto destes extremos de clima na vida das pessoas. “Precisamos pensar as estratégias para enfrentar este tipo de problema que está cada vez mais frequente.” , afirma Bruno Delano. “Uma família que depende do rio para a pesca ou para seu descolamento, tem sua vida extremamente impactada. Como exemplo, quando o rio seca, caso que ocorreu no ano passado, associado ao El Niño 2023/2024.”
Da mesma forma, Bruno Delano lembra as áreas de floresta que são atingidas por incêndios florestais. “São locais onde as comunidades vulneráveis retiram o recurso para sua subsistência, como caça, resinas, recursos não-madeireiros. Por isso, essa parceria com Cemaden é muito importante para pensarmos ações futuras para a conservação e sustentabilidade da vida nesta região”.
João Romano, coordenador geral da Brigada de Alter do Chão: “A oficina técnico-científica que participamos, em Santarém, foi muito importante. Pudemos, por meio de dinâmicas de grupos, compartilhar sobre as lacunas que existem na região sobre os incêndios florestais. A interação entre pesquisadores, estudantes e gestores junto a nós - que atuamos na ponta como brigadistas - foi muito proveitosa para pensarmos em desafios e estratégias para lidar com essa temática.”
“Vale ressaltar a importância desse diálogo durante a expedição, uma vez que as comunidades ribeirinhas vivenciaram, no ano de 2023, uma das piores secas já sentidas localmente”, afirma Aracy Lisboa, técnica da Secretaria Municipal de Educação de Belterra, coordenadora da Região Tapajós. Informou que a seca ocasionou a perda de roças, seca dos igarapés, morte de muitas espécies de peixes, além dos incêndios causados pela estiagem no período do verão amazônico. “É importante essa parceria com a escola, no sentido de possibilitar o contato com as questões ambientais desde a infância, a fim de formar verdadeiros educadores ambientais.", afirma a educadora.
O Relatório de Campo na íntegra sobre as atividades desenvolvidas no Pará pode ser acessado pelo link:
http://urlib.net/ibi/8JMKD3MGP3W34T/4APNJ9E
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden receberá informações da rede de estações meteorológicas de São José dos Campos para integração ao SALVAR
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) assinou ontem (14/3) um protocolo de intenções com a Prefeitura de São José dos Campos, SP, com o objetivo de conjugar esforços em integrar ações vinculadas à prevenção e monitoramento de riscos de desastres no município. Nesse contexto, inclui-se a integração das informações e dados gerados pelas 35 estações meteorológicas instaladas na cidade, por empresa contratada pelo município, ao Sistema de Alertas e Visualização de Áreas de Risco – SALVAR, do Cemaden/MCTI.
As estações foram instaladas em pontos estratégicos, em áreas consideradas sensíveis ou de riscos de deslizamentos de terra, enxurradas e inundações. Os dados são disponibilizados à Defesa Civil, por meio do CSI – Centro de Segurança e Tecnologia da Prefeitura Municipal.
"Essa parceria é muito importante para o município, pois possibilitará compartilharmos as informações do nosso sistema com o Cemaden, que detém a competência e a expertise para fazer a leitura correta dos dados e repassar à Defesa Civil", afirmou o prefeito Anderson Farias.
O secretário de Proteção ao Cidadão, Bruno Henrique dos Santos, afirmou que o compartilhamento de informações e tecnologias entre as plataformas e a infraestrutura da Prefeitura com o Cemaden irá melhorar a qualidade do atendimento à população. "Sem dúvida, essa união facilitará o trabalho preventivo dos agentes da Defesa Civil, que terão acesso a informações mais precisas gerando, principalmente, uma assistência mais imediata à população, melhorando a prevenção e preservando vidas."
Para a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, a cooperação vem se somar ao escopo do governo federal visando o aprimoramento contínuo da gestão de riscos e dos mecanismos de respostas a desastres. "O compartilhamento e a integração de informações e dados, conforme priorizado na parceria do Cemaden com a Prefeitura de São José dos Campos, contribuirão para melhorar o monitoramento e a emissão de alertas, assim como reforçam o comprometimento do município com a divisão de responsabilidades na gestão de riscos de desastres, afirmou."
A coordenadora de Relações institucionais, Ana Paula Cunha, ressaltou também a importância de se manter uma comunicação de risco adequada, com linguagem acessível aos diferentes públicos, bem como ações de educação para aumento da percepção de riscos. "Nos últimos anos houve avanços com ações do programa Cemaden Educação, que poderá contribuir com os Núcleos de Proteção e Defesa Civil - NUPDECs criados no município para novos avanços na gestão de riscos."
Cemaden participa do Science Days com visitas, palestras e oficinas
Nesta quinta e sexta-feira (14 e 15), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) participa da 7ª edição do Science Days 2024, no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (SP), onde está sediado o Cemaden.
Promovido pelo Instituto Alpha Lumen, em conjunto com a The Michaelis Foundation For Global Education, a programação deste ano terá novamente diversos conteúdos relevantes para a formação técnico-científica dos visitantes, além de oficinas, palestras, shows e mostras de ciências e tecnologias, interações e experimentações, atividades com realidade virtual entre tantas outras.
Programação do Cemaden no Science Days
Desde 2019, o Cemaden participa do Science Days. Neste ano, a novidade é a oficina “Desastres em Jogos”, que será oferecida aos jovens estudantes da rede pública inscritos no evento, com as atividades coordenadas pela equipe de pesquisadores(as) do Programa Cemaden Educação.
Os Jogos “Trilha do Risco”, “Mini Trunfo” e “Quem” possibilitam o conhecimento dos participantes sobre os riscos de desastres geo-hidrológicos, bem como a prevenção e redução desses riscos, dentro de temáticas como resiliência, mudanças climáticas e sustentabilidade. Oito estudantes do ensino médio, integrantes do Projeto Escola Alpha Lumen, atuarão como monitores nas atividades desenvolvidas pela equipe do Cemaden.
Além dessas oficinas, na programação do Cemaden estão inclusas visitas da Área de Visualização da Sala de Situação, onde se faz o monitoramento das áreas de riscos de desastres em todo o território brasileiro (atualmente, monitorados pelo Cemaden 1.038 municípios com áreas de risco).
Nas palestras, que serão realizadas no Auditório do Cemaden, os estudantes terão a oportunidade de conhecer a missão e as atividades desenvolvidas pela instituição. Também haverá a explicação do processo de monitoramento e emissão de alertas de risco de desastres.
O que é o evento Science Days
O Science Days acontece em São José dos Campos eSorocaba (SP), além de Belo Horizonte(MG) ao longo do mês de março inspirado no Dia do Espaço, que acontece, periodicamente, na Flórida (EUA). O evento visa abrir portas e expor oportunidades, além de despertar vocações, em crianças, jovens e para conhecimento do público em geral, nas áreas STEM – Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática ( em inglês, Science, Technology, Enginnering and Mathematics).
Desde 2017, o evento já impactou mais de 40 mil estudantes de aproximadamente 300 escolas, entre públicas e particulares, originárias de 10 cidades da região do Vale do Paraíba, Litoral Norte e sul de Minas Gerais.
Estudantes, professores e escolas interessadas podem se inscrever de maneira totalmente gratuita na página do Sympla, evento Science Days pelo link :https://www.sympla.com.br/evento/vii-science-days-2024/2364740.
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisador do Cemaden apresenta experiências e a meteorologia da expedição de veleiro do Brasil à Antártica
Foram 70 dias de duração da expedição do veleiro polar Endurance 64, saindo do Brasil, do porto de Santos (SP), no dia 25 de novembro de 2023, chegando à Antártica no dia 31 de janeiro deste ano. Chuvas fortes, ondas intensas, formação de ciclone e ventos de 80 km/hora, entre imprevistos técnicos, mas também com supreendentes vistas da natureza. A viagem foi relatada pelo pesquisador e meteorologista Giovanni Dolif, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável pela Meteorologia da expedição.
A palestra do meteorologista ocorreu no auditório do Cemaden e transmitido pelo YouTube Série de Debates do Cemaden, na última quinta-feira (7).
No cronograma do roteiro foi previsto realizar o percurso do Guarujá (SP) e chegar a Ushuaia no Natal (25 de dezembro); de Ushuaia à Antártica (Ilhas Falklands) do dia 1º de janeiro até o final de janeiro e o retorno da saída de Falklands até o Guarujá, do início até o final de fevereiro.
Dolif contou os momentos mais tensos com o clima. Cita o período dos dias de chuva até Florianópolis (SP). “A partir daí, o tempo ‘abriu’. Nesse momento, o veleiro foi seguido por muitos golfinhos de várias espécies”. Em Mar del Plata entraram na zona de formação de ciclone, chamado ciclogênese, ou seja, a ocorrência de vários processos diferentes no clima, que resultam no desenvolvimento de algum ciclone.
Contou sobre o momento importante na gestão da meteorologia durante a travessia do Estreito de Le Maire, no extremo sul do continente, onde existem correntes muito fortes. Falou sobre a utilização das tecnologias. “O uso do software para identificação das correntes de ventos e correntes marítimas foi importante para acompanhar o momento de sincronização. Elas deveriam estar na mesma direção e com as intensidades leves.”
O meteorologista também utilizou um aplicativo de celular que permite identificar os barcos e navios mais próximos. “É como o ‘transponder’ de identificação das aeronaves, só que voltado na identificação dos navios, barcos e veleiros, que estão no entorno”.
Mas o momento mais preocupante foi a travessia do Estreito de Drake, no final da América do Sul, onde se encontram os Oceanos Pacífico e Atlântico. “Muitas correntes marítimas, tempo ruim, muitas baixas, frentes frias que formavam vários sistemas de ondas”.
O pesquisador Giovanni Dolif informou que foram feitos registros fotográficos e também o registro de imagens para a produção do documentário da expedição. Para o registro foram usados câmeras digitais, drones, câmeras 360º e minissubmarino.
A palestra na íntegra do pesquisador e meteorologista do Cemaden, Giovanni Dolif, bem como as fotos e vídeos apresentados da “Expedição de veleiro polar do Brasil até a Antártica”, podem ser acessadas pelo Canal do YouTube Série de Debates Cemaden, no link:
https://www.youtube.com/live/gGwPGiyNx90?feature=shared
Fonte: Ascom/Cemaden
Fenômeno La Niña deve substituir El Niño no segundo semestre de 2024
Uma Nota Técnica divulgada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais no dia 6 de março (NOTA TÉCNICA Nº 105/2024/SEI-CEMADEN) afirma que é muito provável o desenvolvimento de um fenômeno La Niña na segunda metade de 2024. Atualmente (março de 2024), verifica-se um fenômeno El Niño com intensidade moderada, mas que se encontra em fase de rápido enfraquecimento, segundo o Cemaden.
A Nota Técnica explica os aspectos mais relevantes do La Niña para o Brasil, incluindo suas diferentes variantes, e analisa os principais impactos esperados nas regiões do país (precipitação, temperatura), nos recursos hídricos, na produtividade agrícola, nas cidades (desastres hidro-geodinâmicos) e na saúde humana.
Muitos dos resultados foram obtidos considerando-se cenários construídos a partir de “anos análogos”, ou seja, de anos em que houve uma rápida transição de uma situação de El Niño para uma de La Niña, como provavelmente irá ocorrer nos próximos meses. Os principais resultados focam o período setembro/2024 – fevereiro/2025, quando deve ocorrer a próxima quadra chuvosa na maior parte do Brasil, provavelmente sob as condições de La Niña.
Em relação à precipitação e temperatura, a análise indica que o cenário mais provável é o de chuvas acima da média no estado do Amapá e entre Minas Gerais e a Bahia, e de chuvas abaixo da média histórica na Região Sul, durante a primavera. Nesse período se esperam temperaturas inferiores aos valores médios na Região Sul e em parte da Região Sudeste, assim como no Amapá, em razão da maior precipitação.
No próximo verão, a situação mais provável é de precipitações superiores à média no extremo norte do Brasil e de temperaturas inferiores ao normal em parte das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Há também chance de haver temperaturas superiores à média em parte do leste da Região Nordeste.
Os resultados poderão variar quando o fenômeno efetivamente estiver iniciado, razão pela qual o CEMADEN/MCTI estará acompanhando constantemente as previsões disponibilizadas pelos principais centros mundiais.
O que é o La Niña
O La Niña é um fenômeno atmosférico-oceânico complexo, que envolve mudanças em diferentes aspectos do clima. Uma das características mais evidentes associadas à ocorrência do fenômeno La Niña consiste no resfriamento anormal em uma vasta extensão do Oceano Pacífico Tropical, especialmente na região central e no centro-leste deste oceano, incluindo a região costeira do Equador e do Peru. O resfriamento ocorre somente nas camadas mais superficiais do oceano, até aproximadamente 100 metros de profundidade.
O La Niña faz parte de um ciclo natural mais amplo, conhecido como El Niño-Oscilação Sul, e que inclui estados de aquecimento (El Niño), condições neutras e de resfriamento (La Niña) do Oceano Pacífico Tropical. Uma La Niña pode ressurgir em intervalos de tempo que variam de 2 a 7 anos. O episódio mais recente registrado perdurou de julho de 2020 a fevereiro de 2023.
Trata-se de um importante fenômeno devido às suas vastas dimensões espaciais e temporais. No contexto da escala espacial, ele tem potencial para alterar os regimes de chuvas e de temperaturas em várias partes do planeta, inclusive no Brasil. Pelo fato da atmosfera cobrir toda a superfície do planeta, o resfriamento anômalo que ocorre no Pacífico Tropical durante episódios de La Niña não fica confinado somente nesta região. Este desbalanço altera o regime de ventos predominantes na atmosfera, bem como afeta regiões a milhares de quilômetros de distância. Além disso, um episódio de La Niña pode durar meses ou até mesmo anos, o que potencializa seus efeitos, em razão da sua longa permanência. O La Niña pode modular os padrões regionais do clima no Brasil, aumentando as chances de chuvas acima da média nas Regiões Nordeste e Norte do país e propiciando chuvas escassas na Região Sul.
Acesse a Nota Técnica na íntegra no link abaixo.
Ações práticas e treinamento de prevenção de desastres salvam vidas em Pernambuco
Após quatro meses de treinamento e práticas educacionais - com conhecimentos sobre monitoramento, prevenção e redução de desastres - estudantes da comunidade do Retiro - no município de Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife (PE)- adotaram ações preventivas e foram capazes de orientar a evacuação dos vizinhos que viviam em regiões sujeitas a deslizamentos, durante as chuvas intensas de 2022.
O treinamento e práticas educacionais foram dados pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (Nupdec), com apoio da Defesa Civil Municipal de Jaboatão dos Guararapes.
As ações e atividades do estudante Aléxys Gabriel Ferreira, então com 16 anos, foram relatados na Pública – agência de jornalismo investigativo. Na reportagem sobre educação climática, eventos extremos e mudanças climáticas, mostraram o trabalho da aplicação dos conhecimentos adquiridos em treinamento e práticas educacionais do Cemaden Educação, utilizando pluviômetro artesanal feito de garrafa pet.
O Jornal Pública relata que o estudante avisou e conseguiu remover oito famílias da área de risco. Mais tarde, cerca de cinco casas desabaram no entorno. Em três dias, o acumulado de chuva foi de 359,4 mm, superior ao esperado para o mês de maio inteiro.
As orientações recebidas sobre monitoramento das chuvas e prevenção de risco foi a partir do Projeto Dados à Prova D’Água. Idealizada pelo Cemaden Educação em colaboração com universidades do Brasil, Alemanha e Reino Unido, a iniciativa fomenta a instalação de pluviômetros artesanais de garrafa pet para medir o volume das chuvas. O projeto possui um aplicativo que reúne as informações coletadas em todos os pluviômetros da rede, compondo um banco de dados de precipitação.
Premiado pelo Conselho de Pesquisa Econômica e Social do Reino Unido, o Projeto Dados à Prova D’Água é uma das atividades desenvolvidas pelo Cemaden Educação, programa que atua em atividades e ações de redução de risco de desastres, desde 2014.
A coordenadora Rachel Trajber explica que a missão do programa é fomentar a criação de comunidades escolares sustentáveis e resilientes: “Cada escola que faz parte da nossa rede se transforma em um Cemaden microlocal, como um pequeno instituto de pesquisa que trabalha com a ciência cidadã, faz o monitoramento e dá alertas para prevenção de risco de desastres”.
Os vários relatos, depoimentos e ações de prevenção e redução de risco de desastres podem ser acessados na matéria divulgada pela Pública, no link abaixo:
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Pública- agência de jornalismo investigativo
Carlos Nobre é homenageado pelo trabalho científico e alertas sobre as mudanças climáticas
A Câmara Municipal de São José dos Campos realizou a cerimônia de entrega da medalha Mérito Ambiental Chico Mendes ao cientista Carlos Afonso Nobre, em sessão solene realizada na Câmara Municipal, nesta quarta-feira (6). A honraria foi concedida após a aprovação do decreto legislativo 44/2023, de autoria da vereadora Dulce Rita.
Idealizador da criação, em 2011, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), e ex-diretor dessa unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre foi homenageado como uma das principais vozes dos problemas ambientais, aquecimento global, sendo referência nacional e internacional na defesa da Amazônia.
Seus trabalhos científicos estão relacionados com biosfera-atmosfera, modelagem climática, meteorologia tropical, mudanças climáticas, mudanças ambientais globais, Amazônia; desastres naturais e desenvolvimento sustentável.
Conforme a justificativa do projeto , além de desempenhar funções em cargos públicos, acadêmicos e institucionais (nacional e internacional) é autor ou coautor de mais de 250 artigos científicos (196), livros (9) e capítulos de livros (58) que receberam mais de 21.935 citações na literatura científica no Web of Science (índice h = 83; novembro de 2023) e 42.474 citações no Google Scholar (índice h = 91; novembro de 2023).
O homenageado já recebeu dezenas honrarias nacionais e internacionais pelo seu trabalho científico, entre elas a Ordem do Mérito Científico e Medalha Grã-Cruz da Ordem do Mérito Científico, ambos no Brasil, além de ser membro titular da Academia Brasileira de Ciências.
Entre as autoridades de instituições científicas e acadêmicas, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, participou da sessão solene na Câmara Municipal de São José dos Campos.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Ascom/CMSJC (Fotos Flávio Pereira/CMSJC)
Censipam se reúne com Cemaden para tratar sobre monitoramento hidrológico da Amazônia Legal
Com o objetivo de fortalecer o monitoramento, principalmente hidrológico, na Região Amazônica, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia Legal (Censipam) se reuniu com Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - em São José dos Campos (SP), durante três dias (5 a 7). A programação da reunião técnica contou com apresentações institucionais, dos sistemas de monitoramento de cada instituição e de projetos pesquisas do Cemaden.
Os pesquisadores do Censipam, Flávio Augusto Altieri, coordenador operacional de Hidrologia e o meteorologista Edson Rocha foram recepcionados pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá.
Do Cemaden, também participaram na abertura da reunião a organizadora do evento, pesquisadora e hidróloga Rochane Caram, as pesquisadora Silvia Saito e hidróloga Adriana Cuartas, além de pesquisadores(as) da área de Hidrologia. O evento teve o apoio de Selma Flores, analista em ciência e tecnologia, das Relações Institucionais do Cemaden, que participou com informações sobre os procedimentos para o acordo de cooperação.
No período da manhã, do primeiro dia, as instituições fizeram a apresentação institucional e do sistema de monitoramento. O coordenador operacional de Hidrologia do Censipam, Flávio Altieri, mostrou a importância do acordo de cooperação com o Cemaden, para aprimorar e ampliação das atividades de monitoramento na região amazônica. Atualmente, o Censipam faz a coleta e armazenamento de dos dinâmicos e estáticos (estes referentes a espacialização geográfica dos dados dinâmicos e análise). “Os eventos severos e meteorológicos têm muitas dimensões. A concepção de ferramentas integradas possibilitará ter diversas visões da ocorrência do evento”, afirma Altieri.
Na parte da tarde de quarta e na quinta-feira, foram dadas as continuações das apresentações de pesquisas, produtos e modelagens realizados pelo Cemaden, onde puderam compartilhar conhecimentos e possibilidades de parcerias de trabalho.
Programação: Visita do Censipam ao Cemaden
05 a 07/03/2024
05/03 - manhã
9:00h- Apresentação institucional Cemaden (Regina Alvalá)
9:30h- Apresentação institucional Censipam
10:00h- Definição do instrumento e procedimentos para o acordo de
cooperação(Selma Flores)
10:30 h - Mapeamento de inundação através de modelagem hidrodinâmica(Larissa Antunes)
05/03 - tarde Apresentações de projetos – Cemaden
13:30 h - Secas e seus impactos nos recursos hídricos (Adriana Cuartas)
14:00 h – Previsão Hidrológica no SALVAR em diversas bacias brasileiras
(Rochane Caram / Laryrson Gonçalves / Pamela Melo / Javier Tomasella)
14:30 h – Populações vulneráveis em áreas de risco: resultados da parceria
Cemaden/IBGE (Silvia Saito)
15:00 h - Sistema de Previsão Hidrológico para a Bacia Amazônica (Marcio
Moraes)
06/03 - manhã
9:00h- Rede de Monitoramento do Cemaden (Engenharia)
9:20h– Acesso ao banco de dados das estações hidrometeorológicas (Eduardo Luz)
9:40h– Monitoramento e Avaliação de Impactos de Secas (Ana Paula
Cunha)
10:00h- Visita a Sala de Operação do Cemaden (Leandro Casagrande)
11:00h-Discussão sobre os planos de trabalho
06/03 - tarde
13:00 h - Discussão sobre os planos de trabalho
07/03 - reuniões específicas
Censipam
O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam - órgão do Ministério da Defesa - integra informações e gera conhecimento atualizado para articulação, planejamento e coordenação de ações globais de governo na Amazônia Legal e na Amazônia Azul, em prol da proteção ambiental e do desenvolvimento sustentável das duas regiões.
Utilizando dados gerados por uma infraestrutura tecnológica composta por subsistemas integrados de sensoriamento remoto, radares e estações meteorológicas, e plataformas de coleta de dados, o Censipam promove o monitoramento da floresta amazônica, do espaço marítimo brasileiro e de outras áreas de interesse, produzindo informações em tempo próximo ao real. Essas informações subsidiam ações conjuntas de vários órgãos que atuam nas duas Amazônias, nas esferas federal, estadual e municipal, permitindo o funcionamento articulado e integrado dessas instituições em todas as suas instâncias. O Censipam é composto por três centros regionais: Manaus (AM), Belém (PA) e Porto Velho (RO). Cada centro regional tem uma área de abrangência no monitoramento da Amazônia Legal.
A Amazônia Legal é uma designação geográfica e administrativa que inclui áreas que vão além da floresta tropical em si. Ela compreende nove estados brasileiros e parte dos estados do Amapá, Maranhão e Tocantins. Estes estados são: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Piauí.
Já a Amazônia Azul, conforme a Marinha Brasileira, é a região que compreende a superfície do mar, águas sobrejacantes ao leito do mar, solo e subsolo marinhos, contidos na extensão atlântica, que se projeta a partir do litoral até o limite exterior da Plataforma Continental brasileira.
Fonte: Ascom/Cemaden
Publicado o resultado de seleção para Bolsa de pesquisa no Projeto Cemaden-IBGE
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - publicou o resultado do processo simplificado para seleção de um bolsista de pesquisa do Projeto ‘Caracterização sociodemográfica de populações vulneráveis a desastres naturais no território brasileiro”, entre Cemaden e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
A Bolsa será operacionalizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na modalidade DTI-B. A vigência é de seis (06) meses, prorrogável por igual período.
O resultado e lista de candidatos aprovados por ordem de classificação estão no site do Cemaden (https://www.gov.br/cemaden/pt-br), acessando pelo link de Editais de Bolsas DTI - https://www.gov.br/cemaden/pt-br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-contratos-1/editais-de-bolsas
Ou direto no link : DTI — Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden/MCTI (www.gov.br)
Fonte: Ascom/Cemaden
Especialistas do Brasil, Paraguai e Uruguai discutem a aplicação da I.A. no monitoramento hidrológico
Com o objetivo de promover a troca de conhecimentos e experiências sobre as aplicações e inovações em modelagem hidrológica com o uso da Inteligência Artificial (I.A.), especialistas do Brasil, Paraguai e Uruguai se reuniram, nesta segunda-feira (26), em workshop on-line.
Na programação, foram realizadas palestras e debates, abordando temas como a integração de dados geoespaciais, modelagem de riscos de inundação e previsão de eventos extremos.
O evento foi organizado pelos pesquisadores César Arturo S. Peña, do projeto "iFAST - Intelligent Flood Alert Surveillance Tools" e Leonardo Bacelar L. Santos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Contemplado na Linha 1 da Chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), o pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos, é coordenador do Projeto “Ifast – Intelligent Flood Alert Surveillance Tools” , que envolve o desenvolvimento de ferramentas baseadas em inteligência artificial, para o monitoramento e alertas de inundações. O foco da equipe do projeto são bacias de resposta rápida, processos como enxurradas e alagamentos urbanos, que são de difícil previsibilidade, mas que têm grandes impactos associados a eles.
“A hidrologia não tem fronteiras. Há cursos d’água que nascem no Brasil e fluem para o Paraguai e Uruguai. Temos que abordar as questões hídricas de maneira eficaz”, afirma Santos.
Durante o workshop, os participantes tiveram a oportunidade de discutir e compartilhar resultados sobre o desenvolvimento de técnicas de modelagem hidrológica, com foco no uso de inteligência artificial para prever a ocorrência e mitigar os impactos de inundações.
“A diversidade de perspectivas e experiências dos palestrantes enriqueceram as discussões, contribuindo para fortalecer o cooperativismo científico internacional.”, destaca Santos, pesquisador do Cemaden.
O projeto prevê o desenvolvimento de ferramentas para previsão hidrológica e para simulação de impactos, envolvendo desde vidas humanas à infraestrutura de transporte e mobilidade urbana. Os pesquisadores do Projeto “Ifast – Intelligent Flood Alert Surveillance Tools planejam realizar mais eventos para discutir as ferramentas a serem desenvolvidas com usuários em potencial do próprio Cemaden e de outras instituições interessadas. A equipe do projeto é formada por mais de trinta pesquisadores, de diferentes instituições nacionais e internacionais e de áreas de formação diversas
Fonte: Ascom/Cemaden
O ano de 2023 foi marcado por temperaturas e secas extremas, aponta estudo do Cemaden
O estudo avaliando as temperaturas extremas combinadas com a seca no Brasil, no ano de 2023, feito pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – aponta que as temperaturas e secas extremas ocorreram (eventos compostos), principalmente, nos meses de novembro a dezembro, em grande parte do Brasil
De acordo com os dados da World Meteorological Organization (WMO) e a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), o ano de 2023 foi o ano mais quente desde que os registros globais começaram em 1850, com 1,18°C acima da média do século XX estabelecida em 13,9°C. Este valor é 0,15°C superior ao recorde anterior estabelecido em 2016. O fenômeno de El Nino se desenvolveu com intensidade em 2023, o que pode ter contribuído para os extremos de temperatura em grande parte do país
A análise consistiu em avaliar o índice de temperatura padronizado, assim como o simples cálculo de anomalias de temperatura para os 5700 municípios do Brasil. Os dados de temperatura são oriundos da base de dados gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e consideram dados de superfície combinados com estimativas de temperatura derivados por satélite.
De acordo com o Relatório do Clima de 2023 da NOAA, o El Nino pode ter contribuído para tal aquecimento anômalo, uma vez que durante anos de El Nino, as temperaturas globais tendem a ser mais quentes do que os anos neutros ou de La Niña.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre agosto e novembro de 2023 ocorreram seis ondas de calor
O estudo foi elaborado pela pesquisadora em secas, Ana Paula Cunha, coordenadora substituta de Relações Institucionais, e pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento. A pesquisa traz o registro do monitoramento da seca no Brasil e os impactos mais intensos nos recursos hídricos, risco de fogo e produção agrícola. Esses impactos são resultantes da seca combinadas com temperaturas extremas, chamado de evento composto seca-calor.
Abaixo da matéria, o link com o resumo do estudo “Avaliação de temperaturas extremas combinadas com a seca no ano de 2023”, que traz o acesso ao estudo de impactos incluso no Relatório de Monitoramento de Seca para o Brasil , além do link de acesso à Planilha dos Municípios com as anomalias de temperaturas.
Fonte: Ascom/Cemaden
Estudo sobre impactos socioambientais no Acre reúne pesquisadores em workshop no Cemaden
Pesquisadores brasileiros e britânicos estiveram reunidos na semana passada, nos dias 19 a 23 de fevereiro, em São José dos Campos (SP), na antiga Sala de Situação da sede Centro Nacional de Monitoramento e Alertas Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - para o Workshop sobre “Atribuição de eventos extremos e seus impactos”. Foi um total de 17 pesquisadores, entre participantes presenciais e on-line, interagindo com dados e estudos de cada instituição.
O objetivo do evento foi realizar estudos e análises dos impactos e eventos climáticos ocorridos no estado do Acre, entre o período de 2020-2023. Os resultados visam gerar evidências para planejamento estratégico e caminhos de adaptação frente à emergência climática que vivemos, possibilitando fornecer subsídios para elaboração de políticas públicas de prevenção e diminuição dos impactos socioambientais.
O evento faz parte do acordo entre os governos do Brasil e Reino Unido, com apoio do Newton Fund, no desenvolvimento de pesquisas avançadas pela Parceria Ciência para Serviços Climáticos no Brasil (CSSP-Brasil) entre instituições brasileiras e britânicas.
Organizado pelo Cemaden/MCTI - coordenado pela pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, da área de queimadas e incêndios florestais - o woekshop contou com apoio da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Oxford (Reino Unido) e pela agência climática britânica Met Office.
Participantes em diversas áreas de estudos
Os pesquisadores participantes do workshop eram das seguintes instituições: Cemaden, INPE, USP, UFRJ, Universidade de Oxford, Defesa Civil Estadual - Acre, Secretaria de Estado da Saúde - Acre, Sala de Situação - Secretaria do Estado do Meio Ambiente e MetOffice do Reino Unido.
Integrante da Defesa Civil do Acre e gestor de políticas públicas, Pedro Henrique Correia Teixeira trabalha nos estudos relacionados aos eventos extremos no estado, em queimadas e inundações. “Importante participar do workshop, tanto na contribuição que trouxemos com dados locais, como também na oportunidade de entender e aprender sobre os desafios, onde os impactos socioambientais são apresentados de forma metodológica.”, afirma Teixeira. Considera essencial a pesquisa para melhorar as ações no Acre, nos planos de contingência. “Esses estudos vão permitir criar produtos e elaborar estratégicas para a mitigação desses impactos à população, melhorando a qualidade de vida e o enfrentamento dos eventos extremos.”
Na área de Saúde Pública, o pesquisador Edvan Ferreira de Menezes, chefe de Vigilância de Saúde e Ambiente do Acre, trouxe dados epidemiológicos da região, para discutir os impactos das ondas de calor e enchentes e cruzar as informações de evolução de doenças na região. “Vamos cruzar os dados do Cemaden com os dados de picos de calor e enchentes com os nossos dados de número de doenças, internação hospitalar e consultas.”, afirma Menezes. Os resultados do cruzamento de dados possibilitam indicar uma previsão para os próximos anos. Isso permitirá ações de políticas públicas na Saúde, com previsão de recursos materiais e humanos, insumos pra atender a demanda dessa área.
Sobre o VIEWpoint Brasil
O VIEWpoint Brasil compartilha recursos para profissionais que tomam decisões relacionadas às mudanças climáticas por meio de demos, vídeos, notas explicativas, notas informativas e artigos em linguagem acessível. Os recursos são baseados no trabalho do projeto de pesquisa Parceria Ciência para Serviços Climáticos (CSSP, na sigla em inglês) Brasil, apoiado pelo Newton Fund do governo do Reino Unido. Produz conteúdo científico colaborativo fundamental para o desenvolvimento de serviços climáticos, que apoiam o desenvolvimento econômico resiliente ao clima e o bem-estar social.O VIEWpoint Brasil é oferecido pelo Instituto para Análises Ambientais (IEA, em inglês), com sede na Universidade de Reading, Reino Unido.
Fonte: Ascom/Cemaden
Especialistas em Meteorologia Aeronáutica realizam visita técnica ao Cemaden
Cinco sargentos especialistas em Meteorologia Aeronáutica da Divisão de Aeródromo da Base de Aviação de Taubaté, realizaram visita técnica, na última terça-feira (20,) ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) -unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- localizado no Parque de Inovação Tecnológica, em São José dos Campos (SP).
A solicitação da visita do comitê dos especialistas em Meteorologia Aeronáutica foi liderada pelo 1º Sgt. Leonardo de Mello Vasconcelos, chefe da Estação Meteorológica de Superfície (SBTA), da Divisão de Aeródromo da Base de Aviação de Taubaté.
Os visitantes foram recebidos pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, a qual recebeu o certificado de agradecimento pela visita técnica e compartilhamento das informações científicas do Cemaden.
Além das apresentações com informações institucionais e da missão de monitoramento e emissão de alertas e pesquisas científicas, os especialistas conheceram a Sala de Situação do Cemaden. Na ocasião, o coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden, meteorologista Marcelo Seluchi, mostrou todo o processo de monitoramento, áreas de risco, dados da rede observacional e dados meteorológicos, as análises e modelagens para a emissão de alertas de risco de desastres geo-hidrológicos. Os visitantes participaram com perguntas e esclarecimentos técnicos na área de Meteorologia.
“Ficamos impressionados com a profundidade do conhecimento técnico e científico em todas as áreas do Cemaden”, afirma o 1º Sgt. Leonardo de Mello Vasconcelos, chefe da Estação Meteorológica de Superfície. Informou que as apresentações foram esclarecedoras e proporcionaram uma visão abrangente das atividades, dos sistemas avançados e dos desafios enfrentados na prevenção e no monitoramento de desastres.
Entre as atividades da Divisão de Aeródromo da Base de Aviação de Taubaté está a coleta de informações técnicas da região, que são inseridas em um sistema de aviação, importantes às aeronaves em vôos nacionais e internacionais. “A visita ao Cemaden foi extremamente valiosa e terá um impacto positivo em nosso trabalho futuro.”, finaliza o chefe da Estação Meteorológica de Superfície.
Além do 1º Sargento Leonardo de Mello Vasconcelos, estiveram na visita técnica ao Cemaden os Sargentos : Eduardo Leal Andrade, Rodolfo Felipe de Oliveira, Renan de Almeida Gonçalves Pereira e Matheus Zacarias da Silva Rosa, todos especialistas em Meteorologia Aeronáutica, da Divisão de Aeródromo da Base de Aviação de Taubaté.
Participaram da reunião além da diretora do Cemaden, Regina Alvalá, do coordenador-geral de Operação e Modelagem, meteorologista Marcelo Seluchi também a coordenadora substituta de Relações Institucionais, pesquisadora Ana Paula Cunha. A programação da visita foi elaborada pela analista em C&T, Selma Flores, das Relações Institucionais do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto Vozes publica relatório sobre a troca de vivências e saberes com comunidades indígenas de Ubatuba (SP)
Com o objetivo de ouvir duas comunidades indígenas para conhecer patrimônio cultural, histórico e social e realizarem troca de informações, pesquisadores do Projeto Vozes de Recuperação visitaram duas aldeias indígenas Guarani Mbya, localizadas no município de Ubatuba (SP), região do Litoral Norte paulista.
A visita ocorreu em meados do ano passado, incluindo obter conhecimento do processo de enfrentamento e resistência durante a pandemia do Covid-19, além de entender as estratégias de enfrentamento, resistência e governança pós-pandemia do Covid-19.
Toda a experiência e intercâmbios de conhecimentos, viveres e saberes das comunidades indígenas estão registradas no Relatório Técnico Expedição de Campo para Comunidades Indígenas Guarani Mbya da Mata Atlântica.
“O projeto em desenvolvimento tem o objetivo de possíveis trocas de conhecimento científico e futuras parcerias investigativas no território, de forma a ampliar as vozes locais.”, explica a pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, coordenadora do Projeto Vozes-Brasil e coordenadora da elaboração do relatório.
Relatório e o projeto
As aldeias indígenas Guarani Mbya possuem aproximadamente 97% de sua área sobreposta pelo Parque Estadual da Serra do Mar, gerando conflitos em relação a suas práticas de uso e manejo de recursos naturais dentro de seu próprio território.
O relatório registra a visita, concluindo que as intervenções e processos de opressão vivenciados pelas comunidades indígenas são semelhantes, independentes da etnia e localidade. O processo de luta para demarcação e reconhecimento de seus territórios, estratégias de resistência e enfrentando múltiplas ameaças ambientais estão entre as questões enfrentadas pelas comunidades indígenas.
A equipe de pesquisadores identificou que a pandemia foi um período não só de apreensão, mas também de aprendizado e resgate sociocultural para as populações das aldeias visitadas. Entre os elementos positivos estão o resgate de saberes sobre os alimentos tradicionais e seu preparo. Ocorreu, também, um fortalecimento de trocas de alimentos e outros materiais, entre as comunidades indígenas e outras comunidades tradicionais da região.
Esse relatório faz parte do Projeto 'Voices of Recovery' (Vozes de Recuperação), uma parceria internacional entre: Pontificia Universidad Católica del Perú (Lima, Peru); Universidad de Caldas (Colômbia); Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) -ambas unidades de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação-MCTI - e Universidade Federal do Pará (Brasil); e a University of East Anglia (Reino Unido).
O projeto é apoiado no âmbito da Plataforma Transatlântica pelas seguintes organizações de financiamento: Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento (IDRC); Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MINCIÊNCIAS) e Fundo Francisco José de Caldas; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); e Conselho de Pesquisa em Artes e Humanidades (AHRC).
O Relatório Técnico Expedição de Campo para Comunidades Indígenas Guarani Mbya da Mata Atlântica pode ser acessado na íntegra pelo link:
http://urlib.net/8JMKD3MGP3W34T/4A5DB6P
Fonte: Ascom/Cemaden