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Cemaden debate sobre a Inovação gerada pela Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) pública
“Inovação e sua compreensão na perspectiva da Instituição de Ciência e Tecnologia pública” foi o tema apresentado pela professora Adriana Bin, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na última terça-feira (19), transmitido pela Sala Virtual do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A palestra foi organizada pelo Comitê do Núcleo de Inovação Tecnológica do (NIT-Cemaden) direcionada aos servidores da instituição, que puderam participar com perguntas e debaterem sobre a temática. O evento foi conduzido pela analista em Ciência e Tecnologia do Cemaden e integrante do NIT, Marisa Mascarenhas.
A palestrante, professora Adriana Bin, é doutora em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp, com pós-doutorado no Manchester Institute of Innovation Research (MIoIR) da University of Manchester. Além das atividades de docência na graduação e na pós-graduação da Unicamp, é coordenadora associada do Laboratório de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação (Lab-GEOPI). Atua, também em projetos de pesquisa e extensão nas áreas de planejamento e gestão, avaliação e prospecção em ciência, tecnologia e inovação,
Abordando, inicialmente, os conceitos de Inovação, destaca que nem sempre uma boa ideia (ou mesmo uma tecnologia promissora) torna-se inovação. “Inovação é quando houver um uso e consequente geração de valor”, afirma a palestrante e enfatiza: “Esse valor não é estritamente econômico, mas pode ter referência à sustentabilidade, inclusão, benefícios sociais, empregos, entre outros.”
Inovação: conceitos dentro da legislação e da ótica governamental
Com base na definição da Lei da Inovação (Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 que altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004), a professora da Unicamp explicou que entende-se como Inovação a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social, que resulte em novos produtos, serviços ou processos. Também se entende que a Inovação compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente, que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho.
Adriana Bin fez um importante destaque sob a ótica da inovação governamental: “Ao fazer algo diferente, o inovador produz serviços e bens para consumo individual ou coletivo, principalmente de forma não comercial. A motivação é essencialmente social”, afirma a palestrante.
Processos de inovação: estímulos e etapas
Foram abordados os múltiplos estímulos para a geração da Inovação, como a ciência, tecnologia e demanda. Para isso, são envolvidas múltiplas interações entre etapas (nem sempre lineares) e ocorrem a partir do relacionamento entre múltiplos atores. “As atividades de inovação são etapas científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais” explica a palestrante. “Essas etapas conduzem - ou visam conduzir - à implementação de inovações, podendo ou não incluir atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento.
E como as ICTs públicas podem gerar (ou contribuir para) a inovação?
A palestrante Adriana Bin apresentou a definição da Lei da Inovação (Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 que altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004) Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT). Entre outras descrições de ICTs a lei determina “que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos”.
Finalizou analisando as potencialidades e características da missão institucional do Cemaden, com base no planejamento e compreensão dos efeitos da inovação. “É importante identificar tendências e conhecer as forças que moldam o futuro. Além disso, é importante mensurar os resultados e impactos dessa inovação”, resume a palestrante.
NIT Cemaden
O Núcleo de Inovação Tecnológica do Cemaden foi criado em Portaria n° 4028/2016/SEI-MCTIC, de 27 de setembro de 2016, com o Regimento aprovado em 16 de abril de 2018. Os membros do comitê do NIT do Cemaden têm promovido vários encontros e palestras com especialistas da área de Ciência, Inovação e Tecnologia, direcionadas aos servidores da instituição.
Entre os objetivos e competências do NIT/Cemaden estão a elaboração da política de inovação da instituição, além de promover e fortalecer a interação entre a capacidade científica e tecnológica do Centro, com as atividades de pesquisa, transferência de tecnologia e inovação em prol das necessidades da sociedade.
Fonte: Ascom/Cemaden