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Cemaden participará da discussão sobre gestão de riscos de desastres
Para relembrar os 50 anos do desastre de 1967 em Caraguatatuba – bem como discutir a inclusão de diversas áreas da sociedade nas políticas públicas – o pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, participará de debates sobre Gestão Integral de Riscos de Desastres, nesta sexta-feira (18) em Caçapava (SP). Promovido pela galeria cultural Estação Casa Amarela, além da Roda de Conversa com pesquisadores, também será exibido o documentário “Catástrofe de 1967” e o lançamento de um livro.
Com o objetivo de focar a importância da participação de profissionais e cidadãos de diversas áreas para atuarem dentro das políticas públicas de gestão de riscos de desastres no Brasil, o pesquisador e sociólogo, Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – participará do debate Gestão Integral de Riscos de Desastres, que será realizado nesta sexta-feira (18), às 20 horas, na Estação Casa Amarela, em Caçapava, município localizado no Vale do Paraíba, estado de São Paulo.
O evento é promovido pelo centro cultural Estação Casa Amarela, relembrando a catástrofe socioambiental de 1967, no município de Caraguatatuba, litoral norte paulista, onde ocorreram deslizamentos de massa e inundações, que culminou no registro de cerca de 500 mortes. Na abertura do evento, está prevista a exibição do documentário “Catástrofe de 1967”.
“Relembrar a catástrofe de 1967 é um alerta à nossa memória seletiva, a qual tende a se esquecer que os riscos de desastres são construídos socialmente.”, afirma o pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini. “Precisamos tratar os desastres como resultado de processos humanos sobre uma base territorial, ou seja, os desastres são induzidos e não são naturais”, adverte o pesquisador.
Além da presença do pesquisador do Cemaden, a Roda de Conversa sobre Gestão Integral de Riscos de Desastres contará com a participação dos psicólogos Lyani Vieira do Prado, Daniela da Cunha Lopes (ex-diretora do Departamento de Minimização de Desastres, da Secretaria Nacional de Defesa Civil) e Olavo Sant’Anna Filho.
Após o debate, haverá o lançamento do livro “O psicólogo na redução dos riscos de desastres”, organizado por Olavo Sant’Anna Filho e Daniela Lopes.
Desastres socioambientais de 1967 e de 2017 em Caraguatatuba
No dia 15 de março de 2017, um grande deslizamento ocorreu no Morro Santo Antônio, em Caraguatatuba, atingindo um condomínio. Diversas famílias tiveram que deixar as suas casas. “Poderia ser mais uma ocorrência dentre as inúmeras que as Defesas Civis têm atendido. Ou, então, mais um caso em que diversas pessoas são deslocadas de suas casas por estarem em situação de risco iminente ou por suas casas terem sido danificadas e/ou destruídas.”, afirma o pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini. “Mas, o evento suscitou a memória social sobre a catástrofe de 1967, quando o mesmo morro foi um dos locais onde ocorreu um grande deslizamento.”, lembra o pesquisador.
Segundo os registros históricos do desastre de 1967, inseridos no livro Santo Antônio de Caraguatatuba: Memórias e Tradições de um Povo, o rio Santo Antônio, que corta a cidade de Caraguatatuba, alargou-se de 40 para 200 metros.
“Falou-se em 500 mortes, mas sabe-se que foi maior o número de vítimas fatais não registradas. Naquele mesmo ano, o país já sofria uma das maiores catástrofes de sua história.”, informa Marchezini. “Na Serra das Araras, no Rio de Janeiro, deslizamentos provocaram a morte de aproximadamente 1.700 pessoas e centenas de desabrigados”, relembra o pesquisador.
Informações sobre o evento
A Roda de Conversa sobre Gestão Integral de Riscos de Desastres é um evento gratuito, não precisa de inscrição prévia e ocorrerá na Estação Casa Amarela, em Caçapava (SP), na próxima sexta-feira (18), às 20 horas.
Mais informações pelo e-mail estacaocasaamarela@hotmail.com , ou no pelo
https://www.facebook.com/estacaocasaamarela
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