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Instituições relacionadas à Matemática Aplicada e a Desastres Naturais se unem para discutir novas técnicas de modelagem e monitoramento
Aprimorar o trabalho de pesquisa para a compreensão dos processos e causas dos desastres naturais foi o determinante da decisão de se criar uma rede colaborativa entre as instituições de Matemática Aplicada e de Desastres Naturais.
Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, convidaram cerca de vinte estudiosos de Matemática Aplicada de diferentes instituições acadêmicas, de pesquisas e de tecnologia, com a finalidade de debater sobre perspectivas de aplicações das técnicas matemáticas em estudos relacionados a desastres naturais.
As instituições definiram se reunir em uma rede colaborativa para intercâmbio e trabalhos integrados, visando o desenvolvimento de inovações na área da matemática aplicada para modelagem e monitoramento de desastres naturais.
Dentre as perspectivas de aplicações de técnicas matemáticas em desastres naturais, estão a assimilação de dados e nowcasting (em tempo real) de radar em malhas adaptativas e a modelagem de processos de propagação – como escoamento de água, incêndios florestais e epidemias.
Organizador do encontro e pesquisador do Cemaden, Leonardo Bacelar L. Santos destaca a importância desse intercâmbio, envolvendo tanto os experientes como os jovens pesquisadores das instituições. “O encontro das técnicas desses pesquisadores com os dados e análises do Cemaden fortalecerá a interação de diversas áreas científicas. Isso permitirá o desenvolvimento de técnicas inovadoras para modelagem matemática de desastres naturais no Brasil.”
O diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, também participou das discussões. Matemático de formação, Raupp comentou sobre o diferencial do Cemaden em trabalhar com monitoramento e pesquisas das áreas de risco de desastres naturais em todo o território nacional. Afirmou que, mesmo com as dimensões continentais do País, o Cemaden trabalha com alta resolução temporal e espacial no monitoramento dessas áreas.
Também houve a participação do presidente da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Antônio Silva Neto, além de professores e pesquisadores de Matemática Aplicada da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”(Unesp), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Laboratório Associado de Matemática e Computação Aplicada (LAC) que faz parte do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), estes dois últimos institutos ligados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Os participantes finalizaram as discussões, concordando em realizar um planejamento conjunto relativo à formação de recursos humanos, busca por financiamento de pesquisas e sistematizar uma rede de colaboração entre as instituições.