Notícias
Pesquisadores do Programa BRICS se reúnem no Cemaden para discutir deslizamentos em região serrana
Dentro da programação do Projeto “Aprimoramento do gerenciamento do risco de deslizamentos e fluxo de detritos em regiões serranas - Análise comparativa das metodologias de mapeamento de movimentos de massa na China, Rússia e Brasil – IRMMA” pesquisadores do Programa BRICS (bloco integrado pelos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estiveram no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério de Pesquisa, Ciência e Inovação (MCTI) para reuniões técnicas e workshop, na última quinta-feira (10).
As atividades de trabalho técnico-científicas dos pesquisadores brasileiros, chineses e russos no Brasil estão ocorrendo desde o dia 1° até o dia 14 de agosto, envolvendo trabalhos de campo em regiões serranas do Rio de Janeiro e São Paulo, além de reuniões e workshops no Cemaden e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Para o tecnologista da Sala de Situação do Cemaden, Pedro Ivo Camarinha, especialista em geodinâmica, o intercâmbio técnico-científico das ocorrências de deslizamentos de massa e o mapeamento das áreas de risco entre o Brasil, China e Rússia permitem o aprimoramento trabalho de monitoramento nos três países.
“As visitas nas áreas de risco de deslizamentos em Campos do Jordão e em São Sebastião permitem que os pesquisadores estudem e entendam os processos de deslizamentos e aprimorem os sistemas de alertas.”, enfatiza Camarinha, do Cemaden.
Entre as visitas e trabalhos na região do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo, os pesquisadores estiveram em trabalho de campo no município de Campos do Jordão (dia 9 agosto), reuniões técnicas no Cemaden (dia 10) e no dia 11 (sexta), trabalho em campo na região dos deslizamentos e inundações, ocorridas em fevereiro deste ano, em São Sebastião.
O coordenador do projeto no Brasil, pesquisador e professor Francisco Dourado, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), informa que cada país do bloco (Brasil, China e Rússia) tem características semelhantes para os estudos de movimentos de massa (deslizamentos): os três são países classificados em desenvolvimento, tem uma grande densidade demográfica e com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) intermediário.
“Dentro das metodologias e práticas diferentes utilizadas por cada país, no intercâmbio técnico poderemos aproveitar as melhores e mais eficazes práticas de cada país para a gestão de risco e resposta aos desastres”, afirma o pesquisador da UERJ, Francisco Dourado e destaca: “O projeto envolve as duas facetas do conhecimento: a parte técnica e operacional, com os trabalhos em campo e a parte científica, com os estudos e aplicação da Ciência.”
Programação no Cemaden
Na quinta-feira (10) das 8h30 às 12 horas, os pesquisadores participaram de exposições e discussões de trabalho, no Auditório do Cemaden. Também participaram de reuniões técnicas e visita à Sala de Situação do Cemaden.
A abertura do evento foi feita pelo coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento, José Marengo, que representou a diretora substituta do Cemaden Regina Alvalá. Marengo fez a apresentação institucional e de pesquisas relacionadas a eventos extremos.
Representando a subsecretária de Unidades de Pesquisa e Organizações Sociais, Isa Assef, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) participou do evento a assistente técnica, Marisa Conceição Costa.
Na programação do Cemaden, foram apresentadas : ocorrências de deslizamentos e áreas de risco, pela tecnologista e coordenadora do projeto no Cemaden, Carla Prieto; as estações geotécnicas e áreas de deslizamentos no Brasil, pelo pesquisador e geólogo do Cemaden, Márcio Andrade; a contribuição junto ao Charter, pelo tecnologista Rodrigo Stábile; os trabalhos e ações educativas para prevenção de risco de desastres do Programa Cemaden Educação, pela pesquisadora Rachel Trajber.
Também fizeram apresentações: Alessandra Corsi, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Carlos Henrique do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) e o coordenador do projeto no Brasil, Carlos Dourado da UERJ.
No final, a coordenadora do projeto do BRICS no Cemaden, especialista em geodinâmica, Carla Prieto fez a apresentação na Sala de Situação sobre os processos de monitoramento e emissão de alertas de desastres.
Projeto BRICS sobre gerenciamento de riscos de deslizamentos em regiões serranas
O Projeto IRMMA é uma cooperação científica BRICS STI Framework Programme, da 3ª chamada de 2019, envolvendo o Brasil, Rússia e China, dentro de uma das áreas prioritárias do acordo de cooperação entre os países do bloco BRICS (integrado pelos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) , na temática “Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais”, definida em 2018.
Seis tecnologistas da Sala de Situação e dois pesquisadores do Cemaden, todos da área de geodinâmica, integram essa equipe de projeto de pesquisa multilateral , com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
Os integrantes brasileiros do projeto do Programa BRICS
Do Cemaden participam os tecnologistas e pesquisadores: Carla Prieto, Rodrigo Stábile, Tulius Nery, Pedro Camarinha, Márcio Andrade, Frederico Ávila, Juliano Coelho, Rodolfo Mendes.
No projeto, também participam professores, pesquisadores e técnicos das Universidades Estadual e Federal do Rio de Janeiro (UERJ e UFRJ); do Departamento de Recursos Minerais do Estado do RJ, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM); do Cemaden do Estado do RJ e da Fundação Instituto de Geotécnica do Município do RJ (GeoRio).
Fonte: Ascom/Cemaden