Alguns desafios para a redução da vulnerabilidade foram estudados por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), analisando os dados de desastres socioambientais dos municípios do litoral do estado de São Paulo e suas conexões com a saúde pública, as condições ambientais e a sustentabilidade. A pesquisa aponta que esses três fatores estão inter-relacionados na determinação do grau de vulnerabilidade das populações que vivem nas áreas de risco de desastres.
Os estudos e análises estão abordados no artigo intitulado “Vulnerabilidade, saúde e desastres no litoral de São Paulo (Brasil): desafios para um desenvolvimento sustentável” (Vulnerability, health and disasters in São Paulo coast -Brazil: challenges for a sustainable development), publicado, neste mês, na revista científica “Ambiente e Sociedade”, da ANPPAS-Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade. Esse artigo também foi divulgado na plataforma internacional PreventionWeb, do Escritório das Nações Unidas para Redução de Risco de Desastres (UNISDR).
O artigo analisa o intenso crescimento populacional nas áreas urbanas, que ocorre, principalmente, pela atração às possibilidades de trabalho e serviços oferecidos pelo setor econômico e áreas urbanas. O aumento populacional vem seguido da ocupação das áreas de risco de desastres pela população de baixa renda. Adicionado às condições de falta de infraestrutura e serviços públicos, inclusive de saúde, todos esses fatores aumentam a vulnerabilidade das pessoas e dificultam a capacidade de resposta a desastres e assistência à população vulnerável.
“Promover sinergias entre os diferentes setores da sociedade – envolvidos com a temática de gestão de riscos de desastres – requer um planejamento para aumentar as capacidades institucionais e sociais em áreas de vulnerabilidade socioambiental.”, destaca pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe. Ela explica que para vencer os desafios dos esforços para a redução da vulnerabilidade, é preciso avançar, principalmente, na formulação e implementação de ações consistentes de mitigação de impactos e nas estratégias de monitoramento participativo.
O trabalho científico liderado pela pesquisadora do Cemaden Luciana Londe, contou com a participação da analista em C&T, Lívia Moura e do pesquisador Victor Marchezini, ambos também do Cemaden; além dos pesquisadores Marcos P. Coutinho, da Universidade Federal de São Carlos e Erico Soriano, consultor ambiental. O artigo está disponibilizado em dois idiomas (Português e Inglês) no endereço:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2018000100403&lng=en&nrm=iso
Também pode ser acessado no portal do Escritório das Nações Unidas para Redução de Risco de Desastres (UNISDR) pelo endereço:
https://www.preventionweb.net/publications/view/62020
(Fonte: Ascom/Cemaden)