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Cemaden realiza nova oficina em escola de Cubatão; atividade faz parte do projeto Prevenção de Deslizamentos se Aprende na Escola
Dando prosseguimento ao projeto Prevenção de Deslizamentos se Aprende na Escola, o Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), coordenou, na última quarta-feira (26), uma oficina científica para alunos da escola estadual Maria Helena Duarte Caetano, no bairro Cota 200, em Cubatão.
O objetivo é atuar na redução dos riscos de desastres, com ações preventivas dos impactos de deslizamentos. Durante a temporada de chuvas, o bairro é um dos que sofrem com os danos destes episódios na cidade. A iniciativa se dá nas escolas que integram o Projeto Redegeo com apoio financeiro da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), onde foram instaladas - e estão em operação - estações geotécnicas do Cemaden.
O programa acontece desde 2020, por meio do edital MCTI/CNPq Programa Ciência na Escola. A Proteção e Defesa Civil da cidade, assim como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Rede Estadual de Ensino Público são parceiros deste projeto.
Ciência na prática
A monitoria dos pesquisadores do Cemaden ajuda os alunos a aprender, na prática, como funciona o método científico de formulação de hipóteses, observação, experimentação e comprovação de teses. Nas atividades, os estudantes colocam a “mão na massa”, indo a campo para coletar materiais e identificar riscos.
“Na oficina ‘Os Solos’, abordamos conceitos relacionados a resistência, deformação, carregamento, textura, porosidade, permeabilidade e capilaridade, buscando o entendimento de como a água flui e penetra em espaços vazios. Já na oficina ‘As Chuvas’, utilizamos pluviômetros artesanais para o monitoramento do volume acumulado. Os dados coletados diariamente são cruzados com informações sobre a ocorrência de deslizamentos”, comenta o pesquisador Marcio de Andrade.
A escola está em uma área considerada de risco, e conta com um pluviômetro automático, com sensores de umidade dos solos. No projeto, uma das atividades, inclusive visa comparar os dados dos pluviômetros artesanais, feitos de garrafas pet, com o automático.
“A busca do conhecimento por meio da ciência cidadã visa encontrar soluções ao alcance da sociedade para os problemas impostos pela realidade, sendo a base para o desenvolvimento social da população e nesta direção as instituições envolvidas visam com este projeto comprovar a importância de promover a ciência na escola pública demonstrando para a comunidade a possibilidade de se tornar mais resiliente”, afirma.
Agenda de ações
A próxima atividade do projeto está marcada para o dia 18 de novembro. Na oportunidade, os problemas e sugestões de atividades serão discutidos com a comunidade escolar. O debate irá gerar uma agenda de ações para a prevenção de deslizamentos no bairro.