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Estudantes de pós-graduação em riscos de desastres participam de atividades científicas no Cemaden
A 4ª edição do Curso de Pesquisa Integrada em Risco de Desastres (PIRD), organizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – foi realizada durante a última semana, no período de 28 de agosto a 1º de setembro, direcionado aos pós-graduandos dos Programas de Pós-Graduação em Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina (EFSC), em Gestão de Riscos e Desastres Naturais na Amazônia, pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e do Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais, da Universidade Estadual Paulista (UNESP-ICT/ Cemaden-MCTI).
A abertura do evento foi feito pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá e a Aula Magna foi realizada pelo climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden.
Cerca de 40 alunos, graduados em diversas áreas de conhecimento, participaram de atividades teóricas e práticas, com palestras de pesquisadores e tecnologistas do Cemaden sobre pesquisas e monitoramento de riscos de desastres. Também foram realizados debates e mesa-redonda com docentes de universidades, além de oficinas práticas sobre metodologias participativas para prevenção do risco de desastres.
Curso de Pesquisa Integrada em Risco de Desastres do Cemaden
O Cemaden tem como missão desenvolver e disseminar conhecimentos científico-tecnológicos e realizar o monitoramento e a emissão de alertas para subsidiar a gestão de riscos e impactos de desastres naturais. Dentre suas competências regimentais, destaca-se a realização de capacitação, treinamento e apoio às atividades de formação de recursos humanos, com ênfase no nível de pós-graduação.
“O objetivo do PIRD é o de contribuir para a formação multidisciplinar dos pós-graduandos participantes, a partir da apresentação de conteúdos teóricos e de atividades práticas voltadas a sistemas de alertas de risco de desastres.”, afirma a organizadora do evento, pesquisadora Silvia Saito, explicando que o Curso de Pesquisa Integrada em Risco de Desastres vem sendo realizado desde 2017, destinado aos alunos de pós-graduação em riscos e desastres no país.
Professores e estudantes destacam a importância do curso
A professora Janete Abreu, da pós-graduação da UFSC considera importante o curso no Cemaden para estudar e entender a multidisciplinaridade do trabalho do sistema de monitoramento e das pesquisas para a melhoria dos alertas. “Anualmente, esse contato dos discentes no Cemaden possibilita uma imersão no dia a dia no monitoramento e na compreensão dos riscos, das áreas vulneráveis, bem como a comunicação para a mitigação e prevenção do risco.”, afirma a docente, explicando que as atividades desenvolvidas no Cemaden motivam os estudantes para atuarem em sua área profissional na temática gestão de desastres.
Para Bruno Golin Sprovieri, coordenador Regional da Defesa Civil do Estado de SC, pós-graduando pela UFSC, enfatiza dois aspectos da participação no curso do Cemaden: primeiro, a importância do compartilhamento conceitual e teórico das novas tecnologias no sistema de alerta, nos índices de deslizamentos, entre outros. “Esse intercâmbio nos possibilita obter uma visão mais ampla da inovação e tecnologias aplicadas.”, afirma o estudante e destaca: “Outro aspecto é a oportunidade de troca de experiências com os cientistas do Cemaden e, também, com os profissionais de outras áreas, participantes da pós-graduação vindos de outras regiões do Brasil.”
“O monitoramento é a base da prevenção e a vinda ao Cemaden permite que os estudantes tenham a oportunidade de aprimorar o aprendizado e de realizar o networking.” , destaca o professor João Athaydes Silva Júnior, da UFPA. “Essa rede de contatos para compartilhamento de conhecimento e de informações possibilita tornar dinâmico o trabalho científico, incentivando os profissionais a criar parcerias.”, afirma o docente.
O pós-graduando da UFPA, Jondson Hora, trabalha na área de software de aplicação e análise de redes. Graduado em Biologia, também atua como professor no ensino médio e afirma que o curso no Cemaden trouxe uma grande contribuição para a compreensão das tecnologias inovadoras no processo de monitoramento e gestão de risco de desastres. “Foi muito rico os conteúdos e aprendizados no processo de monitoramento e como é gerado o alerta de risco de desastres”, afirma o estudante, opinando que no Brasil ainda falta mais investimentos na captação e troca de dados entre instituições. Também ficou interessado nas atividades educativas do Programa Cemaden Educação; “ Como professor, vou participar da campanha do Cemaden Educação, deste ano, encaminhando projeto de ações educativas na escola para prevenção de desastres."
Oficina sobre Educação para Redução do Risco de Desastres e palestra do IPT sobre Mapeamento de risco
A equipe do Programa Cemaden Educação ofereceu uma oficina sobre as metodologias participativas e de Ciência Cidadã (história oral, cartografia social, pluviômetros de material de garrafa Pet) utilizadas nas Jornadas Pedagógicas. As atividades proporcionaram aos participantes um amplo diálogo e troca de experiências e saberes, inclusive regionais. Os estudantes puderam elaborar uma interrelação e uso dessas metodologias nas dissertações e teses, que estão sendo desenvolvidas nos programas de pós-graduação do Pará, Santa Catarina e em São José dos Campos (SP).
A palestra de encerramento foi realizada pelo pesquisador do Instituto de Pesquisa Tecnológica de São Paulo (IPT), Eduardo Soares de Macedo, que fez apresentação intitulada “Gestão de riscos: do mapeamento de risco à regularização fundiária dos municípios”.
Fonte: Ascom/Cemaden