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Cemaden dará palestra no Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas, nesta quinta-feira (16)
Como parte celebração do Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas, dentro da programação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do MCTI- está promovendo a palestra sobre mudanças climáticas e desastres naturais, amanhã, 16 de março, às 10 horas, no Auditório do Cemaden.
A palestra será dada pelo climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, no Auditório da instituição, localizada no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
Eventos climáticos extremos : chuvas intensas e secas severas
Os eventos climáticos extremos e os impactos das mudanças climáticas – como megaseca, chuvas extremas, ondas de calor terrestres e marítimas, além do derretimento glacial - estão afetando todo o planeta.
Estudos apontam que as chuvas extremas recordes aumentaram em todo mundo na última década, algumas provavelmente são consequência das mudanças climáticas. Porém, as vulnerabilidades a desastres naturais - como inundações e deslizamentos – aumentaram devido ao aglomerado da população em áreas suscetíveis a inundações, além do uso insustentável da terra em áreas urbanas e rurais.
Conforme o Relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) de 2021, na região da América Latina e Caribe, os impactos das mudanças climáticas repercutem nos ecossistemas, na segurança alimentar e hídrica, na saúde das pessoas e no combate à pobreza.
As taxas de desmatamento foram as mais altas desde 2009, não apenas prejudicando o meio ambiente, mas também minando os esforços de mitigação das mudanças climáticas. As geleiras andinas perderam mais de 30% de sua superfície em menos de 50 anos.
“O aquecimento do planeta aumentou a intensidade das chuvas. Eventos de chuva tão raros como esses, se tivessem ocorrido em um clima 1,2º C mais frio, provavelmente poderiam ser um quinto menos intensos.”, destaca o climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden.
“Os eventos extremos estão aumentando em frequência e severidade. Associados ao aquecimento global, às mudanças climáticas e à alta vulnerabilidade e exposição, esses eventos extremos afetam, mundialmente, milhões de pessoas todos os anos”, enfatiza Marengo.
Além do monitoramento e alerta de risco de desastres geo-hidrológicos, o Cemaden vem contribuindo com a Ciência de Desastres, atuando não apenas na informação e conhecimento de ameaças da natureza, mas indicando como as pessoas devem se organizar para minimizar os impactos. Para isso, a ciência pode contribuir para subsidiar ações, desde a mitigação do desastre até a recuperação, envolvendo diversas áreas do conhecimento científico.
“As pesquisas estão ajudando os tomadores de decisão para enfrentar os eventos climáticos extremos, os quais podem levar a desastres naturais.”, afirma o climatologista, que também pesquisa as secas regionais e a análise de ações de mitigação e de adaptação. “As medidas e estratégias para as secas devem ser fortalecidas em nível nacional e internacional”, ressalta Marengo.
Fonte: Ascom/Cemaden