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Rede Clima divulga primeiro vídeo da série Ciência Compartilhada
A Rede Clima divulgou esta semana o primeiro episódio da série de vídeos “Ciência Compartilhada Rede Clima”. O tema de abertura, apresentado pelos pesquisadores Marcel Bursztyn e Saulo Rodrigues Filho, foram os objetivos e os resultados do Projeto Integrativo Segurança Socioambiental (PI-SSA), desenvolvido no âmbito da Rede Clima.
O PI-SSA teve por objetivo produzir conhecimentos voltados à formulação e implementação de estratégias de ação pública para assegurar a promoção da resiliência de sistemas sociais e ambientais na região do Submédio Curso do Rio São Francisco, explorando as questões de vulnerabilidade e adaptação em um contexto de transição climática, processos de desertificação e escassez de recursos. Baseou-se nos três pilares fundamentais que compõem a abordagem Nexus: Água-Energia-Alimento, complementados pelo entendimento das interconexões entre as seguranças hídrica, energética e alimentar com uma quarta dimensão transversal às demais - a segurança socioambiental, representada pelo Nexus+.
Ressalta-se a importância do conhecimento e dos aprendizados trazidos por comunidades tradicionais, entre indígenas, comunidades de fundo de pasto, catadores, agricultores familiares e assentados, sobretudo na identificação de estratégias bottom-up para identificar estratégias e políticas capazes de promover capacidades e resiliência socioambiental.
Acesse o PDF da publicação Segurança Socioambiental: Submédio Curso do Rio São Francisco:
Cemaden Educação premia os destaques na mobilização da Campanha #AprenderParaPrevenir e anuncia Curso On-line para 2025
Fundamentada no tema “Com-Ciência de Riscos: saber que transforma!”, a Campanha #AprenderParaPrevenir, fez a premiação, na última quinta-feira (5), dos destaques nas iniciativas de mobilização e inovação inscritas. A campanha foi promovida pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Conforme explicou a equipe do Cemaden Educação, durante a transmissão on-line pelo Canal Youtube do Cemaden Educação, a premiação não visa a competição entre os inscritos, mas sim a de compartilhar os conhecimentos, ações e mobilizações entre todos os participantes, de todas as regiões do Brasil.
”A Campanha #AprenderParaPrevenir foi a forma encontrada para mobilizar a sociedade brasileira na reflexão e ação diante dos desastres socioambientais”, destaca a pesquisadora e coordenadora do Cemaden Educação, Rachel Trajber e complementa: “Compartilhar conhecimentos, ações e mobilizações tornam-se transformadores na cultura de percepção e prevenção de riscos de desastres socioambientais”. Destacou, também, que os riscos vêm aumentando no planeta, tanto na frequência, como na intensidade dos extremos climáticos. “É transformador o compartilhamento e fortalecimento das ações e dos saberes das comunidades”.
Premiação
Na Campanha deste ano, foram inscritas 101 iniciativas, com a participação de 81 instituições de todas as regiões do Brasil. Participaram 40 escolas, oito Defesas Civis, 17 universidades e 16 instituições de movimentos sociais.
Foram apresentadas 15 instituições finalistas, classificadas em cada categoria. Dessas finalistas, cinco receberão a premiação como Práticas Inspiradoras e as outras 10 da classificação, receberão o prêmio de Menção Honrosa.
Na Categoria Defesa Civil, destacou-se nas Práticas Inspiradoras o trabalho da Secretaria Executiva de Defesa Civil de Recife (PE) com o tema NUPEC Mulheres 2024).
Na Categoria Movimentos Sociais e Outros Coletivos, o destaque ficou para o trabalho “Por um futuro seguro; prevenindo e mitigando riscos, do Comando da Paz/Geden-Grupo Especializado em Desastres Naturais, de Petrópolis (RJ).
Na Categoria Instituto de Ensino Superior, o destaque das Práticas Inspiradoras ficou para o trabalho “Juventude do Alto Uruguai Gaúcho no enfrentamento aos desastres climáticos”, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, de Erechim (RS).
Na Categoria Escolas, das seis finalistas apresentadas, foram destacadas duas iniciativas de Práticas Inspiradoras: “Com-Ciência em ERRD”, da Escola Básica Municipal Profª Anna Alves Dias, de Indaial (SC) e o trabalho “Riscos em Perspectiva: o Bairro Matosinhos em São João Del-Rei (MG) em maquetes”, da Escola Estadual Governador Milton Campos, de São João Del-Rei (MG).
Cada premiado recebeu: uma miniestação meteorológica, Kits educativos (vários jogos educativos em ERRD), livros, publicações, HQ, cartilhas, todos relacionados à de prevenção de riscos de desastres e clima. Também foi realizada premiação por sorteio aos participantes.
Um vídeo foi transmitido no evento, com o relato de alguns participantes da campanha, que apresentaram o trabalho desenvolvido pela equipe local, além de compartilhar a experiência e o aprendizado.
Todas as Ações da Campanha inscritas em 2024, na temática deste ano (Com-Ciência de Riscos: saber que transforma!), estão disponibilizadas no site do Cemaden Educação, acessado pelo link: https://educacao.cemaden.gov.br/acao/edicao/2024/
Cemaden Educação : Cemaden Microlocal
Criado há 10 anos, o Cemaden Educação é um programa do Cemaden/MCTI que mobiliza escolas e comunidades em todo Brasil na prevenção de risco de desastres. Com base na educação ambiental climática crítica e participativa, o programa fortalece construção de uma cultura de percepção de riscos, promovendo conhecimentos e metodologias relacionadas à Educação em Redução de Riscos e Desastres (ERRD).
O Programa Cemaden Educação promove e incentiva atividades, criando uma rede de escolas e comunidades, a partir das escolas e da educação (ERRD e Educação Ambiental). Com isso, transforma as ações locais em um Cemaden Microlocal (realizando o monitoramento, alerta de risco de desastres, prevenção e pesquisas). O programa trabalha em três eixos: Aprendizagem (ciência cidadã, Jornadas Pedagógicas, Educação Digital); Mobilização (Campanha #AprenderParaPrevenir) e Comunidade-Com-VidAção (intervenções transformadoras, Educomunicação, Defesa Civil e Parcerias).
Cemaden Educação Digital
Durante o evento de premiação da Campanha, a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber anunciou que, no próximo ano (2025), será lançado o Cemaden Educação Digital, na Aprendizagem on-line, onde serão oferecidos três cursos. Esses cursos trarão diversas abordagens sobre clima, eventos extremos, desastres socioambientais, prevenção e resiliência.
O evento de premiação da 8ª Edição da Campanha #AprenderParaPrevenir (2024) está disponível no YouTube do Cemaden Educação, com acesso pelo link: https://www.youtube.com/live/XTQBCjzPFQQ
Mais informações:
Site Cemaden Educação : https://educacao.cemaden.gov.br/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto do Cemaden lança questionário em Libras sobre percepção de risco de desastres socioambientais
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- por meio do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), acaba de lançar a versão em Libras do questionário on-line “Comunicação e Percepção de Riscos”. O objetivo é compreender de que forma as informações acerca de desastres socioambientais são percebidas pela população brasileira.
Para o coordenador do Projeto COPE e pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini, o lançamento do questionário no dia 3 de dezembro - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência - é uma lembrança de como precisamos aprimorar nossas práticas de inclusão de grupos nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. “Precisamos gerar conhecimento para formular e planejar políticas públicas de preparação aos eventos extremos, considerando os diversos grupos sociais, como as pessoas com diferentes tipos de deficiência.”, explica o sociólogo.
Questionário “Comunicação e Percepção de Riscos”
Lançado em outubro de 2024, o questionário on-line já conta com mais de 5 mil participantes de todo o Brasil. Agora disponível na versão Libras será ampliada a participação pública na pesquisa. O questionário foi elaborado a partir de cinco eixos principais: características da população, modos de vida, acesso a dispositivos comunicacionais, análise de comunicação de riscos e alfabetização midiática.
“Com essa pesquisa, procuramos entender de que forma esses diferentes tipos de acesso à informação alteram a percepção da população sobre desastres socioambientais”, enfatiza a jornalista Monique Ribeiro Polera Sampaio, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (PGCST/INPE), e Bolsista de doutorado FAPESP (Processo 2024/03072-7). Uma das idealizadoras do instrumento de pesquisa do Projeto COPE, a pesquisadora destaca que o meio pelo qual as pessoas recebem informações sobre desastres pode alterar os níveis de compreensão e confiabilidade nas notícias e demais conteúdos informativos.
O projeto COPE tem o apoio da FAPESP (Processo 2022/02891-9) e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Para responder na Versão LIBRAS- Questionário de comunicação e percepção de riscos – (Projeto COPE/Cemaden), o questionário pode ser acessado pelo link:
https://pt.surveymonkey.com/r/TY9TYZB
Para responder ao questionário (sem intérprete de libras), acesse:
https://pt.surveymonkey.com/r/projetocopecomunicacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Inteligência Artificial para redução de risco de inundações/alagamentos foi o debate promovido pelo Cemaden
O Encontro Internacional da Comunidade Brasileira de Pesquisa, realizado na segunda-feira (02), promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia (MCTI) – reuniu pesquisadores brasileiros de diversas instituições internacionais, que apresentaram estudos sobre o uso de inteligência artificial e matemática aplicadas para a redução do risco de inundações/alagamentos e enxurradas urbanas.
O evento - integralmente remoto e com transmissão on-line, no idioma português - foi coordenado pelo pesquisador do Cemaden, físico Leonardo Bacelar Lima Santos, coordenador do Projeto iFAST – Intelligent Flood Alert Surveillance Tools, que conta com financiamento CNPq/MCTI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/MCTI- 446053/2023-6) e da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (24/02748-7).
Organizado pelo pesquisador do Cemaden, Elton Escobar, também integrante do Projeto iFAST, no encontro de pesquisadores atuou na apresentação dos palestrantes e intermediador na integração de novos colaboradores na temática.
Na abertura, o pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos, destacou que o evento dá a oportunidade de fomentar mais colaborações entre pesquisadores e estudantes de pós-graduação. “Pelos processos rápidos, principalmente de enxurradas urbanas, em todos os países tropicais, há um grande desafio no monitoramento e alerta de riscos de desastres hidrológicos”, aponta o pesquisador. “Por isso, a importância dos avanços científicos para aprimorar e subsidiar as tomadas de decisões para emissão dos alertas”, enfatiza Santos.
Apresentações dos pesquisadores brasileiros que atuam em instituições internacionais
“Mineração de textos na pesquisa de extremos climáticos” foi o tema apresentado pela pesquisadora Mariana Madruga de Brito - do Helmholtz Centre for Environmental Research - UFZ, Alemanha – com graduação e pós-graduação em engenharias Ambiental, Civil e Hidrologia, considerada uma cientista interdisciplinar, pois trabalha na intersecção de temas envolvendo Ciências Naturais e Ciências Sociais. Atua na pesquisa de eventos extremos e eventos climáticos, nas ciências computacionais na mineração de textos. “Trabalho com textos jornalísticos que trazem os dados completos dos eventos, desde o histórico até os relatos das comunidades locais”, explica a pesquisadora. Destaca que esse tipo de pesquisa permite fazer a avaliação dos impactos: 1º- em identificar as áreas críticas; 2º- avaliar medidas de adaptação; 3º- criar previsões e estimar o quê e quem serão afetados e, por último, validar modelos de risco.
O pesquisador Arlei Lopes da Silva, da Universidade de Rice (Texas-EUA), da área de Ciência da Computação, mostrou a utilização da Inteligência Artificial (I.A.) para reproduzir os resultados nos modelos físicos sobre inundações pluviais e hidráulica. “Trabalhamos com gráficos, ciências de dados e aprendizado da máquina, incorporando as leis da hidráulica. Obtivemos melhores resultados com esse modelo”, afirma o pesquisador.
“Modelagem de danos por enchentes para diferentes escalas e tipos de enchentes” foi o tema abordado pelo pesquisador Guilherme Samprogna Mohor, da Universidade de Potsdam (Alemanha). Da área de engenharias Ambiental e Hidráulica, atua na pesquisa de modelagem e perdas por tipos de inundações, resiliência e adaptação climática. Mohor já pesquisador Bolsista do Cemaden/MCTI. Na apresentação, explica que os algoritmos de aprendizagem da máquina apresentam dois modelos técnicos diferentes, para o entendimento dos riscos e impactos.” Temos o modelo perdas por enchentes, que mostra o que foi afetado, o nível e a infraestrutura. E temos o modelo dos dados não homogêneos, maleáveis e dispersos”, destaca o pesquisador.
Projeto iFAST
O projeto prevê o desenvolvimento de ferramentas para previsão hidrológica e para simulação de impactos, envolvendo desde vidas humanas à infraestrutura de transporte e mobilidade urbana.
Os pesquisadores do Projeto “iFAST – Intelligent Flood Alert Surveillance Tools realizam eventos para discutir as ferramentas a serem desenvolvidas com usuários em potencial do próprio Cemaden e de outras instituições interessadas.
A equipe do projeto é formada por mais de trinta pesquisadores, de diferentes instituições nacionais e internacionais e de áreas de formação diversas.
I.A. para redução de risco de inundações
As apresentações na íntegra do Encontro Internacional da Comunidade Brasileira de Pesquisa, na temática: I.A. para redução de risco de inundações estão disponibilizadas no YouTube, pelo link:
https://www.youtube.com/live/9_2qcAofsVU
Fonte: Ascom/Cemaden
Mudanças climáticas: a comunicação social, diversidade e inclusão foi a temática da Série de Debates do Cemaden
Romper com as condições impostas que ameaçam a vida dos povos indígenas - especialmente no contexto de deslocamento e mudanças climáticas – além de obter o reconhecimento da sabedoria dos povos ancestrais para a defesa da biodiversidade : esses foram os pontos focais apresentados debatidos pela jornalista e liderança indígena Warao, Yolis Lyon, na Série de Debates do Cemaden – Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Com transmissão on-line pelo Canal YouTube Série de Debates do Cemaden, o debate ocorrido nesta quarta-feira (27) abordou a temática “Comunicação Social, diversidade e inclusão frente a mudanças climáticas”, promovido pelo pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, docente do Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais (ICT/Unesp-Cemaden) e coordenador do Projeto COPE (Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos).O debate contou, também, com a participação dos estudantes de pós-graduação da Unesp/Cemaden , como atividade do Projeto COPE.
Natural da Venezuela, Yolis Lyon é graduada em Comunicação Social e está refugiada no Brasil há 12 anos. Trabalha com migrantes e refugiados climáticos e de guerras, atuando no Conselhos de Belo Horizonte e de Minas Gerais, na defesa dos Direitos Humanos. Conhecedora dos grandes desastres ambientais no Brasil, mostrou o lado das mudanças climáticas provocadas pelo homem, principalmente, do ponto de vista do valor econômico. Falou sobre a importância da grande Mídia em dar destaque às responsabilidades dos impactos ambientais, que afetam, principalmente as populações mais vulneráveis.
“Falar em mudança climática é falar também de uma violação dos Direitos Humanos. A população que sofre os impactos dos desastres ambientais não é só a população indígena, mas toda a população mais vulnerável”, afirma Yolis Lyon. “Estamos falando não só de desastres ambientais, mas de desastres humanos”, complementa a jornalista, mostrando a importância dessa abordagem no momento de mudança climática global.
Enfatizou que a Ciência e Tecnologia deve abranger a Cultura e Comunicação. “É importante que a Ciência & Tecnologia reconheça o valor da sabedoria ancestral, utilizando-a para minimizar os impactos sociais e ambientais.”
A palestra na íntegra “Comunicação Social, diversidade e inclusão frente a mudanças climáticas” está disponibilizada no Canal YouTube da Série de Debates pelo link:
https://www.youtube.com/live/hfaVvMrKx2Q?feature=shared
Fonte: Ascom/Cemaden
Na próxima semana, Cemaden Educação premia os destaques da Campanha #AprenderParaPrevenir 2024
Os participantes que mais se destacaram em mobilização e inovação na Campanha #AprenderParaPrevenir de 2024 serão anunciados no próximo dia 05 de dezembro, às 15 horas, com transmissão on-line pelo Canal YouTube do Cemaden Educação.
Promovida pelo Programa Cemaden Educação (CEdu), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – a campanha deste ano teve o tema proposto “Com-Ciência de Riscos: saber que transforma”.
O objetivo da 8ª Edição da Campanha #AprenderParaPrevenir foi o de promover o diálogo entre ciência e comunidades locais, incentivando práticas de educação em redução de riscos de desastres socioambientais e ambiental climática.
Participantes e ações de mobilização
A Campanha contou com a participação de escolas, Defesas Civis, Instituições de Ensino Superior, coletivos e organizações de diversas regiões do Brasil.
As Ações da Campanha inscritas em 2024 pelos participantes na temática deste ano (Com-Ciência de Riscos: saber que transforma!) estão disponibilizadas no site do Cemaden Educação. (https://educacao.cemaden.gov.br/acao/edicao/2024/).
Evento de Premiação da Campanha #AprenderParaPrevenir
Durante o evento, serão anunciadas as ações que mais se destacaram em mobilização e inovação, com sorteios ao vivo e reconhecimento das iniciativas inspiradoras inscritas.
📅 Data: 05 de dezembro de 2024
🕓 Horário: 15h
📍 Transmissão ao vivo: YouTube do Cemaden Educação
Mais informações sobre o Programa Cemaden Educação estão disponibilizadas nos seguintes links:
Site : https://educacao.cemaden.gov.br/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisa do Cemaden vai registrar a percepção e comunicação de riscos de desastres socioambientais no país
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), acaba de lançar o questionário online “Comunicação e Percepção de Riscos”. O objetivo é compreender de que forma as informações acerca de desastres socioambientais são percebidas pela população brasileira. Aberto a respondentes de todo o Brasil, o questionário foi elaborado a partir de cinco eixos principais: características da população, modos de vida, acesso a dispositivos comunicacionais, análise de comunicação de riscos e alfabetização midiática. O projeto COPE tem o apoio da FAPESP (Processo 2022/02891-9) e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
As perguntas a respeito das características populacionais, tais como renda familiar e escolaridade, têm o objetivo de compreender o perfil sociodemográfico dos respondentes, o que é relevante sobretudo no âmbito da implementação de políticas públicas. Para o coordenador do projeto COPE, Victor Marchezini, ter dados a respeito de diferentes estratos populacionais é relevante, pois “ajuda a formular e planejar políticas públicas de preparação para eventos extremos, considerando os diversos grupos sociais.”, explica o sociólogo. A análise dos diferentes modos de vida, isto é, com quem vivem os participantes da pesquisa e quanto tempo passam fora de casa durante a semana, por exemplo, busca avaliar como as diferentes organizações do cotidiano podem alterar as respectivas percepções dos respondentes acerca dos desastres socioambientais.
Após responder às perguntas desses dois eixos, os participantes são indagados acerca de diferentes aspectos da comunicação, isto é, quais dispositivos possuem, por quais canais mais acessam informações de maneira geral, e se recebem com frequência notícias e conteúdos informativos sobre desastres socioambientais. Ainda, são feitas perguntas que buscam compreender se os respondentes avaliam que as informações sobre o tema abordam a prevenção e mitigação, e se os canais oficiais do poder público informam a população a respeito de desastres socioambientais.
De acordo com Monique Ribeiro Polera Sampaio, jornalista e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (PGCST/INPE), e bolsista de doutorado FAPESP (Processo 2024/03072-7), o meio pelo qual as pessoas recebem informações sobre desastres pode alterar os níveis de compreensão e confiabilidade nas notícias e demais conteúdos informativos. “Talvez isso não seja tão claro em um primeiro momento, mas a recepção de uma informação por meio de um aplicativo de mensagens, por exemplo, difere muito daquela de uma notícia veiculada por jornal televisivo da mídia tradicional, por mais que o assunto seja o mesmo”, explica. “Com essa pesquisa, procuramos entender de que forma esses diferentes tipos de acesso à informação alteram a percepção da população sobre desastres socioambientais”, complementa Monique, que foi uma das idealizadoras do instrumento de pesquisa no projeto COPE.
Finalmente, nas últimas perguntas do questionário, o respondente encontra um teste rápido de alfabetização midiática, isto é, a capacidade de acessar e analisar criticamente as diferentes mensagens recebidas por meio da mídia tradicional e das redes sociais.
A produção de estratégias efetivas de comunicação de riscos é um dos objetivos do projeto COPE, que tem como proposta central coproduzir estratégias para fortalecer a implementação de políticas públicas de preparação para enfrentar eventos extremos. Por esse motivo, o questionário de “Percepção e Comunicação de Riscos”, é um importante instrumento diagnóstico para análise de dados acerca do panorama atual da comunicação de riscos no país. Para responder ao questionário, acesse: https://pt.surveymonkey.com/r/projetocopecomunicacao.
Ascom/Cemaden
Pesquisador do Cemaden é considerado “altamente citado” pelo site Clarivate
O climatologista José Marengo foi considerado o único brasileiro “altamente citado” em 2024 pelo site Clarivate, na área de Geociências. Anualmente, o Clarivate identifica a pequena fração dos cientistas pesquisadores e cientistas sociais globais que demonstraram influência ampla e significativa em seus campos de pesquisa. “Esse grupo seleto contribui desproporcionalmente para ampliar as fronteiras do conhecimento e contribuir para inovações que tornam o mundo mais saudável, mais sustentável e geram impacto social”, registra o site.
Marengo é coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Cada pesquisador selecionado é autor de vários Highly Cited Papers que estão entre os primeiros 1% por citações em suas áreas e ano de publicação na Web of Science na última década. Entretanto, a atividade de citação não é o único indicador de seleção. Uma lista preliminar baseada na atividade de citação é então refinada usando análise qualitativa e opinião de especialistas.
Jose A. Marengo possui graduação em Fisica y Meteorologia - Universidad Nacional Agraria (1981), mestrado em Ingenieria de Recursos de Agua y Tierra - Universidad Nacional Agraria (1987) em Lima, Peru e doutorado em Meteorologia - University of Wisconsin - Madison (1991) em EUA. Fez pós- doutorado na NASA-GISS e Columbia University em Nova York e na State University na Flórida (EUA), em modelagem climática. É membro do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, e autor dos Relatórios do IPCC. Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, e da The World Academy of Sciences (TWAS).
Ascom/Cemaden
Cemaden publica DL eletrônica para aquisição de PCD’s para o estado do RS - Dispensa de Licitação Eletrônica 90005/2024
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque de Inovação Tecnológica (PIT) da cidade de São José dos Campos/SP, publicou Aviso da Dispensa de Licitação Eletrônica 90005/2024 no Portal Nacional de Compras Públicas (PNCP), convidando interessados para o envio de propostas para aquisição de Plataformas de Coleta de Dados (PCD’s) automáticas, visando reconstituir a rede de equipamentos no estado do Rio Grande do Sul, como medida de enfrentamento ao estado de calamidade, após os eventos climáticos extremos ocorridos neste ano.
O Aviso e o Termo de Referência podem ser obtidos no endereço eletrônico do PNCP: https://pncp.gov.br/app/editais/01263896000164/2024/1233.
O envio de propostas deverá ser feito no site https://www.gov.br/compras/pt-br, até a data de abertura das propostas e disputa de lances, que ocorrerá no dia 29/11/2024 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Os anexos - relacionados abaixo - estão inclusos no link no rodapé da página.
1- Edital -Aviso de Contratação Direta Nº 5/2024
2- Anexo I- TR 2402 (Termo de Referência 34/2024
3- Anexo III- Contrato
Cemaden analisa secas recentes no Brasil e apresenta diagnóstico e projeções como subsídio para a COP-16
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – divulgou, nesta segunda-feira (25), a Nota Técnica de “Análise das Secas no Brasil: Diagnóstico Projeções Futuras”, ressaltando que os efeitos da seca são cumulativos e podem perdurar por longos períodos, afetando a vegetação, os recursos hídricos e diversos setores da economia. A recuperação das áreas afetadas depende da intensidade, extensão e frequência do evento, podendo levar meses ou anos.
A intensificação das secas tem provocado crises hídricas de grande magnitude, com impactos abrangentes sobre a segurança energética, alimentar e hídrica em diversas regiões do Brasil.
A Nota Técnica (Nº 679/2024/SEI-CEMADEN) foi elaborada a pedido do Departamento de Combate à Desertificação (DCDE), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), como subsídio para as discussões na COP 16 - 16ª sessão da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Resiliência às Secas (UNCCD) que ocorrerá, de 02 a 13 de dezembro de 2024, em Riade, na Arábia Saudita.
Série temporal e de extensão das secas
A série temporal do índice de seca, denominado SPEI (Standardized Precipitation Evapotranspiration Index (Vicente-Serrano et al.,2010), mostra que a partir da década de 90, as secas no Brasil se tornaram mais frequentes e intensas (valores mais negativos e consecutivos de SPEI). O SPEI é um índice que leva em consideração tanto a precipitação quanto a evapotranspiração potencial (estimada com base na temperatura do ar), proporcionando uma medida integrada da disponibilidade hídrica e das condições climáticas de uma região, sendo uma forma simples de contabilizar os desvios do balanço hídrico de uma determinada região. Conforme os dados (Figura A), o país enfrentou três grandes secas (picos negativos e consecutivos de SPEI, abaixo de -1,0): a primeira entre 1997 e 1998, a segunda entre 2015 e 2016, e a última em 2023 e 2024.
Vale ressaltar que a seca de 2015-2016 superou a de 1997-1998, mas a atual (2023-2024), mesmo com dados parciais (até outubro), já apresenta valores de SPEI mais negativos, indicando ser a mais intensa e extensa da série histórica. Isto é devido não somente ao déficit de chuvas, mas também ao aumento das temperaturas, com recordes registrados desde 2023 (Figura B).
Em termos de extensão, a seca de 2023-2024 lidera, abrangendo cerca de 5 milhões de km², o que corresponde a aproximadamente 59% do território brasileiro (Figura C). Em segundo lugar, a seca de 2015-2016 afetou cerca de 4,6 milhões de km² (aproximadamente 54% do país). Já a seca de 1997-1998 atingiu cerca de 3,6 milhões de km², o equivalente a 42% do território nacional (CEMADEN).
Dados do CEMADEN (www.cemaden.gov.br) mostram que em 2024 mais da metade do Brasil sofreu os impactos diretos da crise climática, onde os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal estão enfrentando a pior seca dos últimos 70 anos. Até setembro de 2024, aproximadamente 1200 municípios no Brasil enfrentaram condições de seca severa. Em situação de seca extrema, foram afetados 263 municípios brasileiros. O déficit de chuvas observado desde a primavera de 2023 em uma área tão extensa do Brasil (abrangendo as regiões do norte ao sudeste do país), e a ocorrência de altas temperaturas, ondas de calor e baixa umidade relativa do ar, chegando a registrar valores próximos de 7% em parte da região Centro-Oeste, impulsionou o alastramento das queimadas.
A região do Pantanal tem experimentado secas severas e prolongadas desde 2019, com os anos de 2019-2022 marcados por eventos climáticos extremos, incluindo três episódios consecutivos de El Niño (Marengo et al., 2021; Leal Filho et al., 2021; Libonati et al., 2021, 2022; Cunha et al., 2023; Geirinhas et al., 2023), e atualmente, em 2023-2024, a região enfrenta outro evento crítico de seca. Esses eventos têm provocado um desastre ambiental de grandes proporções para a região, e os incêndios subsequentes consumiram centenas de milhares de hectares de vegetação (Libonati et al., 2022a). A seca prolongada, desde 2019, afetou severamente a hidrologia do Pantanal, comprometendo os ciclos sazonais de inundação e de vazante, que são essenciais para a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.
No dia 18 de outubro de 2024 o rio Paraguai atingiu o menor nível histórico registrado na estação fluviométrica de Ladário, -69 centímetros, e representa uma marca histórica, ultrapassando o recorde mínimo anterior de -62 cm, registrado em 1964, estabelecendo o pior valor observado desde o início do monitoramento em 1990, como evidenciado na (Figura F). A situação crítica no rio Paraguai não se limitou à região de Ladário. À jusante, na estação fluviométrica de Porto Murtinho, outro recorde mínimo foi registrado em 2024, com o nível do rio atingindo apenas 53 cm em 24 de outubro (Figura F).
A seca de 2023-2024
A Figura M ilustra os municípios que registraram mais meses com condição de seca no Brasil entre os meses de junho/2023 e outubro/2024. A recorrência de secas no período foi mais intensa nas regiões norte de SP, região do triângulo mineiro, norte do MT, oeste de AM e no Acre.
Sob a influência do El Niño e do aquecimento do Atlântico Tropical Norte, a partir do segundo semestre de 2023, a seca se intensificou e se alastrou por extensas regiões do Centro-Oeste, Norte e Sudeste.
Mais informações sobre as secas observadas nos anos de 2023 e 2024, bem como seus impactos, podem ser encontradas no seguinte link: https://www.gov.br/cemaden/pt-br/assuntos/monitoramento e no mapa interativo: https://mapasecas.cemaden.gov.br/
Os estudos sobre secas no Brasil vêm sendo elaborados desde 2013 pelo Cemaden/MCTI, por um grupo de pesquisadores multidisciplinar dedicado exclusivamente ao monitoramento e pesquisa, utilizando uma variedade de ferramentas e dados para analisar a evolução, os impactos e projeções desses fenômenos, com o objetivo de fornecer subsídios para a gestão de recursos hídricos e a tomada de decisões em diferentes setores.
A Nota Técnica “Análise das Secas no Brasil: Diagnóstico e Projeções Futuras”, na íntegra pode ser acessada em PDF no link abaixo:
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden debate sobre a Inovação gerada pela Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) pública
“Inovação e sua compreensão na perspectiva da Instituição de Ciência e Tecnologia pública” foi o tema apresentado pela professora Adriana Bin, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na última terça-feira (19), transmitido pela Sala Virtual do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A palestra foi organizada pelo Comitê do Núcleo de Inovação Tecnológica do (NIT-Cemaden) direcionada aos servidores da instituição, que puderam participar com perguntas e debaterem sobre a temática. O evento foi conduzido pela analista em Ciência e Tecnologia do Cemaden e integrante do NIT, Marisa Mascarenhas.
A palestrante, professora Adriana Bin, é doutora em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp, com pós-doutorado no Manchester Institute of Innovation Research (MIoIR) da University of Manchester. Além das atividades de docência na graduação e na pós-graduação da Unicamp, é coordenadora associada do Laboratório de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação (Lab-GEOPI). Atua, também em projetos de pesquisa e extensão nas áreas de planejamento e gestão, avaliação e prospecção em ciência, tecnologia e inovação,
Abordando, inicialmente, os conceitos de Inovação, destaca que nem sempre uma boa ideia (ou mesmo uma tecnologia promissora) torna-se inovação. “Inovação é quando houver um uso e consequente geração de valor”, afirma a palestrante e enfatiza: “Esse valor não é estritamente econômico, mas pode ter referência à sustentabilidade, inclusão, benefícios sociais, empregos, entre outros.”
Inovação: conceitos dentro da legislação e da ótica governamental
Com base na definição da Lei da Inovação (Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 que altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004), a professora da Unicamp explicou que entende-se como Inovação a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social, que resulte em novos produtos, serviços ou processos. Também se entende que a Inovação compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente, que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho.
Adriana Bin fez um importante destaque sob a ótica da inovação governamental: “Ao fazer algo diferente, o inovador produz serviços e bens para consumo individual ou coletivo, principalmente de forma não comercial. A motivação é essencialmente social”, afirma a palestrante.
Processos de inovação: estímulos e etapas
Foram abordados os múltiplos estímulos para a geração da Inovação, como a ciência, tecnologia e demanda. Para isso, são envolvidas múltiplas interações entre etapas (nem sempre lineares) e ocorrem a partir do relacionamento entre múltiplos atores. “As atividades de inovação são etapas científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais” explica a palestrante. “Essas etapas conduzem - ou visam conduzir - à implementação de inovações, podendo ou não incluir atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento.
E como as ICTs públicas podem gerar (ou contribuir para) a inovação?
A palestrante Adriana Bin apresentou a definição da Lei da Inovação (Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 que altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004) Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT). Entre outras descrições de ICTs a lei determina “que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos”.
Finalizou analisando as potencialidades e características da missão institucional do Cemaden, com base no planejamento e compreensão dos efeitos da inovação. “É importante identificar tendências e conhecer as forças que moldam o futuro. Além disso, é importante mensurar os resultados e impactos dessa inovação”, resume a palestrante.
NIT Cemaden
O Núcleo de Inovação Tecnológica do Cemaden foi criado em Portaria n° 4028/2016/SEI-MCTIC, de 27 de setembro de 2016, com o Regimento aprovado em 16 de abril de 2018. Os membros do comitê do NIT do Cemaden têm promovido vários encontros e palestras com especialistas da área de Ciência, Inovação e Tecnologia, direcionadas aos servidores da instituição.
Entre os objetivos e competências do NIT/Cemaden estão a elaboração da política de inovação da instituição, além de promover e fortalecer a interação entre a capacidade científica e tecnológica do Centro, com as atividades de pesquisa, transferência de tecnologia e inovação em prol das necessidades da sociedade.
Fonte: Ascom/Cemaden
Encontro Internacional discutirá o uso de IA para redução de risco de inundações
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, realizará, no dia 2 de dezembro, das 13h às 16h, o Encontro Internacional da Comunidade Brasileira de Pesquisa, sobre o tema: IA para redução de risco de inundações.
O objetivo é compartilhar o conhecimento de pesquisadores brasileiros de diversas instituições internacionais na aplicação de inteligência artificial e matemática aplicada para a redução do risco de inundações/alagamentos.
O evento será integralmente remoto, gratuito e em português.
Segue o link para inscrição (vagas limitadas): https://forms.gle/TziDwR17YWxUobYK7.
Para mais informações acesse a página do evento: https://sites.google.com/view/projectifast/ai-for-flood-risk-reduction?authuser=0
Pesquisadoras do Cemaden desenvolvem método integrativo para estimar populações expostas em áreas de riscos de desastres
Até 2050, praticamente dois terços da população mundial viverá em áreas urbanas. O aumento da intensidade e frequência de eventos extremos, gerado a partir dos impactos das mudanças climáticas, vem transformando as cidades em áreas vulneráveis, principalmente devido à expansão urbana desordenada, com ocupações inadequadas, loteamentos clandestinos e assentamentos precários em áreas impróprias, suscetíveis a riscos geológicos e hidrológicos.
Para prevenir e minimizar os riscos de desastres associados a eventos climáticos extremos, é fundamental o avanço do conhecimento para apoiar a implementação de ações e políticas públicas voltadas à resiliência urbana dos municípios brasileiros e o planejamento das cidades.
Nesse contexto, as pesquisadoras Fabiana Lourenço e Silva Ferreira, Rita Marcia da Silva Pinto Vieira, Daniela Ferreira Ribeiro e Silvia Midori Saito, do Centro Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e Brenda Chaves Coelho Leite, professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP), desenvolveram uma metodologia para estimar a porcentagem da população exposta em áreas de riscos de desastres, a partir da identificação das áreas urbanizadas localizadas em regiões com alta suscetibilidade a inundações e deslizamentos, nas quais a população pode estar exposta aos efeitos de eventos extremos. Para isso, utilizaram uma abordagem estratégica, que integra informações provenientes de diversas bases de dados em escalas espaciais distintas.
Os resultados acabam de ser publicados em capítulo do livro “Cidades e a emergência climática: pesquisas e respostas”, lançado pela editora Annablume. O livro é resultado da interação de grupos de pesquisa do Centro de Síntese Cidades Globais, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA UPS) e teve apoio da Associação de Engenheiros da SABESP (AEASABESP). A organização é de Laura S. Valente de Macedo, Maria Cecilia Lucchese e Marta Arantes Godoy.
O trabalho intitulado “Estimativa da população exposta a risco de ameaças naturais em municípios brasileiros: um método integrativo para a redução de riscos” utilizou como área de estudo o município de Caraguatatuba, localizado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. A região apresenta um histórico de desastres, cujo mais catastrófico ocorreu em 1967, desencadeado por um considerável volume de chuvas que assolou o município durante um intervalo de 48 horas. Segundo o IBGE, Caraguatatuba apresentou um crescimento populacional de 33,75% em relação ao Censo de 2010, passando de 100.840 habitantes em 2010 para 134.875 em 2022. O município caracteriza-se por apresentar 39,42% de seu território urbanizado, com 9,4% de suas vias públicas urbanizadas, sendo que 69% dessas vias possuem arborização e 88%, rede de esgoto sanitário.
O percentual estimado de população exposta no município estudado, definido a partir do mapeamento de áreas urbanizadas, coincidentes com as áreas mapeadas com alta suscetibilidade a deslizamentos e inundações, no município de Caraguatatuba, foi de 6,63%, enquanto o percentual de população estimada em áreas de risco foi de 2,98%. Esses resultados permitem estimar, com base nos dados do Censo de 2010, que o percentual de pessoas expostas em áreas de risco e em áreas com alta suscetibilidade a deslizamentos e inundações é de 9,61% ou 9.687 pessoas.
O método de cálculo proposto pelas autoras simplifica a realidade e utiliza dados públicos e sem restrições. O mapeamento de áreas urbanizadas, em áreas com alta suscetibilidade a inundações e deslizamentos pode auxiliar na identificação áreas com potencial para se tornarem futuras áreas de risco dentro do município e contribuir para o mapeamento de novas áreas de risco, deflagradas a partir de processos de expansão urbana.
As pesquisadoras sugerem a aplicação do método proposto em diferentes municípios, em trabalhos futuros, visando avaliar a adaptabilidade e a eficácia do método em contextos diversos. Além disso, recomendam a integração das informações geradas com bancos de dados de ocorrências de desastres, com o objetivo de enriquecer e validar as conclusões obtidas. Outra vertente promissora envolve a inclusão de dados sobre cobertura e uso do solo. Essa expansão das informações contribuirá para a validação e complementação dos dados referentes às áreas de risco nos municípios, possibilitando também uma compreensão mais holística e aprofundada dos contextos de risco, enriquecendo a análise e ampliando as possibilidades de intervenções preventivas e de mitigação.
Cemaden Educação marca presença no evento da ONU com o pré-lançamento do game “Na Trilha do Risco”
“Na Trilha do Risco”, o jogo criado pelo Programa Cemaden Educação inspirou uma versão digital em game que participou em pré-lançamento do Games for Change e SDG Summit, que ocorreram em 29 de outubro na sede das Nações Unidas, em Nova York.
O projeto – uma parceria do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o Prof. Gilson Schwartz, presidente do Games for Change América Latina e professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, foi desenvolvido por Alex Leal, da Lizards Games. A iniciativa contou com financiamento (inicial) do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia/CNPq.
“Na Trilha do Risco” - jogo e game - busca provocar os jogadores a pensar e agir sobre os impactos da emergência climática, os riscos socioambientais e as ações de prevenção e mitigação de riscos de desastres em diversas regiões do Brasil e seus biomas. Ele apresenta possibilidades de soluções sustentáveis baseadas na natureza, como plantar árvores, e também algumas ideias mágicas para despertar a curiosidade e a imaginação.
O jogo, “que começou como um grande tabuleiro de chão, agora ganha vida digital, para ampliar e aprimorar o conhecimento sobre os riscos da emergência climática no nosso cotidiano”, explica a pesquisadora Rachel Trajber, coordenadora do Programa Cemaden Educação. “A ideia é promover a mobilização dos jovens para lidarem com as situações de riscos climáticos a que estamos cada dia mais expostos e que anunciam desastres, especialmente para as pessoas e comunidades mais vulneráveis”. Por meio de múltiplas linguagens ampliamos o conhecimento sobre um assunto emergencial que pode contribuir para transformar o planeta. Tudo isso abordado de forma lúdica. A versão 1.0 do game será disponibilizada para download gratuito em desktop pelo Cemaden Educação.
Para o Prof. Gilson Schwartz, o game “Na Trilha do Risco” pode contribuir para o conhecimento das crianças, adolescentes e jovens sobre o tema da emergência climática. “Vemos comportamentos de adolescentes influenciados por jogos, mas nem sempre eles estão preparados para enfrentar desafios ligados à crise socioambiental, que é global”, afirma. “O Brasil se fez presente no evento sobre esse tema realizado pela ONU. Um orgulho e, ao mesmo tempo, um desafio para nós.”
Acompanhe as novidades do Programa nas redes sociais https://linktr.ee/cemaden.educacao.
Participante do programa Futuras Cientistas do Cemaden recebe prêmio da CAPES
A estudante Eduarda Ramos da Silva Santos, de São José dos Campos, foi agraciada com o prêmio CAPES Futuras Cientistas 2024. A relação de estudantes, professoras e tutoras premiadas foi divulgada no dia 24 de outubro.
Atualmente cursando Ciência de Dados na Universidade de São Paulo, Eduarda participou da edição 2023 do programa Futuras Cientistas no Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Naquele ano, oito estudantes do ensino médio do Programa Futuras Cientistas da região Sudeste participaram das atividades organizadas pelo Cemaden, durante cinco semanas de imersão científica. O plano de trabalho proposto teve como tema “Toda menina pode se tornar uma cientista que contribui com a redução de desastres relacionados ao clima”.
“O prêmio é um reconhecimento nacional que vai abrir muitas portas para a Eduarda”, afirmou pesquisadora Viviana Aguilar Muñoz, coordenadora do Programa Jovens Cientistas no Cemaden. “Sinto orgulho por ela e pelo nosso trabalho com as futuras cientistas.”
Cemaden lança licitação para contratação de solução de TIC visando a aquisição de componentes de TIC (peças)
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque de Inovação Tecnológica da cidade de São José dos Campos SP, lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, que visa a contratação de solução de TIC. O edital visa, também, a aquisição de componentes de TIC (peças), tendo em vista a manutenção das atividades do parque computacional pela equipe de Infraestrutura e Suporte de TIC, em especial, a manutenção de equipamentos do datacenter do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden/MCTI. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 24/10/2024.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 90003/2024 pode ser retirado a partir de 24/10/2024 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 24/10/2024 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 06/11/2024 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Na SNCT, Cemaden cumpre o objetivo de compartilhar conhecimentos, saberes e diálogos junto à sociedade
Reunindo um total estimado em 700 participantes (presencial e on-line), a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada do dia 14 a 18 de outubro, foi promovida pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- oferecendo uma programação de palestras, oficinas e exposição.
Com temática “Biomas: Diversidade, Saberes e Tecnologias Sociais”, a SNCT 2024 reuniu no Cemaden um público diversificado, integrado por estudantes e professores dos Ensinos Fundamental, Médio e Superior, Defesas Civis, Corpo de Bombeiros, pesquisadores, instituições variadas e interessados na temática.
As abordagens nas palestras, oficinas e exposição - dentro da tema da SNCT - envolveram assuntos relacionados ao monitoramento dos riscos e previsão de impactos, mudanças e emergências climáticas, educação e ciência cidadã, além do compartilhamento de experiências entre as instituições, aplicados à prevenção e redução do risco de desastres socioambientais.
Eventos com transmissão on-line
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia foi um evento presencial, na sede do Cemaden, mas que também contou com quatro apresentações em transmissão on-line: a primeira, A 71ª Reunião Mensal de Avaliação e Previsão de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geoclimático, em Atividades Estratégicas para o Brasil, coordenada pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, com apresentações das previsões e cenários dos pesquisadores do Cemaden, INPE e INMET. Essa reunião presencial com transmissão on-line está disponibilizada no YouTube Reunião de Impactos (Outubro 2024), com quase 400 visualizações, em seis dias.
Outra palestra presencial e on-line intitulada “Precipitação nos biomas brasileiros: climatologia e impactos dos fenômenos El Niño e La Niña” foi apresentada por Sâmia Regina Garcia Calheiros, docente da Unifesp- São José dos Campos.
No encerramento da SNCT (dia 18), ocorreram outras duas palestras (presencial e com transmissão on-line): 21ª SNCT: Palestra - Saberes do Cemaden: diversificação de pesquisas, apresentada pela pesquisadora do Cemaden, Ana Paula Cunha, especialista em seca e coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden, que fez uma apresentação geral sobre as Pesquisas no Cemaden e depois explanou as características, causas, efeitos e impactos das Secas no Brasil. A segunda palestra on-line e presencial, nesse dia, abordou o tema “Rede Observacional Ambiental do Cemaden e sua Missão”, apresentado pelo pesquisador bolsista de geoprocessamento do Cemaden, Demerval A. Gonçalves.
Três eixos de temáticas foram agrupados para as inscrições de participação presencial, conforme o interesse ao tema:
Eixo 1- (14 e 15/10): Sistema de Proteção e Defesa Civil: disseminação de saberes, práticas, competências, informações, interlocuções e estreitamentos institucionais, monitoramento e prevenção de desastres. Palestras e debates:
“Sistema Estadual de Atendimento às Emergências, Legislação e Doutrina”, pelo Major Reis, Comandante do Corpo de Bombeiros do Vale do Paraíba e Coordenador da Defesa Civil do Vale do Paraíba;
“Defesa Civil: protagonismo com o passar dos anos frente às realidades e mudanças climáticas”, apresentadas pelo Cel. Res. PMESP João Osório Gimenez Germano, coordenador da Defesa Civil de Jundiaí e coordenador regional da Regional de Defesa Civil do Interior V (REPDEC I-V)
“Biomas, saberes, tecnologias, estatísticas e desafios da Defesa Civil de São José dos Campos” -José Benedito da Silva, coordenador da Defesa Civil de São José dos Campos
“A aplicabilidade das tecnologias de monitoramento do Centro de Segurança Integrada de São José dos Campos” – por Shirley Souza Santos, CSI
“A importância do órgão de proteção e defesa civil no contexto da gestão integrada de risco”, apresentada pelo Major Wellington Silva de Oliveira, Coordenador Técnico da Defesa Civil de Maricá/RJ
“Por que está tudo queimando”? -Liana Anderson, pesquisadora do Cemaden na área de fogo, vegetação e desastres.
“Conservação da natureza e incêndios”, apresentada pela pesquisadora Klécia Massi, docente da Unesp de São José dos Campos.
“Análise dos impactos de desastres nos municípios brasileiros: reflexões sobre a vulnerabilidade dos biomas” -Rafael Alexandre Ferreira Luiz, tecnologista C&T - especialista em Desastres Naturais, Cemaden
“Reunião de Impactos do Cemaden (presencial e on-line) – coordenado por José Marengo, Coordenador-Geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden.
“Rede Observacional Ambiental do Cemaden e sua Missão”, apresentada pelo pesquisador bolsista de geoprocessamento do Cemaden, Demerval A. Gonçalves.
Eixo 2 -(16 e 18/10): Palestras e oficinas
Apresentação do “Programa de Pós-Graduação em desastres naturais”: da Universidade Estadual Paulista de São José dos Campos, em parceria com o Cemaden (Unesp/Cemaden), feita por Luana Albertani Pampuch, docente da Unesp de São José dos Campos -Graduação e Programa de Pós-graduação em Desastres da Unesp/Cemaden.
A Oficina “Do Vetor à Raster: integração de dados geoespaciais”, coordenada por Lidiane Costa, pesquisadora bolsista do Cemaden e doutoranda do PPG Unesp/Cemaden.
“Projeto Cigarras: tecnologias de monitoramento” palestra apresentada pelos tecnologistas e pesquisadores: André Ivo, chefe substituto da Divisão de Monitoramento e Alertas, e por Rogério Ishibashi-chefe substituto da Divisão de Produtos Integrados do Cemaden.
“21ª SNCT - Saberes do Cemaden: diversificação de pesquisas”, palestra apresentada pela pesquisadora do Cemaden, Ana Paula Cunha, especialista em seca e coordenadora substituta da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
“Precipitação nos biomas brasileiros: climatologia e impactos dos fenômenos El Niño e La Niña- apresentada pela pesquisadora SâmiaRegina Garcia Calheiros, docente da Unifesp - São José dos Campos
Exposição: visita ao campo observacional das Plataformas de Coleta de Dados do Cemaden- com explicações sobre monitoramento e a Rede Observacional do Cemaden por Demerval A. Gonçalves, pesquisador bolsista de Geoprocessamento do Cemaden.
Eixo 3- (17/10): Palestras e Oficinas:
O Programa Cemaden Educação abordou temáticas de ensino-aprendizagem, ciência cidadã, popularização da ciência nas escolas, nas comunidades e nas famílias, com foco na Campanha #AprenderParaPrevenir e Jornadas Pedagógicas para redução de riscos de desastres. As palestras, conversas e oficinas foram coordenadas pela equipe de pesquisadores do Programa Cemaden Educação.
Parceria do Cemaden com Defesas Civis na gestão de riscos de desastres
A participação de diversas Defesas Civis do interior do Estado de São Paulo contou com o apoio das articulações do coordenador regional adjunto da Regional de Proteção e Defesa Civil (REPDEC Interior V), Cel. João Osório Gimenez Germano, também coordenador da Defesa Civil de Jundiaí, que organizou a comitiva de membros das Defesas Civis da região. Além de Jundiaí, a regional engloba as Defesas Civis de mais seis cidades paulistas: Cabreúva, Itupeva, Louveira, Jarinu, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista.
Como palestrante no primeiro dia da SNCT no Cemaden, Cel. Gimenez compartilhou experiências na Defesa Civil. “O evento foi essencial para estreitar as relações das Defesas Civis com o Cemaden – uma das instituições mais importantes do Brasil, pelo sistema monitoramento e alerta de desastres”, afirma Cel. Gimenez. Destaca que a qualidade de informações e dados que recebem do centro, em tempo real, permitem previsibilidade do risco para a prevenção e também pronta resposta aos impactos. “Na oportunidade de compartilhamento das experiências e da Ciência durante a SNCT, fortalecemos o sistema de gestão de desastres, tornando as cidades mais resilientes aos impactos.”
O coordenador Cel. Gimenez falou sobre as ações realizadas para as melhorias do trabalho da Defesa Civil na Região Metropolitana de Jundiaí. Entre elas: atualização do mapeamento de áreas de risco; elaboração de diretivas para padronizar estrutura e ações na região; adoção e implementação do sistema SICOE; criação do grande Plano de Contingência, integrando as parcerias entre os municípios; elaboração do Plano de Emergência e Evacuação nas escolas e unidades de Saúde. Com a conclusão do Centro Integrado de Emergência e Segurança de Jundiaí, a Defesa Civil terá sua sede própria, com uma Estação Meteorológica. Também está prevista a expansão do quadro de especialistas na equipe da Defesa Civil, prevendo a inclusão de profissionais da área de Meteorologia e Geologia.
Considerações do público diversificado sobre a participação na SNCT do Cemaden:
“O evento como a SNCT é importante e dá a oportunidade de reflexão sobre as tecnologias que possam aproximar os órgãos de proteção e defesas civis municipais, no contexto de gestão integrada de riscos. A construção de pensamento colaborativo e participativo fortalece a resiliência, no contexto global das mudanças climáticas” (Wellington Silva de Oliveira, coordenador técnico da Defesa Civil de Maricá – RJ)
“Estamos participando da SNCT no Cemaden, para aprimorar e difundir os conhecimentos adquiridos à população.” (Luiz Guilherme Pires, estudante universitário, do 5º ano do Curso de Gestão Ambiental -USP-Leste).
“A promoção do conhecimento pela ciência e tecnologia oferece a oportunidade de mostrar alternativas de como fazer a diferença na comunidade local. O conhecimento científico e o compartilhamento de experiências de outras localidades e regiões agregam muito, fortalecendo as tomadas de decisões.” (Alison Breno de Oliveira - agente Operacional de Defesa Civil de Taubaté-SP).
“É importante conhecer os equipamentos, aplicativos e dados científicos para agregar ao trabalho da Defesa Civil junto à população” (supervisor da Defesa Civil de São José dos Campos -SP, Orlando Santos).
“Gostei muito do jogo ‘Trilha dos Riscos’, onde aprendi mais sobre Biomas e Regiões do Brasil.” (Luisa Maciel, 10 anos, 4º Ano do Ensino Fundamental, São José dos Campos-SP).
“Foi importante obter o conhecimento sobre as diferenças dos termos ‘desastres naturais’ e ‘desastres socioambientais’, além de atualizar os conhecimentos relacionados à situação de emergência climática.” (Pedro Henrique de Brito, do 2º Ano do Ensino Médio, do Curso de Tecnologia e Desenvolvimento de Sistemas, da Etec de Sorocaba-SP).
“O tema abordado na SNCT, deste ano, é extremamente relevante, uma vez que observamos as mudanças climáticas influenciando na ocorrência de desastres, em todo o planeta, com maior intensidade e frequência. Os conhecimentos científicos podem conscientizar a população na mudança das atitudes e nas ações voltadas à preservação ambiental. (Christianne Aparecida Nogueira Costa, agente de Defesa Civil de Taubaté -SP).
“A vinda dos alunos ao Cemaden deu mais motivação aos estudos. A visita e participação nas atividades da SNCT ficará, com certeza, marcadas na memória de cada aluno” (professora Marcela Silveira, do Ensino Fundamental do Colégio Saloni, São José dos Campos-SP)
Organização e parcerias para a realização SNCT 2024 no Cemaden
No Cemaden, a organizadora da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT-2024), Selma Santos Chiavelli, analista em Ciência & Tecnologia da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden, contou com as parcerias internas e de instituições externas para a elaboração da programação, da disseminação e realização do evento.
Das instituições externas que participaram e apoiaram a SNCT do Cemaden foram: Coordenações Regionais das Defesas Civis do Vale do Paraíba (SP) e da Metropolitana de Jundiaí (SP), da Unesp, Unifesp e do Parque de Inovação Tecnológica (PIT), estes três últimos de São José dos Campos (SP).
"Nesta edição da SNCT, realizada no município de São José dos Campos, buscamos explorar a temática com os eixos: Sistema de Proteção e Defesa Civil, Universidade e Programas de Pós-Graduação Unesp/ Cemaden e do Programa Cemaden Educação”, afirma a analista em C&T do Cemaden, Selma Santos, explicando o motivo da variação de abordagens de conteúdos na programação e a presença de inúmeras instituições no evento. “Entre os objetivos, está o de facilitar a criação de redes colaborativas de Ciência Cidadã e Gestão de Desastres, envolvendo instituições públicas, privadas e sociedade em geral.”
Sobre a SNCT 2024- Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do MCTI
Instituída em 2004, por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é realizada anualmente pelo MCTI, em parceria com unidades de pesquisa, agências de fomento e entidades vinculadas, comunidade científica, universidades, instituições de ensino de pesquisa, escolas, museus e jardins botânicos, secretarias estaduais e municipais, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil.
Com a temática "Biomas do Brasil: Diversidade, Saberes e Tecnologias Sociais”, a 21ª SNCT de 2024 teve encontros locais, nos 27 estados, durante o mês de outubro. No período de 5 a 10 de novembro próximo, ocorre o evento nacional, reunindo as instituições com estande de exposições, em Brasília. A SNCT visa aumentar a popularização da Ciência do País.
Fonte: Ascom/Cemaden
Biomas e tecnologias sociais para redução de risco de desastres foram abordados na SNCT do Cemaden
Um público diversificado - integrado por estudantes e professores dos Ensinos Fundamental, Médio e Superior, Defesas Civis, pesquisadores e interessados na temática - participou, nesta quinta-feira (17), das atividades desenvolvidas pela equipe do Programa Cemaden Educação, dentro da Programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Promovida pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a SNCT desse dia contou com palestras, conversas e oficinas na temática da SNCT 2024 "Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais", que ocorreram no Auditório do Cemaden e no Salão de Eventos do Parque de Inovação Tecnológica (PIT), em São José dos Campos (SP).
Os participantes conheceram e conversaram sobre os riscos de desastres, as Jornadas Pedagógicas do Cemaden Educação e as ações para Redução do Risco de Desastres (RDD). No período da manhã e à tarde, foi estimado um total de 150 participantes.
Nas atividades desenvolvidas, foram apresentados modelos de ações pela comunidade, informações científicas e educativas, bem como a utilização de ferramentas tecnológicas e sociais para a Redução do Risco de Desastres (RRD). Entre as tecnologias sociais: o monitoramento das chuvas, a metodologia de produção (em forma artesanal) do Pluvipet (pluviômetro feito com garrafas de material PET) e o Aplicativo “À Prova d’Água”.
No período da tarde, os alunos do ensino fundamental participaram dos Jogos “Trilha dos Riscos”, do “Tabuleiro Vale dos Riscos” e “Jogos dos Desastres”, todos jogos sérios e educativos, para conhecer os riscos de desastres e os Biomas do Brasil.
Multiplicadores de ações para redução do risco de desastres nas comunidades
Por meio da participação e parceria em ações, palestras e oficinas das Jornadas Pedagógicas e das Campanhas #AprenderParaPrevenir - promovidas pelo Programa Cemaden Educação – muitos interessados ficaram incentivados a ingressar ou criar projetos, voltados ao monitoramento e redução do risco de desastres (RDD), compartilhando junto às escolas e comunidades.
É o caso do estudante Luiz Guilherme Ferreira Pires, 22 anos, cursando o último ano (5º ano) do Curso de Gestão Ambiental, da Universidade de São Paulo (USP-Leste) que participa do projeto aprovado em edital, denominado Projeto Adapta Keraciaba. O objetivo é mobilizar e engajar a população da região próxima à USP- Leste - Jardim Keralux e Vila Guaraciaba, Região Leste da capital de São Paulo - para Redução de Riscos de Desastres e Adaptação Climática.
O estudante da USP conta que, em visita técnica ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), passou a conhecer a existência do sistema e métodos de monitoramento e alerta de desastres naturais, além das ações para redução de riscos de desastres, desenvolvidos pelo Cemaden/MCTI, em São José dos Campos (SP). “Com os conhecimentos das ações educativas do Programa Cemaden Educação, fiquei incentivado com os colegas a criar o projeto”, afirma Pires. “Estamos participando da SNCT no Cemaden, para aprimorar e difundir os conhecimentos adquiridos à população.”
O projeto já teve uma premiação no concurso de vídeos “Vozes da Comunidade-Preparando-se para um Futuro Resiliente nas Américas e no Caribe” e também o Prêmio Mérito, da Campanha #AprenderParaPrevenir, do Cemaden Educação.
Outra integrante do Projeto Adapta Keraciaba, Yasmim Araujo Lopes, também do 5º Ano do Curso de Gestão Ambiental (USP-Leste), já tinha participado no passado, de atividades da Oficina de Cartografia Social e monitoramento das chuvas de Verão, promovidas pelo Cemaden Educação. “É fundamental essa troca de informações. As Jornadas Pedagógicas e as ações educativas e de ciência cidadã, propostas pelo Cemaden Educação, fornecem subsídios para a intermediação junto às comunidades”, destaca a estudante universitária.
Outro caso de engajamento em projetos de Educação para Redução de Risco de Desastres (ERDD) foi o do supervisor da Defesa Civil de São José dos Campos (SP), Orlando Santos. Como palestrante e em conversa com os estudantes das escolas e participantes da SNCT, no Cemaden, Santos compartilhou suas experiências desenvolvidas na área científica e tecnologia social. Foi o único membro da Defesa Civil, em 2021, a participar e tornar-se parceiro junto aos pesquisadores no Projeto “À Prova d’Água” e do aplicativo desenvolvido para o monitoramento da chuva. “É importante conhecer os equipamentos, aplicativos e dados científicos para agregar ao trabalho da Defesa Civil junto à população”, afirma Santos e enfatiza: “O Cemaden Educação tem um trabalho de excelência e qualificação para aplicar em nosso dia-a-dia, voltado à educação para prevenção e redução de riscos de desastres junto às comunidades e escolas”.
Impressões sobre a SNCT no Cemaden e atividades do Cemaden Educação
As atividades desenvolvidas pelo Programa Cemaden Educação na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Auditório do Cemaden - bem como os jogos educativos e oficinas realizados no Salão de Eventos do Parque de Inovação Tecnológica (PIT) - trouxeram experiências marcantes para cada um dos participantes. Alguns registros dessas impressões:
“Gostei do ambiente do Cemaden e do Parque (PIT). Também gostei da maneira da explicação para fazer e usar o PluviPet.”, avalia Francisco de Lima Ronda Gaspari, de 10 anos, aluno do 4º Ano do Ensino Fundamental, do Colégio Saloni, de São José dos Campos. “Dos Jogos de Desastres, adorei conhecer as profissões que ajudam nos trabalhos relacionados aos desastres”, completa.
“Vou fazer em casa o pluviômetro de garrafa PET para monitorar chuvas e avisar amigos e familiares sobre os riscos de desastres”, informa Luisa Maciel, 10 anos, cursando também o 4º Ano, do Ensino Fundamental do Colégio Saloni e completa: “Gostei da ‘Trilha dos Riscos’, onde aprendi mais sobre Biomas e Regiões do Brasil.”
“Importante o trabalho educativo sobre Biomas”, destaca a professora Marcela Silveira, que leciona Matemática, Ciências e Geografia, no 4º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Saloni. “No mês passado, desenvolvemos atividades desse tema em sala de aula, ocasião em que os alunos fizeram até maquetes”, informa a educadora. “Trazer os alunos para a SNCT no Cemaden complementou os conteúdos, reforçando as atividades pedagógicas desenvolvidas sobre Biomas”.
“Na fila de entrada ao ônibus para virmos ao Cemaden, os alunos já estavam ansiosos e animados, lembrando sobre o que tinham estudado, revisando os conhecimentos sobre Biomas”, relata a professora Marcela Silveira, da mesma disciplina e escola da educadora Marcela. “A vinda ao Cemaden deu mais motivação aos estudos. A visita e participação nas atividades da SNCT ficarão, com certeza, marcadas na memória de cada aluno”.
“Foi importante ter conhecimento sobre as diferenças dos termos ‘desastres naturais’ e ‘desastres socioambientais’, além de atualizar o conhecimento da situação de emergência climática”, destaca Pedro Henrique Lacerda de Brito, aluno do 2º Ano, do Curso de Tecnologia e Desenvolvimento de Sistemas, da Escola de Ensino Técnico, Integrado, Médio e Especialização Técnica Fernando Prestes (Etec de Sorocaba-SP). “Considero relevante ampliar essas discussões nas escolas, com abordagens da situação atual dos eventos extremos e emergência climática”, analisa Brito. Considerou importante a visita ao Cemaden, para adquirir subsídios científicos, com a finalidade de aplicar na elaboração de um projeto idealizado na área de reflorestamento.
Programa Cemaden Educação
O Programa Cemaden Educação atua há 10 anos nas propostas e desenvolvimentos de atividades com escolas e comunidades, para a percepção e conhecimentos sobre prevenção e redução dos riscos de desastres.
Para mais informação:
Site : https://educacao.cemaden.gov.br/
Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 (envio dos trabalhos até 31 de outubro de 2024)
https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/edicao-2024-2/
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança um Canal exclusivo para atendimento das Defesas Civis: o FalaDC
As Defesas Civis de todo território nacional agora podem contar com um Canal e sistema de atendimento exclusivo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Esse sistema é o FalaDC.
Em funcionamento deste o dia 7 de outubro deste ano, pelo sistema FalaDC as Defesas Civis podem fazer diversas solicitações: desde pedidos de manutenção da rede observacional, realocação de equipamentos, problemas de acesso aos dados e Mapa Interativo do Cemaden, dentre outros.
O FalaDC foi pensado para melhorar o atendimento às Defesas Civis, substituindo o canal anterior, o FalaBR. O sistema FalaDC possibilita melhor atendimento geral, facilitando o acesso ao histórico das demandas anteriores e trocas de informações.
O FalaBR continuará sendo o canal para envio de demandas ao Cemaden por parte de cidadãos, acadêmicos e instituições diversas, que pontualmente procuram o Cemaden.
Para as Defesas Civis, nossos parceiros na rede de gestão de riscos de desastres naturais, acreditamos que essa plataforma de atendimento exclusivo - o FalaDC - trará muito mais qualidade no atendimento.
Para acessar o FalaDC no site do Cemaden, as Defesa Civis devem utilizar o link: https://faladc.cemaden.gov.br/
Fonte: Ascom/Cemaden
Lançada licitação para prestação de serviços de impressão – outsourcing de impressão do Cemaden
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque de Inovação Tecnológica (PIT) da cidade de São José dos Campos SP, lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico.
A licitação visa a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de impressão, cópia, digitalização, caracterizado como outsourcing de impressão, com fornecimento de impressoras multifuncionais e suporte para atender as necessidades operacionais do Cemaden. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 17/10/2024.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 90007/2024 pode ser retirado a partir de 17/10/2024 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 17/10/2024 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 05/11/2024 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.