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Estudo sobre impactos socioambientais no Acre reúne pesquisadores em workshop no Cemaden
Pesquisadores brasileiros e britânicos estiveram reunidos na semana passada, nos dias 19 a 23 de fevereiro, em São José dos Campos (SP), na antiga Sala de Situação da sede Centro Nacional de Monitoramento e Alertas Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - para o Workshop sobre “Atribuição de eventos extremos e seus impactos”. Foi um total de 17 pesquisadores, entre participantes presenciais e on-line, interagindo com dados e estudos de cada instituição.
O objetivo do evento foi realizar estudos e análises dos impactos e eventos climáticos ocorridos no estado do Acre, entre o período de 2020-2023. Os resultados visam gerar evidências para planejamento estratégico e caminhos de adaptação frente à emergência climática que vivemos, possibilitando fornecer subsídios para elaboração de políticas públicas de prevenção e diminuição dos impactos socioambientais.
O evento faz parte do acordo entre os governos do Brasil e Reino Unido, com apoio do Newton Fund, no desenvolvimento de pesquisas avançadas pela Parceria Ciência para Serviços Climáticos no Brasil (CSSP-Brasil) entre instituições brasileiras e britânicas.
Organizado pelo Cemaden/MCTI - coordenado pela pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, da área de queimadas e incêndios florestais - o woekshop contou com apoio da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Oxford (Reino Unido) e pela agência climática britânica Met Office.
Participantes em diversas áreas de estudos
Os pesquisadores participantes do workshop eram das seguintes instituições: Cemaden, INPE, USP, UFRJ, Universidade de Oxford, Defesa Civil Estadual - Acre, Secretaria de Estado da Saúde - Acre, Sala de Situação - Secretaria do Estado do Meio Ambiente e MetOffice do Reino Unido.
Integrante da Defesa Civil do Acre e gestor de políticas públicas, Pedro Henrique Correia Teixeira trabalha nos estudos relacionados aos eventos extremos no estado, em queimadas e inundações. “Importante participar do workshop, tanto na contribuição que trouxemos com dados locais, como também na oportunidade de entender e aprender sobre os desafios, onde os impactos socioambientais são apresentados de forma metodológica.”, afirma Teixeira. Considera essencial a pesquisa para melhorar as ações no Acre, nos planos de contingência. “Esses estudos vão permitir criar produtos e elaborar estratégicas para a mitigação desses impactos à população, melhorando a qualidade de vida e o enfrentamento dos eventos extremos.”
Na área de Saúde Pública, o pesquisador Edvan Ferreira de Menezes, chefe de Vigilância de Saúde e Ambiente do Acre, trouxe dados epidemiológicos da região, para discutir os impactos das ondas de calor e enchentes e cruzar as informações de evolução de doenças na região. “Vamos cruzar os dados do Cemaden com os dados de picos de calor e enchentes com os nossos dados de número de doenças, internação hospitalar e consultas.”, afirma Menezes. Os resultados do cruzamento de dados possibilitam indicar uma previsão para os próximos anos. Isso permitirá ações de políticas públicas na Saúde, com previsão de recursos materiais e humanos, insumos pra atender a demanda dessa área.
Sobre o VIEWpoint Brasil
O VIEWpoint Brasil compartilha recursos para profissionais que tomam decisões relacionadas às mudanças climáticas por meio de demos, vídeos, notas explicativas, notas informativas e artigos em linguagem acessível. Os recursos são baseados no trabalho do projeto de pesquisa Parceria Ciência para Serviços Climáticos (CSSP, na sigla em inglês) Brasil, apoiado pelo Newton Fund do governo do Reino Unido. Produz conteúdo científico colaborativo fundamental para o desenvolvimento de serviços climáticos, que apoiam o desenvolvimento econômico resiliente ao clima e o bem-estar social.O VIEWpoint Brasil é oferecido pelo Instituto para Análises Ambientais (IEA, em inglês), com sede na Universidade de Reading, Reino Unido.
Fonte: Ascom/Cemaden