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Lideranças religiosas de 13 estados brasileiros visitam o Cemaden
Representantes de 10 religiões conheceram a missão do Cemaden, em especial os impactos de mudanças climáticas, desastres relacionados ao clima e ações de prevenção de desastres.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) recebeu, no último dia 10 de abril, a visita de líderes religiosos provenientes de 13 estados brasileiros. O objetivo da visita foi conhecer a missão do Cemaden, em especial os impactos de mudanças climáticas, desastres relacionados ao clima e ações de prevenção de desastres. Ao todo, 10 diferentes religiões estiveram representadas.
Após as boas-vindas da coordenadora de Relações Institucionais, Ana Paula Cunha, os visitantes assistiram apresentações proferidas pelos Coordenadores-Gerais do Cemaden, Marcelo Seluchi (Operações e Modelagem), sobre Desastres Climáticos e Sistema de Alerta, e José Marengo (Pesquisa e Desenvolvimento), sobre Desastres Climáticos e Mudanças Climáticas. Na segunda etapa, o grupo conheceu a Sala de Situação do Cemaden e, em seguida, a responsável pelo programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, apresentou palestra e oficina sobre a importância da integração dos saberes e do conhecimento para o enfrentamento dos riscos de desastres.
"A visita foi uma oportunidade muito importante, principalmente para nós, povos tradicionais do terreiro, no sentido de possibilitar a compreensão das mudanças climáticas e tudo o que vem ocorrendo em relação ao meio ambiente, a partir da visão da ciência", afirmou a ialorixá Josilene Brandão da Costa, do Maranhão. "Nossa vida e o culto aos orixás não existem sem a regência da natureza. Então, embora tenhamos um ponto de vista religioso, esse encontro de compreensão e respeito à ciência é fundamental. É um casamento perfeito e possível ter a ciência como aliada em todos os esforços de proteção do meio ambiente e das pessoas."
Para Kulumaka Matipu, representante da Associação Terra Indígena do Xingu, MT, a visita foi uma oportunidade de aprimorar conhecimento tecnológico. "Como diretor de proteção territorial em minha região, utilizamos algumas plataformas que o Cemaden também utiliza", relatou. "Então, aproveitei bastante as apresentações sobre os sistemas de monitoramento e alerta."
"Estamos estudando a encíclica Laudato Sí, do Papa Francisco, que faz um apelo à mudança e à unificação global para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas", explicou Olindina Martins Bezerra, da Pastoral da Ecologia Integral da Arquidiocese de Cuiabá, MT. "Por isso, vir ao Cemaden foi extremamente proveitoso para o meu trabalho de formação de agentes pastorais para atuar nas paróquias e disseminar a ecologia e a importância do zelo pela nossa casa comum e o bem-estar das pessoas."
Os participantes foram convidados pela Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais(IRI), criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018. A iniciativa está presente nos países que concentram 75% das florestas tropicais remanescentes, ou seja, Brasil, Colômbia, Peru, República do Congo e Indonésia. Essa foi a nona visita organizada pela IRI ao Cemaden.
O objetivo principal da IRI é contribuir para que as lideranças e comunidades de todas as tradições religiosas possam aprofundar seus conhecimentos sobre as mudanças climáticas e a importância da preservação das florestas tropicais, com o intuito de ampliar o engajamento em iniciativas de preservação ambiental, mitigação, adaptação às mudanças climáticas e redução de riscos de desastres.
Fonte: Ascom/Cemaden