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Cemaden ganha o Prêmio Faz Diferença na categoria Brasil
Em um ano marcado por secas extremas no Norte e no Pantanal e temporais que deixaram o Sul debaixo d’água, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) foi pioneiro em alertar para os riscos dos eventos climáticos extremos no país.” Essa foi a abertura da notícia, veiculada no último sábado (11), anunciando a premiação Faz Diferença 2023 ao Cemaden, na Categoria Brasil, em sua 21ª Edição, iniciativa do jornal O Globo, em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A premiação homenageia brasileiros que inspiraram por seu trabalho e dedicação no último ano.
Como unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Cemaden foi destacado pelo trabalho de alerta sobre a transição rápida do fenômeno La Ninã para o El Niño, em meados do ano passado. Esses fenômenos foram responsáveis pelas variabilidades das chuvas que impactaram a Amazônia e a região Sul no Brasil. Também apontou a incidência de calor extremo relacionado com as secas e o aquecimento do oceano Atlântico, que impactaram outras regiões do Brasil.
Além do monitoramento e alertas, avanços nos conhecimentos a partir de pesquisas científicas conduzidas no âmbito da ciência dos desastres, e desenvolvimentos tecnológicos, o Cemaden contribuiu com vários outros órgãos do governo e instituições provendo informações relevantes para subsidiar tomadas de decisão, principalmente, para os setores de energia, de abastecimento de água e de agricultura familiar.
“Agradecemos o reconhecimento pelas suas contribuições ao país, em nome de toda a equipe do Cemaden, que vem empenhando esforços - nestes 13 anos desde sua criação - para ampliar e aprimorar os serviços a toda sociedade, essenciais em época de eventos extremos e mudanças climáticas, de forma a diminuir os impactos socioeconômicos e ambientais”, afirma a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá. “Neste momento em que grandes impactos de um grande desastre ainda afetam a população do estado do Rio Grande do Sul, essa premiação reforça nossa responsabilidade em continuar envidando esforços nos avanços dos conhecimentos, na busca por mais investimentos para a ciência e tecnologia, para aumentar os subsídios de informações para a definição de políticas públicas, juntamente com outros setores e sociedade, para o enfrentamento dos extremos climáticos.”, destaca Alvalá.
Criação do Cemaden e avanços do Brasil sobre o conhecimentos dos riscos
A partir do megadesastre ocorrido na Região Serrana do RJ, em janeiro de 2011, o então ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloisio Mercadante, juntamente com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisas do MCTI – Carlos Nobre - tomaram a decisão histórica de criar uma instituição nacional dedicada ao monitoramento e alertas, de forma ininterrupta, para prover alertas de riscos de desastres deflagrados por extremos hidrometerológicos, bem como direcionada a desenvolver pesquisas estado-da-arte em temas correlatos aos desastres que mais impactam o território brasileiro.
Logo após a sua criação - 01 de julho de 2011 – o Cemaden também ficou responsável por implementar uma rede de monitoramento ambiental observacional dedicada ao monitoramento de chuvas e outras variáveis relevantes para subsidiar o monitoramento e pesquisas na área de desastres relacionados ao clima. Em 2012, o Centro passou também a monitorar impactos de secas e escassez de chuvas, inicialmente na região semiárida do Brasil e, posteriormente, em todo o território brasileiro.
Em 18 de Outubro de 2016, o Cemaden foi declarado como uma Instituição Científica e Tecnológica (ICT) integrante do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do Decreto nº 8.877..
O Cemaden monitora (24 horas, sete dias da semana) com equipes de profissionais altamente especializados - geólogos, especialistas em geodinâmica, meteorologistas, hidrólogos e especialistas na área de desastres e vulnerabilidade. São monitorados 1.133 municípios do Brasil para os quais dispõe dos mapeamentos das áreas de riscos geo-hidrológico (deslizamentos, inundações, enxurradas, enchentes), que abrangem 20,3% dos municípios brasileiros, e quase 60% da população do país.
Somente no ano de 2023, o Cemaden registrou 1.346 ocorrências de desastres, associados aos municípios monitorados. Esse total registrado em 2023 foi o segundo maior número de eventos ocorridos, desde 2016. Outro estudo relevante conduzido no Cemaden apontou que o ano de 2023 foi marcado por temperaturas e secas extremas, destacando-se vários municípios com temperaturas superiores àquelas da média.
Além de ser a referência nacional na previsão de riscos de desastres e impactos socioeconômicos e ambientais, o Cemaden tem contribuído, nos últimos anos, com dados, informações e resultados relevantes para os Relatórios da Organização Mundial de Meteorologia, principalmente, os Relatórios do Estado do Clima na América Latina e Caribe.
Serviços e informações providos pelo Cemaden/MCTI, disponíveis em https://www.gov.br/cemaden/pt-br
1- Previsão de Riscos Geo-hidrológicos
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/assuntos/riscos-geo-hidrologicos
Boletim diário com a previsão de riscos de eventos geo-hidrológicos para as mesorregiões do Brasil.
2- Alertas Vigentes
http://www2.cemaden.gov.br/painelalertas/
Mapa com alertas vigentes associado aos municípios monitorados, bem como tabela com as informações sobre os alertas vigentes (horários, tipo de risco, nível do risco, municípoo alertado). Os alertas detalhados são encaminhados concomitantemente para o Cenad/MIDR e para as defesas civis dos municípios alertados.
3- Mapa Interativo
http://www2.cemaden.gov.br/mapainterativo/
Disponibiliza os dados dos equipamentos da rede de monitoramento ambiental observacional do Cemaden, os quais podem ser visualizados e baixados pela sociedade.
4- Boletins e Relatórios
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/assuntos/monitoramento/boletim-de-impactos/
Boletins de Impactos, Monitoramento de Seca para o Brasil, Monitoramento Hidrológico, Risco de Seca na Agricultura, Notas Técnicas, entre outros.
5- Monitoramento de secas no Brasil
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/assuntos/monitoramento/monitoramento-de-seca-para-o-brasil/
Plataforma que permite acompanhar a evolução das condições de seca em cada município do Brasil, relevante para subsidiar estimativas dos impactos em diversos setores, considerando a intensidade e duração da seca, como por exemplo na produção agrícola ou nos recursos hídricos
6- Programa Cemaden Educação
https://educacao.cemaden.gov.br/
Rede de escolas e comunidades na prevenção de riscos de desastres. Prioriza a mobilização de jovens e as comunidades para construir conhecimentos, refletir e agir na prevenção de riscos de desastres
Fonte: Ascom/Cemaden