Últimas notícias
Comitiva chinesa e de gestores de parques tecnológicos visitam o Cemaden
A visita ocorreu nesta segunda-feira (18), dentro da programação do Fórum Brasil-China de Parques Tecnológicos, que se realiza, em São José dos Campos, até o próximo dia 20 de julho.
A delegação chinesa, composta também por representantes do Ministério de Ciência e Tecnologia Chinês, gestores brasileiros de parques tecnológicos do país, e representantes brasileiros do governo municipal, estadual e federal visitaram as instalações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – conhecendo a Sala de Situação da sede de São José dos Campos (SP), no final desta tarde de segunda-feira.
A visita técnica fez parte da programação do Fórum Brasil-China de Parques Tecnológicos, que ocorrerá entre os dias 18 e 20 de julho, no Parque Tecnológico em São José dos Campos.
O coordenador-geral de Pesquisas e Desenvolvimento do Cemaden, Mário Mendiondo, explanou sobre a utilização da pesquisa, ciência e tecnologia para o monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres naturais, nos 957 municípios classificados como prioritários do território nacional, bem como a missão do Cemaden. A comitiva também visitou as instalações e algumas empresas sediadas nesse parque tecnológico.
Fórum Brasil-China de Parques Tecnológicos
O fórum é promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), para desenvolver as ações de parcerias científicas e cooperação para possíveis investimentos, previstas no Memorando de Entendimento assinado, em 2015, entre Brasil e China.
Na abordagem sobre os sistemas nacionais de inovação e as perspectivas para cooperação entre os dois países, o secretário-executivo substituto do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do governo federal, o coordenador-geral de Serviços Tecnológicos, Jorge Mario Campagnolo apresentou todos os instrumentos disponibilizados por vários ministérios do governo brasileiro para a articulação entre a ciência, tecnologia e inovação e a produção econômica.
“O grande desafio do Brasil é levar a boa produção científica das universidades e institutos de pesquisas para o mercado produtivo.”, enfatiza Campagnolo, lembrando as ações de cooperação científica, de projetos, capacitação científica de pós-doutorado e a possibilidade de lançamento de editais específicos para a cooperação entre Brasil e China, entre outras, que fazem parte do documento assinado, no ano passado, entre os dois países.
O secretário citou alguns exemplos que fomentam e dão prioridade ao desenvolvimento tecnológico e de inovação no Brasil, como a Emenda Constitucional N° 85 (de fevereiro de 2015), o Marco Tecnológico, a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapi) e a iniciativa da criação do Porto Digital, em Recife (PE), além de incentivo aos arranjos de “matchmaking” para as novas empresas de bases tecnológicas.
Entre as autoridades que visitaram o Cemaden, estavam : o diretor adjunto do Torch Center do Ministério da Ciência e Tecnologia da China, Duan Junhu; representante da Embaixada brasileira em Pequim, Romero Gonçalves Ferreira Maia Filho; o secretário-executivo substituto do MCTIC, Jorge Mario Campagnolo; o presidente da Anprotec, Jorge Luis Nicolas Audy e o diretor técnico e de Operações do Parque Tecnológico, Elso Alberti Júnior.
Relatório do Cemaden diagnostica e prevê impactos socioambientais decorrentes da seca no estado do Acre
A Seca e Impactos no Acre são analisados no Relatório, lançado ontem – e que será elaborado, quinzenalmente – pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Nesse boletim, estarão disponibilizados o diagnóstico da situação hidro-meteorológica e ambiental, as previsões sobre o panorama hídrico, e as perspectivas e impactos potenciais relacionados à situação da seca.
“Identificamos a necessidade de acompanhar com análises e previsões o fenômeno de seca no Acre e os seus impactos sociais e econômicos na região. Esses estudos são importantes para fornecerem subsídios na tomada de decisões dos gestores públicos.”, afirma o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, meteorologista Marcelo Seluchi, co-responsável pela elaboração do relatório.
A falta de chuvas e o baixo nível dos principais rios no estado do Acre estão provocando diversos impactos na região, como problemas de abastecimento de água para consumo, redução da produtividade agrícola ou pastoril, dificuldade de transporte por meio de hidrovias, além da proliferação de incêndios florestais, entre outros.
As chuvas foram deficientes desde meados de março de 2016, e, climatologicamente, o trimestre de junho a agosto configura o período mais seco do ano. As maiores precipitações estão previstas somente a partir de setembro. Portanto, não há expectativa de recuperação do quadro hídrico até o mês de setembro, embora possam ocorrer chuvas ocasionais, provocadas principalmente por passagens de sistemas frontais.
Efeitos dos fenômenos “El Niño e “La Niña”
Seluchi explica que a seca no Acre pode ser atribuída em parte à ocorrência do fenômeno “El Niño”, iniciado no outono de 2015. Esse fenômeno climático, atmosférico e oceânico, está associado ao aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico equatorial, o que está ligado a uma alteração nos ventos em boa parte do planeta e à alteração do regime de chuvas. No Brasil, o fenômeno costuma provocar um aumento das chuvas na Região Sul e a sua redução no extremo norte do país. O fenômeno “El Niño” encerrou no mês de junho, existindo atualmente a expectativa de desenvolvimento do fenômeno oposto, chamado do “La Niña”, provavelmente com intensidade fraca.
O fenômeno “La Niña”, associado ao esfriamento das águas do Oceano Pacífico, costuma provocar uma incidência maior de precipitações na região amazônica e sua diminuição na Região Sul.
“Hoje, tecnicamente, estamos em situação de neutralidade, mas existe a expectativa de desenvolvimento iminente do fenômeno de “La Niña”. Acompanharemos sua possível evolução, tanto no aumento da extensão do esfriamento das águas do Oceano Pacífico, como na intensidade das anomalias da temperatura do mar.”, enfatiza o meteorologista Marcelo Seluchi.
Entre os meses de julho a setembro, há mais de 60% de probabilidade de ter “La Niña” e menos 5% de ocorrer o fenômeno “El Niño”. Já para os meses de novembro de 2016 a janeiro de 2017, ou seja, na próxima estação chuvosa, a probabilidade de ocorrência do “La Niña” ascende a 75%. Contudo, a previsão climática sazonal para o trimestre Julho –Agosto-Setembro de 2016, elaborada pelo MCTIC, apresenta elevada incerteza. Sem previsão de melhoria, persiste o estado de alerta de baixa disponibilidade hídrica e consequentes impactos sócio-ambientais para o estado do Acre.
Cemaden discute parceria científica com centro de pesquisas europeu para sistema de alerta em escala continental e global
O intercâmbio entre Cemaden e Joint Research Centre (JRC) da Comissão Europeia está no âmbito da cooperação científica do Projeto de Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil, com o objetivo de ampliar as pesquisas e sistemas de monitoramento e alerta de desastres naturais, envolvendo as áreas interdisciplinares de geologia, hidrologia, meteorologia e desastres naturais.
Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, estiveram no Joint Research Centre da Comissão Europeia (JRC – EC), em Ispra, na Itália, para discutir estratégias de colaboração e intercâmbio de dados, informações e pesquisas relacionadas ao monitoramento e sistemas de alertas de desastres naturais.
As visitas e reuniões realizadas neste ano (em abril, junho e julho), entre o Cemaden e o JRC, visaram fomentar a colaboração continuada em projetos de pesquisas destinadas a desenvolver métodos inovadores, ferramentas e padrões para condições meteorológicas extremas e de impactos. Os sistemas de modelagem a serem desenvolvidos pelo JRC irão fornecer suporte técnico e científico para a previsão e redução de risco de desastres em escala global e continental.
Essas atividades de intercâmbio científico e de dados para monitoramento fazem parte do Projeto Diálogos Setoriais entre Brasil e União Europeia, onde o Cemaden está incluso no processo “Cooperação entre Brasil-Europa em Desastres Naturais”, denominado pelo código RISC0002, desde o ano de 2015.
Reuniões e intercâmbios científicos
O Cemaden e o Joint Research Centre (JRC) discutiram estudos de modelagem global e no território brasileiro, estabelecendo parcerias em projetos de pesquisa, publicações científicas e intercâmbio de experiências. Na reunião realizada em abril, foram abordados os estudos de previsão de eventos de inundação e seca, além da avaliação dos impactos , considerando os aspectos de vulnerabilidade, os quais compõem o sistema de alerta de inundação.
Os pesquisadores visitaram a sala de Gerenciamento de Crises (ECML), do Institute for the Protection and Security of the Citizen (IPSC) e ao Copernicus Emergency Management Service (EMS) para conhecer os produtos operacionais de gerenciamento de risco de desastres naturais do JRC.
“Esses institutos que integram o centro de pesquisas (JRC) têm um papel fundamental na produção de informações hidrometeorológicas para o apoio na tomada de decisão pela Comissão Europeia, referentes à gestão de desastres naturais e aos impactos das mudanças climáticas.”, afirma o pesquisador e hidrólogo do Cemaden, Conrado Rudorff. “Considerando a dimensão continental do território brasileiro, a metodologia desenvolvida pelo JRC para o continente europeu se adequa às características de escala e demanda de informações para tomada de decisões no Brasil. A parceria é de benefício mútuo e estratégico para nosso avanço em sistemas de gestão de riscos de desastres. ”, conclui o pesquisador do Cemaden.
Conrado explica, também, que o Brasil oferece boas características em termos de hidrogeografia, disponibilidade de dados e grupos de pesquisa para auxiliar na validação de modelos hidrológicos globais e desenvolvimento de métodos de análise de impacto de cheias.
Na visita mais recente, houve a participação do Cemaden na conferência anual do Global Flood Partnership (GFP), realizada no próprio JRC em Ispra, Itália. O objetivo do GFP é o de unir esforços no desenvolvimento de infraestrutura e sistemas de monitoramento por satélite, modelagem hidrológica e análise de impacto, visando melhorar a previsão e gestão de impactos de desastres de inundação em nível global. Foi apresentada a pesquisa intitulada “GloFAS como uma ferramenta de previsão de inundação em municípios da Bacia Amazônica”, trabalho científico do Cemaden, realizado em parceria com pesquisadores europeus, entre diversas apresentações científicas feitas pelos pesquisadores do GFP. O Cemaden fez, também, uma apresentação sobre o processo de monitoramento e alertas de riscos de desastres da Sala de Situação.
No ano passado, outros pesquisadores do Cemaden puderam discutir sobre pesquisas e monitoramento nas áreas agrometeorológicos e hidrológicos. Neste ano, participaram das reuniões, visitas e intercâmbios científicos os pesquisadores do Cemaden : o meteorologista Christopher Cunningham, o hidrólogo Conrado Rudorff além do tecnologista da Sala de Situação, Tiago Bernardes, hidrólogo e especialista em desastres naturais.
Diálogos Setoriais Brasil- União Europeia
O Projeto de Apoio aos Diálogos Setoriais Brasil-UE tem como objetivo contribuir para o aprofundamento da parceria estratégica e das relações bilaterais entre o Brasil e a União Europeia. É coordenado em conjunto pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) – por meio da Direção Nacional do Projeto – e pela Delegação da União Europeia no Brasil (Delbra).
O objetivo final dos trabalhos entre o Cemaden/MCTIC e o Joint Research Centre (JRC) é a inclusão do Brasil no Sistema de Coordenação Global de Alertas de Desastres, o qual é desenvolvido pela cooperação entre as Nações Unidas, a Comissão Europeia e os gestores de desastres em todo o mundo. Esse sistema global possibilita melhorar os alertas, ampliar o intercâmbio de informação e a coordenação na primeira fase, após grandes catástrofes súbitas.
Cemaden comemora 5 Anos com presença do ministro Kassab
O Centro Nacional de Monitoramento, Alertas e Desastres Naturais (Cemaden) contou com a presença do ministro Gilberto Kassab, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, na cerimônia comemorativa dos 5 Anos de existência da instituição, realizada na manhã desta sexta-feira (01.07), no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
O ministro visitou as instalações do Cemaden, cumprimentou os servidores e dirigiu-se à Sala de Situação, onde são desenvolvidas, 24 horas por dia, as atividades de monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres naturais dos municípios com as áreas de risco de desastres mapeadas e georreferenciadas.
Os sistemas de monitoramento hidrológico, geológico e meteorológico, a integração de dados da rede observacional do Cemaden, com as informações das redes das Instituições parceiras, foram apresentados pelo coordenador-geral de Operação e Modelagem, Marcelo Seluchi. O ministro e a comitiva também conheceram os procedimentos adotados para a emissão de alertas de desastres naturais na Sala de Situação.
Na cerimônia comemorativa, que também contou com a presença de autoridades de diversas instituições de pesquisas, acadêmicas, estaduais, municipais e servidores, realizada no auditório do Parque Tecnológico, o ministro Kassab destacou que São José dos Campos, cidade sede do Cemaden, representa o berço da tecnologia em nosso país.
“Entendo os desafios para defender a população nas áreas de risco e a preocupação e recursos para a transferência de famílias dessas áreas, experiências que tive quando fui prefeito de São Paulo.”, afirma o ministro. “ Também compartilho, agora, o lado da busca de mais recursos para o desenvolvimento da ciência e tecnologia.” Reconhecendo o trabalho de todos do Cemaden, afirmou estar engajado desde que assumiu o ministério para aplicação de mais recursos à ciência no país.
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes apresentou um balanço das atividades do Centro, destacando os relatórios periódicos, boletins, programas e projetos relacionados ao monitoramento e pesquisas. Sinalizou uma atenção especial do ministério sobre a questão do espaço provisório, em razão do aumento da demanda das atividades e de profissionais.
“A implementação da rede de monitoramento do Cemaden está estreitamente relacionada, primeiro, com o mapeamento das áreas de risco a desastres naturais. Em segundo lugar, por priorizar as áreas onde vivem as populações vulneráveis.”, afirma o diretor do Cemaden, ressaltando a singularidade do Cemaden em relação a outras instituições de monitoramento, cujas parcerias são importantes para ampliar as informações fundamentais para a emissão dos alertas.
No final, destacou o trabalho de toda a equipe dos coordenadores, servidores e colaboradores do Cemaden, parabenizando a todos pelo empenho dedicado para ampliar a missão de salvaguadar vidas e diminuir os impactos sociais e econômicos dos desastres naturais.
No evento, foi homenageado o ex-secretário do MCTIC , ex-diretor do Cemaden, pesquisador climatologista, Carlos Nobre, idealizador e principal executor do projeto científico de implantação do Centro. Outro homenageado foi o ex-ministro Marco Antonio Raupp, atual diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, cujo apoio e parceria foram fundamentais para a implantação da sede da instituição dentro do parque tecnológico.
Entre as autoridades, participaram do evento, o prefeito municipal de São José dos Campos, Carlinhos Almeida, o secretário da Casa Militar e Coordenador da Defesa Civil do Estado de São Paulo, Cel. PM José Roberto Rodrigues de Oliveira, que representou o governador Geraldo Alckmin- e o ex-ministro Ozires Silva.
Após o evento, o ministro Kassab e comitiva de autoridades conheceram as instalações do Parque Tecnológico de São José dos Campos.
(Fonte: Assessoria de Comunicação do Cemaden- Maria Rosário Orquiza – (12) 3205-0215 – e-mail: assessoriadeimprensa@cemaden.gov.br)
Cemaden realizará cerimônia de comemoração de 5 anos no próximo dia 1º de julho
O evento ocorrerá no Parque Tecnológico, em São José dos Campos e contará com a presença do ministro Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, além de autoridades institucionais e acadêmicas de diversas instituições do país.
Um breve balanço do histórico, perspectivas e desafios associados ao desenvolvimento de pesquisas, monitoramento e alertas de desastres naturais, são alguns pontos a serem apresentados na cerimônia de comemoração do aniversário de 5 anos do Centro Nacional de Monitoramento, Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no próximo dia 1º de julho, a partir das 10 horas, no auditório do Parque Tecnológico de São José dos Campos, SP.
A cerimônia contará com a presença do ministro Gilberto Kassab, da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, ministério em que o Cemaden está vinculado.
Durante o evento, dois renomados cientistas serão homenageados: o pesquisador, climatologista e ex-diretor do Cemaden, Carlos Nobre, criador e principal executor do projeto científico de implantação do Centro, e o ex-ministro Antonio Raupp, atual diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, cujo apoio e parceria foi fundamental para a implantação da sede da instituição dentro do parque tecnológico.
A programação inclui visita à Sala de Situação do Cemaden, onde são desenvolvidas, 24 horas por dia, as atividades de monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres naturais para os 957 municípios de todo o território nacional, para os quais as áreas de risco de desastres encontram-se atualmente mapeadas e georeferenciadas.
Na cerimônia, também, será apresentado oficialmente o novo portal do Cemaden, que inclui informações institucionais atualizadas, a descrição dos projetos e programas que estão sendo desenvolvidos, o lançamento do boletim diário de previsão de risco geo-hidrológico, além de uma evolução do “mapa interativo” que permite a obtenção, de forma pública e gratuita, dos dados de precipitação derivados da rede de pluviômetros automáticos e radares, implantada nestes 5 anos pelo Cemaden.
O novo portal do Cemaden (www.cemaden.gov.br) inclui, além das informações institucionais, os relatórios (de Monitoramento do Sistema Cantareira; das Secas no Semiárido e Impactos; de Previsão e Cenários dos Reservatórios de Geração Hidrelétrica; de Previsão Climática Sazonal), bem como os diversos projetos em desenvolvimento pelo Cemaden (Monitoramento para Prevenção de Deslizamentos; Gestão Integrada de Riscos (Gides); Pluviômetros nas Comunidades; Cemaden Educação, entre outros).
Criação e estrutura do Cemaden
Criado em 1º de julho de 2011, pelo Decreto Presidencial nº 7.513, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, adota uma estrutura técnico-científica especializada, desenvolvendo capacidade científica, tecnológica e de inovação para continuamente aperfeiçoar os alertas de desastres naturais. O objetivo principal da Instituição é realizar o monitoramento e emitir alertas de desastres naturais que subsidiem salvaguardar vidas e diminuir a vulnerabilidade social, ambiental e econômica decorrente desses eventos.
Os alertas de desastres são enviados para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) do Ministério de Integração Nacional, que os retransmite para os órgãos estaduais e municipais de Defesa Civil. Desde dezembro de 2011, o Cemaden já emitiu mais de 5,5 mil alertas de desastres naturais.
Para subsidiar sua missão, o Centro implementou uma rede observacional, composta por cerca de 6 mil equipamentos técnico-científicos, parte dos quais ainda serão instalados em municípios brasileiros considerados prioritários para o monitoramento realizado pelo Cemaden. Além da própria rede observacional, o Centro recebe dados, em tempo real, de diversas instituições parceiras de todo o território nacional.
Atualmente, o quadro de pessoal do Cemaden é formado por cerca de 220 servidores e colaboradores, de diferentes áreas do conhecimento, que atuam nas áreas de operação, de engenharia, de tecnologia da informação, de pesquisas, de administração e de articulação institucional.
(Fonte: Assessoria de Comunicação do Cemaden- Maria Rosário Orquiza – (12) 3205-0215 – e-mail: assessoriadeimprensa@cemaden.gov.br)
Municípios piloto recebem capacitação sobre novos procedimentos de alertas de risco de deslizamentos
A implantação experimental do Manual Técnico faz parte do Projeto Gides, resultado da cooperação técnica entre pesquisadores do Brasil e do Japão, envolvendo Cemaden, Cenad e Defesas Civis Municipais. A meta é aprimorar os protocolos aplicados sobre alerta e resposta a riscos de deslizamentos, em três municípios piloto, até novembro de 2017 e iniciar a implantação, a partir de 2018, em todos os municípios monitorados no território nacional.
As cidades de Blumenau, em Santa Catarina, e de Nova Friburgo e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, serão as primeiras a utilizarem o novo Manual Técnico de Elaboração e Transmissão de Alertas Antecipados de Risco de Movimentos de Massa. Esses municípios fazem parte do Projeto de Fortalecimento da Gestão Integrada de Riscos e Desastres – Cooperação Brasil-Japão (Projeto Gides) e são considerados piloto no projeto para aprimorar os alertas e ações de resposta em riscos de deslizamentos. Nesse trabalho, no eixo de monitoramento e alertas, estão envolvidos o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden- do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad do Ministério da Integração Nacional) e as Defesas Civis Estaduais e Municipais.
A capacitação dos agentes e das equipes de Defesa Civil dos municípios e dos estados piloto tiveram início na semana passada, em Blumenau e se estenderá aos outros dois municípios. A área de Pesquisa em Geodinâmica do Cemaden está repassando todas as etapas dos alertas de deslizamentos pelo Método Comitê, este baseado em índices de chuvas.
Nas oficinas práticas, os agentes das Defesas Civis são treinados, também, a lidarem com todo o fluxo dos alertas, desde a observação das chuvas, processamento dos dados, interpretação dos gráficos da chuva atual, compreensão dos alertas e ações necessárias, até o feedback, ou seja, o envio do relatório detalhado ao Cemaden, no caso de ocorrência relevante. Nesta etapa piloto do Projeto Gides, as definições e treinamentos vão desde a uniformização dos limiares de chuva e sistema de alerta, com simulados, até a fase prática de operação experimental, prevista para ocorrer no mês de novembro deste ano até novembro de 2017, data em que finaliza o Projeto Gides.
Esse novo Manual Técnico e o Protocolo de Operações correspondente, que serão aplicados para aprimorar os alertas de risco de deslizamento e as respostas aos desastres, são o resultado de todo o trabalho do Projeto Gides, realizado desde agosto de 2013. Nesses três anos, foram feitas pesquisas em campo, estudos e reuniões técnicas entre Cemaden, Cenad e Defesas Civis Municipais e Estaduais – em parceria com os pesquisadores japoneses – explica o pesquisador em geodinâmica do Cemaden, Ângelo Consoni. “A ideia é ganhar sinergia, de forma que esse esforço conjunto das instituições – pela adoção de um sistema padronizado e metodologia de base técnica forte– possibilite evitar ou minimizar, com maior eficiência, os impactos negativos dos deslizamentos sobre as áreas vulneráveis.”, afirma o pesquisador.
Cemaden recebe especialistas do Reino Unido para discutir sistema de informações na gestão de risco de desastres
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, recebeu os professores associados do Centro Interdisciplinar de Metodologias da Universidade de Warwick, do Reino Unido, João Porto de Albuquerque e Nathaniel Tkacz, que proferiram palestras sobre metodologias avançadas de processamentos de dados para a gestão de risco de desastres. As palestras fazem parte do Programa Série de Debates “Ciência, Risco e Desastres” do Cemaden.
Com formação na área de Ciência da Computação, João Porto de Albuquerque, também é professor associado honorário do Departamento de Sistemas de Computação da Universidade de São Paulo e professor visitante no Instituto de Geografia da Universidade de Heidelberg (Alemanha). Considera a informação geográfica promissora para a compreensão dos problemas das cidades e enfrentamento dos desafios urbanos, principalmente, nas áreas vulneráveis a risco de desastres naturais. Fez um balanço sobre os avanços das tecnologias aplicadas, dando uma visão geral dos resultados dos recentes estudos e futuros desafios, relacionados aos diferentes tipos e usos das Informações Geográficas Voluntárias (VGI – Volunteered Geographic Information) e também às técnicas de crowdsourcing, que é o processo de obtenção de dados mediante a solicitação de contribuições de um grande grupo de pessoas.
Sobre a análise de dados e a tomada de decisão, o pesquisador Nathaniel Tkacz, com PhD da Escola de Cultura e Comunicação da Universidade de Melbourne (Austrália), mostrou a evolução dos painéis indicadores de informações (Dashboards). Com base em sua experiência no Reino Unido e nos resultados de um estudo sobre a utilização desses painéis, o pesquisador afirmou que é imprescindível a compreensão dos dados para transformá-los em informação através dos painéis a fim de auxiliar na tomada de decisão.
Os estudos apresentados pelos pesquisadores mostraram que a utilização das informações geográficas voluntárias – bem como a utilização e interpretação dos dados junto à modelagem científica – podem aprimorar a gestão de riscos de desastres e resiliência urbana.
Cemaden apoia seminário sobre monitoramento e alertas no Sul de Minas
Durante o evento, a Defesa Civil de Poços de Caldas (MG) assinou o protocolo de intenção, junto à Universidade Federal de Alfenas (Unifal), para a criação de um sistema de monitoramento e alertas de desastres naturais para atender a região. A decisão foi tomada após o evento ocorrido, em janeiro deste ano, onde fortes chuvas provocaram alagamentos em diversos pontos na cidade, afetando o comércio e residências.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – participou do 1º Seminário de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais do Sul de Minas, ocorrido no último dia 18, em Poços de Caldas (MG). O evento foi realizado pela Prefeitura do município, em parceria com a Universidade Federal de Alfenas- Campus de Poços de Caldas, com o apoio do Cemaden e do Grupo DME, empresa de distribuição de energia no município.
Os tecnologistas e pesquisadores da Sala de Situação do Cemaden, geólogo Celso Graminha e o hidrólogo Mosefram Firmino apresentaram, durante o seminário, as atividades interdisciplinares de monitoramento e alertas de desastres naturais, que envolve as áreas de Geodinâmica, Hidrologia e Desastres Naturais.
Mostraram como é feito o monitoramento dos municípios, envolvendo critérios técnicos, legais e da parceria junto ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e Defesas Civis.
“O seminário marcou a iniciativa de aprimorar a prevenção e monitoramento de desastres naturais na região, envolvendo as Defesas Civis e a participação da sociedade local”, afirma o geólogo do Cemaden, Celso Graminha. Informou que a parceria com a Prefeitura foi iniciada com a visita do secretário de Defesa Civil municipal, Luis Carlos Lima ao Cemaden e a instalação de sete pluviômetros comunitários em Poços de Caldas.
Poços de Caldas não é um município monitorado pelo Cemaden, mas mostrou interesse em articular o mapeamento das áreas de risco e entrar na lista de municípios a serem monitorados.
O seminário contou com a participação de cerca de 150 pessoas, entre representantes da Defesa Civil dos municípios do sul de Minas Gerais e do estado de São Paulo, integrantes de Prefeituras, do Legislativo, profissionais da área de desastres naturais e estudantes do Ensino Superior.
Cemaden abre seminário internacional sobre redução de riscos de desastres
O evento foi organizado pela Defesa Civil de Santa Catarina e teve como foco debater o papel da ciência e tecnologia na redução de riscos de desastres.
O diretor Osvaldo Moraes, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, fez a abertura do Seminário Internacional de Defesa Civil, em Florianópolis (SC), nesta quinta-feira (19.05), com palestra abordando o papel da instituição no monitoramento e alerta precoce.
Organizado pela Defesa Civil do Estado de Santa Catarina, o seminário contou com a participação de palestrantes de instituições de monitoramento e de universidades – nacionais e internacionais – que abordaram temas sobre monitoramento, prevenção, redução e ações de respostas aos riscos de desastres.
Apresentando as atividades desenvolvidas nas áreas de Monitoramento e de Pesquisa, o diretor do Cemaden abordou as questões de alerta dos riscos de desastres e sobre os eventos meteorológicos extremos, os quais provocam deslizamentos, enxurradas, enchentes e seca. Com referência ao número de pessoas afetadas por desastres, explicou que a seca afeta maior número, mas o que causa maior número de vítimas são as enxurradas e enchentes.
Na área de tecnologia, mostrou a rede observacional do Cemaden, com os equipamentos que dão apoio no monitoramento dos riscos de desastres, como os radares, pluviômetros, estações hidro e agrometeorológicas, sensores geotécnicos entre outros. Também, explicou o papel da ciência, nas atividades da equipe multidisciplinar de monitoramento e alerta na Sala de Situação, além da equipe de pesquisadores voltados a estudar os limiares dos desastres, para aprimorar a emissão de alertas de riscos.
“O Cemaden faz uma ponte entre o monitoramento-pesquisa e quem está tomando as decisões nas respostas aos desastres, no caso a Defesa Civil.”, afirma Osvaldo Moraes. “Nosso desafio é a manutenção e dimensionamento da rede, de forma que permita ampliar e diversificar a abrangência do monitoramento das áreas de risco no território nacional.”, finaliza o diretor.
O Seminário Internacional de Defesa Civil, em Florianópolis, teve uma programação com palestras realizadas em dois dias ( 19 e 20 de maio) , transmitidas, simultaneamente, on-line. O evento foi direcionado a técnicos, docentes, discentes, pesquisadores e comunidade em geral. A finalidade foi a de compartilhar conhecimentos e criar oportunidades de parcerias para soluções práticas para enfrentar dificuldades comuns, ampliando a capacitação e a sensibilização do público para a redução de desastres.
(Fonte: Ascom-Cemaden com Ascom-Defesa Civil de SC)
Adaptação de rodovias federais a desastres naturais é discutida entre pesquisadores da UFSC e Cemaden
As discussões científicas e reuniões temáticas sobre desastres naturais estão inclusas na agenda do trabalho de elaboração do Plano de Adaptação de Rodovias Federais a Desastres Naturais, do Ministério dos Transportes, desenvolvido pelos pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina.
A comitiva de professores e pesquisadores integrantes do Laboratório de Transporte e Logística (LabTrans), da Universidade Federal de Santa Catarina, esteve por dois dias no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, discutindo e conhecendo as atividades de monitoramento e pesquisas na área de desastres naturais e os impactos nas rodovias.
As discussões científicas e abordagens sobre desastres naturais integram o trabalho de elaboração do Plano de Adaptação de Rodovias Federais a Desastres Naturais, no qual a comitiva do LabTrans tem parceria com o Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de Infraestruturas de Transporte (DNIT).
Os pesquisadores do LabTrans conheceram a Sala de Situação do Cemaden, apresentaram trabalhos na Série de Debates (programa do Cemaden para fórum de discussões científicas), além de participarem das reuniões temáticas em meteorologia, hidrologia, geodinâmica e vulnerabilidades.
Durante a visita técnica do LabTrans – representado pelos pesquisadores Valter Tani, Caroline Rosa, Soraia Schneider e Tairi Ikeda – foram discutidas propostas de cooperação técnica e científica com o Cemaden. Nessa parceria, integram treinamentos, colaborações científicas e discussões sobre monitoramento e alertas de desastres naturais, considerando os impactos socioeconômicos desses eventos, especialmente quando afetam infraestruturas do setor de transporte.
Discussões sobre impactos dos desastres naturais na infraestrutura de transporte e mobilidade urbana
Pesquisadores do Cemaden apresentarão um trabalho científico, no III Congresso da Sociedade de Análise de Risco Latino Americana, a ser realizado nos próximos dias 10 a 13 de maio, em São Paulo. O trabalho tem a participação da pesquisadora Silvana Croope, da Universidade de Delaware (EUA), integrante do comitê de elaboração do Plano de Adaptação de Rodovias Federais a Desastres Naturais.
“Para construção do panorama apresentado neste trabalho, foram analisados diferentes documentos oficiais na interface entre as temáticas de Transporte e de Desastres Naturais, como o Planejamento Estratégico do DNIT e o relatório ´Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima´, enfatiza o pesquisador do Cemaden, Leonardo Bacelar L. Santos.
Outro evento que contará com a parceria do Cemaden será o 2º Encontro sobre Impactos Potenciais de Desastres Naturais em Infraestruturas de Transporte e Mobilidade Urbana (IPTMU), organizado pela Faculdade de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), entre os dias 4 e 6 de outubro de 2016, em São José dos Campos (SP). Mais informações no link : ambientemobilidade.wix.com/site
Encontro sobre impactos de desastres socioambientais no setor de transporte e mobilidade urbana tem apoio do Cemaden
O tema faz parte da linha de estudos de um grupo de pesquisadores do Cemaden. O encontro terá a participação de especialistas de diferentes instituições acadêmicas, de pesquisa e da Defesa Civil. As inscrições para apresentação de trabalhos serão no período entre 6 de junho e 29 de julho.
Debater e realizar o intercâmbio de estudos e pesquisas sobre como os desastres naturais – tais como inundações, alagamentos e deslizamentos – afetam as infraestruturas de transporte e mobilidade urbana é o objetivo da 2ª edição do Encontro sobre Impactos Potenciais de Desastres em Infraestruturas de Transporte e Mobilidade Urbana (II IPTMU), a ser realizado entre os dias 4 e 6 de outubro, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
Promovido pela Faculdade de Engenharia Ambiental do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho ( Unesp), o evento conta com o apoio de pesquisadores, tecnologistas e analistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O período de inscrições para apresentação de trabalhos (modalidade resumo expandido) será de 06/06 a 29/07.
Mais informações sobre inscrições dos trabalhos e do II Encontro sobre Impactos Potenciais de Desastres em Infraestruturas de Transporte e Mobilidade Urbana estão disponibilizados no site ambientemobilidade.wix.com/site
Nesse site, os interessados terão informações, também, sobre a 1ª. edição desse evento.
Olimpíada Brasileira de Geografia para estudantes tem a participação do Cemaden
As duas provas competitivas da Olimpíada – direcionadas aos alunos de escolas públicas e particulares – incluirão temas ligados às atividades do Cemaden, como a de gestão e prevenção de riscos de desastres naturais, monitoramento e alertas, mudanças climáticas, entre outros. Inscrições estão abertas até 11 de maio.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, firmou parceria com a organização da Olimpíada Brasileira de Geografia, contribuindo na elaboração de questões das provas competitivas. Por meio do Projeto Cemaden Educação, foram elaboradas questões referentes aos temas sobre gestão e prevenção de desastres naturais, monitoramento e alertas, mudanças climáticas, entre outros assuntos relacionados às atividades da instituição.
A Olimpíada Brasileira de Geografia é direcionada a todos os estudantes das escolas públicas e particulares do Brasil, desde o 9° ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio. A participação dos estudantes é voluntária e gratuita.
Entre os objetivos do evento, está o de despertar nos jovens estudantes o interesse pela geografia e geociências, estimulando-os a pesquisar e questionar sua curiosidade científica, além do seu crescimento intelectual e emocional.
Coordenada pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio de diversos parceiros, a Olimpíada de Geografia se desdobra em duas partes : a prova competitiva e a prova cooperativa.
A realização da prova competitiva está prevista para ocorrer na 1ª fase no próximo dia 20 de maio e a 2ª fase no dia 10 de junho. A prova colaborativa está prevista para ocorrer no dia 10 de novembro.
Os estudantes e professores envolvidos na olimpíada receberão Certificados de Participação no dia 10 de dezembro.
Critérios de Avaliação e inscrições
Conforme o regulamento da Olimpíada Brasileira de Geografia, não há número mínimo ou máximo de participantes para cada escola. Nas escolas, todos os estudantes podem e devem ser igualmente convidados a participar.
Os estudantes participantes da olimpíada deverão demonstrar a sua capacidade de análise e interpretação dos fenômenos geográficos e geocientíficos de modo integrado.
As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 11 de maio. Mais informações e inscrições estão disponibilizadas no site http://www.obg.net.br/
Cemaden realiza oficina para preparar escolas a reduzirem o risco de desastres naturais no município de Lorena (SP)
A capacitação foi destinada aos gestores e professores das escolas municipais, visando disseminar ações para a conscientização e percepção dos alunos e da comunidade sobre os riscos de desastres naturais nas áreas vulneráveis a inundações e deslizamentos.
Tornar as escolas sustentáveis e resilientes foi o objetivo da 1ª Oficina de Formação de Redução de Desastres Sociambientais no município de Lorena (SP), apresentada pelos pesquisadores e tecnologistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Com o apoio da Secretaria Municipal de Educação e da Defesa Civil de Lorena, a capacitação foi destinada aos gestores e professores de sete escolas municipais, situadas em áreas vulneráveis a inundações, onde foram instalados os pluviômetros semiautomáticos. A oficina também contou com a participação de voluntários e de representantes de instituições não governamentais, como o Movimento Nascente do Paraíba, que contribuíram com experiência socioambiental da região.
Essa capacitação faz parte do Acordo de Cooperação Técnica entre o Cemaden e a Prefeitura, dentro do Projeto Lorena Resiliente. A coordenação da oficina foi feita pela equipe do Projeto Cemaden Educação, com o objetivo de contribuir para a formulação de atividades didático-pedagógicas, voltadas para o Ensino Fundamental sobre a preservação de riscos de desastres naturais. A oficina se dividiu em duas etapas : a teórica e a das atividades em campo.
Na parte teórica, pesquisadores das áreas de meteorologia, hidrologia e geografia do Cemaden, apresentaram conceitos relevantes sobre desastres naturais, riscos, vulnerabilidade, perigo, danos e a relação dos fenômenos meteorológicos e riscos de inundação. Mostrou, também, a atuação do Projeto Pluviômetros nas Comunidades, com orientações básicas para coleta e interpretação do registro de dados para o monitoramento do nível de chuvas.
Na parte prática, os participantes vivenciaram atividades em campo, nas áreas inundáveis do Rio Mandi, com fichas de questionários direcionando a percepção e a observação das áreas de risco.
A coordenadora do Projeto Cemaden Educação, antropóloga Rachel Trajber, contextualizou o trabalho na escola sustentável e resiliente, com base em três dimensões : espaço físico da escola, o currículo educacional (incluindo saberes científico e tradicional, a trans e interdisciplinaridade) e a gestão (que inclui a comissão integrada pela comunidade e Defesa Civil). “O objetivo é contribuir para a geração de uma cultura de prevenção de riscos de desastres naturais, com seus impactos socioambientais, por meio da construção de uma escola sustentável e resiliente.”, afirma a coordenadora.
Residindo em Lorena há mais de 26 anos, Robson Fernando Dias entrou na equipe da Defesa Civil do município desde janeiro deste ano, no período chuvoso mais crítico. Participante ativo do projeto, considera importante o desenvolvimento de atividades de informação sobre prevenção de riscos de desastres nas escolas. “As crianças são curiosas em saber como funcionam os pluviômetros, sempre atentas e abertas a novos conhecimentos. Elas podem disseminar as informações sobre prevenção para os riscos de desastres junto à família.”
“É importante a união de várias entidades em prol da ação ambiental, utilizando a Educação como parte da mudança de atitude.”, afirma a professora Jamile Bonfim Siqueira, gestora da Escola Municipal Governador Mário Covas. “Esse trabalho gera uma estrutura psicológica e humana para o trabalho coletivo, voltado ao futuro melhor da comunidade.”
A coordenadora do Projeto Lorena Resiliente, da Secretaria Municipal de Educação, professora Analice de Oliveira Barbosa, considera o projeto inovador e, ao mesmo tempo, desafiador. “A parceria do município com o Cemaden e o intercâmbio de informações contribuem para transcender nossa capacidade de conhecimento. Podemos repassar esse conhecimento aos alunos, visando a mudança de atitudes e prevenção de riscos.”, afirma a professora.
Nas propostas pedagógicas apresentadas às escolas municipais de Lorena, ficou agendada uma 2ª oficina, nos dias 3 e 4 de agosto. Nessa etapa, serão discutidos dois temas: o primeiro, sobre as ações para melhoria do lugar, com base na cartografia social. O segundo, sobre Comunidade Sustentável Resiliente, na formação do Comitê participativo denominada Com-VidAção.
Escolas sustentáveis e resilientes – O Projeto Cemaden Educação foi reconhecido como prática inspiradora pela Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês). Implantado, em 2014, é um projeto piloto voltado para as escolas de ensino médio, localizadas em municípios vulneráveis a desastres socioambientais, com o objetivo de desenvolver pesquisas de prevenção de desastres – com monitoramento e alertas – produção de conhecimento, bem como a gestão participativa de intervenções nas comunidades locais.
Fazem parte do Projeto Cemaden Educação escolas piloto das cidades paulistas de São Luiz do Paraitinga, Cunha e Ubatuba. Em 2015, ampliou o trabalho em conjunto com o Projeto Pluviômetros nas Comunidades, em uma proposta inovadora de criar o programa Cemaden Resiliência. Atualmente, esses projetos atuam no estado do Acre.
Criado a partir do acordo de cooperação técnica entre Cemaden e a Prefeitura Municipal de Lorena, no ano passado, o Projeto Lorena Resiliente prevê a instalação de pluviômetros, trocas de experiências, capacitação e pesquisa, com o objetivo de redução de riscos de desastres no município e promover ações para tornar a cidade mais resiliente. Nesse município, considerado piloto, o projeto conta com três Grupos de Trabalho : o GT Defesa Civil, o GT Saúde e Meio Ambiente e o GT Educação. Este último desenvolve ações com as sete escolas municipais, onde estão instalados os pluviômetros comunitários.
Teresópolis vai receber sensores geotécnicos do Cemaden para monitorar áreas de risco de deslizamentos
A instalação em Teresópolis – região serrana do Rio de Janeiro – dos sensores geotécnicos, dentro do Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos, foi o tema de reunião nesta terça-feira, dia 19, entre o diretor Osvaldo Moraes, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o prefeito Mario Tricano.
O foco principal da reunião foi o acerto dos trabalhos do município para coletar as autorizações de algumas famílias da Comunidade do Rosário, nas áreas de riscos de deslizamento, onde serão instalados os equipamentos, além das parcerias entre o Cemaden e a Defesa Civil de Teresópolis. Após a autorização dos moradores, será feita a agenda do período de instalação dos prismas pelos técnicos.
A Estação Total Robotizada (ETR) será instalada na Paróquia de São Pedro, no Bairro São Pedro e os 100 prismas na Comunidade do Rosário. Esses sensores geotécnicos irão acompanhar, com maior precisão, a movimentação de terra em morros e encostas nas áreas de riscos de deslizamentos.
“Nós já definimos, em fevereiro, junto à Defesa Civil Municipal, os melhores locais para instalação desses prismas de reflexão. É imprescindível que a comunidade abrace essa causa no sentido de autorizar a instalação do equipamento e também em sua preservação.”, reforçou o pesquisador do Cemaden, Rodolfo Mendes, responsável pelo projeto, durante a reunião.
Destacando a importância das parcerias entre os governos federal, estadual e municipal, com os objetivos de ampliar os trabalhos de prevenção e monitoramento das áreas de risco de desastres naturais, o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, considerou o encontro positivo. “A reunião com o prefeito e os secretários foi extremamente produtiva. Saímos daqui satisfeitos e com a expectativa de estarmos prontos para dar prosseguimento ao projeto.”, afirmou o diretor no final da reunião.
“Vamos intensificar o contato com os moradores do Rosário para sensibilizá-los sobre a importância de autorizarem a instalação desses equipamentos de prevenção. Nada dá certo se a comunidade não participar.”, destacou o Prefeito Mario Tricano.
No encontro ocorrido em Teresópolis, participaram, também, os secretários municipais José Ricardo Leal, de Defesa Civil, Carlos Dias, de Governo e Coordenação, e Raphael Teixeira, interino de Ciência e Tecnologia
Projeto de Monitoramento de Morros do Cemaden
Os sensores geotécnicos fazem parte do projeto do Cemaden/MCTI sobre Monitoramento de Morros para Prevenção de Deslizamentos para acompanhar, com maior precisão, a movimentação de terra em morros e encostas nas áreas de riscos de deslizamentos. São equipamentos de alta tecnologia que estão sendo instalados nas áreas vulneráveis a deslizamentos em nove municípios, de várias regiões do País.
Já foram instaladas as Estações Totais Robotizadas (ETRs) e prismas nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo, Blumenau, em Santa Catarina, nos municípios serranos de Petrópolis, Nova Friburgo e em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro, em Salvador, na Bahia e em fase de instalação em Recife, Pernambuco. Dentro do projeto, o próximo e último município a receber os sensores geotécnicos será Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade.
Ascom Cemaden com Ascom Prefeitura de Teresópolis
Foto crédito – Marcelo Roza/Ascom Teresópolis
Instituições relacionadas à Matemática Aplicada e a Desastres Naturais se unem para discutir novas técnicas de modelagem e monitoramento
Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, convidaram cerca de vinte estudiosos de Matemática Aplicada de diferentes instituições acadêmicas, de pesquisas e de tecnologia, com a finalidade de debater sobre perspectivas de aplicações das técnicas matemáticas em estudos relacionados a desastres naturais.
As instituições definiram se reunir em uma rede colaborativa para intercâmbio e trabalhos integrados, visando o desenvolvimento de inovações na área da matemática aplicada para modelagem e monitoramento de desastres naturais.
Dentre as perspectivas de aplicações de técnicas matemáticas em desastres naturais, estão a assimilação de dados e nowcasting (em tempo real) de radar em malhas adaptativas e a modelagem de processos de propagação – como escoamento de água, incêndios florestais e epidemias.
Organizador do encontro e pesquisador do Cemaden, Leonardo Bacelar L. Santos destaca a importância desse intercâmbio, envolvendo tanto os experientes como os jovens pesquisadores das instituições. “O encontro das técnicas desses pesquisadores com os dados e análises do Cemaden fortalecerá a interação de diversas áreas científicas. Isso permitirá o desenvolvimento de técnicas inovadoras para modelagem matemática de desastres naturais no Brasil.”
O diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, também participou das discussões. Matemático de formação, Raupp comentou sobre o diferencial do Cemaden em trabalhar com monitoramento e pesquisas das áreas de risco de desastres naturais em todo o território nacional. Afirmou que, mesmo com as dimensões continentais do País, o Cemaden trabalha com alta resolução temporal e espacial no monitoramento dessas áreas.
Também houve a participação do presidente da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Antônio Silva Neto, além de professores e pesquisadores de Matemática Aplicada da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”(Unesp), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Laboratório Associado de Matemática e Computação Aplicada (LAC) que faz parte do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), estes dois últimos institutos ligados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Os participantes finalizaram as discussões, concordando em realizar um planejamento conjunto relativo à formação de recursos humanos, busca por financiamento de pesquisas e sistematizar uma rede de colaboração entre as instituições.
Recife terá sensores geotécnicos instalados pelo Cemaden para monitorar riscos de deslizamentos
Os equipamentos permitirão estudar e identificar os momentos preliminares e críticos que antecedem o deslizamento, de forma a obter dados com maior confiabilidade para a emissão de alertas de riscos de deslizamentos.
Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, estarão em Recife, na próxima semana (25 a 29 de abril), para iniciar as atividades preparatórias para a instalação dos sensores geotécnicos nas áreas de riscos de deslizamentos, complementando os dados e informações da rede observacional de monitoramento.
Os sensores geotécnicos fazem parte do projeto do Cemaden/MCTI sobre Monitoramento de Morros para Prevenção de Deslizamentos para acompanhar, com maior precisão, a movimentação de terra em morros e encostas nas áreas de riscos de deslizamentos. São equipamentos de alta tecnologia que estão sendo instalados nas áreas vulneráveis a deslizamentos em nove municípios, de várias regiões do País.
Em Recife, a Estação Total Robotizada (ETR) será instalada na Escola Estadual Lagoa Encantada, no bairro de Ibura. Também serão instalados 100 prismas nos morros e encostas nas áreas vulneráveis a deslizamentos da Comunidade Lagoa Encantada.
Já foram instaladas as Estações Totais Robotizadas (ETRs) nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo, Blumenau, em Santa Catarina, nos municípios serranos de Petrópolis, Nova Friburgo e em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro e em Salvador, na Bahia. O próximo e último município a receber os sensores geotécnicos será Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro.
A seleção dos municípios vulneráveis a riscos de deslizamentos para a instalação dos sensores geotécnicos foi feita com bases no histórico de desastres naturais e de seus impactos sociais e econômicos da região. A escolha da ordem de instalação dos equipamentos nos municípios foi dada pelo fator climático de cada região ( período chuvoso – iniciando pelo Sudeste, Sul e Nordeste).
Os pesquisadores do Cemaden, engenheiro Rodolfo Mendes e o hidrólogo Márcio Moraes visitarão as áreas vulneráveis da Comunidade Lagoa Encantada, definindo os locais onde serão instalados os prismas, em parceria com a Defesa Civil de Recife, para em seguida serem instalados os equipamentos. Após a instalação dos sensores geotécnicos, há a etapa de configuração e ajustes técnicos dos equipamentos para que ocorra a transmissão de dados ao Cemaden de São José dos Campos (SP).
A convite da Universidade Federal de Pernambuco, no dia 28 de abril, às 14 horas, o pesquisador do Cemaden, Rodolfo Mendes também estará ministrando uma palestra para o Grupo de Engenharia Geotécnica de Encostas e Planícies (GEGEP), do programa de pós-graduação da universidade. Será abordado o tema “Estabilidade de Encostas e Modelagem”, além de apresentar, também, o Projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Deslizamentos do Cemaden.
Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos
A Estação Total Robotizada (ETR) é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 prismas ( ou espelhos) instalados nos morros e encostas do município. Esses sinais emitidos permitem captar até pequenas movimentações de terra dos morros, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus, cobrindo até 2,5 km de extensão.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade.
Os moradores das áreas de riscos de deslizamentos de Recife estão sendo informados e esclarecidos sobre as instalações desses aparelhos próximos às moradias. Esses equipamentos não causam quaisquer interferências em outros equipamentos e nem impactos às áreas onde serão instalados.
Recife já tem parceria com o Cemaden, com 20 pluviômetros automáticos instalados em locais próximos a áreas de risco de desastres naturais, além de 24 pluviômetros semiautomáticos instalados pelo Projeto Pluviômetros nas Comunidades. Os pluviômetros têm a função de medir, em milímetros, a quantidade de chuva precipitada, durante um determinado tempo e local, para monitoramento do município.
Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos do Cemaden, cada um dos nove municípios – que faz parte do projeto – na primeira etapa receberá uma Estação Total Robotizada, acompanhada de 100 prismas. Na segunda etapa do projeto, serão instalados mais um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, que coletam dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo, complementando as informações sobre possíveis riscos de deslizamentos.
Experiências na análise de risco de desastres naturais são apresentadas pelo Cemaden em congresso latino-americano
Pesquisadores do Cemaden abordaram sobre a gestão de riscos de desastres, a comunicação participativa, a vulnerabilidade da mobilidade urbana e transporte rodoviário. O evento possibilitou o intercâmbio de conhecimentos entre os pesquisadores, profissionais, estudantes, indústrias, instituições privadas e governamentais de vários países da América Latina.
Divulgar os avanços em caracterização, avaliação, gerenciamento e comunicação de riscos – além dos métodos e processos de resposta à emergência nas comunidades vulneráveis a riscos de desastres naturais – foram alguns dos temas discutidos no III Congresso da Sociedade de Análise de Risco Latino-Americana, que teve a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, representado por pesquisadores que apresentaram quatro linhas de estudos.
O evento envolveu cientistas, profissionais e instituições de vários países da América Latina. O objetivo foi o de promover intercâmbio das metodologias da análise de riscos para auxiliar as decisões técnicas e políticas nas ações de comunicação, atendimento e prevenção de riscos de desastres.
A organização do congresso foi feita pela Sociedade de Análise de Risco Latino-Americana (SRA-LA), em parceria com a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Ambiental, apoiado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
A análise do risco a desastres naturais
Pesquisadores e tecnologistas da Sala de Situação do Cemaden mostraram a importância da análise de múltiplas ameaças que compõem o cenário de risco, possibilitando a quantificação do grau de risco com maior precisão.
Com experiência feita nos estudos da bacia do Córrego Dantas, em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, os pesquisadores realizaram mapeamentos de suscetibilidade dos processos mais recorrentes e catastróficos: o de inundação brusca e o de deslizamento planar. Sobrepondo dois mapas da área de estudo- um que considerava os níveis críticos de instabilidade de encostas dos bairros, e o outro mapa que indicava a vulnerabilidade socioeconômica – foi possível distinguir os bairros com maiores níveis de suscetibilidade às inundações e aos deslizamentos.
“A modelagem e metodologia sugeridas neste estudo, mostraram-se eficazes para o dimensionamento em menor escala de ameaças naturais. O detalhamento permitirá melhor planejamento territorial intermunicipal, considerando os cenários de multirriscos.”, enfatiza Carlos Frederico de Angelis, chefe de Divisão de Operação e Modelagem do Cemaden, um dos membros do grupo de pesquisas.
Vulnerabilidade e a comunicação de risco
Com referência ao planejamento das ações para redução das vulnerabilidades aos desastres, o pesquisador e sociólogo do Cemaden, Victor Marchezini mostrou no painel “Vulnerabilidade das cidades e populações” que a eficácia das políticas públicas depende da maior reflexão e da construção de novas abordagens. ”A resolução e/ou mitigação de problemas requer uma maneira diferente de interpretar a gestão do risco como um processo institucional, plural e participativo. Com essa postura, pode-se identificar e reduzir os riscos e as vulnerabilidades atuais, bem como incluir no planejamento os procedimentos necessários para a diminuição dos riscos e dos impactos sociais nos desastres.”, afirma o sociólogo.
Ainda sobre comunicação de risco, outra equipe de pesquisadores do Cemaden analisou, com base nos conteúdos divulgados pela Mídia, a comunicação ocorrida depois do rompimento da barragem de Mariana (MG). Foi identificada a diferença das informações e dos discursos referentes à comunicação dos riscos para a população. Levantou-se, pelos relatos dos moradores, que a lama atingiu as casas durante a madrugada e o rompimento da barragem havia ocorrido às 16 horas do dia anterior. “O processo de comunicação de crise foi ineficaz, resultando em perdas humanas e materiais.”, afirma a pesquisadora Luciana Londe, explicando que o processo ideal na elaboração do plano de segurança deveria contar com a participação de trabalhadores e moradores da região. “A comunicação de risco deve considerar a abordagem “first mile”, em que as comunidades determinam suas necessidades no processo de comunicação.”, enfatiza a pesquisadora.
Infraestrutura de transporte e desastres naturais
O Cemaden mostrou o panorama dos fortes impactos dos desastres naturais na economia local e regional, quando afetam diretamente a mobilidade urbana e a infraestrutura de transporte rodoviário. Abordou-se o aspecto das bacias hidrográficas e os cálculos de drenagem e dos cursos d’água, além da análise dos documentos e relatórios oficiais que tratam sobre o gerenciamento dos riscos de desastres naturais na infraestrutura de transporte. “A vulnerabilidade deve ser estudada considerando a tríplice pessoas-veículos-vias. Diversos relatórios tratam do assunto, mas focam em uma perspectiva de alterações climáticas, não especificamente de desastres naturais”, afirma o pesquisador Leonardo Bacelar L. Santos, do grupo de pesquisa do Cemaden sobre impactos dos desastres, AmbientEMobilidade(ambientemobilidade.wix.com/site).
A equipe multidisciplinar do Cemaden adota sublinhas de trabalho de pesquisa na gestão de risco, como vulnerabilidade socioambiental e saúde pública, dimensões socioculturais no sistema de alerta, educação e redução do risco de desastres naturais, além de outras linhas de pesquisas multidisciplinares nas áreas geodinâmicas, meteorológicas, hidrológicas e de desastres naturais.
Defesas Civis do Grande ABC fazem intercâmbio de informações no Cemaden
Durante toda a segunda semana do mês de abril (dias 4 a 8), coordenadores e membros das equipes das Defesas Civis paulistas dos municípios de Santo André, São Bernardo dos Campos e de Mauá realizaram uma visita técnica ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – com a finalidade de intercambiar informações relacionadas ao monitoramento e ao envio de alertas para as áreas de riscos desses municípios.
Na abertura da capacitação, os coordenadores das Defesas Civis fizeram um balanço das atividades de prevenção, socorro e assistência às populações das áreas de risco, realizadas nos três últimos anos. Na oportunidade, debateram com os tecnologistas e pesquisadores do Cemaden sobre a interpretação e os procedimentos adotados a partir do recebimento dos alertas de riscos de desastres naturais emitidos pelo centro.
Tanto a equipe de pesquisadores – como a dos tecnologistas da Sala de Situação do Cemaden – repassaram informações e discutiram, junto às Defesas Civis, temas relacionados a desastres naturais, incluindo os impactos das variações climáticas, aplicações da previsão hidrometeorológica, utilidade dos modelos meteorológicos, o sistema de monitoramento e alerta de deslizamentos e o uso do “Mapa Interativo”.
Também, durante a capacitação, foram abordados temas sobre Cartografia Social na prevenção de desastres e sobre a Logística de Operações Humanitárias, este último com a participação do pesquisador Irineu Brito, da Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos (Fatec-SJC). As equipes das Defesas Civis tiveram atividades práticas em campo, receberam treinamento sobre manutenção de Pluviômetros Automáticos e experimentaram a vivência na Sala de Operações do Cemaden de São José dos Campos e de Cachoeira Paulista, no estado de São Paulo.
A coordenadora da Defesa Civil de Santo André e também coordenadora do Grupo de Trabalho das Defesas Civis do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Débora Diogo, considera importante esse intercâmbio de informações técnicas e operacionais, na parte de monitoramento e alertas, para um melhor planejamento sistêmico das ações integradas das Defesas Civis do Grande ABC nas áreas de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação.
“Nossa iniciativa em ter solicitado essa capacitação técnica ao Cemaden visa fortalecer o trabalho integrado das Defesas Civis dos sete municípios do Grande ABC, os quais integram o consórcio intermunicipal ,focando, principalmente, a prevenção do risco de desastres naturais.”, afirma Débora Diogo. “Investir na prevenção, estimulando a capacidade da população em lidar com a mudança climática e a percepção dos riscos, é um novo paradigma que temos adotado, com resultados positivos, obtidos pela diminuição dos impactos sociais e materiais nos últimos anos.”, complementa a coordenadora.
O coordenador-geral de Operações e Modelagem, Marcelo Seluchi recepcionou as equipes das Defesas Civis no Cemaden de Cachoeira Paulista e considerou fundamental essa integração e parceria, para o aprimoramento dos trabalhos de emissão de alertas. “O intercâmbio de informações e o retorno das ações em campo das Defesas Civis permitem uma constante avaliação dos trabalhos de emissão dos alertas, visando sua melhoria.”, enfatiza Seluchi.
As Defesas Civis que integram o Consórcio Intermunicipal Grande ABC englobam os municípios paulistas de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. A região concentra uma população de 2,7 milhões de habitantes e é considerada estratégica pela localização de reservatórios hídricos, das reservas naturais e da Mata Atlântica.
Além da coordenadora Débora Cristina Diogo e membros da Defesa Civil de Santo André, participaram da capacitação membros da Defesa Civil de Mauá e da diretora de departamento Eliete Gebara, e o coordenador da Defesa Civil de São Bernardo do Campo, Luiz Antonio Neves Costa e membros da equipe.
Cemaden instala sensores geotécnicos para monitorar riscos de deslizamentos em Salvador
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação irá instalar, na próxima semana, em Salvador, na Bahia, os sensores geotécnicos – denominados de ETR- Estação Total Robotizada, para monitorar áreas de riscos de deslizamentos, complementando os dados e informações da rede observacional de monitoramento.
Os sensores geotécnicos fazem parte do projeto do Cemaden/MCTI sobre Monitoramento de Morros para Prevenção de Deslizamentos para acompanhar, com maior precisão, a movimentação de terra em morros e encostas nas áreas de riscos de deslizamentos. São equipamentos de alta tecnologia que estão sendo instalados nas áreas vulneráveis a deslizamentos em nove municípios, de várias regiões do País.
A Estação Total Robotizada (ETR) em Salvador será instalada na sede do Hospital do Segundo Distrito Naval, no Bairro do Comércio. Também serão instalados 100 prismas nos morros e encostas nas áreas vulneráveis a deslizamentos da Comunidade Santo Antonio Além do Carmo, localizada na parte posterior ao hospital.
Os equipamentos permitirão estudar e identificar os momentos preliminares e críticos que antecedem o deslizamento, de forma a obter dados com maior confiabilidade para a emissão de alertas de riscos de deslizamentos.
Já foram instaladas as Estações Totais Robotizadas (ETRs) nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo, Blumenau, em Santa Catarina, nos municípios serranos de Petrópolis, Nova Friburgo e em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. Os próximos municípios a receberem os sensores geotécnicos são Recife, Pernambuco e Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro.
A seleção dos municípios vulneráveis a riscos de deslizamentos para a instalação dos sensores geotécnicos foi feita com bases no histórico de desastres naturais e de seus impactos sociais e econômicos da região. A escolha da ordem de instalação dos equipamentos nos municípios foi dada pelo fator climático de cada região ( período chuvoso – iniciando pelo Sudeste, Sul e Nordeste).
Em Salvador, o pesquisador do Cemaden, engenheiro Rodolfo Mendes visitará as áreas vulneráveis da Comunidade Santo Antonio, definindo os locais onde serão instalados os prismas, em parceria com a Defesa Civil da capital baiana.
Após a instalação dos sensores geotécnicos, há um tempo para a configuração e ajustes técnicos dos equipamentos para que ocorra a transmissão de dados ao Cemaden de São José dos Campos (SP).
Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos
A Estação Total Robotizada (ETR) é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 prismas ( ou espelhos) instalados nos morros e encostas do município. Esses sinais emitidos permitem captar até pequenas movimentações de terra dos morros, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus, cobrindo até 2,5 km de extensão.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade.
Os moradores das áreas de riscos de deslizamentos de Salvador estão sendo informados e esclarecidos sobre as instalações desses aparelhos próximos às moradias. Esses equipamentos não causam quaisquer interferências em outros equipamentos e nem impactos às áreas onde serão instalados.
Salvador já tem parceria com o Cemaden, com 15 pluviômetros automáticos instalados em locais próximos a áreas de risco de desastres naturais, além de 10 pluviômetros semiautomáticos instalados pelo Projeto Pluviômetros nas Comunidades. Os pluviômetros têm a função de medir, em milímetros, a quantidade de chuva precipitada, durante um determinado tempo e local, para monitoramento do município.
Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos do Cemaden, cada um dos nove municípios – que faz parte do projeto – na primeira etapa receberá uma Estação Total Robotizada, acompanhada de 100 prismas. Na segunda etapa do projeto, serão instalados mais um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, que coletam dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo, complementando as informações sobre possíveis riscos de deslizamentos.
Cemaden apresenta estudos sobre impactos do aquecimento global no Brasil
No cenário de alta emissão de gases de efeito estufa, com 70% de probabilidade do Brasil sofrer um aquecimento superior a 4ºC antes do fim deste século, ocorrerá resultados catastróficos e impactos no país para a saúde humana, agricultura, biodiversidade e energia. A pesquisa foi coordenada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil. Os coordenadores da pesquisa foram os pesquisadores e climatologistas, José Marengo do Cemaden/MCTI e Carlos Afonso Nobre, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Os estudos foram apresentados durante o Workshop do lançamento do Relatório final do Projeto Riscos de Mudanças Climáticas Extremas no Brasil e Limites à Adaptação, ocorrido na Embaixada Britânica, em Brasília, no último dia 2 de março. Nos estudos, são apontados que o aquecimento no país afetará a saúde humana, causará aumento de eventos extremos, redução de água e energia para a população, além dos impactos sobre a produção de alimentos.
Para este projeto, os pesquisadores avaliaram estudos já publicados recentemente sobre impactos do aquecimento no Brasil, seguindo metodologia do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Em geral todos os setores apontam a reduzida literatura existente acerca do impacto de um aumento igual ou superior a 4ºC de temperatura média no Brasil. Maiores riscos e impactos são normalmente observados em cenários climáticos mais pessimistas, como as projeções do cenário mais extremo usado pelo IPCC no seu quinto relatório. Este cenário é chamado de RCP 8.5, que mostra aquecimento global de até quase 6º C até o ano de 2100.
“As mudanças climáticas precisam ser compreendidas pelos formuladores de políticas como uma questão de gestão de riscos.”, afirma o pesquisador José Marengo. Para ele, minimizar os riscos significa influenciar de forma rígida e urgente a formulação de políticas que priorizem a mitigação. ”O estudo empresta conceitos de análise de risco para estudar cenários de aumentos de temperatura acima de 4ºC.”
Impactos no Brasil com o aumento da temperatura em 4ºC
Na agricultura- Um aquecimento igual ou superior a 4°C significa uma maior evapotranspiração e uma maior demanda do que temos no sistema de água. Com um aumento de fenômenos extremos como as inundações e secas em lugares e momentos diferentes. Sendo importante reduzir a nossa vulnerabilidade e cultivar alimentos com menos água.
Em uma análise do risco de perda de produtividade com possibilidade maior de 20%, para diferentes culturas (algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, feijão, girassol, milho e soja) para um cenário atual (base 1976-2005), em 2020, 2050 e 2070 em uma situação de aquecimento igual ou superior a 4°C para todos os municípios do Brasil.
Setor saúde humana – Evidência sobre doenças transmitidas por água e alimentos contaminados com ênfase na leptospirose e diarreia: Leptospirose: os municípios do estado do RS e SC poderão experimentar um aumento de mais de 150% nos casos de leptospirose decorrentes do aumento da precipitação. Municípios com alto risco e vulnerabilidade para inundações poderão apresentar aumento dos casos da doença.
Nas condições sociodemográficas, com problemas de saneamento e serviços de atenção básica à saúde, cerca de 34% dos municípios e 64% da população infantil da região Norte poderão apresentar aumento de 50% dos casos de diarreia até 2099.
Na região Norte e Nordeste, aproximadamente 80% dos municípios apresentam vulnerabilidade muito alta para condições de saúde, representando cerca de 40% da população infantil e idosa da região que poderão estar expostas a um aumento médio de 5°C na região Nordeste e 7°C na região Norte no cenário RCP 8.5 no período de 2071-2099.
Setor biodiversidade- Impacto de um aumento igual ou superior a 4 °C na temperatura média pode levar a:
-savanização e empobrecimento de florestas se verifica para aumento superior a 2oC em 2070 e que se agrava com o aumento da temperatura;
-aumento no percentual de risco de extinção de espécies de ate 15,7%, e América do Sul é o continente mais suscetível à extinção de espécies;
-extinção e mudanças no padrão de distribuição de espécies nativas de valor comestível e cultural no cerrado, causariam problemas socioeconômicos em 2080.
-impacto socioeconômico também se daria pela redução nas populações de espécie de abelha nativa da Mata Atlântica, essencial à polinização tanto de espécies agrícolas como de espécies nativas, que já se verificaria em 2030 e se agravaria até à extinção em 2050 e 2080,
-em 2100, o Brasil perderia 200 dias por ano para o crescimento de plantas, causando impactos de grande magnitude tanto para a biodiversidade, a produtividade de ecossistemas e a economia. Para espécies florestais na Amazônia e Mata Atlântica, o cenário seria particularmente grave.
-Em 2100, a perda de biodiversidade nas costas tropicais, inclusive brasileira, será significativa gerando impactos sobre a alimentação e economia.
Setor Energia – A vulnerabilidade do setor elétrico brasileiro a cenários de temperaturas extremas dependerá da própria trajetória de evolução deste sistema no futuro. A demanda por eletricidade pode mais do que dobrar no país até 2050, e pra atender essa demanda adicional, na ausência de esforços de mitigação o sistema energético brasileiro poderia se tornar mais carbono intensivo devido à penetração de carvão e gás natural na geração elétrica.
Em cenários de mitigação, fontes renováveis, como eólica e solar, tornam-se mais importantes, além de fontes fósseis acopladas com captura e armazenamento de carbono.
Do ponto de vista qualitativo e partindo de um impacto negativo quantificado sobre as hidrelétricas brasileiras para um cenário RCP 8.5 (aquecimento maior do que 4 °C para o ano de 2100 ), o déficit no atendimento da demanda elétrica no país se torna praticamente inevitável em um cenário de clima extremo até 2040. Temperaturas maiores podem, também, estressar o sistema elétrico pelo lado da demanda, dada a maior demanda por eletricidade para lidar com temperaturas ambientes mais elevadas.
O Relatório final do Projeto Riscos de Mudanças Climáticas Extremas no Brasil e Limites à Adaptação será transformado em livro. Participaram da pesquisa o Instituto Alberto Luiz Coimbra (COPPE-UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS).