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Na sede da Academia Brasileira de Ciências, Cemaden discute a crise climática, desastres e o El Niño 2023-2024
Promovida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) a mesa-redonda “Crise climática e desastres como consequência do El Niño 2023-2024: impactos observados e esperados no Brasil” foi realizada na sede da ABC, no Rio de Janeiro, no último dia 16 de novembro.
O evento teve a parceria do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas Fase 2 (INCT MC2).
A diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, participou da mesa de abertura do evento, afirmando que nenhum El Niño é igual ao anterior e que a instituição está atuando de maneira preventiva junto aos órgãos do governo. “Estamos monitorando semanalmente, os impactos do El Niño, principalmente, as chuvas no Sul e as secas na região Norte e Nordeste.”, afirma Alvalá. “Os impactos atingem, também, diferentes setores, como a agricultura, os recursos hídricos e a geração de energia. Estamos monitorando as regiões impactadas e repassando as informações científicas, em constantes reuniões com vários órgãos governamentais.”
Estiveram, também, na mesa de abertura do evento Ana Tereza Vasconcelos (SBPC), Roberto Lent (ABC), e a secretária Márcia Barbosa (MCTI)
O coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo, foi um dos debatedores da mesa-redonda e enfatizou sobre a necessidade do país ter estratégicas claras para responder à emergência climática. Lembrou que o Cemaden foi criado após o desastre de 2011 na região serrana do Rio de Janeiro, ocasião em mais de mil pessoas morreram em deslizamentos e enchentes. “Desde então, o Cemaden vem tentando unificar e otimizar os alertas sobre eventos climáticos extremos, mas apenas isso não basta”, afirma Marengo e complementa: “Desde 2011, cresceu em 17% o número de pessoas vivendo em áreas de risco. É preciso criar condições para que essas pessoas vivam em outros lugares”, alertou José Marengo.
Participaram da mesa-redonda como palestrantes: Regina Rodrigues (UFSC), Suzana Montenegro (Apac), Carlos Nobre (USP), Chou Sin Chan (Inpe) e José Marengo (Cemaden).
Para assistir na íntegra os debates, está disponibilizado no YouTube da Academia Brasileira de Ciências (ABC), com acesso pelo link:
https://www.youtube.com/watch?v=nAdMeiZGNNQ
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Ascom/ABC- (Fotos: Bruna Sampaio e Pedro Dantas/ABC)