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Série de Debates do Cemaden discute o gerenciamento de riscos da bacia do rio Paraíba do Sul
A Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres” do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- realizou, nesta quarta-feira (14), evento para discutir a temática "Bacia do Paraíba do Sul: características, governança e instrumentos voltados ao gerenciamento de riscos", no Auditório do Cemaden e com transmissão on-line pelo Canal Youtube da Série de Debates.
O debate foi promovido pelo Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos -COPE (projeto com apoio da Fapesp) e da disciplina de "Sociologia dos Desastres", do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), coordenado pelo pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, que também é docente do programa de pós-graduação.
A palestrante convidada foi Maíra Simões Cucio - especialista em Recursos Hídricos da Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP) - órgão que exerce a função de Agência da Bacia, no que se refere à elaboração e execução do Plano de Recursos Hídricos e das ações deliberadas pelos Comitês para a gestão dos recursos hídricos. O órgão trabalha com os sete comitês que compõem o Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul- CEIVAP (criado por decreto federal em 1996).
Bacia do Paraíba do Sul: características, extremos hídricos e impactos
A bacia do Paraíba do Sul abrange 184 municípios, em três estados: São Paulo (39 municípios), Rio de Janeiro (57 municípios) e Minas Gerais (88 municípios), abastecendo cerca de 14,5 milhões de pessoas.
Apresentando um cenário e histórico socioambiental, estrutura e gerenciamento de riscos, a palestrante mostrou a importância da governança da bacia do rio Paraíba do Sul, na articulação com os comitês hidrográficos, na organização institucional e nas questões dos recursos e gestão de riscos relacionados à seca ou às cheias. Para a governança da bacia hidrográfica, destacou o acesso à informação, a participação social, o compartilhamento de recursos, numa estrutura de governança capilar.
Dos 52 municípios banhados pelo rio Paraíba do Sul, 28 captam água diretamente do rio para abastecimento da população. Toda bacia hidrográfica tem transposição de rios e afluentes, reservatórios, 120 PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) que atendem indústrias e o setor agrícola.
Conforme o Sexto Relatório de Análise (AR6) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de agosto de 2021, as projeções do estudo indicam uma tendência de aumento de extremos hídricos. O Relatório do IPCC de 2023, destaca que esse aumento de extremos hídricos impacta diretamente a segurança hídrica na bacia do Paraíba do Sul, tanto por eventos de escassez, como de chuvas intensas.
A apresentação e as discussões na íntegra estão disponibilizadas pelo Canal YouTube da Série de Debates, no link :
https://www.youtube.com/live/eFnmzQt_FZc?feature=shared
Fonte: Ascom/Cemaden