José Marengo, climatologista, meteorologista e coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – foi classificado pela Reuters (agência de notícias britânica) como um dos cientistas mais influentes do mundo, com referência à temática “mudanças climáticas”.
Entre os 1.000 cientistas mais influentes do planeta, José Marengo está classificado em 454º da Hot List da Reuters. No Brasil, foram classificados apenas quatro cientistas influentes na temática do clima e, na América do Sul, o total de sete cientistas entram nessa lista.
Para identificar os cientistas mais influentes, a Reuters criou a Hot List combinando três classificações. Essas classificações baseiam-se em quantos artigos de pesquisa foram publicados pelos cientistas com o tópico mudanças climáticas; com que frequência esses artigos são citados por outras áreas de estudo semelhantes (como a Biologia, Química ou Física) e, também a classificação pela frequência das pesquisas serem referenciadas na Imprensa, na mídia social, documentos públicos e outros meios de comunicação.
Todos os dados e informações para as classificações são fornecidos pelo Dimensions, portal de pesquisa acadêmica da empresa de tecnologia britânica Digital Science. Seu Banco de Dados contém centenas de milhares de artigos relacionados à ciência do clima, publicados por milhares de acadêmicos, a grande maioria publicada desde 1988.
A lista da Reuters classificando os cientistas mais influentes do mundo pode ser acessada pelo link : https://www.reuters.com/investigates/special-report/climate-change-scientists-list/
Carreira do cientista José Marengo
Pesquisador 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), José Antonio Marengo Orsini possui graduação em Física e Meteorologia pela Universidad Nacional Agraria (1981), mestrado em Ingenieria de Recursos de Agua y Tierra – Universidad Nacional Agraria (1987) em Lima, Peru e doutorado em Meteorologia – University of Wisconsin – Madison (1991) em EUA. Fez pós-doutorado na NASA-GISS e Columbia University em Nova York e na Florida State University (EUA) em modelagem climática. Foi coordenador científico da previsão climática do CPTEC-INPE.
Atualmente, é pesquisador titular e coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento no Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI) – onde trabalha com estudos sobre eventos extremos, desastres naturais e redução de risco aos desastres. É professor na pós-graduação do INPE. É membro de vários painéis internacionais das Nações Unidas (IPCC, WMO) e de grupos de trabalho, no Brasil e no exterior, sobre mudanças de clima e mudanças globais.
Atua como consultor na área de estudos ambientais de mudanças globais, impactos, vulnerabilidade e adaptação as mudanças climáticas e emite pareceres em diversas revistas científicas e agências financiadoras nacionais e internacionais. Autor de mais de 250 artigos, capítulos de livros, livros, relatórios técnicos e trabalhos de congressos. Participa atualmente de vários projetos de pesquisa, com instituições brasileiras, inglesas, francesas e americanas. Têm intensificado atividades de docência e orientação de pesquisa, além de ser membro ativo em vários conselhos participativos de clima e hidrologia, mudanças climáticas e globais.
É membro do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, dos Relatórios do IPCC. Em academias científicas, é Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e também da Academia Mundial de Ciências (The World Academy of Sciences – TWAS). Foi membro do Comitê Assessor de Ciências Ambientais do CNPq. É editor associado do International Journal of Climatology e dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, e professor nos programas de Meteorologia e Ciencia do Sistema Terrestre do INPE e de Desastres Naturais da UNESP.
Fonte: Ascom/Cemaden