Últimas notícias
Cemaden recebe técnicos e gestores do Parque Tecnológico Itaipu para visita técnica
Representantes do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) realizaram, nesta sexta-feira (23/6), uma visita técnica ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo foi a troca de informações sobre as atividades das duas instituições, visando possível apoio e cooperação técnica e científica para as atividades de implantação do Núcleo de Inteligência Territorial, gerenciado pelo Centro de Competência de Inteligência e Gestão Territorial, da Diretoria Técnica do Parque Tecnológico Itaipu.
Os visitantes foram recebidos pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, e pelo pesquisador e meteorologista Giovanni Dolif, também coordenador-geral substituto de Operação e Modelagem do Cemaden. Eles apresentaram as atividades desenvolvidas na área de monitoramento das ameaças em áreas de riscos, em municípios brasileiros suscetíveis à ocorrência de desastres naturais, e também o trabalho de pesquisa e monitoramento de desastres relacionados à seca, que vem sendo realizado desde 2013, com abrangência nacional.
A apresentação da engenheira ambiental Caroline Engel Gabriel, gestora interna do Centro de Competência Inteligência e Gestão Territorial do Parque Tecnológico Itaipu, mostrou o processo de desenvolvimento de soluções na área ambiental, que agregam valor à tomada de decisão. A missão do Centro é garantir o desenvolvimento regional sustentável, através do monitoramento e assessoria ambiental, treinamentos especializados, construção de banco de dados e geoprocessamento. As pesquisas aplicadas são desenvolvidas a partir de eixos temáticos de atuação: Clima, Território, Água, Biodiversidade e Saneamento. “As informações e o conhecimento gerado pelo Centro de Competência são subsídios estratégicos para a elaboração de políticas, direcionamento de novos investimentos, principalmente com foco na segurança hídrica, e tomada de decisão”, explicou a engenheira.
Dentre os estudos e monitoramentos desenvolvidos pela instituição, destacam-se aqueles relacionados ao potencial de microgeração de energia com hidrelétricas; biogás; potencial fotovoltaico; fertilidade de solo; aplicação de fertilizantes; aproveitamento turístico; potencial eólico; biomassa animal; uso e ocupação do solo; terras de vocação e potencial para piscicultura. O Parque Tecnológico Itaipu também tem, entre suas competências, o desenvolvimento de atividades de Ciência e Educação, dirigidas às comunidades do entorno da usina hidrelétrica de Itaipu.
Para o pesquisador Giovanni Dolif, os modelos de previsão mensal e sazonal de chuvas e os dados disponibilizados pelo Cemaden para a elaboração de índices integrados de extremos hidrometeorológicos (falta ou excesso de chuva) podem ser úteis para o desenvolvimento das pesquisas e projetos do Centro de Competência Inteligência e Gestão Territorial do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). “Além dessas possibilidades, entendo que outro ponto de convergência seriam os projetos do Cemaden Educação”, disse.
A diretora substituta do Cemaden, Reginal Alvalá, afirmou que existe um termo de cooperação em andamento entre as duas instituições, na área de Hidrologia, ao qual poderão ser agregados outros escopos de interesse do Centro de Competência do PTI. “Os dados gerados pelo Cemaden pertencem ao governo federal e são todos públicos. Uma possível cooperação permitiria, por exemplo o desenvolvimento de pesquisas conjuntas, por meio de formação de recursos humanos em nossos cursos de mestrado e doutorado.”
Após as apresentações, os visitantes conheceram o funcionamento da Sala de Situação do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Representantes de consórcio de municípios do oeste metropolitano de SP fazem visita técnica ao Cemaden
A visita técnica de quatro representantes do Consórcio Intermunicipal da Região Metropolitana Oeste de São Paulo, na última quinta-feira (22), ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) teve o objetivo específico de levantar informações científicas sobre monitoramento hidrológico, estações hidrometerológicas, informações de satélites e estudos sobre precipitação, entre outros. O objetivo é desenvolver o Projeto de Redução de Riscos de Desastres de Inundações, associados à mudanças climáticas, principalmente, na região dos municípios de Osasco, Carapicuíba, Barueri e São Roque.
O consórcio de municípios (CIOESTE) irá desenvolver esse projeto junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), em contrato com o Euroclima+. Atualmente, o CIOESTE está desenvolvendo o estudo de adaptação às mudanças climáticas para os 12 municípios integrantes do consórcio.
A gerente de Planejamento, Estudos e Pesquisa, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Prefeitura do Município de Osasco (SP), Beatriz Sanchez Fragata, explicou que o projeto desenvolvido junto à Euroclima+ consistirá na implementação de modelagem hidráulica de 7 km² nas áreas indicadas pelas prefeituras. “Dessa forma, pode-se indicar medidas de adaptação, além de um plano para enfrentamento da seca, principalmente na Bacia do Rio Sorocaba do Médio Tietê”, explica a gerente, informando, também, sobre o desenvolvimento de cartilhas educativas.
As áreas que foram escolhidas para o desenvolvimento do projeto, envolvendo os municípios paulistas de Osasco, Carapicuíba, Barueri e São Roque são o km 21 (na divisa de Osasco com Carapicuíba), no Jardim Mutinga (divisa de Barueri com Osasco) e Jardim Guaçu (em São Roque).
Os representantes do CIOESTE também informaram que a visita ao Cemaden permitirá elaborar políticas, estratégias e instrumentos para o planejamento e operação de abastecimento de águas e dos recursos hídricos, bem como implementar ferramentas e sistemas de apoio para a gestão de recursos hídricos e de crise hídrica.
O comitê dos representantes do consórcio municipal foi recebido pela pesquisadora Ana Paula Cunha - coordenadora substituta das Relações Institucionais do Cemaden – e pelo tecnologista e hidrólogo Leandro Casagrande, especialista em extremos hidrológicos do Cemaden, que também mostrou e apresentou o processo de monitoramento na Sala de Situação do Cemaden. A preparação da visita e programação foi organizada pela analista em Ciência e Tecnologia, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
Os visitantes do CIOESTE foram representados, além da gerente Beatriz Sanchez Fragata, da Secretaria do Meio Ambiente de Osasco, também por Felipe Carvalho Rocha (Prefeitura de Osasco) e pelos representantes do Instituto DHI – Desenvolvimento Humano Integrado, Francisco de Aragão A. Maciel e Sílvia Leirião.
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores do Cemaden e estudantes de pós-graduação Unesp/Cemaden realizam atividades de extensão em São Sebastião (SP)
Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e estudantes do Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais - da Universidade Estadual Paulista/Cemaden - estiveram realizando atividades de extensão sobre redução do risco de desastres no Instituto Verdescola, localizado no município de São Sebastião (SP). A convite do próprio instituto, as atividades e oficinas foram desenvolvidas dentro da programação da Semana do Meio Ambiente, promovida pelo Verdescola, na primeira semana de junho.
O Instituto Verdescola é uma instituição não governamental que atua em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo, oferecendo oficinas de educação complementar no contraturno escolar para cerca de 700 crianças e adolescentes por dia. Está localizado na Vila Sahy, um dos locais mais afetados pelo desastre (deslizamentos e inundações) em fevereiro de 2023. Durante o desastre, o instituto funcionou como abrigo e como base local para ações de resposta e atendimento.
As atividades de extensão desenvolvidas no Verdeescola foram coordenadas pela pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe, que também é docente do curso de Pós-graduação de Mestrado e Doutorado em Desastres Naturais, do Instituto de Ciências e Tecnologia da Unesp, em parceria com o Cemaden.
Anualmente o Instituto Verdescola realiza a Semana do Meio Ambiente. Neste ano, o evento aconteceu entre os dias 5 e 7 de junho, com atividades como palestras, oficinas, saídas a campo, entre outras ações.
Os alunos de Mestrado e Doutorado, juntamente com a pesquisadora e docente Luciana Londe, ofereceram palestras aos alunos de ensino médio sobre redução de riscos de desastres. Duas atividades foram direcionadas aos alunos de ensino Fundamental I e II: o jogo “Trilha do Risco”, conduzido pelo pesquisador Antônio Guerra, da equipe do Programa Cemaden Educação e a atividade “Sonhando nosso futuro sem desastres”, com uso de maquete e bonequinhos, conduzido pelos alunos e pela docente do Programa de Pós-Graduação.
Participaram das atividades de extensão os alunos do Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais da Unesp/Cemaden de Doutorado: Aloísio Lelis de Paula e Janaina de Alencar Mota e Silva, e os de Mestrado: Felipe Augusto dos Santos e Marina Gonçalves de Mattos e Maurício Oliveira dos Santos.
Considerações sobre as atividades de extensão e educativas
“Para a popularização da ciência é muito importante fazermos atividades como essas, as quais nos permitem conversar com as pessoas de fora dos muros das universidades, ouvir suas experiências e construir conhecimento de forma conjunta”, destaca a pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe.
A gerente de projetos do Instituto Verdescola, Elisa Rodrigues, mostra os esforços que vêm realizando sobre os trabalhos de conscientização de riscos e prevenção de desastres, entre palestras, oficinas e atividades relacionadas à Educação Ambiental. “Desde a tragédia, temos trabalhado nas oficinas de Meio Ambiente e em temáticas relacionadas a desastres naturais, por decorrência de mudanças climáticas e eventos extremos.”, informa a gerente. “Por meio de pesquisas, identificamos que a Unesp-SJC tem um grupo de pesquisa nesta linha e convidamos os alunos e professores a participar da nossa semana.”
Os estudantes de Mestrado e Doutorado da Unesp/Cemaden também expressaram sobre a importância das atividades desenvolvidas junto às crianças e adolescentes: “Foi emocionante sentir de perto a força da comunidade da Vila Sahy e do Instituto Verdescola, salvando vidas diariamente. Um dia de grande aprendizado para nós estudantes de Desastres Socioambientais, de escuta e memórias tão necessárias para construir medidas de prevenção”, afirma Marina Gonçalves Mattos, aluna de Mestrado.
“Mais um dia incrível e gratificante. Após alguns meses da ocorrência de desastre em São Sebastião, pudemos ver a força da reconstrução e o lindo trabalho do Instituto Verdescola.”, afirma Felipe dos Santos, aluno de Mestrado e complementa: “Nós do Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais fomos convidados da semana de Meio Ambiente do Instituto Verdescola e nessa oportunidade pudemos compartilhar com os alunos do ensino médio integrado de meio Ambiente da Escola Técnica Estadual (ETEC) as nossas trajetórias e os temas de nossas pesquisas”.
“Tivemos a oportunidade de participar da Semana do Meio Ambiente do Instituto Verdescola na Vila Sahy, São Sebastião. Há mais de 3 meses da ocorrência do desastre, é incrível ver a força para reconstrução e a capacidade de mobilização da população.”, enfatiza Janaína de Alencar Mota e Silva, aluna de Doutorado.
“Ver essas crianças foi uma esperança de que tudo ainda tem jeito e vai dar certo.”, afirma o aluno de Doutorado, Maurício Oliveira dos Santos.
O Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais é estruturado de forma associativa entre a Unesp/ICT e o Cemaden/MCTI, tendo como principal objetivo formar pesquisadores, profissionais e gestores na área de desastres naturais. O curso tem uma concepção interdisciplinar envolvendo, de forma integrada, questões de natureza física, modelagem, infraestrutura, vulnerabilidade social e educacional.
Fonte: Ascom/Cemaden
Representantes do Corpo de Bombeiros de MG visitam o Cemaden para aprimoramento de decisões de comando na área de gestão de risco de desastres
Representantes do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, integrantes do Grupo Temático Operacional de Proteção e Defesa Civil, estiveram em visita técnico-informativa, na última terça-feira (13), na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - em São José dos Campos (SP), com o objetivo de aprimorar a capacitação em gestão de riscos de desastres.
A visita faz parte da programação do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, que possui diversos Grupos Temáticos Operacional (GTOs), formados por militares do Estado, constituindo fórum tecnicamente qualificado para assessorar a Corporação por demanda ou iniciativa própria, sendo referência para a tomada de decisões do comando.
Programação técnico-científica
A estrutura organizacional do Cemaden, competências e rede observacional, bem como os conceitos de eventos extremos, desastres, riscos, ameaça e vulnerabilidade foram apresentados pelo pesquisador e meteorologista Giovanni Dolif, coordenador-geral substituto de Operação e Modelagem do Cemaden.
O GTO da Proteção e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros visitou a Sala de Situação, e conheceu o sistema de monitoramento em tempo real. A apresentação foi feita pelo tecnologista e especialista em Desastres, Tiago Bernardes. Foram mostradas as ferramentas, bem como os processos de monitoramento e emissão de alerta de riscos de desastres geo-hidrológicos.
Conheceram o trabalho do Programa Cemaden Educação, apresentado pela pesquisadora Débora Olivato, que explicou sobre as ações preventivas e o desenvolvimento da percepção do risco para a redução dos riscos de desastres. A pesquisadora enfatizou o trabalho realizado, especialmente, com a comunidade escolar, envolvendo alunos e professores, além da parceria junto às defesas civis, universidades e organizações sociais. Aproveitou para convidar a corporação de MG a participar da 7ª Campanha #AprenderParaPrevenir, no compartilhamento das práticas em defesa civil e prevenção.
Os representantes do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais relataram o interesse em aproximar-se de tais iniciativas, assim como do trabalho com pesquisas. Informaram que em sua Corporação há um curso de nível superior para formação de oficiais, inclusive na área de Gestão de Riscos de Desastres, além de parcerias com universidades.
A comitiva do Grupo Temático Operacional de Proteção e Defesa Civil do Corpo de Bombeiros Militar de MG que visitou o Cemaden estava integrada pelo Major BM Herbert Aquino Marcelino, Tenente BM Carlos Márcio Ferreira Neto, 1º Ten BM Marco Antônio de Oliveira Neto e pela 2ª Ten BM Jaqueline dos Santos.
A organização e elaboração da programação da visita foi realizada pela analista em Ciência e Tecnologia, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden participa de Fórum da ONU sobre estatísticas relacionadas a desastres
Com o objetivo de discutir a experiência dos países com o uso de estatísticas relacionadas a desastres - na finalidade de monitorar os compromissos nacionais e globais de redução de riscos de desastres – foi realizado o Terceiro Fórum de Especialistas para Produtores e Usuários de Estatísticas Relacionadas a Desastres, em Bangkok (Tailândia), no período de 5 a 7 de junho. O evento teve a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que pôde compartilhar as boas práticas, associadas na produção de estatísticas sobre desastres, outro objetivo do fórum.
Direcionado a profissionais da área de gestão de risco de desastres, de estatística, de pesquisa, assim como outros que utilizam dados estatísticos sobre desastres na tomada de decisão, o fórum foi organizado pela ESCAP ( Economic and Social Comission for Asia and the Pacific), com os seguintes colaboradores: UNECE ( United Nations Economic Commission for Europe) , UNDRR ( United Nations Office for Disaster Risk Reduction ), ESCWA ( Economic and Social Commission for Western Asia ), ECLAC ( Economic Commission for Latin America and the Caribbean ), UNSD ( United Nations Statistics Division) e UNECLA ( United Nations Economic Commission for Africa )
Participação do Cemaden no Fórum
Tiago Bernardes, tecnologista do Cemaden, foi um dos painelistas da sessão online “Definição de impactos diretos e indiretos de desastres”, juntamente com Rob Deakin ( Land Information New Zealand) , Macarena Perez (Chile Institute for Disaster Resilience Embedding Risk in Investment Decisions ) e Rahul Sengupta (Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres - UNDRR). A sessão foi coordenada por James Norris, Ordnance Survey , do Reino Unido. A discussão do painel foi orientada por questões relacionadas à definição sobre impactos diretos e indiretos de desastres, ao fortalecimento dos arranjos institucionais e aos desafios para traduzir modelos de impactos em dados estatísticos.
A participação do Cemaden - como uma instituição empenhada na cooperação com outras agências nacionais no levantamento e integração de informações sobre impactos de desastres no Brasil - foi evidenciada na discussão. “Tivemos a oportunidade de destacar as atividades de registro de eventos e iniciativas interinstitucionais.”, afirma o tecnologista e pesquisador Tiago Bernardes, do Cemaden. Citou, como exemplos, o projeto de cooperação entre o Cemaden e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do grupo de trabalho para integração do REINDESC (Registro de Eventos de Inundação e Deslizamentos do Cemaden) com as bases na plataforma S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad/ Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional). “Foram discutidas questões sobre o fortalecimento de arranjos institucionais para definição de impactos de desastres e identificação de desafios na tradução de modelos de perdas de desastres em dados estatísticos”, afirma Bernardes, do Cemaden.
Cooperação Cemaden e IBGE
Desde 2013, o Cemaden e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vêm atuando conjuntamente, por meio de acordo de cooperação técnica, priorizando o desenvolvimento de pesquisas aplicadas e a geração de bases de dados e informações associadas à caracterização das populações vulneráveis a desastres deflagrados por deslizamentos e inundações no território brasileiro.
Entre os resultados da parceria destaca-se a publicação da base de dados denominada Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER) e o respectivo relatório “População em Áreas de Risco no Brasil”, disponível em: https://www.ibge.gov.br/apps/populacaoareasderisco/#/home
Sobre o REINDESC
O banco de dados denominado REINDESC (Registro de Eventos de Inundação e Deslizamentos do Cemaden) é produzido pelo Cemaden, diante da necessidade de buscar informações e possibilitar a tomada de decisão para o envio de alertas de desastres. No REINDESC, são registradas ocorrências relativas aos processos monitorados pelo Cemaden. Estas informações são utilizadas tanto para verificação de alertas enviados quanto para auxílio à identificação de cenários de risco favoráveis ao envio de alertas futuros.
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisador do Cemaden assume o cargo de editor em revista internacional sobre Ciência dos Desastres
O pesquisador e físico Leonardo Santos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – acaba de assumir como editor da publicação internacional Frontiers in Physics.
Recentemente, como editor convidado, Santos organizou a Edição Especial na Seção Social Physics, da Revista Frontiers in Physics, no trabalho intitulado "Integrating Physical and Social Sciences towards the Sustainable Development Goals” (Integrando Ciências Físicas e Sociais em Direção aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). (https://www.frontiersin.org/research-topics/30895/integrating-physical-and-social-sciences-towards-the-sustainable-development-goals).
Sobre esse tópico de pesquisa, foi citado que a física social nos permite descrever e compreender teoricamente fenômenos sociais coletivos que se originam de interações entre indivíduos, grupos e governos. Explica que a preservação dos recursos naturais para as próximas gerações e a pesquisa do impacto climático estão entre as questões mais críticas para diversas áreas, especialmente a Física Social.
"Social-Physics trata de interfaces entre Ciências Sociais e Física, com grande potencial para a Ciência dos Desastres, inerentemente multi e interdisciplinar, afirma o pesquisador do Cemaden e explica: “Por exemplo, na área de física de sistemas complexos há o conceito de vulnerabilidade topológica. Em um artigo, nessa mesma Edição Especial, desenvolvemos uma interpretação do índice no contexto de desastres”.
A taxa de aceite de artigos nessa Edição Especial foi de aproximadamente 55%, e o tempo entre a submissão e o aceite foi, em média, 70 dias. Foram por volta de 50 autores, incluindo autores do Cemaden.
O trabalho científico da Edição Especial da revista é o resultado da colaboração internacional e contou com coautores da Alemanha e da Índia. Teve o apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)- do Ministério da Educação; do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden Educação realiza palestra sobre gestão de riscos de desastres com professores da rede estadual de São Sebastião
A convite da Diretoria de Ensino da Região de Caraguatatuba, da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEDUC-SP), a equipe do Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – realizou palestra dialogada online com a rede estadual de ensino de São Sebastião (SP). Foram abordados os conceitos ligados à gestão de riscos de desastres e atividades educacionais para redução de risco de desastres.
A formação do grupo professores(as)/interlocutores em Educação para Redução do Risco de Desastres de São Sebastião - município que sofreu com os deslizamentos de terras e inundações em fevereiro deste ano - contou também com oficinas e atividades relacionadas à Educação para Redução de Risco de Desastres (ERRD). Participaram, também, professores de outros municípios do Litoral Norte de São Paulo, totalizando cerca de 30 participantes.
O curso contou, também, com a apresentação das atividades em Educação para Redução de Risco de Desastres (ERRD) desenvolvidas na Escola Estadual Josepha de Sant’Anna Neves, de São Sebastião. O prof. Marcos Roberto Queiroz, da Escola Estadual Nair Ferreira Neves, também de São Sebastião, apresentou o projeto Pluvis Pet, para monitoramento de chuva, com utilização de pluviômetro de baixo custo. A oficina de Cartografia Social foi apresentada pelo prof. Jorge Luiz, da Escola Estadual Sanches Gonzalez, da Ilhabela (SP). A equipe do Programa Cemaden Educação compartilhou os dados do Aplicativo “Dados à Prova D’Água. Todas essas atividades estão disponíveis no site do Cemaden Educação: http://cemaden.educacao.gov.br.
O evento ocorreu no último dia 31 de maio, com previsão para serem realizados outros cursos de formações, que contarão com a colaboração de educadores e integrantes da Rede de Educação para Redução de Riscos de Desastres do Litoral Norte de São Paulo.
Fonte: Ascom/Cemaden
Servidor do Cemaden conclui o doutorado no Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais da Unesp/Cemaden
O analista em Ciência e Tecnologia, Renato Santos Lacerda, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)- concluiu o Doutorado Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais, uma parceria entre o Instituto de Ciência e Tecnologia, da Universidade Estadual Paulista (Unesp)- câmpus de São José dos Campos e o Cemaden/MCTI.
A defesa da tese de doutorado ocorreu na última quinta-feira (1º de junho), no Auditório do Cemaden, apresentando o trabalho científico “Conceitos Elásticos da Ciência dos Desastres Contaminados pelo Dualismo Epistemológico Milenar”, orientado pelo ex-diretor do Cemaden, Oswaldo Luiz Leal de Moraes, atual diretor do Departamento para o Clima e Sustentabilidade, da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI.
O foco do trabalho científico foi o de analisar os conceitos variáveis dos termos utilizados pela Ciência dos Desastres, (como exemplos: “risco, vulnerabilidade, hazard e desastres”) na percepção dual e pensar dicotômico, com base em glossários oficiais mundiais como o da UNDRO (Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Ajuda em Desastres), do UNDHA (Departamento de Assuntos Humanitários das Nações Unidas) e UNISDR (Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres) entre outros. Lacerda apontou que os conceitos influenciam nas decisões voltadas à ciência e pesquisa, políticas públicas, decretos/leis e locação de recursos.
Renato Santos Lacerda assumiu o cargo de analista em C&T na Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden, em setembro de 2014. Graduado em História pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste), tem Mestrado em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e agora Doutorado pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp), na primeira turma do curso de pós-graduação Unesp/Cemaden. É o o primeiro servidor do Cemaden a concluir o doutorado nesse programa.
O Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais é estruturado de forma associativa entre a Unesp/ICT e o Cemaden/MCTI, tendo como principal objetivo formar pesquisadores, profissionais e gestores na área de desastres naturais. O curso tem uma concepção interdisciplinar envolvendo, de forma integrada, questões de natureza física, modelagem, infraestrutura, vulnerabilidade social e educacional.
Fonte: Ascom/Cemaden
Defesa Civil de Santo André realiza visita técnica ao Cemaden
Com o objetivo de fazer a apresentação institucional do Departamento de Proteção e Defesa Civil do Município de Santo André (SP) e ampliar as parcerias técnico-científicas, a equipe da instituição esteve, no último dia 31 de maio, na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
No auditório do Cemaden, a diretora da Defesa Civil de Santo André, Priscila de Oliveira, fez a apresentação institucional aos pesquisadores e tecnologistas do Cemaden, mostrando o panorama sobre o município e a reestruturação da Defesa Civil Municipal, integrada pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Urbanos. A Defesa Civil de Santo André é a segunda mais antiga do Estado de São Paulo, com 47 anos de existência. Abordou sobre os investimentos em equipamentos, sistemas de dados, modelagens e simulações para o monitoramento e prevenção de riscos de desastres. Informou, também, sobre a realização de um novo mapeamento de áreas de risco no município a ser realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicos (IPT).
A diretora da Defesa Civil de Santo André fez um balanço dos trabalhos realizados e dos atendimentos das ocorrências no período das chuvas de verão deste ano, bem como as parcerias e o trabalho de prevenção de riscos realizados nas escolas. “Esta visita técnica tem a finalidade de fortalecer as boas práticas e estreitar a parceria técnica junto ao Cemaden para aprimorar o trabalho de monitoramento e prevenção do risco de desastres”, afirma a diretora, Priscila de Oliveira.
A coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden, pesquisadora Ana Paula Cunha, da área de agrometeorologia, apresentou as atividades desenvolvidas pelo Cemaden no monitoramento e na pesquisa sobre desastres.
A importância da organização do Histórico de Dados das Defesas Civis e da atualização contínua dos registros de ocorrências na prevenção de movimentos de massa foram abordadas pelo pesquisador e geólogo do Cemaden, Daniel Metodiev.
O tecnologista em Extremos Hidrológicos, Leandro Casagrande também acompanhou a apresentação da Defesa Civil de Santo André e apresentou os processos de monitoramento e emissão de alertas na Sala de Situação, respondendo e esclarecendo as dúvidas técnicas dos visitantes.
Na parte da tarde, o hidrólogo Casagrande apresentou, no auditório do Cemaden, os princípios dos alertas hidrológicos.
A pesquisadora do Cemaden, da área de gestão de risco e impactos do fogo, Liana Anderson, conversou com os participantes sobre questões técnica-científicas dos desafios e oportunidades para a gestão de risco.
No final, a reunião foi finalizada com a intenção de novas parcerias técnicas científicas, com outras áreas de conhecimento e o intercâmbio de dados dos novos equipamentos.
A organização e elaboração da programação da visita da comitiva do Departamento de Proteção e Defesa Civil de Santo André foram realizadas pela analista em Ciência e Tecnologia, Selma Santos, da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden recebe visita de agência internacional para discutir imagem de satélite e pesquisas sobre desastres
Um comitê de pesquisadores do Internacional Charter Space and Major Disasters visitou o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – no último dia 29 de maio, para discutir sobre o uso de imagem de satélite de alta resolução espacial, com a finalidade de ampliar a parceria no estudo e gestão de risco de desastres, como deslizamentos, além de aplicações de modelagem hidrológica para o monitoramento.
A Internacional Charter Space and Major Disasters é um Escritório para Assuntos Espaciais Exteriores UN-Spider Portal, da Organização das Nações Unidas, que engloba a Carta Internacional sobre “Espaço e Grandes Desastres – consórcio de agências espaciais, organizações nacionais e regionais de monitoramento e gerenciamento de desastres – mecanismo criado pela comunidade internacional para facilitar o uso de dados de observação da Terra (EO) e mitigar os riscos de desastres.
Os visitantes da instituição internacional estavam acompanhados pelos pesquisadores Laércio Namikawa e Thales Korting, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), instituição que faz parte da Carta Internacional sobre “Espaço e Grandes Desastres”, além dos pesquisadores Helena Boscolo e Alexandre Homem de Mello (INPE). A comitiva foi recepcionada no Cemaden pelo tecnologista em geodinâmica, Tulius Nery, da Sala de Situação e pelos pesquisadores Leonardo Santos e Lívia Tomas.
Visita na Sala de Situação e trabalhos realizados entre Cemaden e Charter
Após visitarem a Sala de Situação do Cemaden, o grupo discutiu sobre temas de interesse comum, de uso de imagens de satélite de alta resolução espacial para detecção de cicatrizes de escorregamentos a modelagem hidráulica, além das aplicações de Inteligência Artificial em modelagem hidrológica.
“A experiência do grupo do Charter é muito importante para o Cemaden. Já trabalhamos juntos após alguns grandes desastres, ajudando no mapeamento de cicatrizes de escorregamentos, como no caso do evento ocorrido em Recife, no ano de 2022”, afirma o pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos.
“As equipes do INPE ( incluindo alunos de pós-graduação em Computação Aplicada e Sensoriamento Remoto) e equipes do Cemaden possuem capacidades complementares na gestão de dados sobre desastres”, ressaltou o pesquisador do INPE, Thales Korting.
Dentre os encaminhamentos da visita está a possibilidade de parcerias em propostas para chamadas de projetos de pesquisa.
O grupo do Charter voltará ao Cemaden para o evento IASI - Workshop sobre Inteligência Artificial em Secas e Inundações, a ser realizado nos dias 04 e 05 de setembro de 2023 - https://sites.google.com/view/iasi2023
Fonte: Ascom/Cemaden
Lideranças religiosas visitam o Cemaden para informações sobre mudanças climáticas e prevenção de desastres
Uma comitiva com 41 lideranças de entidades religiosas de vários estados brasileiros e integrantes da “Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais (IRI-Brasil)” esteve, nesta terça-feira (30), na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), com o objetivo de receber informações científicas sobre mudanças climáticas, riscos de desastres e ações de prevenção de desastres geo-hidrológicos.
Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2018, a “Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais (IRI-Brasil) integra vários grupos religiosos de evangélicos, católicos, espíritas, judaicos, budistas e de matriz africana, dentre outros. A IRI-Brasil visa o engajamento em ações de preservação ambiental, mitigação e adaptação às mudanças climáticas. No ano passado, quatro comitivas de lideranças religiosas de vários estados do Brasil estiveram em visita informativa ao Cemaden , entre os meses de maio e agosto de 2022.
Palestras e programação
A comitiva foi recepcionada pela representante da direção do Cemaden, pesquisadora Sílvia Saito, que fez a apresentação institucional, atividades desenvolvidas, vulnerabilidades e monitoramento geo-hidrológico, de secas, reservatórios. Falou sobre áreas de riscos e vulnerabilidades e o monitoramento do Cemaden nos 1.038 municípios mapeados com áreas de risco, em todo o território nacional. “Além do Cemaden e das entidades parceiras, a prevenção e gestão de risco envolvem todos nós”, destaca a pesquisadora.
O coordenador-geral substituto de Operação e Modelagem do Cemaden, pesquisador e meteorologista Giovanni Dolif abordou, em palestra, sobre os desastres geo-hidrológicos, eventos extremos e prevenção e áreas de riscos de desastres. No período da tarde a comitiva visitou a Sala de Situação do Cemaden e recebeu informações do pesquisador Dolif sobre o sistema de monitoramento e emissão de alertas, bem como respondeu as perguntas feitas pelos participantes sobre monitoramento.
As causas dos desastres climáticos foram abordadas pelo coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo, “As mudanças climáticas são processos naturais que já ocorreram no passado. Porém, as atividades humanas estão acelerando os processos dessas mudanças do clima, provocando eventos extremos”, explica Marengo, enfatizando a urgência de ações para a diminuição dos impactos ou mitigação das mudanças climáticas.
Conforme Marengo, entre os efeitos socioeconômicos da mudança climática estão: custos de adaptação pela subida do nível do mar; perda da capacidade de trabalho devido o calor; conflitos bélicos pelos recursos escassos; agravamento do acesso à água em determinadas áreas e deslocamento de populações. Também citou como efeitos da mudança climática a queda na produtividade agrícola; aumento dos preços dos alimentos; aumento da pobreza provocada pelos fenômenos meteorológicos extremos e a propagação de doenças, devido ao aumento de temperatura.
A coordenadora do Programa Cemaden Educação, pesquisadora e antropóloga, Rachel Trajber, falou sobre percepção de riscos, prevenção de desastres e as atividades desenvolvidas pelo Cemaden Educação, no trabalho de parceria com as escolas, Defesas Civis e comunidades nas áreas de risco.
Na parte da tarde, a equipe do Cemaden Educação - integrada pelas pesquisadoras Patrícia Mitsuo, Carolina Esteves, Priscila Françoso, Jeniffer de Souza Faria e o pesquisador Antonio Guerra – coordenou a oficina "Prevenção e enfrentamento de desastres" com os participantes. Utilizando metodologias e técnicas de elaboração de planos de trabalho para a redução de risco de desastres. Dividido em grupos, os participantes elaboraram e desenvolveram propostas de ações estratégicas, direcionadas às áreas de risco em suas localidades, dentro da Campanha “AprenderParaPrevenir”.
IRI no Brasil
A Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil (IRI-Brasil) é uma plataforma de apoio às lideranças religiosas para que possam ampliar sua contribuição voltada à preservação do equilíbrio climático, à conservação e ao uso sustentável das florestas, além da proteção dos povos indígenas e das comunidades locais.
O facilitador nacional do IRI-Brasil, Carlos Vicente, coordena o organiza os grupos religiosos para as conversas junto aos cientistas, visando compartilhar conhecimentos e ações para preservação ambiental, mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Ele pontua a importância da visita ao Cemaden e das informações científicas recebidas pelas lideranças religiosas. Primeiro, destaca o reconhecimento do papel das lideranças religiosas de todas as tradições e de todas as espiritualidades, que têm na tradição a formação de valores, na conscientização da população e mobilização para a ação, visando a melhoria de vida de todos. Em segundo, por compartilhar a importância do papel da Ciência, como utilidade pública, buscando gerar proteção e melhoria da vida das pessoas, no caso do Cemaden, na prevenção de riscos de desastres.
“Juntar a importância da instituição e dos cientistas com o diálogo junto às lideranças religiosas pode nos ajudar a acelerar o processo de desenvolvimento sustentável, de proteção da população e de preservação ambiental.”, afirma Carlos Vicente. “O diálogo entre os cientistas e religiosos é absolutamente fundamental, vencendo e afastando a onda de negacionismo científico. Valorizar a Ciência é importante, pois é a base para os trabalhos de desenvolvimento sustentável, conscientização da urgência de ações para a crise climática.”, afirma. Enfatizou que o diálogo entre cientistas e líderes religiosos possibilita, também, o conhecimento do trabalho nas comunidades locais. "A união com as lideranças religiosas permitirá uma atuação junto às comunidades, levando as informações científicas e intermediando o espaço com as instituições governamentais”afirma. Por final, destaca que a visita permite resgatar o senso de orgulho do Brasil, ao ver instituições do porte do Cemaden e do Inpe. “Por sucessivos governos e sucessivos períodos de nossa história, foi se construindo as instituições de altíssimo nível, comprometidas com o interesse público e com o bem estar da população. Resgatar esse sentimento de orgulho é muito importante para que se continue dando apoio às instituições, possibilitando obter mais recursos humanos e de equipamentos pelos investimentos governamentais, para o melhor serviço à sociedade e ao País.”, destacou Carlos Vicente.
Fazem parte do IRI: representantes da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Confederação Israelita do Brasil (CONIB); Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC); Religiões pela Paz Brasil; Religiões pela Paz América Latina e Caribe; Instituto de Estudos da Religião (ISER); Confederação Israelita do Brasil; Aliança Cristã Evangélica Brasileira; Federação Espírita Brasileira; Perifa Sustentável; Mesquita Brasil; e União Nacional Islâmica.
Neste ano (2023), na primeira visita, a comitiva foi concentrada por entidades evangélicas de várias igrejas e instituições. Vieram representantes de diversas regiões brasileiras: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo e São Paulo.
Em julho, está agendada a vinda de comitiva de católicos, prevendo a terceira visita constituída por grupos de lideranças de religiosos espíritas, judaicos, budistas e de matriz africana, entre outros, para receberem as mesmas informações sobre mudanças climáticas e prevenção de desastres.
ONU e as ações para o meio ambiente
O representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no Brasil, Gustau Máñez, integrante da comitiva do IRI, afirmou ser importante a visita ao Cemaden, oportunidade de aproximar as lideranças religiosas com a realidade dos eventos climatológicos. “ O Brasil é muito religioso. A lideranças religiosas têm uma ampla proximidade com as comunidades, principalmente, as que estão em áreas de risco. Isso permitirá que se articule ações para mitigar os impactos e prevenir os riscos dos desastres, integrando as comunidades aos recursos naturais das florestas, possibilitando tornarem-se resilientes. “, afirma o representante do Programa da ONU para o Meio Ambiente, enfatizando a importância da aproximação entre Ciência e Religião.
Máñez afirma que a união entre a Ciência e a religiosidade permitirá vincular e articular os temas com ações direcionadas à redução dos riscos de desastres ambientais. “Essa união entre cientistas e religiosos permitirá levar o conhecimento científico sobre riscos e vulnerabilidades até as comunidades. Essa integração de dados e informações do Cemaden permitirá uma atuação mais direta na redução de impactos ambientais junto às comunidades.”
Em abril deste ano, o Cemaden recebeu da Coordenação das Florestas e Clima do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) o reconhecimento pela contribuição e apoio pela parceira com o IRI-Brasil . Na mensagem, o agradecimento foi pelos esforços de conscientização da crise do desmatamento de florestas tropicais no Brasil e seus impactos associados aos desastres deflagrados por extremos hidrometeorológicos, direcionados a mais de 100 líderes religiosos que visitaram o Cemaden em 2022.
Fonte: Ascom/Cemaden
Fotos Ascom/Cemaden:
Fotos IRI-Brasil:
Workshop sobre Ciência dos Desastres apresenta a produção científica do Cemaden
“Workshop sobre Ciência dos Desastres- Passado, Presente e Futuro: a contribuição do Cemaden 2023” foi o tema do evento interno presencial, promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - no auditório do Cemaden, que vem ocorrendo desde o dia 17, com o encerramento previsto para hoje à tarde (19).
O objetivo do workshop é apresentar o estado-da-arte nas pesquisas científicas, aplicadas às atividades operacionais e desenvolvidas no Cemaden, assim como os produtos gerados pela Rede de Observações Ambientais, na área de Tecnologia de Informação. Também foram mostradas as atividades de Educação e Percepção de Risco de Desastres.
Em cada trabalho científico apresentado, foram discutidas a situação atual da Ciência de Desastres no Brasil, lacunas de conhecimentos, programas e ações do Cemaden relevantes à emissão de alerta de risco de desastres, aspectos socioeconômicos-ambientais de desastres e desenvolvimentos futuros.
Formato das apresentações e participação externa
O conceito estado-da-arte, empregada nas apresentações do Cemaden, se refere a mostrar as partes mais importantes de todo o trabalho científico, de forma a possibilitar abordagens mais objetivas na aplicação no monitoramento e prevenção de desastres. “O formato das apresentações permite discussões sobre as temáticas, em várias áreas de pesquisa no Cemaden, contribuindo para o compartilhamento dos conhecimentos inter e transdisciplinares, para melhoria de novos postulados e paradigmas das produções científicas”, afirma o climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, que promoveu o evento interno. Destaca a importância da participação ativa de pesquisadores, tecnologistas e bolsistas para o compartilhamento e discussões dos trabalhos científicos, bem como a continuidade da promoção de encontros presenciais periódicos.
Além dos pesquisadores do Cemaden, o workshop recebeu convidados nacionais e internacionais, presencial e online. Os convidados integraram duas Mesas-redondas, na programação da tarde do dia 17 e do dia 19, com considerações e análise dos temas como: pesquisas em desastres, Sistemas de Alertas (EWS) para redução do risco de desastres, o papel da Defesa Civil nas ações de gerenciamento de risco de desastres, e impactos das mudanças climáticas no risco de desastres no futuro.
Palestra Magna sobre a aplicação da Ciência e desenvolvimento tecnológico na gestão de risco
A abertura do workshop foi feita pelo coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, José Marengo, que apresentou a pesquisadora mexicana Irasema Alcantara-Ayala -do Grupo Consultivo Científico e Tecnológico Regional (Regional Science and Technological Advisory Group) - do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR) – para ministrar a Palestra Magna intitulada “Gestión Integral del Riesgo de Desastres en las Américas y el Caribe: reflexiones y retos para una agenda regional fundamentada en la ciencia y el desarrollo tecnológico” (Gestão Integral do Risco de Desastres nas Américas e no Caribe: reflexões e desafios para uma agenda regional baseada no desenvolvimento científico e tecnológico”).
“Os desastres não são naturais”, enfatiza a cientista. Discorre sobre vulnerabilidades e as predisposições das comunidades para serem afetadas pelas ameaças. Entre as predisposições estão: as condições socioeconômicas, políticas, culturais e ambientais. Expôs sete desafios estratégicos importantes para a elaboração e implementação das políticas para a redução dos impactos dos desastres. Entre os desafios, cita: o fomento e ampliação de pesquisas e conhecimentos; a interpretação das informações, dos dados e conhecimentos no processo de comunicação; acesso da utilização de avanços tecnológicos pela pesquisa, para o desenvolvimento de capacidades e formulação de políticas públicas.
“Também é importante adotar perspectivas de risco sistêmico, o que possibilita uma abordagem de conexões e interdependências, com base nas capacidades”, afirma Ayala e acrescenta “ isso ajuda a criar sinergias para planejar estratégias interinstitucionais, inclusive com os setores financeiros.”
Estamos preparados para afrontar o aumento dos desastres decorrentes das mudanças climáticas?
A mesa-redonda “O desafio da ciência dos desastres: Estamos preparados para afrontar o aumento dos desastres decorrentes das mudanças climáticas?” encerrou a programação do workshop, com apresentações dos painelistas Omar Cardona (UNAL-Colômbia), Karine Lopes (Sedec - Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional), Carlos Nobre (Instituto de Estudos Avançados-USP, SPA), Juan Jose Nieto (CIIFEN-RCC WMO) e Claudia Natenzon (SISSA-RCC WMO).
O professor Omar Cardona, da Universidade Nacional da Colômbia, chamou a atenção para a necessidade urgente de se reduzir a vulnerabilidade das populações que vivem em áreas de risco, ao mesmo tempo em que se aumentem os investimentos em infraestrutura. Ele alertou para a perspectiva de elevação dos riscos climáticos e desastres, com a expansão do desenvolvimento econômico e consequente aumento das emissões.
Nesse contexto, o professor apresentou aos presentes o GIRI (Global Infrastructure Resilience Index, na sigla em inglês), considerado um marco conceitual para a modelação do risco e da resiliência. Iniciativa da Coalition for Disaster Resilient Infrastructure (CDRI), o GIRI é a primeira avaliação de risco totalmente probabilística que cobre setores globais de infraestrutura. Espera-se que ele informe o planejamento, a tomada de decisões e o investimento em infraestrutura resiliente a desastres e clima, fornecendo métricas de risco probabilísticas confiáveis e totalmente comparáveis que cobrem todos os países e territórios do mundo.
Karine Lopes, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional), traçou um panorama atual da Defesa Civil no país, destacando a evolução e o fortalecimento dessa instituição a partir da criação do Cemaden, em 2011. Parcerias que resultaram no Projeto Elos , por exemplo, projetos em cooperação com o Cemaden Educação foram algumas iniciativas exitosas mencionadas.
O pesquisador Carlos Nobre (IEA-USP) fez uma retrospectiva da história do Cemaden, criado em 2011 após os desastres ocorridos na região serrana do Rio de Janeiro. Ele destacou a queda do número de mortes ocasionadas por desastres, apesar do aumento do número de eventos dessa natureza, em função do monitoramento, previsões e alertas emitidos pelo Cemaden. Entretanto, afirmou Nobre, nos últimos registros de desastres, o número de mortes voltou a aumentar. “O que deixou de funcionar? Será que a população deixou de responder aos alertas da Defesa Civil e do Cemaden”, questionou. Ele também reafirmou a necessidade de, paralelamente ao aprimoramento dos alertas de riscos, criar-se ferramentas e políticas para reduzir a exposição das populações vulneráveis a esses riscos.
O aumento dos desastres associados ao El Niño foi o tema da apresentação do pesquisador Juan José Nieto, do Centro Internacional para a Investigação do Fenômeno El Niño (CIIFEN).
Encerrando a mesa-redonda, a professora Claudia Natenzon, da Universidade de Buenos Aires, apresentou um panorama do SISSA (South America Drought Information System, na sigla em inglês), desenvolvido pelos seis países membros do Centro Regional do Clima para o Sul da América do Sul (RCC-SSA): Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai.
Programação e participantes:
Dia 17 de maio
Moderador: Jose Marengo
Abertura-Gestión Integral del Riesgo de Desastres en las Américas y el Caribe: reflexiones y retos para una agenda regional fundamentada en la ciencia y el desarrollo tecnológico (Palestra Magna). Dra. Irasema Alcantara-Ayala, Regional Science and Technological Advisory Group-UNDRR.
Mesa-redonda : Pesquisa e Ensino sobre a ciência de desastres no Brasil para melhorar a percepção de risco
Moderadora: Ana Paula Cunha
Painelistas :
Silvio Simões (Unesp)-
Enner Alcantara (Curso de Pós-graduação em Ciência dos Desastres- Unesp-Cemaden) - Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais: oportunidades e desafios futuros
Mercedes Bustamante (CAPES)
Discussões
18 de Maio
Moderadora: Ana Paula Cunha
Monitoramento da progressão da seca no Brasil usando dados observacionais e de sensoriamento remoto - pesquisador Marcelo Zeri
Projeto Cigarra: Um sistema nacional de monitoramento ambiental - tecnologista T.I. André Ivo
Projeto Redegeo: Aspectos gerais do Projeto RedeGeo - pesquisador e geólogo Márcio Andrade
Estudos de limiares de chuva com base em ocorrências de deslizamentos das áreas piloto, pesquisador e geólogo - Daniel Metodiev
Resultados de estudos com modelagem geodinâmica de encostas urbanizadas, pesquisador da área geodinâmica - Rodolfo Mendes
Desenvolvimento de método para estimativa de umidade do solo com base em previsão meteorológica -pesquisador Cassiano Bortolozo
Previsão probabilística de vazão para fim de alerta hidrológico, utilizando o Modelo Hidrológico Distribuído (MHD-INPE)- pesquisadora e hidróloga Rochane Caram
Retrospectiva e perspectivas sobre a caracterização da população em áreas de risco de desastres - pesquisadora Sílvia Saito
Estudo de diferentes atores sociais nos processos de comunicação de riscos e desastres- pesquisadora Luciana Londe
O Cemaden Educação se renova: passado, presente e futuro- pesquisadora e antropóloga Rachel Trajber
Evolução nos estudos de Padrões Atmosféricos deflagradores de Desastres Naturais -pesquisador e meteorologista Giovanni Dolif
--------------
Moderadora: S. Saito
Previsão de deslizamentos pelos limiares de chuva intensidade-duração – pesquisador Rodrigo Stabile
Pesquisa aplicada em previsão subsazonal no Cemaden: Passado, Presente e Futuro - pesquisador e meteorologista Christopher Castro
Avaliação do risco de desastres associados a eventos compostos de seca-calor – pesquisadora Ana Paula Cunha
Gestão de Riscos e Impactos Associados a Queimadas e Incêndios Florestais - pesquisadora Liana Anderson
Sistema de Alerta de Previsão Sazonal da Probabilidade de Fogo - pesquisador João Reis
Campanha #AprenderParaPrevenir: práticas educativas em riscos e desastres - pesquisadora Patricía Matsuo
Discussões
19 de Maio
Moderadora : Luciana Londe
IA no Cemaden: passado, presente e futuro - pesquisador e físico Leonardo Santos
Registros de Eventos de Inundação e Deslizamento do Cemaden (REINDESC) – base de dados de auxílio ao sistema de alertas – tecnologista Tiago Bernardes
Development of a web-based Geographic Information System (webGIS) for querying and analyzing Cemaden's early warnings and occurrences data - tecnologista Rafael Luiz
Mapeamento de alta resolução pós-eventos de movimentos de massa - uso de RPAS ( Remotely Piloted Aircraft System )- tecnologista Harideva Egas
Modelagem Espacialmente Distribuída para Identificação de Áreas Suscetíveis à Escorregamentos Translacionais Rasos, pesquisador Marcio Moraes
Caracterização de bacias hidrográficas monitoradas pelo Cemaden, sob cenários de mudanças climáticas – pesquisador Diogo Amore
Flood Risk in São Paulo, Brazil: Integrating Hydrological and Mobility Data in a Comprehensive Mapping Study – pesquisadora Lívia Tomás
Ferramenta Operacional de Previsão de Risco de Deslizamentos de Terra para todo o Brasil a partir da Análises Regionais Dinâmicas- tecnologista Pedro Camarinha
MAP-Fire: Uma plataforma virtual para a gestão do balanço de carbono entre emissões pelo fogo e remoções por floresta secundárias para o Estado do Maranhão- pesquisador Henrique Leão
Padronização de publicações na ciência dos desastres: uma ferramenta essencial para a comunicação efetiva e gestão de riscos – pesquisador Alan Pimentel
Utilizando modelos de aprendizado de máquina por difusão latente para gerar estratégias de comunicação visual na área de desastres – pesquisador Fernando Silva
---------------
Moderador: Christopher Castro
Monitoramento e previsão dos Impactos da Seca nos Recursos Hídricos: Seca Hidrológica, pesquisadora Elisangela Broedel
The natural hazards disaster impact reduction in the Americas and the Caribbean after the 1990s: beyond counting deaths - Viviana Muñoz
Mapeamento de Inundação e Análise de Impacto de Perdas agrícolas em Subsídios à Implementação do Programa Garantia- Safra no Estado do Amazonas- pesquisadora Larissa Antunes
Construção de indicador para avaliação da vulnerabilidade à seca urbana no Brasil - pesquisadora - Lidiane Costa
Mesa-redonda 2: O desafio da ciência dos desastres: Estamos preparados para afrontar o aumento dos desastres decorrentes das mudanças climáticas?
Moderadora: Regina Alvalá
Painelistas:
Carlos Nobre (Instituto de Estudos Avançados-USP, SPA)
Karine Lopes (Sedec -Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional)-
Omar Cardona (UNAL-Colômbia): No solo cero-emisiones, también cero- vulnerabilidad: Imperativo de evaluar riesgo con incertidumbre profunda
Juan Jose Nieto (CIIFEN-RCC WMO)
Claudia Natenzon (SISSA-RCC WMO
Discussões e encerramento
Livro de Resumo das Pesquisas do Cemaden
O evento foi organizado pelos gestores do Cemaden: Osvaldo Moraes, José Marengo, Regina Alvalá e Marcelo Seluchi, com o apoio técnico e administrativo de Josiane Rosa, Fernando Silva e Alan Pimental.
Está sendo elaborado um livro com os resumos das produções científicas do Cemaden/MCTI, apresentadas no evento, que será divulgado, posteriormente.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden promove treinamento sobre o uso do Portal Cemaden-GEOGloWS para o monitoramento hidrológico
No próximo dia 12 de junho, das 08 às 12 horas, será realizado o Workshop sobre o Uso do Portal Cemaden-GEOGloWS para o treinamento de navegação nos aplicativos dessa plataforma, bem como nos menus e submenus. O objetivo é repassar as orientações para o acesso e identificação de dados para o monitoramento e previsão de inundações, nas principais bacias hidrológicas brasileiras.
O evento ocorrerá na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). Também será permitida a participação virtual, acessada pelo link https://byu.zoom.us/j/96808960252.
Direcionado aos especialistas de monitoramento do Cemaden e demais instituições interessadas, o workshop de treinamento está sendo organizado em colaboração entre Cemaden/MCTI, a Alianza Bioversity International - CIAT, Imaflora e Aquaveo LLC, com apoio do Programa SERVIR-Amazônia. Esse programa é uma iniciativa de desenvolvimento conjunto entre a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
As ferramentas de aplicação usadas pelo GeoGloWS (Global Streamflow Forecast) integram aplicativos que permitem fazer o monitoramento e a previsão de inundações, importantes para prevenção e mitigação dos impactos.
Este workshop também permitirá que os participantes do Cemaden utilizem e mantenham o Portal de forma autônoma. Além disso, com a ajuda dos técnicos participantes, espera-se identificar novos usuários internos e externos dos aplicativos para atribuir-lhes um nome de usuário e senha dentro do Portal.
Ferramenta de previsão de inundações
Desenvolvida pelo Cemaden/MCTI, Programa Servir-Amazonia e Aliança-Bioversity-CIAT, foi lançada,no final do ano passado (2022), a ferramenta Hydroview para previsão de inundações. Essa ferramenta fornecerá dados com antecedência de até 15 dias de inundações críticas nos rios de médio e grande porte, em todas as bacias hidrográficas do território brasileiro. Os dados serão enviados à Sala de Situação (Operação) do Cemaden, para a inclusão no sistema de monitoramento, aprimorando a emissão de alerta de risco hidrológico.
Acordo Cemaden/MCTI
A assinatura da cooperação técnica entre o Cemaden/MCTI, Aliança Bioversity/CIAT e Programa SERVIR-Amazônia ocorreu no dia 22 de novembro de 2021, visando promover estudos de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra no Brasil.
Iniciativa GEOGloWS
O GEOGloWS é uma organização voluntária, criada por acordo informal entre múltiplos parceiros dentro e fora do sistema da ONU (Organização das Nações Unidas). Esse sistema permite engajamento e maior integração com organizações transnacionais na ONU e agências com responsabilidades hídricas, que não serviços de hidrometrização. Exemplos de parceria são com o Cemaden/MCTI no Brasil e a SICA/CRRH na América Central. Com gestão feita por um Comitê Diretivo Internacional, a GEOGloWS foi criada em 2017 pela GEO Water Community para fornecer maior coordenação entre as diversas atividades de água doce dentro do GEO.
Evento : Workshop sobre o Uso do Portal Cemaden-GEOGloWS
Data: 12 de junho de 2023
Hora: 08:00 - 12:00
Local: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)-Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP)
Modalidade: Hibrida (presencial e transmissão online)
Link de acesso online: https://byu.zoom.us/j/96808960252
Confirmação para participação do workshop e informações– Os interessados devem confirmar a participação no workshop enviando um e-mail para Alejandra Leiva em a.leiva@cgiar.org
Fonte : Ascom/Cemaden
Cientistas do Cemaden organizam workshop sobre sistemas de alerta centrados nas pessoas
Com o objetivo de compartilhar resultados e os métodos com abordagens multi e interdisciplinares para subsidiarem políticas públicas para prevenção de riscos e desastres no Brasil, será realizado o workshop “Sistemas de alerta centrados nas pessoas, no próximo dia 30 de junho, das 14 às 17 horas, no Auditório do Cemaden. O evento será no formato híbrido (presencial e por transmissão online).
Promovido pelo pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o evento abordará alguns resultados da pesquisa de pós-doutorado desenvolvida pelo sociólogo. A pesquisa teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp (processo 2018/06093-4), feita em parceria com pesquisadores (as) do Cemaden/MCTI e do Natural Hazards Center, da Universidade do Colorado- Boulder.
“Diante da complexidade e intensificação das vulnerabilidades e dos eventos extremos, é fundamental desenvolver métodos e abordagens multi e interdisciplinares, capazes de dialogar e gerar conhecimento científico para a prevenção de riscos e desastres”, afirma Marchezini.
“Como desenvolver uma metodologia para colocar em prática a recomendação da ONU a respeito da criação de sistemas de alerta centrados nas pessoas ? E que, também, abordem as multiameaças?”
Além da disseminação dos resultados do pós-doutorado, o evento permitirá subsidiar a continuidade da pesquisa do autor neste tema. A participação é voluntária, não-remunerada e os resultados da atividade poderão ser publicados como pesquisa científica, respeitando-se o anonimato dos participantes. “Precisamos promover o debate acerca da importância de sistemas de alerta que coloquem os diferentes grupos sociais como centro do processo de formulação, implementação e aperfeiçoamento dos sistemas de alerta”, argumenta o sociólogo.
Programação - Dia 30 de junho de 2023
A programação completa prevê palestra, oficina e pré-lançamento de um novo projeto.
14h00-14h10: Boas-vindas* (Dra. Regina Célia dos Santos Alvalá - Diretora do Cemaden/MCTI)
14h10 -14h40: Métodos multi e interdisciplinares para promoção de sistemas de alerta centrados nas pessoas* (Victor Marchezini/Cemaden, pós-doutorado no exterior - processo Fapesp 2018/06093-4).
*com transmissão ao vivo pelo Canal do YouTube Série de Debates Cemaden: https://www.youtube.com/watch?v=wWcASJ5rA9M).
14h40-15h00: Perguntas*
15h00 - 15h50: Oficina Sistemas de Alerta (presencial)
15h50 -16h00: Pré-lançamento do Projeto COPE (Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos) e encerramento
Atividades preparatórias para o evento híbrido e inscrições (oficinas)
O evento será realizado no dia 30 de junho, das 14h às 17h (horário de Brasília), no auditório do Cemaden, em São José dos Campos/SP. Prevê a realização de uma palestra inicial (com transmissão simultânea pelo Canal do YouTube Série de Debates Cemaden) e oficina presencial.
O workshop possui 40 vagas para interessados (as) em participar presencialmente (a participação virtual é ilimitada). A atividade é voltada a servidores públicos (as), estudantes de pós-graduação, operadores da defesa civil, representantes de ONGs e demais interessados (as). Para participação presencial é necessária inscrição prévia, que deverá ser feita pelo link: https://docs.google.com/forms/d/1bFVKszMLGba5mMJBjrAvB266TOQ3bewKXNU_N5L4pn8/edit.
Leitura prévia de publicações
A participação no workshop requer a leitura prévia de duas publicações de acesso aberto, destacadas a seguir.
MARCHEZINI, Victor; LONDE, L. R. . Sistemas de alerta centrados nas pessoas: desafios para os cidadãos, cientistas e gestores públicos. Revista Gestão e Sustentabilidade Ambiental, v. 7, p. 525-558, 2018. Disponível em:
https://portaldeperiodicos.animaeducacao.com.br/index.php/gestao_ambiental/article/view/6558
MARCHEZINI, Victor; MOURAO, C. ; SCOFIELD, G. ; METODIEV, D. ; FLORES, S. S. L. Sistemas Comunitários de Alerta de Risco de Desastres Associados a Inundações e Deslizamentos: Aspectos Teóricos e Metodológicos. Revista de Estudios Latinoamericanos sobre Reducción del Riesgo de Desastres REDER, v. 4, p. 36, 2020. Disponível em: https://www.revistareder.com/ojs/index.php/reder/article/view/49
Em caso de dúvidas, pode ser encaminhado e-mail para victor.marchezini@cemaden.gov.br
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden entrega premiação da campanha AprenderParaPrevenir ao município de Quatro Barras (PR)
A Defesa Civil e a Escola Municipal João Curupaná da Silva, do município de Quatro Barras (PR), receberam, nesta terça (16), dois pluviômetros semiautomáticos e o kit educativo, pela premiação por sorteio da Campanha AprenderParaPrevenir da edição de 2019, promovido pelo Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Em 2019, o tema da 4ª edição da campanha foi “Reduzindo o risco de desastres: ações educativas em tempos de mudanças climáticas”, com a participação de Escolas, Defesas Civis e Universidades.
A Defesa Civil de Quatro Barras (PR) e a Escola Municipal João Curupaná da Silva (cerca de 415 alunos) desenvolveram o projeto “Ensinar para proteger 2019”, com o objetivo de conscientizar as crianças e garantir a segurança dos alunos, dentro do meio onde vivem. A ideia, também, era de tornar os alunos multiplicadores, propagando a conscientização para seus familiares e vizinhos.
A doação dos pluviômetros semiautomáticos ocorreu com a presença das pesquisadoras Patrícia Matsuo e Carolina Esteves, da equipe do Programa Cemaden Educação. O pesquisador Demerval Gonçalves, da área de Engenharia do Cemaden, repassou as orientações de instalação, uso e manutenção do equipamento de monitoramento de chuvas.
A diretora da escola, profª Cristina Godoy, na época da campanha era supervisora pedagógica, afirmou que o projeto foi desenvolvido aos alunos das turmas do 4º e 5º anos, com idade entre 09 e 11 anos. “A campanha foi um sucesso e as ações de proteção - como conscientização de desastres e evasão no momento de risco - foram importantes, beneficiando, indiretamente, pais e familiares, além de toda a comunidade escolar”, afirma a diretora. Informou que a instalação do pluviômetro semiautomático na escola permitirá a continuidade às ações e trabalhos educativos voltados ao monitoramento de chuvas e redução do risco de desastres.
O representante da Defesa Civil, Danilo Calixto, destacou que o projeto desenvolvido no município foi considerado um dos melhores no Estado do Paraná. “Foram tratadas questões sobre desastres ambientais como incêndios, enchentes e deslizamentos na área rural. Além disso, foram feitas abordagens relativas à proteção contra animais peçonhentos, simulação de incêndio e evasão, entre outras.”, afirma Calixto, que informou que o pluviômetro semiautomático será instalado na área de risco no bairro Ribeirão do Tigre, onde ocorreu enchente entre os dias 29 de novembro e 12 de dezembro de 2022. Segundo a Defesa Civil do município, o Projeto Ensinar para Proteger, em 2019, envolveu cerca de duas mil pessoas. Afirmou que, em 2024, vão retomar as ações educacionais nas escolas, relativas ao meio ambiente.
No final, os representantes da Defesa Civil e da escola do município paranaense de Quatro Barras visitaram a Sala de Situação do Cemaden. Conheceram o processo do sistema de monitoramento, apresentado pela tecnologista Carla Prieto, da área de geodinâmica de desastres naturais.
A programação da entrega da premiação da campanha e da visita à Sala de Situação foi organizada pela analista em Ciência e Tecnologia, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden e instituições parceiras organizam evento para discutir vulnerabilidade e resiliência às secas
Nos dias 11 e 12 de maio (quinta e sexta-feira), na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – será realizada a oficina de trabalho “Informações para reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resiliência às secas no setor hidrolétrico brasileiro”. (Foto crédito: jornal Estadão)
O evento ocorrerá no formato híbrido (presencial e virtual) e está sendo organizado pelo Cemaden/MCTI, pelo Projeto Sistema de Informações de Seca para o Sul da América do Sul (SISSA), pelo Centro Regional de Clima (CRC) e pela Organização Meteorológica Mundial da Meteorologia (OMM). A oficina contará com parceiros do setor hidroenergético, do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e especialistas que trabalham com o tema da seca.
Entre as discussões entre as instituições parceiras, previstas no evento, estão a identificação dos impactos das secas nas principais atividades hidroenergéticas. Também serão levantadas as causas ambientais, tecnológicas, sociais, culturais e econômicas desses impactos.
Todas as informações coletadas visam definir as ações viáveis em cada contexto para reduzir os impactos da seca, com a meta de elaborar um plano de trabalho conjunto para organizar informações sobre seca.
Programação
O workshop será aberto no dia 11 de maio, das 14h30 às 16h30 (horário de Brasília), com a recepção dos participantes e visita à Sala de Situação do Cemaden, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
No dia 12, os trabalhos e debates ocorrerão das 08h30 às 16 horas (horário de Brasília), iniciado pela apresentação do SISSA sobre o tema, objetivos e forma de trabalho. Nesse dia, os participantes farão uma breve apresentação da instituição e da área geográfica de atuação. Também discutirão o papel da meteorologia e hidrologia nas instituições e a atuação relacionada às secas e ao setor elétrico. Serão abordadas as fontes de informações sobre secas, metodologias e divulgação dos produtos/informações para os impactos da seca.
Participam do workshop as instituições parceiras: ONS, CEMIG, Salto Grande, Cemaden e as instituições colaboradas: INMET, ANA, CPTEC-Inpe e Unicamp.
Sistema de Informação de Secas para o Sul da América do Sul (SISSA)
O Cemaden faz parte do grupo de instituições que representam o Brasil na composição dos seis países que integram o Centro Regional do Clima para o Sul da América do Sul, entidade que produz e dissemina informações climáticas, fornecendo subsídios aos tomadores de decisões em setores da sociedade sensíveis à variabilidade e mudanças climáticas.
Dentro da agência sul-americana, o Cemaden integra o Sistema de Informações sobre Secas para o Sul da América do Sul (SISSA), instituição virtual que disponibiliza dados, informações e conhecimento sobre secas para mitigar ou reduzir os impactos desse fenômeno climático. O SISSA é um desenvolvimento conjunto dos serviços meteorológicos, hidrológicos e outras instituições da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
O sistema de informações do SISSA está estruturado em torno de três eixos principais: implementar ferramentas para monitorar o início, a severidade e a duração de uma seca; antecipar o tipo e a magnitude dos impactos em diferentes setores; e promover coordenação e planejamento entre instituições e setores afetados, antes que um evento seco seja instalado.
O SISSA é uma instituição virtual que atua no âmbito do Centro Regional do Clima para o Sul da América do Sul (CRC-SAS). Mais informações: https://sissa.crc-sas.org/que-es-sissa/
Fonte: Ascom/Cemaden
Estudantes de Geociências da Unicamp visitam o Cemaden
Estudantes do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) visitaram o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – na última sexta-feira (dia 5), com o objetivo de conhecer os trabalhos de pesquisa, inovação e monitoramento na área de desastres geo-hidrológicos, áreas de riscos e vulnerabilidades.
A comitiva integrada por sete estudantes (pós-graduação: cinco de Mestrado, uma de Doutorado e uma de graduação em Iniciação Científica) estavam acompanhados dos professores Jefferson Picanço e Ana Elisa Silva de Abreu, da disciplina Gestão de Risco de Desastres Naturais.
Vulnerabilidades e percepção de riscos de desastres
Dentro da programação, a pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe, da área de projetos de interfaces entre desastres naturais, vulnerabilidade socioambiental e saúde pública. A pesquisadora fez a apresentação institucional do Cemaden, focando as linhas de pesquisa. Os alunos também tiveram oportunidade de relatar quais eram suas áreas de interesse em pesquisa. Entre as diversidades dos temas de interesse, estão desde novas tecnologias para instrumentação do monitoramento na área de desastres, passando por alternativas sustentáveis na mineração, até impactos sobre a biodiversidade nos desastres com barragens.
A pesquisadora Sílvia Saito - da área de projetos de monitoramento e mobilização social para a percepção de riscos de desastres naturais - apresentou o tema Gestão de Riscos de Desastres, enfatizando não tratar-se de Gestão de Desastres, com base na atuação para a prevenção e não somente após a ocorrência do desastre. Enfatizou, ainda, os avanços na legislação sobre a Gestão de Riscos de Desastres e a importância do trabalho integrado nas diferentes esferas de governo, municipal, estadual e federal.
Monitoramento, Rede Observacional e Projeto Cigarra
A visita à Sala de Situação mostrou de modo detalhado as ferramentas utilizadas no monitoramento e como se dá a elaboração do alerta, tendo a apresentação sido feita pelo tecnologista e pesquisador, Pedro Camarinha, da área de geodinâmica de desastres.
Por último, foi feita a apresentação dos equipamentos da Rede Observacional do Cemaden pelo tecnologista, chefe-substituto da Divisão de Desenvolvimento de Produtos Integrados, Rogério Ishibashi que também apresentou o Projeto Cigarra: Ecossistema inovador para monitoramento. Esse projeto tem a proposta de desenvolver equipamentos de mais baixo custo, elaborar protocolos e sistemas abertos. O objetivo é disseminar as ferramentas para monitoramento por parte de defesas civis, universidades e outros possíveis interessados, com a possibilidade de integração à rede do Cemaden.
A visita teve a organização e apoio na elaboração da programação pela analista em Ciência &Tecnologia, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Ministra do MCTI visita o Cemaden e reforça parceria com BNDES para aprimorar monitoramento e prevenção de desastres
A ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) visitou as instalações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do MCTI- localizado no Parque Tecnológico em São José dos Campos (SP), na manhã da última sexta-feira (dia 5). A ministra foi recebida pela diretora substituta, Regina Alvalá e gestores do Centro.
Durante a visita, a ministra anunciou que, para ampliar os investimentos em inovação e aprimorar os sistemas de monitoramento e prevenção de desastres geo-hidrológicos e socioambientais, o MCTI deve firmar parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). O foco principal é desenvolver equipamentos de baixo custo e fácil manutenção para monitoramento de variáveis ambientais, com prioridade aos equipamentos para monitoramento de chuvas.
Apresentação das atividades desenvolvidas pelo Cemaden e assinatura de protocolo de intenções entre o Centro e o Inpe
Na Sala de Situação, onde são monitorados 1.038 munícipios com histórico de ocorrências pretéritas de desastres e para os quais foram mapeadas as áreas de risco geo-hidrológicos, a ministra conheceu mais detalhadamente como é feito o monitoramento ininterrupto e e algumas pesquisas desenvolvidas pelo Cemaden. A diretora substituta, Regina Alvalá, contextualizou a criação do Centro e conduziu a agenda da visita, que contemplou breves apresentações feitas por tecnologistas, pesquisadores e bolsistas e abordaram diversos temas associados à gestão de riscos e de desastres.
O coordenador-geral Marcelo Seluchi apresentou as atividades desenvolvidas no âmbito da Coordenação de Operações e Modelagem, , destacando as etapas e atividades associadas ao monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres geo-hidrometeorológicos (deslizamentos de terra, enxurradas, inundações, enchentes), seguido do tecnologista Pedro Camarinha, que sumarizou como é feita a previsão diária de risco geológico para todas as mesoregiões do território brasileiro. As linhas de pesquisas, integradas com as atividades de operação, foram sucintamente apresentadas pelo coordenador-geral de Operações e Desenvolvimento Jose Marengo. Na sequência, foram apresentados resultados associados à caracterização das populações vulneráveis em áreas de risco, pela pesquisadora Mariane Assis; as pesquisas e atividades de monitoramento de impactos de secas, pela pesquisadora Ana Paula Cunha; o programa Cemaden Educação, pela coordenadora Rachel Trajber e ecossistemas inovadores para monitoramento ambiental, pelo tecnologista André Ivo. Após as apresentações das atividades conduzidas no Cemaden, com a presença da ministra do MCTI, Luciana Santos, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá e o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Clezio Marcos De Nardim, assinaram um protocolo de intenções entre o Centro e o Inpe, com o objetivo principal de conjugar esforços em trocar experiências nas áreas de interesse comum entre ambas as instituições.
Investimentos em tecnologia e inovação para o monitoramento
Ao final da programação, a ministra do MCTI destacou a relevância da participação de 50% de mulheres na força de trabalho do Cemaden, o que singulariza estímulo a jovens cientistas. Afirmou, também, que as apresentações focando o monitoramento, as pesquisas e o programa em educação e prevenção de risco de desastres trouxeram-lhe lembranças do período em que foi prefeita de Olinda (PE), na década de 2000. Ressaltou o envolvimento com a população em áreas de riscos, as vulnerabilidades da região metropolitana de Recife e os esforços dispendidos na época para a prevenção e diminuição dos impactos dos desastres decorrentes de deslizamentos e inundações.
“Na época, montamos a Defesa Civil Municipal, fizemos mobilização nas escolas. Não existia, ainda, o Cemaden.”, afirmou a ministra. “O trabalho torna-se mais intenso com as mudanças climáticas e o adensamento geográfico em áreas de risco. Por isso, vamos colocar a tecnologia e inovação a serviço para prevenir e salvar o maior número de vidas”.
A ministra informou sobre reunião recente ocorrida entre o o BNDES e o MCTI, ocasião em que foram discutidos investimentos para inovação e ampliação da rede de monitoramento de desastres, em especial considerando a modernização do monitoramento de chuvas com pluviômetros de baixo custo. Também destacou a importância da informação e da educação para a percepção de riscos pela população. Por fim, a ministra ressaltou que “investindo na inovação para que os equipamentos, como, por exemplo, os pluviômetros, sendo mais leves, de custo mais baixo e com maior facilidade na manutenção, poderão ter um uso mais didático, para que a população possa se apropriar das informações providas por tais equipamentos para a prevenção de riscos”.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden recebe visita de alunos no projeto piloto implantado para recepção de escolas
“Uma expedição pelo mundo dos riscos de desastres” foi o modelo implantado para recepção de alunos de escolas do ensino fundamental e médio, pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- durante a visita de escola estadual de São José dos Campos, no último dia 27 de abril.
Cerca de 40 alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Integral Nelson do Nascimento Monteiro, acompanhados de quatro professores, foram recepcionados pela coordenadora do Programa Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber, e pela pesquisadora Débora Olivato, que fizeram uma breve apresentação sobre o Cemaden, o Cemaden Educação e dos tipos de Plataformas de Coletas de Dados (PCDs). O pesquisador do Cemaden, Demerval Gonçalves, falou sobre o sistema de geoprocessamento e da rede observacional do Cemaden, no monitoramento de riscos de desastres geo-hidrológicos. Os alunos conheceram esses equipamentos expostos na área externa do Cemaden.
Em seguida, os alunos e professores visitaram a Sala de Situação do Cemaden, recepcionados pela hidróloga Cláudia Linhares e pelo meteorologista Saulo Costa, que mostraram como se processa o monitoramento e a emissão de alertas de riscos de desastres, como deslizamentos, inundações, enxurradas.
Oficina de História Oral e participação da escola em Projeto PIBIC
Os alunos e professores de algumas turmas da escola EEEMI Nelson do Nascimento Monteiro fazem parte do projeto de pesquisa de Rafael Pereira, da equipe do Programa Cemaden Educação e pesquisador-bolsista do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica). Seu trabalho é sobre Monitoramento e Redução do Risco de Desastres (RRD), com orientação da pesquisadora do Cemaden Educação, Débora Olivato.
Na programação de visita, na parte da tarde, os alunos participaram da atividade História Oral, onde o pesquisador do Cemaden, Fernando Silva, fez o relato que vivenciou no momento do evento de inundação e deslizamento, ocorrido no feriado de Carnaval, em fevereiro deste ano, no Litoral Norte de São Paulo. Também foi entrevistada a pesquisadora Patrícia Matsuo, que trabalhou na tese de doutorado no tema e atividades do Cemaden Educação para a redução do risco de desastres. As entrevistas foram conduzidas pelos pesquisadores do Cemaden Educação, Carolina Esteves e Rafael Pereira.
A visita e programação foram organizadas pela Analista de Ciência & Tecnologia, Selma Flores, juntamente com a equipe do Cemaden Educação (pesquisadores Patrícia Matsuo, Carolina Esteves e Antônio Guerra).
Projeto piloto de agenda de visitação de escolas no Cemaden
O Cemaden Educação atua desde 2014 com um conceito inovador de ciência cidadã, pesquisa-ação, comunicação e difusão científica, com base na educação ambiental crítica e participativa. A ideia é construir sociedades sustentáveis e resilientes. Desde o ano de 2019, o projeto tornou-se Programa Cemaden Educação : rede de escolas e comunidades na prevenção de risco de desastres (Portaria nº 144/2019/Sei-Cemaden-02/12/2019), com o objetivo de contribuir para a geração de uma cultura de percepção de riscos de desastres.
Nesse contexto, a realização de visitas técnicas ou acadêmicas à sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP), se mostra como uma importante ferramenta de interação com a sociedade. Assim, o Programa Cemaden Educação e a Coordenação de Relações Institucionais (Corin) estão implementando uma visitação programada, voltada para escolas que atuam em ERRD (formal e não-formal).
O projeto de Visitação Agendada de Escolas a ser implantado, denominado “Uma expedição pelo mundo dos riscos de desastres” apresenta um formato de programação desenvolvidas em cinco partes, que pode ser adaptada conforme os objetivos de visita das escolas. Estão na programação, rodas de conversa, apresentação da instituição e do Cemaden Educação, dos equipamentos da rede observacional, da Sala de Situação e oficinas oferecidas pelo Programa Cemaden Educação ( Jogos, História Oral entre outros).
As escolas interessadas em agendar visitas no Cemaden devem encaminhar solicitação para o e-mail da Coordenação de Relações Institucionais : cri@cemaden.gov.br.
Fonte: Ascom/Cemaden
Visão de futuro e inovação foi o tema da palestra promovido pelo NIT do Cemaden
"Estratégia, Inovação e Empreendedorismo" foi o tema da palestra apresentada e discutida junto aos servidores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – pelo professor, pesquisador e consultor nas áreas de inovação e empreendedorismo, Marcelo Nakagawa.
O evento foi organizado pelo Comitê do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT-Cemaden) e transmitido pela Sala Virtual do Cemaden, no último dia 25 de abril.
Com experiência de mais de 30 anos como executivo e acadêmico nos temas empreendedorismo, inovação, venture capital, corporate venturing e desenvolvimento de empresas e startups, o palestrante inicia a apresentação destacando que os assuntos perenes das organizações é que vão definir as estratégias. Aponta que o verdadeiro desafio é com as pessoas: “No empreendedorismo e inovação, as pessoas devem sentir-se valorizadas, proativas e positivas, de bem com a vida e que tenham um propósito”, afirma o especialista e destaca “O profissional de hoje deve sentir que seu trabalho autotranscende, causando impacto positivo por aquilo que faz.”
Repassou experiências e práticas das últimas décadas, que tiveram intensas mudanças, transformações e revoluções. Apontou que as organizações matam a percepção de propósito, ou seja, do trabalho com mais significado, quando desconectam as pessoas de seus valores. “No momento em que o profissional sente que não tem valor no que faz, a sensação de propósito vai diminuindo, afirma Nakagawa. “A percepção de propósito tem que ser no dia a dia. Caso contrário, as organizações se tornam ‘coisas’ com pessoas vazias, do ponto de vista de propósito.” Define que a inovação deve ser trabalhada a partir dos resultados. “Inovação que não se mede, não se gerencia”.
Abordando sobre a visão de futuro, na parte de desenvolvimento de líderes e empreendedores, inovadores da transformação digital, Marcelo Nakagawa enfatiza: “Quando falamos em criar culturas de empreendedores e inovadores, volta-se para o nível individual e o desafio: a capacidade da pessoa aprender a aprender”.
NIT Cemaden
O Núcleo de Inovação Tecnológica do Cemaden foi criado em Portaria n° 4028/2016/SEI-MCTIC, de 27 de setembro de 2016, com o Regimento aprovado em 16 de abril de 2018. Os membros do comitê do NIT do Cemaden têm promovido vários encontros e palestras com especialistas da área de Ciência, Inovação e tecnologia, direcionadas aos servidores da instituição.
Entre os objetivos e competências do NIT/Cemaden estão a elaboração da política de inovação da instituição, além de promover e fortalecer a interação entre a capacidade científica e tecnológica do Centro, com as atividades de pesquisa, transferência de tecnologia e inovação em prol das necessidades da sociedade.
Fonte: Ascom/Cemaden