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Pesquisadora do Cemaden Educação lança livro com práticas educativas para a redução do risco de desastres
“Muito além da chuva: práticas educativas na era dos desastres” foi o livro lançado em evento virtual, nesta segunda-feira (7), pela pesquisadora do Programa Cemaden Educação, Patricia Mie Matsuo, durante o Curso de Extensão “Introdução à temática dos Riscos e educação escolar”, coordenado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Educação e Riscos (GEPEGER) da Universidade Federal de São João del-Rei, com participantes de cinco regiões do Brasil, de Moçambique e de Portugal.
O livro apresenta o texto original da pesquisa de doutorado "Práticas escolares de Educação em Redução de Riscos e Desastres Socioambientais", orientada pela professora Rosana Louro Ferreira Silva e defendida, no final de 2022, pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências da Universidade de São Paulo (USP).
A publicação nasceu do convite da Presidente da RISCOS (Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança), professora Fátima Velez de Castro, professora do Departamento de Geografia e Turismo da Universidade de Coimbra. O material foi editado pela RISCOS e está disponível gratuitamente na página da instituição:
https://www.riscos.pt/publicacoes/outras-publicacoes/outros-livros/peed/.
Livro traz subsídios para projetos e políticas públicas de redução de risco de desastres
A pesquisadora Patricia Mie Matsuo apresenta o panorama nacional das práticas educativas, que foram inscritas nas quatro primeiras edições da Campanha do Cemaden Educação #AprenderParaPrevenir, nos anos de 2016 a 2019. A abordagem é sob o ponto de vista do perfil das comunidades escolares que desenvolveram iniciativas em Educação em Redução de Riscos e Desastres (ERRD), os territórios onde foram desenvolvidas e os principais desastres socioambientais abordados nessas práticas.
O livro traz uma sistematização detalhada das modalidades e abordagens didáticas adotadas por professoras e professores de mais de 230 escolas participantes e propõe ainda a utilização de uma mandala como instrumento flexível para o planejamento, monitoramento e avaliação de práticas em ERRD.
“Ainda que alguns limites ainda permaneçam - como o questionamento dos fatores geradores dos desastres e a formalização da ERRD - o desenvolvimento dessas práticas, com todos os públicos escolares e em todos os níveis de ensino, evidencia os possíveis caminhos no desenvolvimento de uma educação em tempos de riscos e desastres”, afirma a pesquisadora do Cemaden Educação, Patricia Mie Matsuo, autora do livro.
A pesquisadora explica que todos os resultados compilados em “Muito além da chuva” servem de subsídio para a criação e o fortalecimento de projetos, programas e políticas públicas articuladas.
Lançamento do livro em etapas
O Módulo I - Abordagem didático-pedagógica e política dos riscos de desastres, coordenado pela pesquisadora do Cemaden Educação, Patricia Mie Matsuo e professora Carla Juscélia de Oliveira Souza, da Universidade Federal de São João del-Rey (UFSJ), foi dedicado também para o diálogo sobre os conceitos de riscos, os caminhos para o desenvolvimento de ações educativas, no Programa Cemaden Educação e a 7ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir.
Já o primeiro lançamento presencial ocorrerá em 15 de agosto no município de Ubatuba/SP, durante a programação do VI Fórum de Educação Ambiental do Litoral Norte, coordenado pela Câmara Técnica de Educação Ambiental (CT-EA) do Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte (CBH-LN).
O evento foi escolhido pela relação da autora com lideranças da região, tanto pela atuação em projetos socioambientais, como pela participação da criação da Rede de Educação para Redução de Riscos de Desastres do Litoral Norte de São Paulo (ERRD-LN).
A pesquisadora do Cemaden Educação tem a intenção de continuar a divulgação da publicação em uma série eventos e espaços de diálogo com escolas, Defesa Civil, grupos de pesquisa das universidades e outros colegiados interessados na temática.
O livro também está disponível na Midiateca do site do Cemaden Educação, acessível pelo link :
Fonte: Ascom/Cemaden
Comitiva da Prefeitura de Franco da Rocha (SP) realiza visita técnica ao Cemaden para aprimorar o plano de resiliência a desastres
Uma comitiva de 24 servidores da Prefeitura Municipal de Franco da Rocha (SP) realizou visita técnica-científica ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - na última quinta-feira (3), como parte das atividades do curso de pós-graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O objetivo é o de ampliar os conhecimentos para a elaboração do Plano Local de Resiliência a Desastres.
Esse plano integra o curso de pós-graduação do Programa de Análise da Resiliência a Desastres no Contexto Municipal , por meio do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (CRITT) da UFJF, em parceria com o Escritório das Nações Unidades para Redução do Risco de Desastres. Estão participando desse curso os servidores de diversas áreas e secretarias da Prefeitura de Franco da Rocha, para que se tornem especialistas na construção de uma cultura de gestão e planejamento, baseados em dados reais e científicos. O objetivo final é que os gestores e servidores participantes possam desenvolver o Plano Local de Resiliência, a partir da aplicação de metodologias e ferramentas.
Apresentações científicas do Cemaden
A apresentação institucional do Cemaden foi feita pela coordenadora-substituta de Relações Institucionais, Ana Paula Cunha, pesquisadora em extremos agrometeorológicos e secas.
O coordenador-geral substituto de Pesquisa e Desenvolvimento e pesquisador da área de geodinâmica do Cemaden, Rodolfo Mendes, apresentou as linhas de pesquisa do Cemaden, no contexto do aprimoramento dos alertas de risco de desastres, com abordagens sobre riscos e vulnerabilidades. Também apontou as influências e fatores antrópicos entre as causas dos desastres, além de abordagens sobre mapeamento de áreas de riscos de deslizamentos.
A abordagem sobre “cidades resilientes a desastres: contribuições do monitoramento hidrológico” foi feito pelo tecnologista em Extremos Hidrológicos, Leandro Casagrande, da Sala de Situação do Cemaden.
Entre os gestores da Prefeitura de Franco que participaram da visita técnica-científica ao Cemaden estavam a vice-prefeita Lorena Rodrigues de Oliveira e o diretor da Defesa Civil Municipal, Francisco Antonio Queiroz.
A elaboração e organização da programação da visita foram realizadas pela analista em C&T, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Rede Clima lança coleção temática com análises e propostas para políticas públicas
Em comemoração aos seus 15 anos, a Rede Clima - Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais acaba de lançar a coleção “Contexto histórico e político das mudanças climáticas no Brasil - análise e caminhos para o AGORA”. O objetivo é apresentar uma síntese dos resultados das pesquisas realizadas pelas sub-redes temáticas e projetos integrativos, apontando caminhos para a formulação de políticas públicas e tomadas de decisão sobre mudanças ambientais globais.
Os três primeiros volumes da coleção já está disponíveis para download:
Volume 1 – Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Ecossistemas.
Volume 2 – Mudanças, Cidades e Urbanização
Volume 3 – Mudanças Climáticas e Impactos Socioeconômicos
Sobre a Rede Clima
A Rede Clima envolve dezenas de grupos de pesquisa em universidades e institutos. Estas estão distribuídas nas diversas regiões do país, o que provê capilaridade para a Rede, assim como potencializa a transferência e a difusão das informações geradas. Está estruturada em 15 sub-redes temáticas, a saber: Agricultura, Biodiversidade e Ecossistemas, Cidades e Urbanização, Desastres Naturais, Desenvolvimento Regional, Economia, Energias Renováveis, Modelagem Climática, Oceanos, Políticas Públicas, Recursos Hídricos, Saúde, Serviços Ambientais dos Ecossistemas, Usos da Terra e Zonas Costeiras. Também desenvolve pesquisas transversais, por meio de projetos integrativos, tais como: Segurança Hídrica, Alimentar e Energética (PI SHAE) e Segurança Socioambiental (PI SSA).
A sub-rede Desastres Naturais da Rede Clima tem como coordenadoras as pesquisadoras Regina Alvalá, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), e Regina Rodrigues, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
No início de 2023, vinculado à Rede Clima, foi aprovada a implantação do SiMAClim - Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas (https://simaclim.com.br/), que vai gerar informações e preencher lacunas de conhecimento científico nacional criteriosamente identificadas. O projeto, estruturado pela área de clima do MCTI, será implementado pela Rede Clima a partir da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Em meados de 2023, a Rede Clima assumiu assento no Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM). A ação foi formalizada em decreto presidencial (Decreto nº 11.550, de 5 de junho de 2023), com o objetivo de aproximar a ciência dos tomadores de decisão e contribuir para a definição das políticas públicas. O CIM é a instância responsável por acompanhar a implementação das ações e das políticas públicas relacionadas à Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), no âmbito do governo federal.
A Secretaria Executiva da Rede Clima é compartilhada entre o Cemaden (onde está sediada) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Cemaden realiza pesquisa e discute sobre Inteligência Artificial para previsão de inundações
Cientistas discutem o bom desempenho da previsão de inundações, utilizando um modelo hidrológico baseado em redes neurais artificiais (RNA), técnica da área de Inteligência Artificial (I.A.). A metodologia emprega dados observados no nível de água do rio e a estimativa de precipitação pelos dados de radar meteorológico de alta resolução sobre uma pequena bacia hidrográfica.
As discussões ocorreram na última semana de julho (dias 24 e 25), durante a Sessão Temática “Matemática das inundações e rupturas de barragens”, coordenada pelo pesquisador Leonardo B.L. Santos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e pelos professores Maicon Correa e José Mário Martinez, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A sessão temática fez parte do “Colóquio Brasileiro de Matemática”, evento promovido pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), também unidade de pesquisa do MCTI, com sede no Rio de Janeiro (RJ).
“Na modelagem baseada em Inteligência Artificial, os algoritmos foram treinados e avaliados para duas previsões de curto prazo (15 e 120 min) usando volumes acumulados de chuva (de uma à 48 horas) derivados de dados de radar meteorológico e do nível do rio na saída de uma bacia hidrográfica” , informa o físico e pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos.
Na sessão temática, foram apresentadas palestras sobre o estado-da-arte em modelagem de inundações e rupturas de barragens, com métodos físicos tradicionais e inovações com Inteligência Artificial. Além disso, foram discutidas questões como turbulência e modelagem de tsunamis.
A ruptura de barragens foi outra classe de eventos abordada no evento. O rompimento da barragem em Brumadinho (Minas Gerais), em 25 de janeiro de 2019, é considerado o maior acidente de trabalho da história brasileira em termos de vidas humanas, e o rompimento da barragem em Mariana (também em Minas Gerais),em 5 de novembro de 2015, é tido como o desastre industrial que causou o maior impacto ambiental no país. A temática tem atraído a atenção de pesquisadores de diversas Instituições, em especial da Unicamp, aplicando as metodologias da Análise Numérica.
Desastres hidrometeorológicos e a pesquisa sobre o Modelo Hidrológico baseado em Rede Neural
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, inundações corresponderam a 44% de todos os eventos de desastre entre 2000 e 2019, impactando diversas cidades ao redor do mundo. Muitos desastres hidrometeorológicos em bacias hidrográficas pequenas e íngremes se desenvolvem rapidamente e impactam significativamente vidas humanas e infraestruturas. Dados de chuva de alta resolução e métodos de aprendizado de máquina têm sido usados como estruturas de modelagem para prever esses eventos, como inundações repentinas.
“Uma questão crítica permanece: quanto tempo de dados de entrada de chuva é necessário para uma previsão hidrológica empírica? Empregamos um modelo hidrológico de redes neurais artificiais (RNA) para abordar essa questão, com a finalidade de previsão do nível dos rios e investigar sua dependência de condições antecedentes de chuva”, explica Santos.
Nessa pesquisa com o Modelo Hidrológico baseado em Rede Neural, os cientistas concluem que - mesmo em uma bacia hidrográfica com menos de duas horas de tempo de concentração - os dados acumulados de precipitação por um período mais prolongado melhoraram, significativamente, o desempenho da rede neural. Essa questão sugere que o algoritmo simula padrões físicos do sistema, que podem estar relacionados à umidade do solo em condições anteriores.
“Sob longos períodos de precipitação acumulada em mais de 12 horas, a estrutura atingiu níveis de desempenho consideravelmente mais elevados, o que pode estar relacionado à capacidade da RNA de capturar a resposta subsuperficial, bem como estados passados de umidade do solo na bacia hidrográfica.”, destaca o pesquisador Leonardo Santos.
O artigo científico empregou um modelo hidrológico de redes neurais artificiais (RNA) para abordar essa questão para prever o nível dos rios e investigar sua dependência de condições antecedentes de chuva. Os testes foram realizados usando os dados observados de nível de água e estimativa de precipitação por radar meteorológico de alta resolução sobre uma pequena bacia hidrográfica na região serrana do Rio de Janeiro, Brasil.
O artigo científico “A Neural Network-BasedHydrologicalModel for Very High-ResolutionForecastingUsingWeather Radar Data” (Um modelo hidrológico baseado em rede neural para previsão de resolução muito alta usando dados de radar meteorológico) pode ser acessado pelo link: https://www.mdpi.com/2673-4117/4/3/101
Eventos sobre Inteligência Artificial
Na Sessão Temática “Matemática das inundações e rupturas de barragens”, do Colóquio Brasileiro de Matemática participaram 38 pesquisadores de diversas instituições. “Foi uma oportunidade ótima para reunirmos tantos especialistas na área, para discussões de possíveis colaborações e para estimularmos jovens pesquisadores a ingressarem na temática.”, afirma Santos, pesquisador do Cemaden, informando que o grupo de pesquisadores dessa área está com perspectivas de preparação de projetos em conjunto para editais de pesquisa.
No próximo mês, nos dia 4 e 5 de setembro, haverá um novo encontro presencial na sede do Cemaden, no Parque Tecnológico em São José dos Campos, para discussões sobre inundações e secas, no Workshop IASI – Inteligência Artificial em Secas e Inundações – com inscrições abertas: https://sites.google.com/view/iasi2023
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores brasileiros e internacionais do Programa BRICS se reúnem no Cemaden para alinhar estudos sobre deslizamentos
Entre os dias 1º a 14 de agosto, pesquisadores do Brasil, China e Rússia integrantes do projeto “Aprimoramento do gerenciamento do risco de deslizamentos e fluxo de detritos em regiões serranas - Análise comparativa das metodologias de mapeamento de movimentos de massa na China, Rússia e Brasil – IRMMA” estarão reunidos no Brasil, realizando visitas técnicas, workshops e trabalho em campo.
Essas atividades de cooperação científica do Projeto IRMMA faz parte do BRICS STI Framework Programme, da 3ª chamada de 2019, envolvendo o Brasil, Rússia e China, dentro de uma das áreas prioritárias do acordo de cooperação entre os países do bloco BRICS (integrado pelos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) , na temática “Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais”, definida em 2018.
Com a proposta de experiências do Brasil, China e Rússia, pesquisadores desenvolvem trabalho científico conjunto para aprimorar metodologias de mapeamento de risco a deslizamentos e fluxos de detritos, além do cálculo do valor do índice crítico de chuva em regiões serranas. Também estão nos objetivos do projeto a implementação de protocolos de monitoramento e alerta. Para isso, consideram os eventos extremos que podem ser intensificados pelas mudanças climáticas.
Participantes do projeto do Programa IRMMA/BRICS
Seis tecnologistas da Sala de Situação e dois pesquisadores do Cemaden, todos da área de geodinâmica, integram essa equipe de projeto de pesquisa multilateral , com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
Brasil:
Do Cemaden participam : Carla Prieto, Rodrigo Stábile, Tulius Nery, Pedro Camarinha, Márcio Andrade, Frederico Ávila, Juliano Coelho, Rodolfo Mendes.
Também participam professores, pesquisadores e técnicos das Universidades Estadual e Federal do Rio de Janeiro (UERJ e UFRJ), do Departamento de Recursos Minerais do Estado do RJ, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) do Cemaden do Estado do RJ e da Fundação Instituto de Geotécnica do Município do RJ (GeoRio).
Rússia e China
Os pesquisadores russos vinculados ao projeto são da Lomonosov Moscow State University e os pesquisadores chineses são da Southwest Jiaotong University .
Programação do reunião do Projeto IRMMA/BRICS no Brasil
- Dias 01, 02, 03 e 04/08: Trabalho de campo e visitas técnicas no Rio de Janeiro, sob coordenação do Prof. Francisco Dourado (UERJ) e Prof. Nelson Fernandes (UFRJ);
- Dias 07 e 08/08 – Trabalho de campo na Região Serrana do RJ, coordenado pelo Prof. Nelson;
- Dia 09/08: deslocamento Região Serrana para São José dos Campos (SP);
- Dia 10/08 - Visita ao Cemaden , com programação de palestras;
- Dia 11/08 – Trabalho de campo em São Sebastião (SP) com posterior retorno ao Rio de Janeiro (RJ);
- Dia 14/08 – Reunião final de encerramento no SGB/CPRM -Rio de Janeiro (RJ)
Fonte: Ascom/Cemaden
Foto do trabalho em campo na região de Wenchuan, na China, onde houve o grande terremoto de 2008.
Cemaden participa da mostra de ciência e tecnologia na Reunião da SBPC
Aberta, oficialmente, ao público nesta segunda-feira (24), a ExpoT&C – maior mostra de ciência, tecnologia e inovação do País – reúne mais de 40 expositores no campus do Centro Politécnico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), de 24 a 29 de julho, dentro da programação da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A feira de exposição foi aberta pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos pelo presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – neste ano, no espaço da ExpoT&C, traz inovações com os painéis interativos apresentados aos visitantes.
Uma das novidades é a mesa de caixa de areia, que mostra as curvas de nível de rio, reconhecidas a partir da mudança de relevo. A pessoa posiciona a mão acima do relevo, a qual simula chuva, podendo acompanhar o caminho da água, mostrando as mudanças de relevo e as simulações de riscos de inundação e deslizamentos.
Outra novidade em tecnologia está na mostra do Totem Interativo, que permite aos visitantes conhecerem melhor o Cemaden, inclusive sobre as atividades científicas e tecnológicas desenvolvidas para prevenção e redução do risco de desastres.
Além dessas novidades, o Cemaden apresenta o vídeo mostrando o sistema SALVAR (Sistema de Alertas e Visualização de Áreas de Risco), com explicações sobre o processo de monitoramento e emissão de alerta de risco de desastres geo-hidrológicos (deslizamentos, inundações, enxurrados, enchentes), nas áreas de risco dos 1.038 municípios monitorados pelo Cemaden. Além dos painéis e vídeos, há alguns modelos de equipamentos utilizados no monitoramento.
Os visitantes receberão uma sacola com o kit de material informativo do Cemaden e publicações do Programa Cemaden Educação, que trabalha com atividades educativas para a percepção e prevenção de riscos de desastres.
Na programação de palestras do Auditório da ExpoT&C, o Cemaden será representado pela pesquisadora Sílvia Midori Saito, que participa com a palestra intitulada “Ciência dos Desastres : entre os riscos, as vulnerabilidades e as potencialidades.”
No estande do Cemaden, na ExpoT&C, estão recebendo os visitantes : a analista em C&T Marisa Mascarenhas, a tecnologista/pesquisadora em geodinâmica Carla Prieto e os pesquisadores Demerval Gonçalves e Fernando Silva.
A 75ª Reunião Anual da SBPC vai até o dia 29 de julho no Centro Politécnico da UFPR. Confira a programação completa no site do evento: https://ra.sbpcnet.org.br/75RA/ .
Fonte:Ascom/Cemaden
Equipe de TV chinesa visita o Cemaden para entrevistas sobre El Niño, mudanças climáticas e eventos extremos
Equipe da rede da CCTV (China Central Television) esteve, nesta quinta-feira (20) na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), para gravar entrevistas a serem veiculadas em programa jornalístico chinês, com abordagens sobre os impactos do El Niño, mudanças climáticas, eventos extremos e secas.
As entrevistas foram gravadas no Cemaden com o climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento e também com o meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operação e Modelagem.
A equipe chinesa da CCTV - formada pelos jornalistas Wang Yuguo e Laura Olivera Sala, e do assistente técnico, Adenísio Araújo –conheceram também o sistema de monitoramento da Sala de Situação do Cemaden.
Como televisão estatal chinesa, a CCTV é operada pela Administração Nacional de Rádio e Televisão, com 50 canais, que transmitem uma variedade de programação para mais de um bilhão pessoas, em seis idiomas. A equipe da CCTV no Brasil tem a sede na capital de São Paulo, e vem fazendo reportagens sobre clima, em alguns países no sul da América do Sul.
Segundo a equipe de TV, a reportagem e entrevistas do Cemaden serão transmitidas pela CCTV-3. Também poderá ser retransmitida em canal específico de Economia e em outros canais da rede.
Participação do Cemaden em projeto de pesquisa do BRICS
Em 2015, o Cemaden/MCTI foi a instituição responsável, dentro do ministério, para desenvolver os acordos e mecanismos de ciência, tecnologia e inovação para a cooperação multilateral entre o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (países que integram o BRICS) em torno do tema relacionado a desastres naturais.
Em 2018, o tema de “Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais” – foi uma das cinco áreas prioritárias do acordo de cooperação entre os países do BRICS ((Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
O Cemaden integra a equipe de projeto de pesquisa multilateral com pesquisadores do Brasil, China e Rússia, países integrantes do BRICS na área de desastres naturais, desde 2019.
Seis tecnologistas da Sala de Situação e dois pesquisadores da área de geodinâmica do Cemaden participam do projeto “Aprimoramento do gerenciamento do risco de deslizamentos e fluxo de detritos em regiões serranas - Análise comparativa das metodologias de mapeamento de movimentos de massa na China, Rússia e Brasil – IRMMA.
Aprovado na 3ª chamada de 2019 do BRICS STI Framework Programme , o projeto envolve pesquisadores brasileiros, chineses e russos. Conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
No próximo dia 10 de agosto deste ano, pesquisadores brasileiros, chineses e russos estarão na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP). O evento para o intercâmbio científico do projeto conta com a programação de visitas, palestras e reuniões, durante duas semanas, incluindo eventos no Rio de Janeiro (RJ),
Fonte: Ascom/Cemaden
Fotos Visita equipe TV chinesa - CCTV
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Com a presença da ministra do MCTI, Cemaden lança a 7ª edição da #Campanha AprenderParaPrevenir
A cerimônia de lançamento da Campanha #AprenderParaPrevenir 2023 ocorreu nesta quarta-feira (19), no auditório do MCTI, em Brasília, com a presença da ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A campanha é uma das atividades educativas do Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do MCTI - Representantes de mais quatro ministérios e de instituições parceiras, alunos e professores de escola pública do Distrito Federal, também estiveram presentes, todos voltados ao trabalho e às ações de prevenção de riscos de desastres e mitigação dos impactos das mudanças climáticas.
“Além do auxílio de todas as ferramentas tecnológicas, é preciso ter essa ação integrada e mobilizadora, em que vocês são atores e atrizes principais desse processo”, enfatiza a ministra Luciana Santos, do MCTI. Citando a junção de vários fatores socioambientais e de suas experiências junto às comunidades vulneráveis a risco de desastres, lembrou: “As pessoas não moram em áreas de riscos por opção, mas por falta de opção. Temos o conceito integrado do Cemaden Educação, que é o de políticas públicas e ações transversais nesse trabalho”, complementou a ministra, cumprimentando e agradecendo o trabalho conjunto de todos os parceiros presentes.
A ministra informou que o MCTI está buscando investimentos, em conjunto com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), para modernizar os equipamentos de monitoramento do Cemaden. O objetivo é ampliar a cobertura de monitoramento e desenvolver ferramentas inovadoras e de menor custo de manutenção.
A diretora-substituta do Cemaden, Regina Alvalá, fez uma breve explicação sobre a missão da unidade de pesquisa do MCTI, que desde o final de 2011 realiza do monitoramento de riscos de desastres, emitindo o alerta quando necessário. Destacou, também, a importância dos investimentos em pesquisas sobre desastres geo-hidrológicos e secas, para gerar novos conhecimentos e aprimorar esses alertas para as ações de prevenção e de salvar vidas. “A campanha #AprenderParaPrevenir é uma das atividades educativas do Programa Cemaden Educação. A campanha tem um papel relevante, sobretudo por envolver as comunidades, escolas, defesas civis e instituições parceiras, dentro do programa brasileiro de gestão de riscos e desastres.”, afirma Alvalá, reforçando que a contribuição de vários ministérios e instituições na temática da campanha “Clima de desastres; tempo de agir ! ” ampliará os esforços para amenizar os impactos que os desastres causam na sociedade.
A coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber fez a apresentação do novo site do programa, por onde a equipe vai receber os trabalhos inscritos na campanha. Reforçou a importância da Miditeca, onde estão arquivos de trabalhos e conteúdos sobre Educação Ambiental e sobre emergência climática.
Também, fez o lançamento do livro do livro “Educação em clima de riscos de desastres” - realizado por pesquisadores do Cemaden Educação e do Projeto Ciência na Escola – recebido pelos convidados na sacola de kits educativos e disponibilizado em formato digital na Midioteca do site do Cemaden Educação.
“Nosso trabalho é que as escolas públicas sejam resilientes e sustentáveis, servindo como referências em suas comunidades”, afirma Trajber. Explica que nos itens sustentabilidade e prevenção de desastres - no contexto de mudanças climáticas e de justiça climática - espera transformações tanto nas edificações das escolas, como na implementação de currículos transdisciplinares. “A particularidade do Programa Cemaden Educação é que o trabalho desenvolvido junto a cada escola e defesa civil torne-se um micro-Cemaden. A definição da aprendizagem da ciência quer no monitoramento como nas pesquisas participativas e cidadãs, dialoguem com o Cemaden.”, ressalta a coordenadora do programa.
Parcerias da Campanha AprenderParaPrevenir 2023
A campanha deste ano conta com a parceria dos Ministérios da Educação(MEC); Meio Ambiente e Mudança do Clima/Diretoria de Educação Ambiental (MMA); Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); Integração e Desenvolvimento Regional/Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (MIDR); e Cidades/Caravana das Periferias. Das instituições: Cruz Vermelha Brasileira; do Movimento Escolas pelo Clima e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas/ Divulgação do Conhecimento, Comunicação de Risco e Educação para a Sustentabilidade.
Na cerimônia de lançamento da campanha, estiveram presentes representantes dos ministérios: Rita Silvana Santana (MEC), Inara Santos Melo (MMA); Joaquim Gondim (ANA) e Reinaldo Estelles (MIDR), entre outras autoridades. Representando a comunidade escolar, os alunos e professores do Centro Educacional Myrian Ervilha, do Distrito Federal, também estiveram presentes na cerimônia. Esse centro educacional já participou da campanha de 2018, vêm desenvolvendo atividades educativas de meio ambiente e de prevenção de desastres.
A transmissão da cerimônia foi acompanhada pelos servidores do Cemaden no auditório da instituição, em São José dos Campos, transmitida pelos canais YouTube, disponibilizadas a gravação pelos links:
MCTI : https://www.youtube.com/watch?v=BqGzV9X9uL8
Cemaden Educação: https://www.youtube.com/watch?v=cZdWYRtvLug
Campanha #AprenderParaPrevenir 2023
As inscrições para a Campanha #AprenderParaPrevenir, com a temática “Clima de desastres: tempo de agir!” vão até o dia 31 de outubro. A premiação será por sorteio e por mérito.
Mais informações sobre o Cemaden Educação e Campanha:
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden recebe certificado pela contribuição ao Space Studies Program
Como reconhecimento pela contribuição direcionada aos participantes do curso intensivo do Space Studies Program, durante a visita técnica, no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – o diretor do programa, James Lewis e o vice-diretor, Arif Gektug Karacalioglu, encaminharam um quadro certificado de agradecimento a toda equipe do Cemaden.
A visita ao Cemaden ocorreu no último dia 13 de julho, com a comitiva composta por 24 pessoas, representantes de 17 países. Os visitantes inscritos no programa intensivo, em variadas áreas de conhecimento, são cientistas, astronautas, pesquisadores, executivos de empresas e de agências ligadas ao setor espacial.
No certificado, os diretores do Space Studies Program fazem o agradecimento pela recepção institucional e pelas informações técnico-científicas repassadas em palestras e esclarecimentos dados pelos pesquisadores e tecnologistas do Cemaden. A temática abordada teve foco nas áreas de tecnologias e inovação aplicadas ao monitoramento geo-hidrometeorológico e ambiental.
Fonte: Ascom/Cemaden
Propostas e atividades do Cemaden Educação são apresentadas no curso de especialização em Educação Ambiental
Atividades pedagógicas e temáticas do Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – foram desenvolvidas como disciplina junto aos alunos do curso de Especialização em Meio Ambiente, Sustentabilidade e Saúde, na Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (UNIARP), Campus Caçador, em Santa Catarina.
O pesquisador e professor Antonio Guerra, da equipe do Programa Cemaden Educação, ministrou palestra sobre os conceitos básicos de Mudanças Climáticas e Redução de Riscos de Desastres, temáticas discutidas junto a 35 alunos (as), a maioria da turma do Curso de Especialização formada por professores (as). Também foram realizadas práticas de atividades educacionais sobre redução de riscos de desastres socioambientais, propostas que podem ser aplicadas em sala-de-aula com alunos do ensino fundamental e médio.
Os(as) alunos(as) desenvolveram e avaliaram o Jogo "Trilha do Risco" do Cemaden Educação e os jogos do projeto "Tecnologias educacionais inovadoras para abordagem interdisciplinar na Redução de Risco de Desastres Socioambientais", coordenado pela pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito.
As atividades foram realizadas nos dias 07 e 08 de julho na UNIARP e as discussões das temáticas foram com bases nas abordagens da palestra do coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo, realizada no último dia 16 de março, Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas.
Fonte: Ascom/Cemaden
Lançamento da Campanha AprenderParaPrevenir do Cemaden ocorre nesta quarta-feira (19), com a presença da ministra do MCTI
“Clima de desastres: tempo de agir!” é o tema da Campanha AprenderParaPrevenir 2023 que será lançada nesta quarta-feira, dia 19 de julho, às 15 horas, em cerimônia híbrida (presencial e on-line), com a presença da ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no auditório do MCTI, em Brasília, e transmissão pelos canais do YouTube do MCTI e do Cemaden Educação.
Promovida pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do MCTI – por meio do Programa Cemaden Educação, a 7ª edição da Campanha AprenderParaPrevenir conta com as parcerias de cinco ministérios e instituições de atuação nacional- todos voltados à prevenção e redução dos impactos das mudanças climáticas- que também estarão presentes na cerimônia de lançamento.
Parcerias fortalecem a Campanha AprenderParaPrevenir 2023
A campanha deste ano conta com a parceria dos Ministérios da Educação; Meio Ambiente e Mudança do Clima/Diretoria de Educação Ambiental; Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico; Integração e Desenvolvimento Regional/Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil; e Cidades/Caravana das Periferias. Das instituições: Cruz Vermelha Brasileira; do Movimento Escolas pelo Clima e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas/ Divulgação do Conhecimento, Comunicação de Risco e Educação para a Sustentabilidade.
Com a ampliação das parcerias, a CampanhaAprenderParaPrevenir do Cemaden tem a perspectiva de aprofundar a interlocução com a sociedade, ampliando as ações de educação, ciência, cidadania, sustentabilidade e resiliência para a redução dos riscos de desastres. O Programa Cemaden Educação utiliza estratégias educacionais participativas na construção de conhecimentos e intervenções transformadoras.
O Cemaden, desde 2011, monitora, emite alertas e pesquisas na área geo-hidrometeorológicas, como ocorrências de deslizamento de encostas, enxurradas, inundações e secas, em 1.038 municípios brasileiros mapeados com áreas de riscos geo-hidrológicos.
A campanha acontece desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro). A iniciativa busca mobilizar comunidades na construção de conhecimentos e intervenções de Educação em Redução de Riscos de Desastres.
Durante o período da realização da campanha (julho a outubro de 2023), serão realizados webinários, palestras, informações e discussões, nas diversas abordagens sobre o tema, promovidos pelo Cemaden Educação juntamente com cada instituição parceira. A programação e datas serão divulgadas com antecedência.
Programação da cerimônia de lançamento da campanha
A programação da cerimônia de lançamento está prevista para ser das 15 horas às 17 horas, iniciada com a apresentação de vídeo do tema da Campanha AprenderParaPrevenir deste ano.
Estão previstas as falas das autoridades e a distribuição de kits da campanha para as autoridades presentes.
Também ocorrerá o lançamento do novo site do Programa Cemaden Educação e do livro “Educação em clima de riscos de desastres”, realizado por pesquisadores do Cemaden Educação e do Projeto Ciência na Escola.
No encerramento, será mostrado um vídeo do Cemaden Educação com orientações sobre as inscrições na Campanha AprenderParaPrevenir 2023, com a temática ““Clima de desastres: tempo de agir!”. O evento será finalizado com apresentação musical da Escola Nacional de Música.
A cerimônia de lançamento da campanha será presencial no Auditório do MCTI, em Brasília, com transmissão on-line pelos canais do YouTube:
MCTI : https://www.youtube.com/watch?v=BqGzV9X9uL8
Cemaden Educação: https://www.youtube.com/watch?v=cZdWYRtvLug
Mais informações sobre o Cemaden Educação e Campanha:
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Participantes do Space Studies Program visitam o Cemaden para conhecer as tecnologias aplicadas ao monitoramento
Uma comitiva composta por 24 pessoas - representantes de 17 países e inscritas no curso intensivo do Space Studies Program (Programa de Estudos Espaciais) - visitou, nesta quinta-feira (13), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – sediado no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). Os visitantes inscritos no programa intensivo em todas as áreas de conhecimento são cientistas, astronautas, pesquisadores, executivos de empresas e de agências ligadas ao setor espacial.
Dentro do curso intensivo que totaliza 1.000 horas de conteúdo acadêmico, a visita ao Cemaden entrou na programação do curso para conhecer as tecnologias e inovação aplicadas ao monitoramento ambiental. As atividades do programa intensivo são organizadas pela International Space University (ISU), juntamente com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Prefeitura de São José dos Campos.
Programação no Cemaden
A recepção aos visitantes foi realizada pelo pesquisador do Cemaden, Marcelo Zeri, especialista em Agrometeorologia e Secas e pela analista em Ciência e Tecnologia, Selma Santos Chiavelli, da Coordenação de Relações Institucionais, também organizadora da programação da visita ao Cemaden.
A apresentação institucional e informações sobre a área de Tecnologias da Informação aplicadas ao monitoramento foram feitas pelo chefe da Divisão de Desenvolvimento de Produtos Integrados do Cemaden, Eduardo Fávero da Luz.
A tecnologista e pesquisadora da Sala de Situação do Cemaden, Carla Prieto, da área de Geodinâmica, explicou sobre área dos processos e sistemas operacionais de monitoramento e de emissão de alertas de desastres geo-hidrológicos.
O pesquisador Marcelo Zeri apresentou sobre o sistema de monitoramento agrometeorológico e de secas, os sistemas de modelagens e dados científicos, bem como as informações disponibilizadas no site do Cemaden.
Sobre o Space Studies Program (SSP)
Organizado pela ISU ( International Space University ), o Space Studies Program é considerado o maior evento de estudos espaciais do mundo, oferecendo o mais importante e completo programa de treinamento do setor. Realizado todos os anos em um local diferente ao redor do mundo, a 35ª edição do Space Studies Program ocorre primeira vez no Brasil, tendo como sede o município de São José dos Campos (SP).
Durante nove semanas, cerca de 500 inscritos vindos de mais de 50 países - entre cientistas, astronautas, pesquisadores e executivos de empresas e agências ligadas ao setor espacial - deverão circular por São José dos Campos. O evento também tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Agência Espacial Brasileira (AEB), do DCTA e da Força Aérea Brasileira (FAB).
Fonte: Ascom/Cemaden
Workshop traz subsídios para desenvolvimento de sistemas de alerta centrados nas pessoas
A necessidade de desenvolver métodos multi e interdisciplinares para a promoção de sistemas de alerta centrados nas pessoas, como forma de aprimorar a prevenção de riscos e desastres no Brasil, foi o tema do workshop "Sistemas de alerta centrados nas pessoas", realizado no dia 30 de junho no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Promovido pelo pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Cemaden – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o evento teve formato híbrido (presencial e on-line) e contou com a participação de servidores públicos (as), estudantes de pós-graduação, operadores da Defesa Civil e representantes de ONGs vinculadas ao tema.
O workshop trouxe os principais resultados da pesquisa de pós-doutorado desenvolvida por Marchezini, realizada em parceria com pesquisadores (as) do Cemaden/MCTI e do Natural Hazards Center, da Universidade do Colorado- Boulder. A pesquisa teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp (processo 2018/06093-4).
Avanços e desafios - Ao apresentar o evento em nome da Direção do Cemaden, a pesquisadora Silvia Saito destacou os avanços obtidos pelo Centro em seus 12 anos de operação, reconhecendo, porém, a necessidade de maior interação com os atores locais. “Hoje, o Cemaden monitora mais de mil municípios de forma ininterrupta, aprimoramos nossa comunicação e contato com as defesas civis e desenvolvemos continuamente a ciência do risco de desastres. Mas diante das vulnerabilidades cada vez mais acentuadas e das ameaças cada vez mais presentes no dia a dia, um sistema de alerta com abordagem inter e multidisciplinar, centrado em pessoas, é imprescindível”, afirmou. “Ouvir esses usuários e incorporar seus conhecimentos é um grande desafio”.
Para Marchezini, é preciso somar esforços para criar possibilidades de aperfeiçoar o sistema por meio de interdisciplinaridades. “Existe uma lacuna de conhecimento nessa área, não só no Brasil, mas no mundo todo”, afirmou. “Há menos de 40 estudos que focam em sistemas de alerta centrados nas pessoas.”
Em sua apresentação, o pesquisador explicou a estrutura de duas diferentes abordagens sobre sistemas de alerta. Na abordagem de fim de linha, as pessoas são envolvidas no final do processo, apenas como receptoras do alerta. Nesse caso, o foco da abordagem está mais na tecnologia e muito pouco nos atores que usufruem dessa tecnologia. Não se sabe se esses receptores irão compreendê-la, ou se vão utilizá-la e de que forma.
Já na abordagem de primeira linha entende-se que, para o aperfeiçoamento do sistema, é necessário ouvir pessoas. “Em 2017, o Cemaden realizou o primeiro seminário nacional de avaliação dos alertas do Centro, com a participação de 20 estados”, lembra Marchezini. “Tivemos também a presença de representantes da Defesa Civil, mas não dos moradores afetados. Em uma nova edição, seria importante chamar as pessoas que estão nas áreas de risco, envolvê-las desde o início, do desenho do que é preciso ter em um alerta, por exemplo.” Ele explicou ainda que a abordagem de primeira linha entende a importância de transformar dados em informação utilizável e considera as vulnerabilidades e capacidades dos diferentes atores, para além do conhecimento científico para a construção de um sistema de alerta.
Após a apresentação, foi realizada a oficina Sistemas de Alerta. A atividade possibilitou levantar subsídios para a continuidade das pesquisas nessa área.
Encerrando o workshop, foi apresentado o Projeto COPE (Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos), que também tem o apoio da Fapesp e será liderado por Marchezini. O objetivo do Projeto COPE é analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades frente a eventos extremos de tempo e clima para, a partir disso, coproduzir estratégias de fortalecimento da implementação de políticas públicas no tema.
Assista à apresentação do pesquisador Victor Marchezini no workshop
Cemaden Educação lança a campanha AprenderParaPrevenir 2023 em 19 de julho
Por meio do Programa Cemaden Educação, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - fará o lançamento híbrido da 7ª Campanha #AprenderParaPrevenir. O evento acontecerá na quarta-feira, 19 de julho de 2023, às 15:00 horas, no Auditório do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, com transmissão online pelos canais do YouTube do MCTI e do Cemaden Educação.
Com a temática Clima de desastres: tempo de agir!, esta edição da campanha conta com as parcerias dos Ministérios da Educação, Meio Ambiente e Mudança do Clima/Diretoria de Educação Ambiental/ Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Integração e Desenvolvimento Regional/Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, e Cidades/Caravana das Periferias; e, daCruz Vermelha Brasileira, ; do Movimento Escolas pelo Clima e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas/ Divulgação do Conhecimento, Comunicação de Risco e Educação para a Sustentabilidade.
Histórico da campanha e os objetivos
A Campanha #AprenderParaPrevenir acontece desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro). A iniciativabusca mobilizar comunidades na construção de conhecimentos e intervenções de Educação em Redução de Riscos de Desastres.
Criada para abordar a questão climática desafiadora e emergencial com foco na prevenção dos riscos de desastres socioambientais, a campanha registra, desde sua implementação, um histórico de 550 ações de mobilização, realizadas por mais de 360 instituições, em 21 Unidades da Federação. A campanha já premiou 132 escolas, Defesas Civis, universidades e outros coletivos. Entretanto, agora tem o desafio de ampliar o engajamento e a participação da sociedade brasileira para a construção de um País sustentável e resiliente, protegido e preparado para enfrentar os eventos extremos climáticos.
Pela primeira vez, o lançamento da Campanha ocorrerá estrategicamente em Brasília, o que fortalece o protagonismo do MCTI e das parcerias interministeriais, como também a ampliação da ação de mobilização em território nacional.
Links do Programa Cemaden Educação
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
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Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Do Cemaden, Marengo é classificado como um dos melhores cientistas ambientais no Brasil e no mundo
A 2ª edição do ranking Research.com divulgou, recentemente, os melhores cientistas da área de Ciências Ambientais, a partir de dados consolidados de uma ampla gama de fontes de dados, incluindo OpenAlex e Referência cruzada. No Brasil, o cientista e climatologista Jose Marengo foi classificado em segundo lugar como um dos Melhores Cientistas de Ciências Ambientais no País, com Índice 90, 34.575 citações e 257 publicações de trabalhos científicos. Marengo atualmente é coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os dados bibliométricos para avaliação das métricas baseadas em citações foram obtidos até 21 de dezembro 2022. A posição no ranking é baseada em um Índice D do cientista (índice H da disciplina), que leva em conta apenas artigos e citações dados para uma disciplina examinada. Para a disciplina de Ciências Ambientais foram pesquisados 11.258 cientistas. A classificação foi com base em um estudo entre 166.880 pesquisadores, que determinou a partir de uma variedade de fontes de dados bibliométricos.
Em primeiro lugar no Brasil foi classificado o cientista Paulo Artaxo, da Universidade de São Paulo (USP), com 113 de Índice D, 63.790 citações e 693 publicações. Em terceiro está o cientista Carlos A. Nobre, também da USP, ex-diretor e idealizador da criação do Cemaden.
Jose A. Marengo possui graduação em Fisica y Meteorologia - Universidad Nacional Agraria (1981), mestrado em Ingenieria de Recursos de Agua y Tierra - Universidad Nacional Agraria (1987) em Lima, Peru e doutorado em Meteorologia - University of Wisconsin - Madison (1991) em EUA. Fez pós- doutorado na NASA-GISS e Columbia University em Nova York e na Florida State University na Florida (EUA) em modelagem climática. Foi coordenador científico da previsão climática do CPTEC INPE. É membro de vários painéis internacionais das Nações Unidas ( IPCC, WMO) e membro de grupos de trabalho no Brasil e no exterior sobre mudanças de clima e mudanças globais. Consultor na área de estudos ambientais de mudanças globais, impactos, vulnerabilidade e adaptação as mudanças climáticas e parecerista de diversas revistas científicas e de agências financiadoras nacionais e internacionais. É autor de mais de 250 artigos, capítulos de livros, livros, relatórios técnicos e trabalhos de congressos. Atua como coordenador de projetos de pesquisa nacionais e internacionais, e já ocupou cargos administrativos no INPE onde foi Coordenador Geral do Centro de Ciência do Sistema Terrestre CCST de 2011-2014. Atualmente é membro do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, CLA y RE dos Relatórios do IPCC AR5 GT1 e 2. Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, e da The World Academy of Sciences (TWAS). Também foi membro do Comitê Assessor de Ciências Ambientais do CNPq, e, atualmente, é editor associado do International Journal of Climatology e da Anis da Academia Brasileira de Ciências.
Mais informações : https://research.com/scientists-rankings/environmental-sciences/br
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisador do Cemaden lança e-book com práticas de trabalho nas escolas e comunidades para a de prevenção de deslizamentos
Com o objetivo de levar às comunidades e escolas as informações práticas e formas de trabalhar a temática de deslizamentos de solo, foi lançado o e-book “Cadernos de Ciência Cidadã nas Escolas”, resultado do projeto “Prevenção de deslizamentos se aprende na escola: ciência cidadã em redução de riscos de desastres”, coordenado pelo pesquisador e geólogo Márcio Roberto Magalhães de Andrade, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Baseada no desenvolvimento de atividades sobre a temática de deslizamentos de terra, o objetivo principal do projeto foi a construção de uma estratégia de percepção e prevenção de risco com base no ensino de ciências, tecnologia e inovação.
Durante o desenvolvimento do projeto, um sistema de monitoramento para a prevenção ao risco de deslizamento de terra foi desenvolvido conjuntamente com a Escola Estadual Prof. Maria Helena Duarte Caetano, no município de Cubatão, SP, e com a Escola Estadual Dep. Emílio Justo, no município de Santos, SP, contando com participação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Campus Baixada Santista e das Defesas Civis Municipais de Cubatão e de Santos. Ambas as escolas participantes do projeto estão inseridas em áreas de risco de deslizamento de terra e possuem - instalados em suas dependências - equipamentos de coleta de dados para monitoramento de situações que acarretem riscos de deslizamentos.
“O e-book foi pensado de forma a trazer possibilidades práticas de desenvolvimento de temas geradores da organização coletiva em escolas, voltadas para a qualidade de vida da comunidade”, afirma o pesquisador do Cemaden, Márcio Andrade e enfatiza: “Nosso foco é a mitigação dos efeitos de chuvas extremas e deslizamentos que ameaçam habitações e a circulação de pessoas nos seus bairros”.
A publicação do e-book foi organizado dentro do projeto “Prevenção de deslizamentos se aprende na escola: ciência cidadã em redução de riscos de desastres”, realizado pelo Cemaden, por meio de recursos provenientes da Chamada MCTIC/CNPq no 05/2019 – Programa Ciência na Escola (Linha 2 – Ações de intervenção em escolas de educação básica com foco em ensino de ciências). O projeto foi desenvolvido em conjunto com a Universidade Federal de São Paulo – Campus Baixada Santista, com as Defesas Civis Municipais de Cubatão e Santos e com a Diretoria de Ensino do Estado de São Paulo, que possibilitou a participação no projeto da Escola Estadual Professora Maria Helena Duarte Caetano, de Cubatão, e da Escola Estadual Deputado Emílio Justo, de Santos.
E-book Cadernos de Ciência Cidadã nas Escolas
Com uma linguagem acessível, ilustrações, fotos e citações poéticas que se relacionam com o ambiente e o clima, o e-book traz informações científicas para o conhecimento do risco, condições específicas que podem configurar uma situação de risco; conhecimento do local e histórico de ocorrências de desastres registrados na região; identificação de vulnerabilidades que possam potencializar riscos; além dos fatores de proteção e capacidades de mobilização comunitária para mitigação de riscos.
O e-book está disponível no site do Cemaden, com acesso pelo link:
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores do Cemaden e do INPE criam índice que mostra a vulnerabilidade ambiental das bacias do Parnaíba e São Francisco
Com uma abordagem inovadora, para realizar a pesquisa concentrada na questão da degradação ambiental dos rios Parnaíba e São Francisco, região Nordeste brasileira, pesquisadores brasileiros criaram o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (SEVI), combinando indicadores ambientais, físicos e socioeconômicos da região. Com a aplicação desse novo índice, possibilitou-se identificar diferentes níveis de vulnerabilidades socioambientais, de acordo com as características de cada região e priorizar ações de recuperação das áreas degradadas.
As duas bacias são consideradas cruciais tanto para a expansão do agronegócio como para a conservação da biodiversidade. A região abrange mais de 780 municípios brasileiros e engloba parte da Caatinga e do Cerrado. Os dois biomas enfrentam o desmatamento e estão ameaçados pelos efeitos das mudanças climáticas.
O Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (SEVI) destacou que a capacidade adaptativa é a principal limitação para a redução da vulnerabilidade socioambiental nos rios do Parnaíba, enquanto a exposição e a sensibilidade são os maiores desafios na bacia do São Francisco.
O trabalho científico foi liderado pela cientista Rita Márcia da Silva Pinto Vieira- que atualmente desenvolve atividades de pesquisa no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Na época, a coordenadora da pesquisa estava no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Pelo Cemaden, o artigo teve a participação da pesquisadora Ana Paula Martins do Amaral Cunha, especialista em seca e extremos agrometeorológicos e coordenadora-substituta da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden. Do INPE, participaram os pesquisadores Javier Tomasella, Alexandre Augusto Barbosa, João Pompeu, Yara Ferreira, Fabrícia Cristina Santos, Lincoln Muniz Alves e Jean Ometto.
Aplicação do Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (SEVI)
Com base na metodologia Medalus ( sigla em inglês para Mediterranean Desertification and Land Use, o índice proposto foi adaptado para incluir múltiplos indicadores biológicos, físicos e socioeconômicos. O Medalus foi desenvolvido no final dos anos 1990 para estudar a desertificação em regiões mediterrâneas da Europa decorrente do uso da terra, permitindo fazer um ranqueamento com pesos por indicador. Os valores obtidos na pesquisa pelo índice SEVI foram classificados em: muito alto; alto; moderado; baixo e muito baixo nas vulnerabilidades socioambientais
Foram analisadas, também, a eficiência de políticas governamentais, como a criação de unidades de conservação e o cadastramento rural de propriedades na redução da vulnerabilidade.
Para compor o SEVI, os pesquisadores combinaram indicadores relacionados à adaptação (desenvolvimento humano, infraestrutura e renda); à sensibilidade (número de dias sem chuva, uso e cobertura da terra, temperatura e tipo de solo) e à exposição (densidade populacional, degradação e desertificação do solo).
O trabalho científico concluiu que uma das principais contribuições do estudo foi a identificação de indicadores de vulnerabilidade socioambiental, levando em consideração o clima regional, as queimadas, a degradação/desertificação do solo e as características sociais. Os cientistas brasileiros apontam que essa avaliação subsidia programas, como o Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas (PNA), no fornecimento de informações relacionadas à exposição e sensibilidade dos sistemas naturais, o que é frequentemente desconsiderado na formulação de políticas de mitigação do clima.
Os pesquisadores explicam que os resultados da aplicação do Índice de Vulnerabilidade Socioambiental também podem auxiliar na identificação de áreas caracterizadas por degradação ambiental, facilitando a priorização da distribuição de recursos financeiros para a recuperação dessas áreas.
Estudo aponta que as fragilidades ambientais em níveis alto e muito alto coincidem com os focos de desertificação
A área analisada tem pouco mais de 962 mil quilômetros quadrados (km2), com uma população de cerca de 20 milhões de habitantes, predominantemente em zona urbana. Desse total, 16 milhões vivem na bacia do São Francisco – rio que percorre seis estados entre Minas Gerais e a divisa de Alagoas e Sergipe – e 4 milhões na do Parnaíba.
De acordo com o Sevi, 53% da bacia do São Francisco apresentou indicador de vulnerabilidade "alto" e "muito alto", totalizando uma área de 337.569 km2 com fragilidades socioambientais. Parte dela coincidiu com focos de desertificação oficialmente reconhecidos pelo Ministério do Meio Ambiente. No Parnaíba, essa proporção foi de 37% (121.990 km2). Em relação à capacidade adaptativa, 57% (549.830 km2) da área do estudo ficou no patamar "baixo" e "muito baixo".
A bacia do rio São Francisco apresentou maior área de exposição "alta" e "muita alta" do que a do Parnaíba – 62,8% e 30,7% – e também de sensibilidade. Contribuíram para esses resultados a densidade populacional, a degradação e desertificação dos solos e o número de dias sem chuva, o que influencia diretamente no risco de incêndios florestais durante a estação seca.
O quadro atual deve ser agravado nas próximas décadas em decorrência das mudanças climáticas. Pesquisas anteriores utilizando modelos globais mostraram que a vazão dos dois rios deverá diminuir em 46% e 26%, respectivamente, por causa do aquecimento global. Há ainda uma previsão de aumento da frequência de eventos extremos climáticos, atingindo especialmente a população que vive em situação de pobreza nessas áreas.
Além disso, a taxa de desmatamento no Cerrado em 2022 foi a maior desde 2015, segundo dados do Prodes, programa de monitoramento do Inpe. Foram devastados 10.689 km2 do bioma – há sete anos, a taxa ficou em 11.129 km2. Na Caatinga, o aumento foi de 25% em relação ao ano anterior. Em 2023, os alertas de desmatamento pelo sistema Deter (Inpe) para o Cerrado cresceram 35% nos primeiros cinco meses em relação ao mesmo período de 2022.
“A pesquisa demonstrou que problemas ligados ao desenvolvimento sustentável devem considerar as características específicas de cada região analisada e indicou as deficiências de algumas políticas públicas. Abordamos um problema que afeta muitas áreas agrícolas em vários países, principalmente em desenvolvimento”, explicou a coordenadora da pesquisa, bióloga Rita Márcia Vieira, para o Jornal da Fapesp.
Desafios na publicação pelas mulheres cientistas
Mesmo com a experiência reconhecida na pesquisa científica, desde 2010, sobre degradação e desertificação do solo na região nordeste do Brasil, a bióloga Rita Márcia Vieira – doutora em Ciência do Sistema Terrestre e mestre em Sensoriamento Remoto – ainda encontra dificuldades em publicação de artigos científicos internacionais.
“Deparamos com desafios enfrentados na publicação de artigos científicos internacionais, especialmente quando se trata de pesquisas realizadas por equipes exclusivamente brasileiras e em áreas menos conhecidas, como os biomas Caatinga e Cerrado” afirma Vieira. Ela destaca a persistente dificuldade de ter seu trabalho reconhecido no próprio país, devido ao conservadorismo na questão de gênero pela sociedade científica. “Muitas vezes, mulheres são deixadas de lado e têm suas contribuições subestimadas.”
Seu trabalho notável foi reconhecido em 2014, quando recebeu o prêmio do programa Dryland Champions - concedido pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD) - pelo desenvolvimento do Sistema de Alerta Precoce Contra Seca e Desertificação, durante sua tese de doutorado orientada pelos pesquisadores Javier Tomasella e pela atual diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá. A cientista Rita Márcia Vieira concentra-se na questão da degradação ambiental e tem se dedicado ao desenvolvimento de índices de vulnerabilidade, que vão além da análise da degradação ambiental em si. Seu trabalho visa também avaliar o grau de vulnerabilidade das populações que habitam essas regiões
Sobre a pesquisa de degradação ambiental dos rios Parnaíba e São Francisco e a criação do Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (Sevi) , a pesquisadora faz as considerações: “Os resultados obtidos são de grande importância para agilizar a tomada de decisões relacionadas à distribuição de recursos financeiros, direcionando-os para áreas que estão verdadeiramente mais vulneráveis, do ponto de vista socioeconômico e ambiental, melhorando, assim, a qualidade de vida das comunidades locais.”, conclui Vieira, enfatizando que a pesquisa contribui para a compreensão das variáveis que aceleram o processo de degradação ambiental e para a avaliação das atuais políticas públicas do país.
Apoio na pesquisa e acesso na íntegra
O artigo científico intitulado “Socio-Environmental Vulnerability to Drought Conditions and Land Degradation: An Assessment in Two Northeastern Brazilian River Basins” (Vulnerabilidade Socioambiental à Seca e à Degradação do Solo: Uma Avaliação em Duas Bacias Hidrográficas do Nordeste Brasileiro) foi publicada revista científica MDPI, no mês passado. A pesquisa teve o apoio da Agência de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP) e do projeto Forests 2020, que é parte do International Academic Partnership Program (IAPP), da Agência Espacial do Reino Unido, e reúne especialistas em monitoramento florestal de vários países.
O artigo pode ser acessado na íntegra pelo link: www.mdpi.com/2071-1050/15/10/8029.
Fonte: Ascom/Cemaden com apoio de informações científicas da Agência FAPESP
Cemaden recebe técnicos e gestores do Parque Tecnológico Itaipu para visita técnica
Representantes do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) realizaram, nesta sexta-feira (23/6), uma visita técnica ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo foi a troca de informações sobre as atividades das duas instituições, visando possível apoio e cooperação técnica e científica para as atividades de implantação do Núcleo de Inteligência Territorial, gerenciado pelo Centro de Competência de Inteligência e Gestão Territorial, da Diretoria Técnica do Parque Tecnológico Itaipu.
Os visitantes foram recebidos pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, e pelo pesquisador e meteorologista Giovanni Dolif, também coordenador-geral substituto de Operação e Modelagem do Cemaden. Eles apresentaram as atividades desenvolvidas na área de monitoramento das ameaças em áreas de riscos, em municípios brasileiros suscetíveis à ocorrência de desastres naturais, e também o trabalho de pesquisa e monitoramento de desastres relacionados à seca, que vem sendo realizado desde 2013, com abrangência nacional.
A apresentação da engenheira ambiental Caroline Engel Gabriel, gestora interna do Centro de Competência Inteligência e Gestão Territorial do Parque Tecnológico Itaipu, mostrou o processo de desenvolvimento de soluções na área ambiental, que agregam valor à tomada de decisão. A missão do Centro é garantir o desenvolvimento regional sustentável, através do monitoramento e assessoria ambiental, treinamentos especializados, construção de banco de dados e geoprocessamento. As pesquisas aplicadas são desenvolvidas a partir de eixos temáticos de atuação: Clima, Território, Água, Biodiversidade e Saneamento. “As informações e o conhecimento gerado pelo Centro de Competência são subsídios estratégicos para a elaboração de políticas, direcionamento de novos investimentos, principalmente com foco na segurança hídrica, e tomada de decisão”, explicou a engenheira.
Dentre os estudos e monitoramentos desenvolvidos pela instituição, destacam-se aqueles relacionados ao potencial de microgeração de energia com hidrelétricas; biogás; potencial fotovoltaico; fertilidade de solo; aplicação de fertilizantes; aproveitamento turístico; potencial eólico; biomassa animal; uso e ocupação do solo; terras de vocação e potencial para piscicultura. O Parque Tecnológico Itaipu também tem, entre suas competências, o desenvolvimento de atividades de Ciência e Educação, dirigidas às comunidades do entorno da usina hidrelétrica de Itaipu.
Para o pesquisador Giovanni Dolif, os modelos de previsão mensal e sazonal de chuvas e os dados disponibilizados pelo Cemaden para a elaboração de índices integrados de extremos hidrometeorológicos (falta ou excesso de chuva) podem ser úteis para o desenvolvimento das pesquisas e projetos do Centro de Competência Inteligência e Gestão Territorial do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). “Além dessas possibilidades, entendo que outro ponto de convergência seriam os projetos do Cemaden Educação”, disse.
A diretora substituta do Cemaden, Reginal Alvalá, afirmou que existe um termo de cooperação em andamento entre as duas instituições, na área de Hidrologia, ao qual poderão ser agregados outros escopos de interesse do Centro de Competência do PTI. “Os dados gerados pelo Cemaden pertencem ao governo federal e são todos públicos. Uma possível cooperação permitiria, por exemplo o desenvolvimento de pesquisas conjuntas, por meio de formação de recursos humanos em nossos cursos de mestrado e doutorado.”
Após as apresentações, os visitantes conheceram o funcionamento da Sala de Situação do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Representantes de consórcio de municípios do oeste metropolitano de SP fazem visita técnica ao Cemaden
A visita técnica de quatro representantes do Consórcio Intermunicipal da Região Metropolitana Oeste de São Paulo, na última quinta-feira (22), ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) teve o objetivo específico de levantar informações científicas sobre monitoramento hidrológico, estações hidrometerológicas, informações de satélites e estudos sobre precipitação, entre outros. O objetivo é desenvolver o Projeto de Redução de Riscos de Desastres de Inundações, associados à mudanças climáticas, principalmente, na região dos municípios de Osasco, Carapicuíba, Barueri e São Roque.
O consórcio de municípios (CIOESTE) irá desenvolver esse projeto junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), em contrato com o Euroclima+. Atualmente, o CIOESTE está desenvolvendo o estudo de adaptação às mudanças climáticas para os 12 municípios integrantes do consórcio.
A gerente de Planejamento, Estudos e Pesquisa, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Prefeitura do Município de Osasco (SP), Beatriz Sanchez Fragata, explicou que o projeto desenvolvido junto à Euroclima+ consistirá na implementação de modelagem hidráulica de 7 km² nas áreas indicadas pelas prefeituras. “Dessa forma, pode-se indicar medidas de adaptação, além de um plano para enfrentamento da seca, principalmente na Bacia do Rio Sorocaba do Médio Tietê”, explica a gerente, informando, também, sobre o desenvolvimento de cartilhas educativas.
As áreas que foram escolhidas para o desenvolvimento do projeto, envolvendo os municípios paulistas de Osasco, Carapicuíba, Barueri e São Roque são o km 21 (na divisa de Osasco com Carapicuíba), no Jardim Mutinga (divisa de Barueri com Osasco) e Jardim Guaçu (em São Roque).
Os representantes do CIOESTE também informaram que a visita ao Cemaden permitirá elaborar políticas, estratégias e instrumentos para o planejamento e operação de abastecimento de águas e dos recursos hídricos, bem como implementar ferramentas e sistemas de apoio para a gestão de recursos hídricos e de crise hídrica.
O comitê dos representantes do consórcio municipal foi recebido pela pesquisadora Ana Paula Cunha - coordenadora substituta das Relações Institucionais do Cemaden – e pelo tecnologista e hidrólogo Leandro Casagrande, especialista em extremos hidrológicos do Cemaden, que também mostrou e apresentou o processo de monitoramento na Sala de Situação do Cemaden. A preparação da visita e programação foi organizada pela analista em Ciência e Tecnologia, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
Os visitantes do CIOESTE foram representados, além da gerente Beatriz Sanchez Fragata, da Secretaria do Meio Ambiente de Osasco, também por Felipe Carvalho Rocha (Prefeitura de Osasco) e pelos representantes do Instituto DHI – Desenvolvimento Humano Integrado, Francisco de Aragão A. Maciel e Sílvia Leirião.
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores do Cemaden e estudantes de pós-graduação Unesp/Cemaden realizam atividades de extensão em São Sebastião (SP)
Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e estudantes do Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais - da Universidade Estadual Paulista/Cemaden - estiveram realizando atividades de extensão sobre redução do risco de desastres no Instituto Verdescola, localizado no município de São Sebastião (SP). A convite do próprio instituto, as atividades e oficinas foram desenvolvidas dentro da programação da Semana do Meio Ambiente, promovida pelo Verdescola, na primeira semana de junho.
O Instituto Verdescola é uma instituição não governamental que atua em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo, oferecendo oficinas de educação complementar no contraturno escolar para cerca de 700 crianças e adolescentes por dia. Está localizado na Vila Sahy, um dos locais mais afetados pelo desastre (deslizamentos e inundações) em fevereiro de 2023. Durante o desastre, o instituto funcionou como abrigo e como base local para ações de resposta e atendimento.
As atividades de extensão desenvolvidas no Verdeescola foram coordenadas pela pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe, que também é docente do curso de Pós-graduação de Mestrado e Doutorado em Desastres Naturais, do Instituto de Ciências e Tecnologia da Unesp, em parceria com o Cemaden.
Anualmente o Instituto Verdescola realiza a Semana do Meio Ambiente. Neste ano, o evento aconteceu entre os dias 5 e 7 de junho, com atividades como palestras, oficinas, saídas a campo, entre outras ações.
Os alunos de Mestrado e Doutorado, juntamente com a pesquisadora e docente Luciana Londe, ofereceram palestras aos alunos de ensino médio sobre redução de riscos de desastres. Duas atividades foram direcionadas aos alunos de ensino Fundamental I e II: o jogo “Trilha do Risco”, conduzido pelo pesquisador Antônio Guerra, da equipe do Programa Cemaden Educação e a atividade “Sonhando nosso futuro sem desastres”, com uso de maquete e bonequinhos, conduzido pelos alunos e pela docente do Programa de Pós-Graduação.
Participaram das atividades de extensão os alunos do Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais da Unesp/Cemaden de Doutorado: Aloísio Lelis de Paula e Janaina de Alencar Mota e Silva, e os de Mestrado: Felipe Augusto dos Santos e Marina Gonçalves de Mattos e Maurício Oliveira dos Santos.
Considerações sobre as atividades de extensão e educativas
“Para a popularização da ciência é muito importante fazermos atividades como essas, as quais nos permitem conversar com as pessoas de fora dos muros das universidades, ouvir suas experiências e construir conhecimento de forma conjunta”, destaca a pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe.
A gerente de projetos do Instituto Verdescola, Elisa Rodrigues, mostra os esforços que vêm realizando sobre os trabalhos de conscientização de riscos e prevenção de desastres, entre palestras, oficinas e atividades relacionadas à Educação Ambiental. “Desde a tragédia, temos trabalhado nas oficinas de Meio Ambiente e em temáticas relacionadas a desastres naturais, por decorrência de mudanças climáticas e eventos extremos.”, informa a gerente. “Por meio de pesquisas, identificamos que a Unesp-SJC tem um grupo de pesquisa nesta linha e convidamos os alunos e professores a participar da nossa semana.”
Os estudantes de Mestrado e Doutorado da Unesp/Cemaden também expressaram sobre a importância das atividades desenvolvidas junto às crianças e adolescentes: “Foi emocionante sentir de perto a força da comunidade da Vila Sahy e do Instituto Verdescola, salvando vidas diariamente. Um dia de grande aprendizado para nós estudantes de Desastres Socioambientais, de escuta e memórias tão necessárias para construir medidas de prevenção”, afirma Marina Gonçalves Mattos, aluna de Mestrado.
“Mais um dia incrível e gratificante. Após alguns meses da ocorrência de desastre em São Sebastião, pudemos ver a força da reconstrução e o lindo trabalho do Instituto Verdescola.”, afirma Felipe dos Santos, aluno de Mestrado e complementa: “Nós do Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais fomos convidados da semana de Meio Ambiente do Instituto Verdescola e nessa oportunidade pudemos compartilhar com os alunos do ensino médio integrado de meio Ambiente da Escola Técnica Estadual (ETEC) as nossas trajetórias e os temas de nossas pesquisas”.
“Tivemos a oportunidade de participar da Semana do Meio Ambiente do Instituto Verdescola na Vila Sahy, São Sebastião. Há mais de 3 meses da ocorrência do desastre, é incrível ver a força para reconstrução e a capacidade de mobilização da população.”, enfatiza Janaína de Alencar Mota e Silva, aluna de Doutorado.
“Ver essas crianças foi uma esperança de que tudo ainda tem jeito e vai dar certo.”, afirma o aluno de Doutorado, Maurício Oliveira dos Santos.
O Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais é estruturado de forma associativa entre a Unesp/ICT e o Cemaden/MCTI, tendo como principal objetivo formar pesquisadores, profissionais e gestores na área de desastres naturais. O curso tem uma concepção interdisciplinar envolvendo, de forma integrada, questões de natureza física, modelagem, infraestrutura, vulnerabilidade social e educacional.
Fonte: Ascom/Cemaden