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Cemaden abre inscrições para duas vagas de Bolsa de Treinamento da Fapesp para graduandos em ensino superior
Estão abertas as inscrições para duas vagas de Bolsas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) de treinamento Jornalismo Científico, disponíveis para o projeto Projeto “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), conduzido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais Cemaden- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com sede em São José dos Campos-SP.
As Bolsas são destinadas a estudantes de graduação, em qualquer área do conhecimento, com atividades previstas para desenvolvimento de podcast, vídeos Reels para redes sociais, videorreportagem ou reportagem escrita sobre projetos científicos. Os estudantes de graduação devem estar regularmente matriculados em instituições de ensino superior do Estado de São Paulo.
Cada proposta de trabalho deverá prever a entrega de três produtos de difusão científica a serem desenvolvidos por uma dupla de bolsistas, no período de seis meses de duração da bolsa. O período da bolsa poderá ser ampliado para um ano.
Veiculação da produção de materiais multimídia
Os bolsistas selecionados participarão de jornada formativa on-line sobre técnicas de produção de materiais multimídia oferecida pelo Canal Futura. Os produtos desenvolvidos integrarão o acervo da co.educa, midiateca de ciência e tecnologia para professores e alunos do Ensino Básico. Essa midioteca será lançada em breve pela FAPESP e pela Fundação Roberto Marinho. Também serão veiculados nas multitelas do Canal Futura e nas plataformas de comunicação da FAPESP (saiba mais em: https://fapesp.br/comunicarciencia/edital).
Inscrições e processo seletivo
Para se candidatar, os (as) interessados (as) devem preencher o formulário de interesse até dia 11 de dezembro. O valor mensal da bolsa será R$ 853,80. Não é permitido o acúmulo de bolsas. Aceita-se um período de dedicação semanal em home office.
O processo seletivo incluirá análise de Currículo Lattes, entrevista e análise de um vídeo curto no tema de desastres (no máximo 1 minuto).
O vídeo deverá ser publicado em uma plataforma de compartilhamento, e na submissão deverá ser disponibilizado apenas o link do arquivo.
Candidatos(as) selecionados(as) para a fase de entrevistas serão comunicados por e-mail até o dia 15 de dezembro.
Projeto COPE
O objetivo do Projeto COPE - que tem o apoio da Fapesp (Processo 22/02891-9) - é analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades, frente a eventos extremos de tempo e clima. A partir disso, coproduzir estratégias de fortalecimento da implementação de políticas públicas no tema.
A mobilização dos participantes da pesquisa e a disseminação dos resultados ao longo do processo de pesquisa fará uso de webinários, bem como de redes sociais mediante estratégias de jornalismo de dados e produção de vídeos voltados à identificação e disseminação de boas práticas. A finalidade é aumentar as capacidades organizacionais frente a eventos extremos.
A ideia do Projeto COPE é integrar atividades de ensino, pesquisa, extensão e implementação de políticas públicas, conectando gestores (as) públicos e comunidades expostas a riscos de desastres, considerando as dimensões etárias, de gênero e pessoas com deficiência. A proposta se associa aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 e 13.
Em caso de dúvidas, contatar o pesquisador Victor Marchezini (victor.marchezini@cemaden.gov.br)
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto Dados à Prova d’Água com participação do Cemaden Educação recebe prêmio no Reino Unido
O Conselho de Pesquisa Econômica e Social do Reino Unido (sigla em inglês, ESRC) anunciou, ontem (15), o Projeto ‘Waterproofing Data’ – Dados à Prova d’Água - como o vencedor da categoria ‘Grande Impacto Social’. O projeto desenvolveu uma abordagem inovadora que combina educação e ciência, a partir de dados e análises gerados pela comunidade. O objetivo foi o de aumentar a resiliência e melhorar a capacidade dos residentes de áreas propensas a inundações no Brasil, além das ações e medidas de proteção.
A equipe internacional de pesquisadores com múltiplas formações disciplinares do Brasil, Alemanha e Reino Unido - liderados pelo pesquisador João Porto de Albuquerque, da Universidade de Glasgow – trabalhou em parceria com o Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - e com a Fundação Getúlio Vargas, para a construção do conhecimento para a prevenção de riscos de desastres.
“Ao invés de apenas recolher dados, a metodologia de Ciência Cidadã, proposta pelo Programa Cemaden Educação, envolveu comunidades escolares e defesas civis das cinco regiões do Brasil como coprodutoras de conhecimento.”, destaca a coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber. Ela explica que, na prática, isso se deu com a criação de redes observacionais de pluviômetros de garrafas PET em escolas e residências, com dados pelo aplicativo ‘Dados à Prova d’Água’, juntamente com as memórias das pessoas sobre desastres, e complementa: “Além disso, foram trabalhadas as formas como lidariam com a situação, proporcionando uma oportunidade de enfrentar o problema de inundações, alagamentos e deslizamentos de encostas de diferentes formas.”
Trajber afirma, também, que as lições aprendidas com o método aplicado - no qual pesquisadores e cidadãos colaboram em todas as fases da produção dos conhecimentos - mostraram que esta abordagem poderia ser aplicada para capacitar a ação climática, liderada pelas comunidades e escolas. “Essa ação é voltada, especialmente, em áreas com vulnerabilidades face aos riscos crescentes de eventos climáticos extremos.”, enfatiza a pesquisadora.
Projeto À Prova d’Água
O Projeto À Prova d’Água nasceu da colaboração e parcerias entre instituições de três países: Brasil, Alemanha e Reino Unido. No Brasil, a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações- e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na Alemanha, a Universidade de Heidelberg e no Reino Unido, as Universidades de Glasgow e de Warwick.
No projeto, participaram 21 polinizadores/multiplicadores - professores e integrantes de defesas civis parceiros do Cemaden Educação - das cinco regiões do país, nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Acre, Pernambuco e Mato Grosso, envolvendo mais de 200 pessoas das comunidades vulneráveis.
O Aplicativo móvel permite a disponibilização de dados de pluviômetro, de áreas propensas à inundação, previsão de tempo, intensidade de chuva, áreas de alagamento e nível de água do rio.
Fonte: Ascom/Cemaden
Estudo do CEMADEN e do INPE identifica pela primeira vez a ocorrência de uma região árida no país
Estudo do CEMADEN e do INPE identifica pela primeira vez a ocorrência de uma região árida no país
Aridez é uma característica do clima que resulta do déficit hídrico gerado pela insuficiência da precipitação média e sua relação com a evapotranspiração potencial numa dada região. A aridez de uma região é caracterizada através do índice de aridez, que é a razão entre a precipitação e a demanda de evaporação da atmosfera. Assim, se o índice for menor do que 1, significa que a demanda atmosférica é maior do que a precipitação, o que ocorre nos climas mais secos como na Caatinga. Quando o índice é maior do que 1, a precipitação é suficiente para suprir toda a demanda de evaporação da atmosfera, o que pode ser constatado no bioma Amazônia.
Por meio do índice de aridez é possível identificar, localizar ou delimitar regiões com variável déficit de água disponível, condição que pode afetar severamente o uso efetivo da terra para atividades como agricultura ou pecuária, que favorece a ocorrência de queimadas, e que no longo prazo podem levar à desertificação quando associado a uso não sustentável do solo.
Utilizando uma base de dados climatológicos recentemente publicada, pesquisadores do INPE e do Cemaden analisaram a variação da precipitação e a evapotranspiração no período entre 1960 e 2020. Neste tipo de estudos é importante considerar dados médios em períodos de 30 anos, pois as variações de chuva entre um ano e outro podem mascarar tendências de longo prazo. Assim, foram considerados os períodos 1960-1990, 1970-2000, 1980-2010 e 1990-2020 nas análises.
O estudo constatou que há uma tendência de aumento da aridez em todo o país, com exceção da região sul e do litoral dos estados de Rio de Janeiro e São Paulo. Estas variações se devem principalmente ao aumento da evapotranspiração associada com aumento da temperatura, que tem sido observada em grande parte do país. Já no caso da Região sul, a diminuição está associada com o aumento da chuva.
O estudo verificou que as áreas do semiárido do país, têm crescido a uma taxa média superior a 75 mil km2 a cada década considerada. As áreas classificadas como semiáridas se concentram na região Nordeste (exceto Maranhão) e no norte de Minas Gerais. Com relação às áreas subúmidas secas, além da Região Nordeste e Norte de Minas Gerais, foram identificadas ocorrências no Norte do Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul. Finalmente, no último período considerado, 1990-2020, observou-se o aparecimento de uma área definida como árida no norte do Estado da Bahia, que nunca fora observada no país nas décadas anteriores.
O diagnóstico produzido pelo INPE e CEMADEN subsidiará a elaboração do Plano Nacional de Combate à Desertificação.
Workshop no Cemaden reúne pesquisadores para estudos dos impactos climáticos no Acre
Uma equipe de 18 pesquisadores brasileiros e britânicos estiveram reunidos, no período de 6 a 10 de novembro, em São José dos Campos (SP), na antiga Sala de Situação na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - para o Workshop sobre “Atribuição de eventos extremos e seus impactos”. O objetivo foi realizar estudos e análises dos impactos e eventos climáticos ocorridos no estado do Acre, entre o período de 2020 e 2021. Os resultados visam gerar evidências para planejamento estratégico e caminhos de adaptação frente à emergência climática que vivemos. de forma a dar subsídios nas políticas públicas de prevenção e diminuição dos impactos
O evento faz parte do acordo entre os governos do Brasil e Reino Unido, com apoio do Newton Fund, no desenvolvimento de pesquisas avançadas pela Parceria Ciência para Serviços Climáticos no Brasil (CSSP-Brasil) entre instituições brasileiras e britânicas.
O workshop foi organizado pelo Cemaden/MCTI, pela Universidade de São Paulo (USP), pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e pela agência climática britânica Met Office.
A pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson - especialista em risco e impactos de incêndios na vegetação e coordenadora do workshop - destacou a importância do trabalho de identificação das causas e impactos climáticos no Acre. “Os resultados obtidos nos trabalhos desenvolvidos na semana permitirão entender a magnitude que as mudanças climáticas causaram nos eventos de secas e onda de calor no sudoeste da Amazônia durante o ano de 2020 e as inundações de 2021, assim como seus impactos. Este entendimento é crucial para pensarmos em caminhos para mitigação de tais impactos, assim como estratégias de adaptação que precisamos desenvolver para minimizar os danos em nossa sociedade e meio-ambiente.”
A técnica-chefe da Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente do Acre, Ylza Lima, participante do evento junto à equipe de seu estado, destacou a importância da participação do projeto e da contribuição das informações detalhadas dos eventos do Acre: “Agregar as informações científicas e fazer parte das análises da pesquisa de impactos no Acre, nos permitiu ter o acesso direto, em tempo real, dos dados meteorológicos e hidrológicos nacionais pela Plataforma SALVAR do Cemaden.”, afirma a pesquisadora do Acre, enfatizando a importância do intercâmbio local e nacional. “Participar dessa pesquisa nos permitiu obter outra percepção, com ótica diferente, numa perspectiva nacional da temática. Além disso, os resultados permitirão implementar políticas públicas”.
O hidrólogo da Sala de Situação do Cemaden, Alex Ovando, especialista em extremos hidrológicos, explicou a metodologia empregada para as análises e estudos dos eventos do Acre. “ Foram organizadas duas equipes: uma para a distribuição dos eventos ocorridos no período de 2020 a 2021. Serão analisados se esses eventos foram provocados pelas mudanças climáticas”, explica o hidrólogo. “ A outra equipe fará a identificação dos impactos ocorridos nesse período. Os resultados poderão apontar formulação de planos e estratégias de enfrentamento.”
Sobre o VIEWpoint Brasil
O VIEWpoint Brasil compartilha recursos para profissionais que tomam decisões relacionadas às mudanças climáticas por meio de demos, vídeos, notas explicativas, notas informativas e artigos em linguagem acessível. Os recursos são baseados no trabalho do projeto de pesquisa Parceria Ciência para Serviços Climáticos (CSSP, na sigla em inglês) Brasil, apoiado pelo Newton Fund do governo do Reino Unido. Produz conteúdo científico colaborativo fundamental para o desenvolvimento de serviços climáticos, que apoiam o desenvolvimento econômico resiliente ao clima e o bem-estar social.
O VIEWpoint Brasil é oferecido pelo Instituto para Análises Ambientais (IEA, em inglês), com sede na Universidade de Reading, Reino Unido.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden integra o Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental
Com o objetivo de debater sobre programas voltados para a infância e juventude, formação docente e elaboração de materiais didáticos sobre a política ambiental, entre outros, foi realizada, em Brasília, a 25ª Reunião do Comitê Assessor do Órgão Gestor de Política Nacional de Educação Ambiental (OG-PNEA), com o tema “A educação ambiental na reconstrução do Brasil”.
As pesquisadoras Rachel Trajber e Débora Olivato, do Programa Cemaden Educação, foram convidadas a compor o Comitê Assessor, representando o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- participando da posse como titular e suplente, respectivamente, no último dia 31 de outubro, em Brasília.
O Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (OG/PNEA) foi recriado e reinstituído pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima(MMA) e o da Educação (MEC), no dia anterior (30 de outubro).
Na ocasião da abertura da 25ª Reunião do Comitê Assessor do OG/PNEA , representando o ministro Camilo Santana, a Secretária Executiva do MEC, Professora Izolda Cela, afirmou que “a palavra tem força, mas o exemplo arrasta. Por isso, precisamos aproveitar o ambiente em que estão crianças e jovens, as novas gerações, para dar aos estudantes a oportunidade de enxergar perspectivas de um desenvolvimento mais sustentável, um desenvolvimento que não marginaliza pessoas e grupos”.
A Ministra Marina Silva (MMA) citou casos recentes de seca extrema e de enchentes e enfatizou a importância da educação ambiental no combate à mudança do clima, enfatizando: “A juventude tem papel a desempenhar neste momento de transformação”. Marina ponderou que “se quisermos alcançar um futuro que tenha inclusão produtiva, que não tenha desigualdades sociais, que não tenha racismo, machismo, que não tenha as formas perversas de discriminação de pessoas, temos que apostar muito nas diferentes formas de educar”.
Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Neste ano, as duas pastas - Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a de Educação(MEC) - atuarão em conjunto com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para a realização da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Desde sua criação, em 2003, a conferência já envolveu mais de 20 milhões de pessoas. As etapas municipais e estaduais da conferência nacional devem começar no primeiro semestre de 2024.
Participantes da reunião e Comitê Assessor
Na Reunião do Comitê Assessor do órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (OG/PNEA) também participaram: a secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do MEC, Zara Figueiredo; a coordenadora-geral de Educação Ambiental para a Diversidade e Sustentabilidade do MEC, Rita Silvana; e o diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA) e Cidadania do MMA, Marcos Sorrentino.
Os integrantes do Comitê Assessor empossados são representantes das seguintes instituições: Comissões Interinstitucionais Estaduais de Educação Ambiental, Confederação Nacional do Comércio, União Geral dos Trabalhadores, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Conselho Nacional de Meio Ambiente, Conselho Nacional de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Associação Brasileira de Imprensa, Associação de Entidades Estaduais de Meio Ambiente e Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Ascom/MMA
Estudantes do ensino médio premiados pela Olímpiada Brasileira de Cartografia visitam o Cemaden
Uma comitiva integrada por 12 estudantes do ensino médio dos estados do Ceará, Mato Grosso e Pará - premiados pela Olimpíada Brasileira de Cartografia – e por 8 educadores (entre professores responsáveis pelas equipes, além dos coordenadores e comissão técnica da olimpíada), estiveram visitando, nesta quinta-feira (9), em São José dos Campos (SP), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os estudantes premiados pela Olímpiada Brasileira de Cartografia compõem equipes de 4 alunos provenientes de três estados: da Escola EEEP Maria José Medeiros de Fortaleza (CE); da Escola SESC, de Cuiabá (MT) e do Instituto Federal do Pará – Campus Paraupebas – Paraupebas (PA). Entre as premiações, está a visitação dos finalistas em instituições científicas, relacionadas ao tema do ano.
Essa olimpíada é promovida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), desde 2015, dentro do Projeto de Divulgação Científica Nacional (MCTI/CNPq/UFF), coordenado pela docente Angélica Di Maio, do Instituto de Geociências da UFF. Neste ano, o tema da Olimpíada Brasileira de Cartografia foi “Amazônia no Mapa”. “Dentro da temática na parte de monitoramento e mudanças climáticas, foi escolhido o Cemaden para a visita técnica-educativa”, afirma a coordenadora do projeto.
A coordenadora Angélica Di Maio informou que, neste ano, a Olimpíada Brasileira de Cartografia envolveu um mil professores, quatro mil alunos, com várias fases e etapas de atividades, realizadas desde o mês de maio, até chegar nos 12 finalistas. “A Cartografia exige o envolvimento de vários especialistas, congregando muitas ciências. O objetivo do projeto é o envolvimento dos alunos do ensino médio nas reflexões e percepção do mundo, formando um cidadão participativo na solução dos problemas sociais”, explica a coordenadora. Além da utilização de tecnologias nas escolas, como o GPS e o sistema de informações geográficas, as atividades envolvem os alunos, estimulando a criação de soluções, contribuindo com ações práticas na sociedade.
Programação no Cemaden
Os alunos e professores visitaram a Sala de Situação do Cemaden, onde as tecnologistas e especialistas em extremos meteorológicos e desastres, respectivamente, Caroline Mourão e Carla Prieto, apresentaram o sistema de monitoramento e emissão de alerta, abordando sobre os extremos climáticos e riscos de desastres.
Ainda na Sala de Situação, o pesquisador Demerval Gonçalves falou sobre a rede observacional do Cemaden e, posteriormente, a comitiva pode conhecer os equipamentos suas funções no monitoramento geo-hidrometeorológico, em exposição na área externa do Cemaden.
Após a visita na Sala de Situação, os alunos e professores se dirigiram à sala da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ao lado do Cemaden, no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos. Foram recepcionados pela professora Tatiana Sussel Mendes, do Curso de Engenharia Ambiental, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp.
As equipes de estudantes fizeram a apresentação de seus trabalhos de Cartografia sobre “Amazônia no Mapa”.
Em seguida, a pesquisadora e coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, fez a apresentação das atividades objetivos do programa para a prevenção e redução do risco de desastres, desenvolvidas junto às escolas, defesas civis, universidades e comunidades nas áreas de risco. A pesquisadora da equipe do Cemaden Educação, Débora Olivato, apresentou as experiências da Cartografia Social, utilizada pelo programa.
Na parte da manhã, a comitiva havia visitado o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e após o Cemaden, viajaram para o Rio Janeiro, onde encerrariam atividades na Universidade Federal Fluminense.
A programação da visita ao Cemaden foi elaborada pela analista em ciência & tecnologia, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais.
Fonte: Ascom/Cemaden
Executivos da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) se reúnem com gestores do Cemaden
Na última quarta-feira (8), executivos do Grupo CCR – Companhia de Concessões Rodoviárias estiveram na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - com o objetivo de conhecer a infraestrutura, atividades e serviços do Cemaden, além do estreitamento institucional e a intenção de parcerias.
O diretor de Segurança Corporativa & Resiliência Empresarial do Grupo CCR, Comandante Miguel Dau, responsável pela Gestão de Crise de 17 aeroportos brasileiros, de diversas rodovias, barcas (Rio de Janeiro), Metrô (Bahia e São Paulo), trens urbanos (São Paulo) e o VLT (Rio de Janeiro), fez a apresentação do Grupo CCR. Também conheceu os setores institucionais do Cemaden em Monitoramento e Pesquisas, bem como da rede observacional e os sistemas de monitoramento e alertas de desastres na Sala de Situação, apresentados pelos gestores do Cemaden.
“É importante conhecer a equipe de especialistas, a estrutura e a nobre missão do Cemaden, neste momento em que o clima da Terra está em constante modificação”, afirma o Cmte. Miguel Dau e complementa: “Queremos estabelecer um acordo institucional voltado ao monitoramento, para prevenção e diminuição dos impactos aos usuários e clientes da área de transportes e mobilidade.”
Participaram da reunião, pelo Grupo CCT: além do Cmte. Miguel Dau- diretor de Segurança Corporativa & Resiliência Empresarial; o Cel. Sandro Brandt – Gerente de Segurança Corporativa & Resiliência Empresarial e o Ten. Cel. Hernando Barbosa da Silva – Especialista em Segurança Corporativa & Gestão de Crise Complementares.
Do Cemaden, participaram: o coordenador-geral de Operação e Modelagem, Marcelo Seluchi; o coordenador-geral substituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Rodolfo Mendes; a coordenadora substituta de Relações Institucionais, Ana Paula Cunha; os Chefes de Divisão: Eduardo Luz e Gustavo Souza; o pesquisador Leonardo Santos; e os analistas em ciência & tecnologia, Renato Lacerda e Selma Santos Chiavelli (organizadora da visita e reunião).
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden divulga Nota Técnica sobre os Impactos e riscos de desastres na Região Nordeste intensificados pelo El Niño
Diante do estabelecimento do fenômeno do El Niño e da atual configuração do Oceano Atlântico, a Casa Civil da Presidência da República tem solicitado ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN/MCTI) o fornecimento de informações detalhadas sobre a situação atual e as projeções dos impactos decorrentes deste fenômeno climático.
Os efeitos conhecidos do El Niño nos padrões regionais do clima no Brasil incluem desde secas nas Regiões Nordeste e Norte, à chuvas excessivas na Região Sul. Na presente Nota Técnica as análises focam particularmente a Região Nordeste, considerando-se (i) a situação climática atual; (ii) cenários para o trimestre Novembro-Dezembro-Janeiro de 2023-2024; (iii) monitoramento das condições de secas em escala municipal; (iv) informações sobre a propagação da seca; e (iv) impactos no setor da agricultura familiar, no risco de fogo e nos recursos hídricos da região; (v) situação atual dos níveis dos rios e previsão hidrológica.
Segue, abaixo, o link da Nota Técnica na íntegra: : IMPACTOS E RISCOS DE DESASTRES NA REGIÃO NORDESTE INTENSIFICADOS PELO EL NINO-2023
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden promove debate “Diálogos em Clima de Desastres: Tempo de Agir”
Nesta quinta-feira, dia 9 de novembro, às 14 horas, será realizado um bate-papo sobre “Diálogos em Clima de Desastres: Tempo de Agir", temática da 7ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir 2023, transmitido on-line pelo Canal YouTube do Cemaden Educação.
Participam do evento as pesquisadores Patrícia Matsuo e Caroline Esteves, mobilizadoras da campanha do Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e das mobilizadoras e multiplicadoras regionais Elane Carvalho, do Instituto Federal Fluminense e de Rejane Lucena, do Grupo de Engenharia Geotécnica de Encostas, Planícies e Desastres (GEGEP-UFPE).
O debate e a participação pelo chat dará a oportunidade de inspirações e estímulos para compartilhar os registros de projetos, vídeos e trabalhos desenvolvidos e relacionados à temática sobre emergência climática e prevenção de riscos de desastres (inundações, ondas de calor, deslizamentos, entre outros). Os trabalhos podem ser inscritos pelo site do Cemaden Educação até o próximo dia 15 de novembro.
Com a temática Clima de desastres: tempo de agir!, esta edição da campanha conta com as parcerias dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, do Meio Ambiente e Mudança do Clima/Diretoria de Educação Ambiental/ Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico; da Integração e Desenvolvimento Regional/Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, e Cidades/Caravana das Periferias; e, da Cruz Vermelha Brasileira; do Movimento Escolas pelo Clima e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas/ Divulgação do Conhecimento, Comunicação de Risco e Educação para a Sustentabilidade.
A Campanha #AprenderParaPrevenir acontece desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro). A iniciativa busca mobilizar comunidades na construção de conhecimentos e intervenções de Educação em Redução de Riscos de Desastres.
Criada para abordar a questão climática desafiadora e emergencial, com foco na prevenção dos riscos de desastres socioambientais, a campanha registra, desde sua implementação, um histórico de 550 ações de mobilização, realizadas por mais de 360 instituições, em 21 Unidades da Federação. A campanha já premiou 132 escolas, Defesas Civis, universidades e outros coletivos.
Links do Programa Cemaden Educação
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
II Webinário Produtos do CEMADEN / MCTI para o Monitoramento Geo-Hidro-Meteorológico no Brasil
II WEBINÁRIO PRODUTOS DO CEMADEN / MCTI PARA O MONITORAMENTO GEO-HIDRO-METEOROLÓGICO NO BRASIL
O CEMADEN realizará no próximo dia 13/11/2023, das 14h às 15h30, o segundo webinário abordando os serviços e produtos providos pelo Centro, em especial aqueles associados ao monitoramento e alertas de desastres deflagrados por extremos de chuvas, relevantes para defesas civis, tomadores de decisão, profissionais de imprensa e mídias, comunidade acadêmica e científica, entre outros interessados na área de riscos e de desastres.
O objetivo dos webinários é disseminar os conceitos associados ao monitoramento ininterrupto (24horas/7dias), emissão de alertas e previsão/cenários de riscos de desastres providos pelo CEMADEN/MCTI, bem como associados a vulnerabilidades e impactos em vários setores.
II WEBINÁRIO – Produtos e Serviços Relativos a Riscos de Desastres: Seca e Fogo
1) Abertura – Regina Alvalá (gravado) e Marengo
2) Sistema de Monitoramento de Secas do Cemaden e Avaliação de Impactos – Ana Paula Cunha
3) Indicadores de Secas desenvolvidos no CEMADEN – Definições e Aplicações – Marcelo Zeri
4) Monitoramento e Previsão de Seca Hidrológica – Adriana Cuartas
5) Concepção do produto de probabilidade de fogo – Liana Anderson
O evento é aberto ao público e poderá ser acessada através do canal no YouTube: (clique aqui)
Data: 13 de novembro de 2023
Horário: 14h00 (horário de Brasília)
Adicione um lembrete do webinário na sua agenda:
Para mais informações, entrar em contato pelo e-mail reuniao.impactos@cemaden.gov.br, ou assessoriadeimprensa@cemaden.gov.br.
Pesquisa do Cemaden analisa estudos científicos que utilizaram metodologias forenses em desastres
Um estudo científico publicado no periódico internacional Journal of Disaster Risk Science, Editora Springer, intitulado “A Systematic Review of Forensic Approaches to Disasters: Gaps and Challenges” (Uma revisão sistemática das abordagens forenses em desastres: lacunas e desafios), identificou a necessidade de um esforço transdisciplinar para abordar outros componentes que criam os riscos de desastres, como: as desigualdades e racismo como causas básicas da vulnerabilidade, as pressões dinâmicas associadas à expansão urbana, aspectos de governança, como a falta de mecanismos para participação popular na gestão de risco de desastres.
A publicação tem a participação do sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A pesquisa foi liderada pelo doutorando Adriano Mota Ferreira, como parte de sua tese no Programa de Pós-Graduação em Desastres, parceria entre Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Cemaden/MCTI.
Abordagens forenses para desastres
Os pesquisadores analisaram os contextos interdependentes e interligados para diferentes tipos de ameaças, citados nos estudos científicos. Enfatizaram a análise dos aspectos físicos e demográficos, sociais, econômicos e políticos.
O trabalho científico teve o objetivo de realizar uma análise qualitativa desses estudos forenses, concentrando-se em cinco questões principais: as metodologias aplicadas; as abordagens forenses utilizadas nas fases de gestão de risco de desastres; as ameaças (inundações, deslizamentos, entre outras) abordadas nos diferentes estudos; se as metodologias envolvem participação social e quais tipos de participação; e, por fim, se houve referências ao planejamento urbano nos artigos analisados.
As metodologias forenses em desastres ganharam notoriedade em 2010, quando o Programa Científico Internacional “Integrated Research on Disaster Risk” (IRDR), apoiado pelo International Science Council (ISC) e pelo Escritório das Nações Unidas para Redução de Risco de Desastres (United Nations Office for Disaster Risk Reduction-UNDRR), lançou o projeto Forensic Investigations of Disasters-FORIN (Investigação Forense de Desastres). O intuito do projeto, atualizado em 2016, é examinar as causas profundas da vulnerabilidade (desigualdade de renda, racismo, falta de acesso a poder político) e os fatores de risco de desastres (como ineficiência do planejamento territorial, expansão urbana, desmatamento, falta de saneamento básico etc.) para compreensão de como e o porquê é construído, socialmente, o risco de desastre.
A pesquisa liderada pelo doutorando Adriano Mota Ferreira, do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), teve a participação de Victor Marchezini, sociólogo no Cemaden/MCTI, Tatiana Sussel Gonçalves Mendes, docente do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), de Miguel Trejo-Rangel, pós-doutorando na Unidade Irlandesa de Análise e Pesquisa Climática da Universidade de Maynooth, e Allan Iwama, da Universidade Federal da Paraíba.
Mota Ferreira, que tem bolsa doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), explica que “os estudos analisados abordaram diferentes tipos de ameaças, riscos, aspectos físicos e demográficos, sociais, econômicos e políticos de extrema importância para o entendimento dos desastres, enquanto processos que se desenvolvem ao longo do tempo”.
Resultados e necessidades de futuras pesquisas
Dentre os 156 artigos listados a partir dos critérios de busca, 19 artigos revisados apresentaram metodologias forenses, sendo 11 classificados como metodologias forenses específicas em desastres, como a FORIN, que concentrou a maior parte dos estudos. Os artigos consideram as diferentes fases do ciclo da gestão de riscos de desastres e pelo menos a metade deles está vinculada com multiameaças, ou seja, quando eventos perigosos podem ocorrer simultaneamente. Entretanto, foram identificadas algumas lacunas de metodologias participativas nas investigações forenses de desastres. Sobre este último ponto, o pesquisador Miguel Trejo-Rangel, destaca a importância da participação social nas pesquisas em desastres. “O papel da sociedade é fundamental na redução dos riscos de desastres e deve ser considerada tanto na gestão como nos estudos que tenham como objetivo pesquisar as causas de fundo dos desastres”.
Victor Marchezini, que teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp (processo 2018/06093-4) para o desenvolvimento da pesquisa durante o pós-doutorado, destaca que a metodologia de investigação forense de desastres tem potencial para aplicação em pesquisas e para subsidiar políticas públicas de redução de risco de desastres. “Precisamos entender os desastres como resultados de processos sociais que se acumulam e se intensificam no território, sendo que os modelos insustentáveis de crescimento econômico catalisam o desmatamento, a expansão urbana e outros fatores de risco que contribuem para os desastres”, argumenta o sociólogo.
O artigo intitulado “A Systematic Review of Forensic Approaches to Disasters: Gaps and Challenges” (Uma revisão sistemática das abordagens forenses em desastres: lacunas e desafios) está disponível no endereço:
https://link.springer.com/article/10.1007/s13753-023-00515-9
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden e IBGE vão atualizar base de dados sobre população em áreas de risco de desastres
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estiveram reunidos, na sede do Cemaden, para tratar sobre a produção de base de dados demográficos e sociais da população em áreas de risco, denominada como Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER), a partir dos resultados do Censo de 2022.
A parceria entre as instituições, firmada em 2013, tem resultado em avanços para a caracterização da população em áreas de risco de desastres. A base de dados BATER foi divulgada em 2018, contendo informações sobre as características dos moradores e moradias nas áreas de riscos de desastres. Tais dados possibilitam apoiar as ações de monitoramento e alerta, bem como a gestão de risco de desastres no país.
“Há dez anos, Cemaden e IBGE atuam em parceria e a principal motivação consiste em avançar no conhecimento sobre a população em áreas de riscos para aprimorar o sistema de alertas do Centro”, afirma Silvia Saito, pesquisadora do Cemaden. Para um sistema de monitoramento, essa base de dados contribui para a emissão de alertas, considerando informações sobre a distribuição espacial da população mais vulnerável, como crianças e idosos, que demandam especial atenção na iminência de um desastre.
Manuela Alvarenga, gerente do projeto pelo IBGE, explica que “a BATER foi elaborada a partir da associação dos polígonos de áreas de risco e as faces de quadra e setores censitários do Censo 2010”. A partir de dados dessa base foi possível avançar na caracterização da população em áreas de risco de mais de 800 municípios brasileiros afetados por inundações e deslizamentos. O relatório, a base de dados assim como a plataforma geográfica interativa podem ser acessados nesse link
Durante a reunião, as equipes também discutiram sobre formas de divulgação dos dados, considerando os usuários, como pesquisadores e tomadores de decisão. “A expectativa é atualizar a pesquisa População em Áreas de Risco no Brasil com os dados do Censo 2022, dando subsídios para que os diferentes atores que atuam na redução de riscos possam aperfeiçoar suas atividades", explica Therence Sarti, Coordenador de Meio Ambiente da Diretoria de Geociências do IBGE.
Durante a reunião técnica realizada nos dias 30 e 31 de outubro, na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP), os participantes também debateram sobre a organização de workshops sobre as temáticas de população em áreas de risco e estatísticas ambientais, que serão organizados ao longo do ano de 2024.
Participaram da reunião: pelo IBGE: Therence Sarti, Manuela Alvarenga e Ivone Batista. Pelo Cemaden: Silvia Saito, Mariane Assis, Regina Alvalá, Rodrigo Amorim, Rafael Drumond, Nathalia Duarte e Joaquim Cabral.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança série de webinários informativos sobre os trabalhos desenvolvidos para o monitoramento e alerta de desastres
O 1º Webinário “Produtos e Serviços Relativos a Riscos de Desastres Geo-hidrometeorológicos” foi realizado na última quarta-feira (01 de novembro), promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- e transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden - Reunião de Impactos.
Esse foi o primeiro de uma série de webinários que o Cemaden/MCTI promoverá para disseminar os conceitos associados ao monitoramento ininterrupto (24horas/7dias), emissão de alertas e previsão de riscos de desastres providos pela unidade de pesquisa, bem como informações técnico-científicas associadas a vulnerabilidades e impactos em vários setores da sociedade. O segundo webinário já está agendado para o próximo dia 13 de novembro, na temática “Secas e fogo”.
“Atualmente, existem variadas informações disponíveis sobre tempo, clima e desastres. O Cemaden é a instituição responsável por realizar o monitoramento ininterrupto e emitir alertas de riscos de desastres”, destaca a pesquisadora Sílvia Saito, representando a direção do Cemaden, na abertura do evento. “Nossa preocupação é que os usuários e usuárias dessas informações saibam como melhor usá-las na preparação e resposta, no contexto da gestão de risco de desastres geo-hidrometeorológicos”, afirma a pesquisadora do Cemaden.
Saito, enfatizou, também, que a outra motivação em implementar essa série de webinário informativo foi pelo aumento da demanda na busca de informações no Cemaden. Os pedidos de informações são provenientes dos órgãos municipais, estaduais, de Proteção e Defesa Civil, assim como pelos profissionais da Imprensa e Mídia em geral, comunidades acadêmicas e científicas, entre outros interessados na área de riscos e de desastres, principalmente, para tirar dúvidas e esclarecer as informações técnico-científicas.
Especialistas do Cemaden explicam sobre os potenciais de previsão e os desafios
“Previsões e Cenários da Operação” mostrando o sistema de monitoramento e alertas do Cemaden (definições, avisos, alertas, previsões e cenários) foi a temática abordada pelo meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden. Iniciou com um breve histórico sobre a criação do Cemaden, em 2011, quando ocorreu a tragédia na região serrana no estado do Rio de Janeiro. “Nessa época, o Brasil já tinha um sistema de previsão meteorológica com qualidade. Porém, a comunidade científica concluiu que prever fenômenos desse tipo é muito mais que prever chuvas intensas”. Relembra quando, em forma emergencial, foi criado o Plano Nacional de Gestão de Risco de Desastres, em quatro eixos: a de prevenção (com obras de encostas), de resposta, de mapeamento de risco (trabalho realizado pela antiga CPRM, hoje Serviço Geológico do Brasil) e a criação do Cemaden, como novidade na área de monitoramento e emissão de alerta de risco de desastres. “O Cemaden tem um avançado e inovador trabalho inter e multidisciplinar, com a finalidade de cruzar informações meteorológicas, hidrológicas, geológicas- geodinâmica e de vulnerabilidades sociais”, destaca Seluchi. “Para emissão de alertas geo (deslizamentos) e hidrológicos (inundações, enxurradas, enchentes) o embasamento é meteorológico. A chuva é o elemento transversal que deflagra os desastres. O desastre é quando atinge pessoas em vulnerabilidade extrema ao risco”, sintetiza o coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden. Destacou que esses alertas são encaminhados à Defesa Civil Nacional. “ As informações técnica-científicas do Cemaden assessoram a Defesa Civil Nacional para que ela faça a gestão desse risco.” Informou, também, que desde 2011 o Cemaden já emitiu mais de 25 mil alertas de risco de desastres. Hoje são monitorados 1.038 municípios, mapeados com áreas de riscos geo-hidrológicos, representando 19% do total de municípios brasileiros.
“Extremos de chuvas, limitações das previsões e os sistemas de meteorologia” a temática foi apresentada pelo pesquisador e meteorologista do Cemaden, Giovanni Dolif, abordando a Rede Observacional do Cemaden e as redes de monitoramento de instituições parceiras. Explicou as diferenças do monitoramento feito pelo radar e pelos sensores do Cemaden, a visualização do Sistema SALVAR, das medições, informações e dados nos equipamentos do Cemaden e das instituições parceiras. Sobre a ampliação de equipamentos, softwares e pessoal especializados para o sistema de previsão nos municípios, Dolif comenta: “Nesta época de eventos extremos e chuvas intensas, que se formam rapidamente, o ideal é avançar o sistema de nowcast (previsão imediata do tempo), utilizando uma série de ferramentas e combinando essas informações vão permitir maior precisão na previsão de chuva”.
“Alertas e Previsões de Risco Geodinâmico” foi o tema abordado pelo tecnologista, Pedro Camarinha, especialista em geodinâmica na Sala de Situação do Cemaden. Mostrou um dos principais produtos da Sala de Situação que é o Boletim de Previsão de Riscos Geo-hidrológicos, disponibilizado, diariamente, no site do Cemaden. Apresentou os conceitos sobre os “cenários de risco” (situação potencial ainda não concretizado), “probabilidade” de um “evento adverso” que possa ocorrer, causando “impactos” em um determinado “sistema de interesse” (município). Mostrou, também, os diversos tipos de movimentos de massa e deslizamentos, sempre relacionados à chuva e umidade do solo. “Na matriz de risco, a probabilidade de ocorrência de um evento que costumamos avaliar não é de uma chuva qualquer, mas a que possa causar deslizamentos pontuais, ou esparsos ou generalizados. Temos os limiares críticos de valores de chuvas e a análise da concretização dos deslizamentos”, explica Camarinha.
“Monitoramento, alerta e previsão de risco hidrológico” foi apresentado pela hidróloga da Sala de Situação, Cláudia Linhares, especialista em extremos hidrológicos, mostrando os cenários de risco para o envio de alerta e as tomadas de decisão, que são os possíveis impactos (danos humanos, materiais e financeiros), além das tipologias de riscos hidrológicos (alagamento, inundação, enxurrada). “O processo de emissão de alerta de risco hidrológico tem o objetivo de evitar mortes, proteger a população, trabalhar a conscientização e desenvolver a percepção de risco”, destaca a hidróloga. Para isso, ela considera importante a confiabilidade do alerta pela população, a colaboração das Defesas Civis e que a informação chegue até a população.
“Registro de ocorrências de desastres ”- Os registros de eventos de Inundação e Deslizamento do Cemaden, denominado “REINDESC” foram apresentados pelo especialista em Desastres Naturais, Tiago Bernardes, da Sala de Situação do Cemaden, que mostrou a importância das informações dos eventos e como podem ser usados como mapeamento, avaliação, previsão sistemas de previsão e monitoramento. “Há vários métodos de obter informações sobre ocorrências efetivas de desastres geo-hidrológico, pelas pessoas diretamente relacionadas ao evento”, afirma Bernardes, informando sobre os formulários de ocorrências enviados pelas Defesas Civis e por outras pessoas, além de informações obtidas nas notícias on-line e criadores de conteúdo. “Na Mídia, sempre aparece a localização, horário e impactos associados a esses eventos.”, afirma o especialista do Cemaden destaca: “É importante o registro desses eventos por três motivos. Primeiro, o mapeamento e avaliação da distribuição espacial dos eventos para o planejamento urbano e medidas de prevenção e mitigação. Segundo, pela avaliação da efetividade dos sistemas de previsão e monitoramento. Em terceiro, pela elaboração de intervalos de recorrência (IR) de eventos de inundações e de correlações entre eventos de deslizamentos e chuvas acumuladas, para aprimorar a previsão desses eventos”.
Webinário na íntegra
Para obter as informações e apresentações na íntegra, o 1º Webinário do Cemaden está disponibilizado no Canal YouTube do Cemaden – Impactos de Desastres, com acesso pelo link:
https://www.youtube.com/@reuniaodeimpactoscemaden/streams
O próximo webinário do Cemaden será realizado no dia 13 de novembro, para debater sobre Secas e Fogo.
Fonte: Ascom/Cemaden
Aberto processo de inscrição para uma Bolsa de treinamento técnico da Fapesp/Cemaden no Projeto COPE
Uma vaga de treinamento técnico nível quatro (TT-4) com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) está disponível para o Projeto COPE, conduzido no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em São José dos Campos-SP. As inscrições devem ser feitas até dia 26 de novembro de 2023. O bolsista deverá estar disponível para residir em São José dos Campos ou arredores.
O(a) bolsista trabalhará na análise cruzada de dados espaciais em ambiente de sistema de informações geográficas (SIG) para identificar a exposição e a vulnerabilidade de comunidades em áreas de risco de inundações e deslizamentos.
A bolsa TT 4 é voltada a candidatos(as) graduados(as) com nível de mestrado. Para a coleta e tratamento de dados provenientes de diferentes bases (Base Territorial de Áreas de Risco – BATER, entre outras) é necessário sólido conhecimento em sistemas de informação geográfica e técnicas de análise espacial com apoio de softwares (como QGIS), além de experiência em elaboração de dashboards.
Os (as) candidatos (as) devem ter formação em áreas relacionadas a Ciência dos Desastres, Geografia, Engenharia Ambiental, Gestão Ambiental, Estatística, Sensoriamento Remoto, Planejamento Territorial ou Ciência de Dados. A experiência em SIG é imprescindível.
A Bolsa FAPESP de TT-4 tem valor de R$ 3.810,40, duração de dois anos e requer dedicação de 40 horas semanais às atividades de apoio ao projeto de pesquisa. Aceita-se um período de dedicação semanal em home office. Não é permitido o acúmulo de bolsas.
A oportunidade está no site da Fapesp:
As normas para as bolsas de Treinamento Técnico estão disponíveis no site da FAPESP: www.fapesp.br/bolsas/tt.
Para se candidatar, os (as) interessados (as) devem preencher o formulário de interesse do Projeto COPE:
https://forms.gle/vPyG78rQvFqPH62u9
Em caso de dúvidas, contatar o pesquisador Victor Marchezini (victor.marchezini@cemaden.gov.br).
O processo seletivo incluirá análise de currículo Lattes, entrevista e apresentação. Candidatos(as) selecionados(as) para a fase de entrevistas serão comunicados por e-mail até o dia 30 de novembro de 2023.
Projeto COPE
O objetivo do Projeto “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE)”- que tem o apoio da Fapesp (Processo 22/02891-9)- é o de analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades frente a eventos extremos de tempo e clima. A partir disso, serão coproduzidas estratégias de fortalecimento da implementação de políticas públicas no tema.
A ideia do Projeto COPE é integrar atividades de ensino, pesquisa, extensão e implementação de políticas públicas, conectando gestores (as) públicos e comunidades expostas a riscos de desastres, considerando as dimensões etárias, de gênero e pessoas com deficiência. A proposta se associa aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 e 13.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança licitação para contratação de telefonia móvel
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos SP, lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico por meio de Registro de Preços.
O objeto é a prestação de Serviço Móvel Pessoal – SMP (móvel-móvel, móvel-fixo e dados) nas modalidades local, longa distância nacional (LDN) e internacional (LDI), com fornecimento de smartphones, em regime de comodato para cada acesso habilitado, do tipo PÓS-PAGO, modo digital, para atender às necessidades do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos – SP, conforme condições, quantidades, exigências e estimativas, estabelecidas neste Edital e seus anexos.
A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 25/10/2023.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 06/2023 pode ser retirado a partir de 26/10/2023 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos - SP ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 26/10/2023 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 10/11/2023 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Lideranças de órgãos de controle e do judiciário realizam visita informativa ao Cemaden
Coordenado pela Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais (IRI), o grupo de 15 lideranças do setor judiciário, realizou a visita informativa, nesta terça-feira (24 de outubro), ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é obter informações técnico-científicas referentes à missão do Cemaden, bem como conhecer o contexto de impactos de mudanças climáticas, desastres naturais e ações de prevenção de desastres.
Esta última foi a sétima visita informativa ao Cemaden - organizada pela IRI-Brasil - desta vez integrada por autoridades de órgãos públicos do Estado do Acre, Amazonas e Rondônia, como o presidente e conselheiros, respectivamente, do Tribunal de Contas do Acre, Amazonas e Rondônia; e representantes da Defensoria Pública, Ministério Público e Justiça Federal desses três estados.
A recepção e abertura da programação foi feita pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, que abordou sobre as atividades institucionais na área de monitoramento, pesquisas e áreas de risco, entre outras temáticas.
Programação com palestras, oficina e visita à Sala de Situação do Cemaden
O panorama dos eventos climáticos extremos, causas, consequências e o que podemos fazer para reduzir seus impactos foi a temática abordada pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden. Os desastres geo-hidrológicos e o Sistema de Alerta do Cemaden foram apresentados pelo meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operação e Modelagem.
A pesquisadora de secas e agrometeorologia, Ana Paula Cunha, também coordenadora-substituta da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden, apresentou o Monitoramento e Impactos de Secas no Brasil. A área de percepção de riscos e prevenção de desastres foi explanada pela coordenadora do Programa Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber.
No período da tarde, os visitantes conheceram a Sala de Situação do Cemaden. A meteorologista Gisele Zepka Saraiva explicou sobre o monitoramento, abordando os extremos meteorológicos, áreas de risco e rede observacional. Os visitantes conversaram com os especialistas da área de desastres e de hidrologia. Na programação final, as lideranças do judiciário fizeram a Oficina de Prevenção e enfrentamento a desastres, coordenada pela equipe do Cemaden Educação.
Importância da visita ao Cemaden para o os órgãos de controle e judiciário
A visita foi coordenada por Carlos Vicente, facilitador nacional do IRI-Brasil - “Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais”, plataforma de apoio às lideranças religiosas e setores da sociedade, para que possam ampliar sua contribuição voltada à preservação do equilíbrio climático, à conservação e ao uso sustentável das florestas, além da proteção dos povos indígenas e das comunidades locais.
“Conhecer os avanços científicos mais recentes sobre monitoramento e prevenção de desastres climáticos - bem como o trabalho científico de referência realizado pelo Cemaden - é muito importante aos órgãos de controle e judiciário, para a tomada de decisões que necessitem informações científicas.” , destaca Carlos Vicente do IRI-Brasil e complementa: “ A visita permite que as instituições públicas estabeleçam ligações diretas com a área científica para aprimorar os seus trabalhos”.
A procuradora–geral Rita de Cássia Nogueira Lima, da Procuradoria Geral Adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais do Acre, também integrante da comissão de procuradores do Tribunal de Justiça, atua em processos do meio-ambiente, conflitos agrários e direitos humanos, entre outros. Afirma que já conhecia a missão do Cemaden, quando atuou em projetos de políticas públicas sobre mudanças climáticas e defesa civil. “Estar no Cemaden foi a oportunidade de conhecer e ouvir os cientistas, adquirindo informações de alta qualidade. Essas informações vão ajudar o Ministério Público a fazer as articulações para a execução de políticas públicas nos assuntos referentes às mudanças climáticas e proteção e defesa civil”, afirma a procuradora-geral.
O presidente do Tribunal de Contas do Acre, José Ribamar Trindade de Oliveira, considera que a questão ambiental diz respeito a todos os órgãos públicos. “As ações de hoje repercutem nas questões climáticas, tanto no presente como no futuro. Ter os conhecimentos científicos da questão ambiental e mudanças climáticas dão a base para exigir dos gestores a tomada de decisões e ações.”, afirma o presidente do TCE do Acre, enfatizando: “O poder público tem a responsabilidade de unir várias entidades para encontrar soluções nas questões climáticas. Não podemos tratar de forma partidária ou ideológica, mas é uma questão de sobrevivência”.
Comunicadores e influenciadores digitais evangélicos visitaram o Cemaden em setembro
A visita anterior, realizada no dia 26 de setembro, coordenada pela IRI-Brasil, foi integrada por profissionais provenientes das cinco regiões do Brasil, composta por 41 comunicadores, ligados a empresas de Comunicação, comunicação digital e redes sociais. A visita informativa dos comunicadores foi o de conhecer as atividades de monitoramento e pesquisas na área ambiental, de mudanças climáticas, eventos extremos e prevenção de desastres.
“O foco da visita foi oferecer a oportunidade dos comunicadores e influenciadores digitais para poderem extrair o máximo de experiências e informações científicas. É importante transmitir para mais pessoas a compreensão da emergência climática e os impactos na sociedade ”, afirma Carlos Vicente e complementou: “Organizamos a visita com esse grupo de profissionais da comunicação, a maioria jovem, para que possam contribuir na disseminação do valor das informações científicas para as questões climáticas.”, enfatiza o facilitador nacional do IRI-Brasil.
Karina Penha, reside na região metropolitana de São Luís ( Maranhão) é ambientalista e atuante nas redes sociais há nove anos, destaca a contribuição da vivência na prática, do trabalho no Cemaden. “Saber onde estão e como utilizar os dados científicos na comunicação sobre o tema climático é importante para a referência e a credibilidade da informação.”
Carlos Alves, diretor da Rede Super de Televisão, com sede em Belo Horizonte (MG), é uma Rede de Televisão Comunitária, pertencente à Igreja Batista da Lagoinha. Há 21 anos a rede transmite programação evangélica, abrangendo público em 15 estados brasileiros, com mais de quatro mil operadoras a cabo, atingindo até o sul da Flórida (EUA). “A vinda ao Cemaden foi uma grande e prazerosa surpresa, conhecendo o trabalho científico e não a ‘achologia’ ” comenta Alves. “Vimos pelos dados científicos como será o aquecimento climático e como estamos acelerando o processo. É um momento de conscientização sobre o momento climático, com base no trabalho sério e científico. A ideia é disseminar essa informação.”
Letícia Oliveira é da capital de São Paulo e atua como influenciadora digital, tratando as temáticas religiosas com muito humor e leveza. Aos 23 anos de idade, já tem mais de um milhão de seguidores. Compartilha vídeos nas redes sociais, no aplicativo de mídia Tik Tok e no Instagram. Seu estilo é comédia cristã, como a própria influenciadora se autoidentifica. “No Cemaden, tive a oportunidade de aprender muita coisa da área científica. Desde como se calcula o índice de água, a interpretação das previsões meteorológicas e os riscos de desastres até sobre a aceleração do processo de aquecimento global”, destaca a jovem influenciadora digital. “Vou compartilhar as informações ao público para ajudar na prevenção do risco de desastres”.
IRI-Brasil – Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais
Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2018, a (IRI-Brasil) integra vários grupos religiosos de evangélicos, católicos, espíritas, judaicos, budistas e de matriz africana, dentre outros. A IRI-Brasil visa o engajamento em ações de preservação ambiental, mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
As visitas informativas ao Cemaden, organizadas pela IRI-Brasil, foram iniciadas em maio do ano passado, em comitivas integradas por diferentes lideranças de diversas correntes religiosas. As duas últimas, realizadas neste ano, foram organizadas com diferentes setores da sociedade para conhecer o Cemaden e receber informações científicas sobre eventos extremos, prevenção de desastres e mudanças climáticas.
No ano passado, quatro comitivas de lideranças religiosas de vários estados do Brasil estiveram em visita informativa ao Cemaden , entre os meses de maio e agosto de 2022. Neste ano, no mês de maio, outro grupo de lideranças religiosas também realizou visita técnica no Cemaden, recebendo informações científicas sobre mudanças climáticas e prevenção de desastres geo-hidrológicos.
Fonte: Ascom/Cemaden
Fotos da visita ao Cemaden pelos representantes dos órgãos de controle e do judiciário do Acre, Amazonas e Rondônia -organizado pelo IRI-Brasil - dia 24 de outubro de 2023
Fotos da visita ao Cemaden dos comunicadores e influenciadores digitais no dia 26 de setembro de 2023, organizado pelo IRI-Brasil
Pesquisadores do Cemaden e da Unesp desenvolvem sistema de previsão de umidade de solo para alerta de deslizamentos
Com base nos dados da rede de equipamentos do Projeto Remaden/RedeGeo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - foi desenvolvido um sistema de previsão de deslizamentos que pode aprimorar os alertas emitidos pela Sala de Situação do Cemaden. Os equipamentos são compostos por sensores de umidade do solo e de dados de chuva, instalados em regiões com longo histórico de deslizamentos no Brasil,
O sistema de previsão de deslizamentos foi desenvolvido por pesquisadores da área de geodinâmica do Cemaden, em parceria com pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), aplicando metodologia matemática desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Bath (Reino Unido),
Os estudos focaram os eventos de deslizamentos ocorridos em março de 2020 no Guarujá e em maio de 2022 no Recife. Os resultados obtidos indicam que a metodologia proposta tem potencial para ser utilizada como uma importante ferramenta no processo de tomada de decisão para emissão de alertas de escorregamentos e deslizamentos.
Projeto Remaden/RedeGeo do Cemaden
O Projeto Remaden/RedeGeo promoveu a instalação de uma rede de sensores de umidade do solo em regiões com longo histórico de deslizamentos. O objetivo principal deste projeto é estabelecer uma ferramenta protótipo eficaz para previsão de deslizamentos de terra, produzindo uma metodologia capaz de prever a saturação do solo em locais específicos de PCDs (Dispositivos de Pré-Consolidação de Variáveis Ambientais). O trabalho de pesquisa apresenta o desenvolvimento de um novo sistema que visa prever as condições de umidade do solo, com base em dados de previsão de chuvas, usando algoritmos matemáticos avançados.
O artigo científico “Development of a soil moisture forecasting method for a landslide early warning system (LEWS): Pilot cases in coastal regions of Brazil “(Desenvolvimento de um método de previsão de umidade do solo para um sistema de alerta de deslizamentos (LEWS): casos-piloto em regiões costeiras do Brasil) foi publicado na Revista Sul-Americana de Ciências da Terra, volume 131, edição de novembro de 2023, da editora Elsevier, publicação científica internacional. O estudo foi liderado pela pesquisadora Isadora Araújo Sousa (Unesp), junto aos pesquisadores do Cemaden como coautores: Cassiano Bortolozo, Márcio Andrade, João Dolif Neto, Daniel Metodiev e Rodolfo Mendes.
O artigo na íntegra pode ser acessado pelo link:
https://doi.org/10.1016/j.jsames.2023.104631
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden recebe estudantes e pesquisadores da UFRRJ na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Uma comitiva integrada por uma docente e 26 estudantes, pesquisadores de graduação e pós-graduação do Curso de Geografia, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), realizou visita científica acadêmica, nesta última quinta-feira (19), na sede do do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A visita fez parte da Programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo MCTI e realizada, em todo o País, nas diversas instituições científicas vinculadas ao ministério.
Na oportunidade, os estudantes e pesquisadores da UFRRJ assistiram palestras e conversaram com pesquisadores e tecnologistas do Cemaden, com temáticas relacionadas à missão do Cemaden, processo de monitoramento e emissão de alertas, áreas de riscos, vulnerabilidades, Ciência dos Desastres, além de conhecer mais sobre a educação para redução do risco de desastres.
Programação
Na programação direcionada aos estudantes e pesquisadores, a abertura e recepção institucional foram realizadas pela pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe, da área de “Vulnerabilidades e Redução de Risco de Desastres” . A pesquisadora apresentou e respondeu perguntas sobre as atividades realizadas pelo Cemaden, tanto no processo de monitoramento dos municípios com áreas de risco, rede observacional, como em pesquisas interdisciplinares sobre riscos, vulnerabilidades e impactos, na temática de desastres socioambientais.
Em seguida a equipe do Cemaden Educação, coordenada pela pesquisadora Rachel Trajber, apresentou as atividades educativas e as ações desenvolvidas na área de redução de risco de desastres. Os estudantes participaram de oficina realizada pela equipe do Cemaden Educação.
Também, visitaram a Sala de Situação, conheceram como funciona no dia a dia, ininterruptos, do monitoramento em 1.038 municípios brasileiros mapeados com áreas de risco. A equipe de especialistas em geodinâmica, hidrologia, meteorologia e desastres naturais apresentou o processo do sistema monitoramento e emissão de alerta.
Na parte da tarde, os estudantes participaram da Série de Debates do Cemaden, no formato talkshow, em conversas sobre “O futuro da Ciência de Desastres”, moderado pelos pesquisadores do Cemaden: Victor Marchezini, Liana Anderson e Adriano Mota.
Estudantes são do Grupo de Estudos Integrados em Ambiente da UFRRJ
Os estudantes visitantes fazem a graduação e a pós-graduação do Curso de Geografia da UFRRJ, no câmpus do município Campos de Nova Iguaçu (RJ). Desenvolvem pesquisas e ações comunitárias, dentro do Grupo de Estudos Integrados em Ambiente (GEIA), na linha “Dinâmicas climáticas e ambientais e o ensino de Geografia.”
A docente da UFRRJ, Cristiane Cardoso, que ministra a disciplina de Climatologia no Curso de Geografia, informou que, no Grupo de Estudos Integrados em Ambiente, os estudantes de graduação e pós-graduação desenvolvem o Projeto Educação Ambiental e Monitoramento da Estação Meteorológica, em cinco escolas públicas da região.
“Para os estudantes é importante conhecer o Cemaden e ter o contato com os pesquisadores e os tecnologistas do monitoramento nacional.”, destaca a professora Cristiane Cardoso e complementa: “Permitiu ganhar novas visões sobre o monitoramento e pesquisa no Brasil, possibilitando comparar como funciona a dinâmica da realidade local e nacional, a teoria e a prática.” A professora afirmou que a visita ofereceu, também, a oportunidade de conhecer o desenvolvimento das pesquisas no Brasil, na área de monitoramento e Ciência dos Desastres, além de obterem referências e contatos que ajudam a definir a carreira científica de cada um”.
A estudante do 9º período de graduação do Geografia, Beatriz de Souza Magar, está finalizando a pesquisa sobre a percepção atmosférico do clima e o ensino de climatologia, com atividades desenvolvidas junto a alunos do ensino fundamental. Além de trabalhar com o monitoramento de chuva, também desenvolve atividades para que os alunos possam observar o tempo, as nuvens, ventos, sem instrumentos ou equipamentos. “As práticas e conhecimento local, além de desenvolver percepções também são Ciências”, afirma a graduanda, citando que foi enriquecedora a visita ao Cemaden, tanto na parte técnica sobre monitoramento de riscos de desastres, como nas falas e conversas com os pesquisadores. “A junção dos conhecimentos do Cemaden ampliará a contribuição nas atividades desenvolvidas junto à comunidade local.”
Vírginia Medeiros de Lima, desenvolve a pesquisa junto à colega Beatriz Magar, na área de educação ambiental e climatologia, também com ações junto a alunos de escolas. “É a segunda vez que venho ao Cemaden, pois estive há um ano. Nessa ocasião, a visita me ajudou na transformação do trabalho de pesquisa que vinha desenvolvendo.” afirma Virgínia Lima. Ela conta que nesta segunda visita, além de todos os aprendizados e conhecimentos obtidos, a conexão com as atividades da equipe do Cemaden Educação proporcionou um estímulo na continuidade das atividades de educação ambiental. “ Para mim, o Cemaden é uma inspiração para a carreira na área científica”.
SNCT 2023 – Tema: “Ciência Básica para o Desenvolvimento Sustentável”
Para a participação do Cemaden no estande de exposição da 20ª SNCT em Brasília, bem como na elaboração da programação e desenvolvimento de atividades da SNCT local, na sede em São José dos Campos, a instituição contou com cerca de 50 pessoas envolvidas nas áreas administrativa, de pesquisa e de monitoramento do Cemaden.
Na elaboração das atividades e programação da SNCT local, para a recepção de escolas públicas de ensino fundamental/médio e de universidades- bem como os trabalhos de preparação de atividades, organização e distribuição de equipes para a SNCT de Brasília - ficaram com as equipes da Coordenação de Relações Institucionais e do Cemaden Educação.
A equipe organizadora da SNCT: coordenadora Ana Paula Cunha, e analistas em C&T: Marisa Mascarenhas, Selma Flores, Selma Santos, Renato Lacerda e Fernanda Aguiar. Na divulgação: Maria Rosário Orquiza e Ana Paula Veiga e o apoio do pesquisador Fernando Silva.
Do Cemaden Educação deram apoio às atividades do SNCT local : a coordenadora e pesquisadora Rachel Trajber e os(as) pesquisadores: Débora Olivato, Patrícia Matsuo, Caroline Esteves, Antonio Guerra, Jennifer Farias, Priscila Françoso e Rafael Damasceno Pereira(SNCT em Brasília).
Promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), neste ano, em Brasília, a exposição das instituições do MCTI ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, desde o dia 16 até o dia 22 de outubro. A temática deste ano é “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden participa da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Brasília e também com programação local
Mobilizar a população em torno da importância da ciência como ferramenta para melhoria da qualidade de vida, inclusão social e soluções de desafios nacionais, entre outros, são os objetivos da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorre, anualmente, em todo o País, há 20 anos. Promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), neste ano, a exposição das instituições do MCTI ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, desde o dia 16 até o dia 22 de outubro. A temática deste ano é “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”.
A solenidade oficial de abertura do evento foi realizada dia 17, com a presença de seis ministros de estado e representantes de secretarias do governo federal. Em sua fala, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou a importância da ciência como suporte às transformações, mas também como base para o desenvolvimento de políticas e ações de alertas de riscos. "Começamos o ano com seca na região sul do país e cheias na Amazônia e muita precipitação em São Sebastião, no litoral norte paulista, e estamos finalizando o ano de maneira inversa, ou seja, seca na Amazônia e chuvas no sul", lembrou. "A ciência moderna deve contribuir para que possamos desenvolver um modelo sustentável de desenvolvimento, cientes de que, além, de mitigar emissões e promover adaptação aos impactos da mudança do clima, é fundamental prevenir, para melhorar a vida das pessoas."
"Não queremos que a ciência seja sempre um assunto de poucos", afirmou a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. "A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia existe há 20 anos para despertar o interesse pela ciência, transformar a realidade, estimular a curiosidade científica, ser chave para as mudanças e incentivar os brasileiros, principalmente os jovens, a se apropriarem da nossa ciência e da nossa tecnologia."
Na quinta-feira, 19, a ministra Luciana Santos visitou os estandes da feira em Brasília acompanhada da primeira dama, Janja Lula da Silva.
No estande de exposição, em Brasília, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do MCTI – apresenta a ciência, tecnologia e inovação aplicadas ao monitoramento de desastres socioambientais, prevenção de risco e diminuição dos impactos geo-hidrometeorológicos e temáticas sobre sustentabilidade.
Os visitantes podem conhecer como funcionam os sistemas de monitoramento, além de interagir com as informações no telão de monitoramento em tempo real da Sala de Situação do Cemaden. Também podem acessar a plataforma de monitoramento de secas e conhecer a plataforma de previsão de risco de fogo, com orientações dos pesquisadores, tecnologistas e analistas do Cemaden. Há material de divulgação e publicações disponibilizados sobre fenômenos climáticos (como o El Niño) e os impactos de desastres no Brasil, previsão do risco de fogo, desenvolvimento sustentável e material educativo de redução de risco de desastres do Programa Cemaden Educação.
Para saber mais sobre a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e a programação, pode acessar o link: 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (mcti.gov.br)
“Diálogos em clima de desastres: tempo de agir” foi debate de abertura da SNCT em São José dos Campos
A abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Cemaden, em São José dos Campos, ocorreu com o webinário “Diálogos em clima de desastres: tempo de agir”, para discutir os desafios das mudanças climáticas e promover a construção de uma sociedade resiliente. Promovido pela equipe do Programa Cemaden Educação, dentro da temática da Campanha #AprenderParaPrevenir, o debate foi realizado na segunda-feira (16). A transmissão foi pelo Canal YouTube do Cemaden Educação, com participação do público encaminhando perguntas pelo chat.
As moderadoras foram as pesquisadoras: Rachel Trajber- coordenadora do Cemaden Educação; Ana Paula Cunha – coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden e pesquisadora na área de secas e agrometeorologia; e Samia Nascimento Sulaiman, secretária nacional de Periferias, do Ministério das Cidades e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) , responsável pelo Projeto Multirrisco.
“Dialogar o tema da 7ª edição da campanha amplia as iniciativas e ações no presente, na luta contra a desigualdade e pela resiliência. A transformação é coletiva.”, afirma a pesquisadora Rachel Trajber, lembrando que o dia 13 de outubro marca o Dia Nacional da Redução de Riscos de Desastres. Informou que a proposta internacional deste ano é a luta contra a desigualdade por um futuro resiliente.“Para que se realize muitas ações, os participantes da campanha podem ampliar as teorias, ideias e práticas para que cheguem em todas as comunidades. Essa é uma ação coletiva” , enfatiza Trajber.
Sobre os eventos meteorológicos extremos, as chuvas intensas, as ameaças combinadas com exposição de risco e vulnerabilidades, a pesquisadora e coordenadora do Cemaden, Ana Paula Cunha, abordou sobre as secas intensas nos últimos 10 anos, em locais onde não havia histórico dessa intensidade. “As mudanças climáticas podem aumentar a intensidade, a recorrência desses extremos climáticos, ampliando a questão da vulnerabilidade pelo aumento da população vivendo em áreas de risco”. A pesquisadora informou que - conforme os cenários previstos com as mudanças climáticas, até o final do século - há projeção do aumento da intensidade das secas na região do Amazonas e semiárido do Nordeste. “O desastre está em curso, mas temos que pensar na construção de capacidades para a redução dos impactos”.
“A redução de risco de desastres é parte da redução de desigualdade”, afirma a secretária Samia Sulaiman. Ela comenta sobre a importância do pesquisador compartilhar as informações com as comunidades, principalmente, onde estavam envolvidas na pesquisa. “Esse compartilhamento da informação – seja em vídeos, folhetos, publicações – irradia de forma estratégica as ações e mobilização das comunidades”. Também abordou que as escolas podem ser espaços para trazer a realidade, não somente como produção de conhecimento, mas como perspectiva de ação e posicionamento.
Para assistir na íntegra o debate podem acessar o canal YouTube do Cemaden Educação pelo link : https://www.youtube.com/watch?v=oMkxHHbPOjg&list=PLHtaKTOPDIDKUc_5CUPajseXXA4T1B3Yj
Para participar da 7ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir pode acessar o Guia 2023 no site do Cemaden Educação, pelo link : https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/guia-campanha-2023/
Programação da SNCT para alunos de escolas e universidades na sede do Cemaden
Foi elaborada uma programação da SNCT, nesta semana, para receber estudantes e professores de ensino fundamental e médio, além de universidades, de diversas cidades da região paulista do Vale do Paraíba, na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP).
Na programação, estão integradas atividades educativas voltadas à prevenção e redução de risco de desastres, jogos, games, com a equipe de pesquisadores do Programa Cemaden Educação. Também está disponibilizada no Salão do Cemaden a maquete interativa de simulação de chuvas, telões e a realização de jogos e games. No Auditório, estarão conversando com pesquisadores, assistindo palestras e realizando atividades em grupos sobre redução de risco de desastres. Estão conhecendo os equipamentos de monitoramento da rede observacional do Cemaden e visitando a Sala de Situação do Cemaden, onde recebem informações dos tecnologistas sobre como funciona o monitoramento e emissão de alertas de desastres de deslizamentos, inundações, enxurradas e sobre áreas de risco de desastres.
No terça-feira (17), 22 alunos do 3º ano do ensino médio, período integral, da Escola Estadual Júlio Fortes, do município de Lavrinhas (SP) desenvolveram atividades no Cemaden e participaram de toda a programação da SNCT no Cemaden. O professor de Geografia e Sociologia, Rafael da Silva Valem, ministra a aula da disciplina Itinerários na temática “Mundo Contemporâneo e suas Vulnerabilidades”, dentro da proposta “Cultura em movimento: diferentes formas de narrar a experiência humana”, envolvendo Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, além da Linguagem e suas tecnologias. Ele enfatiza que as atividades realizadas no Cemaden resumem toda a filosofia da disciplina.
“É um aprofundamento das reflexões sobre o século XXI, ao mesmo tempo, a exposição de práticas de ações para as situações da realidade.”, afirma o professor Valem. Ele explicou que as atividades desenvolvidas em grupo, no auditório do Cemaden, sobre redução de desastres e sustentabilidade, bem como a exposição oral das ideias e resultados das discussões, oferecem o estimulo para criar, pesquisar e obter um conhecimento com proatividade. Enfatizou que entre as metas da temática de sua disciplina, estão inclusos os estudos de temas contemporâneos transversais e objetivos de desenvolvimento sustentável, ajudando a desenvolver aprendizagens para os projetos de vida, possibilidades do mundo de trabalho e as perspectivas para o ingresso no ensino superior. “As atividades desenvolvidas com ação e protagonismo dos alunos, permitem a capacidade de desenvolver a argumentação, saber se colocar perante a situação. Para isso, precisa de conhecimentos.”, sintetiza o professor.
O aluno do 3º ano de ensino médio da escola de Lavrinhas, Riam Flávio de Jesus Carvalho, de 17 anos, considerou que as atividades desenvolvidas no Cemaden e os conhecimentos sobre o monitoramento, permitiram construir outras perspectivas de planejamento de sua vida e desenvolvimento de carreira profissional. “O que me despertou a curiosidade é que descobri que com a Ciência podemos mudar o projeto de vida”. Explicou que gostando muito de desenhar, pode relacionar uma possibilidade de relacionar a Arte e a Ciência. Comentou que gostou muito de conhecer o nível de tecnologia dos equipamentos de monitoramento e como se processo o monitoramento na Sala de Situação do Cemaden. Comentou sua experiência de apresentação do trabalho e a oportunidade de express
Ainda na terça-feira, no período da tarde, oito alunos da Escola Estadual Euclides Bueno Miragaia, de São José dos Campos, também desenvolveram atividades, assistiram palestras e conheceram a Sala de Situação do Cemaden. A professora Daniela Salles - da disciplina Itinerários na temática Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Tecnologia/Inovação- acompanhou os alunos e considerou importante as atividades e visita ao Cemaden, com as palestras e ações, combinando com as aprendizagens. “ No começo deste ano, ficamos uma semana sem aula, devido as condições da escola impactadas com uma forte chuva.” , informou a professora. “O impacto real dentro da comunidade nos faz compreender a extensão da temática de eventos extremos e desastres. Os alunos puderam perceber que a importância da pesquisa e do conhecimento sobre o ambiente em que está inserido, como as ações de redução de risco de desastres”, conclue a professora. A professora Daniela Salles tem o projeto de editar um jornal juntamente com os alunos, para tratar a temática sobre Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Tecnologia/Inovação, colocando os aprendizados e conclusões das práticas, ações vivenciadas e aprendizados.
Escola estadual que participou de projeto de pesquisa do Cemaden e desenvolveu jogos educativos e a maquete interativa
Nesta quarta-feira (18), o Cemaden recebeu a visita de 30 alunos do 6º ano do ensino fundamental, da Escola Estadual Diácomo Hamilton Bontorim de Souza, também de São José dos Campos. Conheceram a Sala de Situação e a equipe do Cemaden Educação conversou com a turma sobre prevenção e redução de riscos de desastres. Depois realizaram as atividades de jogos, games e interagiram com a maquete de simulação de chuvas.
A coordenadora pedagógica da escola, professora Patrícia Karim Chiardia informou sobre a ansiedade dos alunos para a visita ao Cemaden. “Estavam empolgadíssimos para conhecer a instituição que trabalha, em nível nacional, com o monitoramento e emissão de alertas de risco de desastres.”, afirmou a coordenadora, destacando que 50% dos alunos da escola são da zona rural. “Muitos conhecem os impactos dos eventos climáticos, como deslizamentos e inundações, pois vivem próximos à área de risco na região norte de São José dos Campos.” Informou que os 30 alunos que participaram das atividades do Cemaden representam as três turmas A,B e C do 6º ano (10 alunos de cada turma), que estão com a missão de replicarem os conhecimentos e aprendizagens junto às suas turmas. Além disso, as turmas do 6º ano já conhecem a aplicação de tecnologias e monitoramento, pelo desenvolvimento do projeto do Cemaden junto ao professor de Geografia da escola.
Para o professor de Geografia, Jobair Assis Rangel, há mais de três anos os alunos da escola vêm desenvolvendo atividades educativas para redução de risco de desastres, em parceria da escola com o projeto desenvolvido pela pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito, dentro do projeto denominado “Tecnologias educacionais inovadoras para abordagem interdisciplinar na redução de risco de desastres socioambientais”. O professor destacou o resultado da pesquisa junto aos alunos: “Foi por esse projeto junto aos alunos da escola é que pode desenvolver os jogos Minitrunfo e Quem? (este desenvolvido sobre profissões que atuam na gestão de risco de desastres e outras cartas surpresas). O projeto permitiu, também, desenvolver e adquirir a maquete interativa, que simula os efeitos da chuva em uma área geográfica.Essa maquete interativa foi exposta em Brasília, no estande do Cemaden na última Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e agora. Na SNCT, está exposta no Salão da sede do Cemaden. O professor Rangel complementa, ainda, sobre a familiaridade da escola com monitoramento: “A escola sedia um equipamento do Cemaden (pluviômetro automático) e também o equipamento que faz o monitoramento da qualidade do ar, ventos e chuvas, dentro do projeto da pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito.”
Lucas Ryan da Silva Oliveira, de 12 anos, aluno do 6º ano da Escola Diácomo Hamilton Bontorim de Souza, de São José dos Campos, achou interessante os jogos desenvolvidos junto aos alunos. “Servem para ensinar de forma mais divertida para quem tem maior dificuldade de compreensão. Permite entender melhor sobre os desastres.” Destacou que a matéria que mais gosta é Ciência e afirmou “ A Ciência permite mais conhecimentos sobre tempo, clima e outras informações do mundo para entender o porquê e como as coisas acontecem.”
Programação prevista até sexta-feira no Cemaden
Ainda na quarta-feira, às 19 horas, o Cemaden Educação participa da Mesa Virtual “Escolas e Comunidades na prevenção de risco de desastres”, evento on-line da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na III Edição do Congresso Internacional Movimentos Docentes.
Na quinta-feira (19), o Cemaden receberá estudantes de graduação de Geografia, dentro do Grupo de Estudos Integrados em Ambiente (GEIA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). À noite, das 18 às 20 horas, ocorrerá um webinário com a equipe do Cemaden Educação, sobre Educação para Redução de Risco de Desastres.
Na sexta-feira (20) está prevista a vinda de duas escolas estaduais da Baixada Santista (E.E. Deputado Emílio Justo, de Santos e E.E.Maria Helena Duarte, de Cubatão) totalizando 30 alunos e dois professores.
Fonte: Ascom/Cemaden
Solenidade oficial de abertura da SNCT 2023
Fotos da SNCT 2023 - Estande do Cemaden em Brasília
Fotos da SNCT 2023 - Sede do Cemaden - São José dos Campos - SP
Cemaden divulga editais do concurso público: Inscrições Prorrogadas
Os editais do concurso público para provimento de vagas para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) foram publicados nesta segunda-feira, 09, no Diário Oficial da União. A banca organizadora é o Instituto AOCP e o período de inscrições vai de 23 de outubro a 07 de dezembro de 2023, pelo site https://www.institutoaocp.org.br/
Os editais podem ser acessados na íntegra em:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/edital-n-10-de-21-de-novembro-de-2023-524829444
https://www.in.gov.br/web/dou/-/edital-n-9-de-21-de-novembro-de-2023-524829521
No total, são 24 vagas para os cargos de pesquisador e tecnologista, distribuídas conforme os quadros a seguir.
Quadro 1: Especialidades e vagas para o cargo de pesquisador
Cargo |
Especialidade |
Carga Horária Semanal |
Total Vagas1 |
Remuneração Inicial Bruta |
Pesquisador Adjunto I |
Geodinâmica ou Geologia |
40 (quarenta) horas |
2 |
Adjunto I- Padrão I Vencimento básico R$ 6.710,29 + + retribuição de titulação em decorrência do título de Doutor: R$ 5.412,57+ GDACT (100 pontos) R$ 2.151,67 |
Hidrologia |
2 |
|||
Meteorologia por sensores remotos |
1 |
|||
Redução de risco de desastres geo-hidro-meteorológicos |
1 |
|||
Impactos de desastres hidrometeorológicos |
1 |
|||
Total |
7 |
|||
1Fica reservado aos candidatos negros, amparados pela Lei Federal nº 12.990, de 9 de junho de 2014 e Instrução Normativa MGI nº 23, de 25 de julho de 2023, o equivalente a 20% (vinte por cento) das vagas desse edital. Portanto, do total de vagas previstas neste Edital, 1 (uma) vaga será reservada aos candidatos negros. Do total de vagas previstas neste Edital, 1 (uma) vaga será reservada às pessoas portadoras de deficiência, de acordo com o previsto no artigo 37, inciso VIII, da Constituição Federal, artigo 5º, §2º, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, nos artigos 4º e 37 e seguintes, do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 e Decreto nº9.508, de 24 de setembro de 2018. |
Quadro 2: Especialidades e vagas para o cargo de tecnologista
Cargo |
Especialidade |
Carga Horária Semanal |
Total Vagas1 |
Remuneração Inicial Bruta |
Tecnologista Pleno I |
Engenharia |
40 (quarenta) horas |
3 |
Pleno I - Padrão I Vencimento básico R$ 5.913,57 + Titulação (Especialização R$ 1.131,38; ou Mestrado R$ 2.203,59; ou Doutorado R$ 4.746,56) + GDACT (100 pontos) R$ 1.974,18 |
Vulnerabilidade a desastres geo-hidro-meteorológicos |
1 |
|||
Meteorologia por sensores remotos |
1 |
|||
Impactos de desastres hidrometeorológicos |
1 |
|||
Geoprocessamento aplicado a riscos e desastres |
1 |
|||
Tecnologia da informação |
1 |
|||
Redução de risco de desastres geo-hidro-meteorológicos |
2 |
|||
Risco de desastres geo-hidro-meteorológicos |
6 (seis) horas por dia e 36 (trinta e seis) horas por semana |
2 |
||
Geodinâmica |
2 |
|||
Hidrologia |
2 |
|||
Extremos Meteorológicos |
1 |
|||
Total |
17 |
|||
1Fica reservado aos candidatos negros, amparados pela Lei Federal nº 12.990, de 9 de junho de 2014 e Instrução Normativa MGI nº 23, de 25 de julho de 2023, o equivalente a 20% (vinte por cento) das vagas desse edital. Portanto, do total de vagas previstas neste Edital, 3 (três) vagas serão reservadas aos candidatos negros. Do total de vagas previstas neste Edital, 1 (uma) vaga será reservada às pessoas portadoras de deficiência, de acordo com o previsto no artigo 37, inciso VIII, da Constituição Federal, artigo 5º, §2º, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, nos artigos 4º e 37 e seguintes, do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 e Decreto nº9.508, de 24 de setembro de 2018. |