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Cemaden participa de Fórum da ONU sobre estatísticas relacionadas a desastres
Com o objetivo de discutir a experiência dos países com o uso de estatísticas relacionadas a desastres - na finalidade de monitorar os compromissos nacionais e globais de redução de riscos de desastres – foi realizado o Terceiro Fórum de Especialistas para Produtores e Usuários de Estatísticas Relacionadas a Desastres, em Bangkok (Tailândia), no período de 5 a 7 de junho. O evento teve a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que pôde compartilhar as boas práticas, associadas na produção de estatísticas sobre desastres, outro objetivo do fórum.
Direcionado a profissionais da área de gestão de risco de desastres, de estatística, de pesquisa, assim como outros que utilizam dados estatísticos sobre desastres na tomada de decisão, o fórum foi organizado pela ESCAP ( Economic and Social Comission for Asia and the Pacific), com os seguintes colaboradores: UNECE ( United Nations Economic Commission for Europe) , UNDRR ( United Nations Office for Disaster Risk Reduction ), ESCWA ( Economic and Social Commission for Western Asia ), ECLAC ( Economic Commission for Latin America and the Caribbean ), UNSD ( United Nations Statistics Division) e UNECLA ( United Nations Economic Commission for Africa )
Participação do Cemaden no Fórum
Tiago Bernardes, tecnologista do Cemaden, foi um dos painelistas da sessão online “Definição de impactos diretos e indiretos de desastres”, juntamente com Rob Deakin ( Land Information New Zealand) , Macarena Perez (Chile Institute for Disaster Resilience Embedding Risk in Investment Decisions ) e Rahul Sengupta (Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres - UNDRR). A sessão foi coordenada por James Norris, Ordnance Survey , do Reino Unido. A discussão do painel foi orientada por questões relacionadas à definição sobre impactos diretos e indiretos de desastres, ao fortalecimento dos arranjos institucionais e aos desafios para traduzir modelos de impactos em dados estatísticos.
A participação do Cemaden - como uma instituição empenhada na cooperação com outras agências nacionais no levantamento e integração de informações sobre impactos de desastres no Brasil - foi evidenciada na discussão. “Tivemos a oportunidade de destacar as atividades de registro de eventos e iniciativas interinstitucionais.”, afirma o tecnologista e pesquisador Tiago Bernardes, do Cemaden. Citou, como exemplos, o projeto de cooperação entre o Cemaden e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do grupo de trabalho para integração do REINDESC (Registro de Eventos de Inundação e Deslizamentos do Cemaden) com as bases na plataforma S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad/ Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional). “Foram discutidas questões sobre o fortalecimento de arranjos institucionais para definição de impactos de desastres e identificação de desafios na tradução de modelos de perdas de desastres em dados estatísticos”, afirma Bernardes, do Cemaden.
Cooperação Cemaden e IBGE
Desde 2013, o Cemaden e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vêm atuando conjuntamente, por meio de acordo de cooperação técnica, priorizando o desenvolvimento de pesquisas aplicadas e a geração de bases de dados e informações associadas à caracterização das populações vulneráveis a desastres deflagrados por deslizamentos e inundações no território brasileiro.
Entre os resultados da parceria destaca-se a publicação da base de dados denominada Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER) e o respectivo relatório “População em Áreas de Risco no Brasil”, disponível em: https://www.ibge.gov.br/apps/populacaoareasderisco/#/home
Sobre o REINDESC
O banco de dados denominado REINDESC (Registro de Eventos de Inundação e Deslizamentos do Cemaden) é produzido pelo Cemaden, diante da necessidade de buscar informações e possibilitar a tomada de decisão para o envio de alertas de desastres. No REINDESC, são registradas ocorrências relativas aos processos monitorados pelo Cemaden. Estas informações são utilizadas tanto para verificação de alertas enviados quanto para auxílio à identificação de cenários de risco favoráveis ao envio de alertas futuros.
Fonte: Ascom/Cemaden