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Cemaden e IBGE vão atualizar base de dados sobre população em áreas de risco de desastres
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estiveram reunidos, na sede do Cemaden, para tratar sobre a produção de base de dados demográficos e sociais da população em áreas de risco, denominada como Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER), a partir dos resultados do Censo de 2022.
A parceria entre as instituições, firmada em 2013, tem resultado em avanços para a caracterização da população em áreas de risco de desastres. A base de dados BATER foi divulgada em 2018, contendo informações sobre as características dos moradores e moradias nas áreas de riscos de desastres. Tais dados possibilitam apoiar as ações de monitoramento e alerta, bem como a gestão de risco de desastres no país.
“Há dez anos, Cemaden e IBGE atuam em parceria e a principal motivação consiste em avançar no conhecimento sobre a população em áreas de riscos para aprimorar o sistema de alertas do Centro”, afirma Silvia Saito, pesquisadora do Cemaden. Para um sistema de monitoramento, essa base de dados contribui para a emissão de alertas, considerando informações sobre a distribuição espacial da população mais vulnerável, como crianças e idosos, que demandam especial atenção na iminência de um desastre.
Manuela Alvarenga, gerente do projeto pelo IBGE, explica que “a BATER foi elaborada a partir da associação dos polígonos de áreas de risco e as faces de quadra e setores censitários do Censo 2010”. A partir de dados dessa base foi possível avançar na caracterização da população em áreas de risco de mais de 800 municípios brasileiros afetados por inundações e deslizamentos. O relatório, a base de dados assim como a plataforma geográfica interativa podem ser acessados nesse link
Durante a reunião, as equipes também discutiram sobre formas de divulgação dos dados, considerando os usuários, como pesquisadores e tomadores de decisão. “A expectativa é atualizar a pesquisa População em Áreas de Risco no Brasil com os dados do Censo 2022, dando subsídios para que os diferentes atores que atuam na redução de riscos possam aperfeiçoar suas atividades", explica Therence Sarti, Coordenador de Meio Ambiente da Diretoria de Geociências do IBGE.
Durante a reunião técnica realizada nos dias 30 e 31 de outubro, na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP), os participantes também debateram sobre a organização de workshops sobre as temáticas de população em áreas de risco e estatísticas ambientais, que serão organizados ao longo do ano de 2024.
Participaram da reunião: pelo IBGE: Therence Sarti, Manuela Alvarenga e Ivone Batista. Pelo Cemaden: Silvia Saito, Mariane Assis, Regina Alvalá, Rodrigo Amorim, Rafael Drumond, Nathalia Duarte e Joaquim Cabral.
Fonte: Ascom/Cemaden