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Cemaden chega aos 13 anos como instituição crucial para a redução de perdas humanas e materiais por desastres no país
Colaboradores participaram de programação comemorativa do 13º aniversário do Cemaden
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), acaba de comemorar 13 anos de criação. Desde o início de sua atuação, a instituição tem sido fundamental para a redução de perdas humanas e materiais por desastres no país.
“A equipe do Cemaden realiza um esforço coletivo permanente visando atender às demandas nacionais e internacionais, provenientes de outras instituições, da mídia, de órgãos do governo, de todas as esferas, e de instituições de ensino”, explica a diretora substituta, Regina Alvalá. “Nesses 13 anos, houve grandes avanços em relação à qualidade e precisão dos alertas emitidos pelo Cemaden, mas também enfrentamos enormes desafios, dentre eles o de trabalharmos com recursos limitados, aquém do que necessitamos para executar nossa missão.”
No dia 2 de julho, o Cemaden realizou uma programação comemorativa, com apresentações sobre o trabalho realizado pela instituição. Após a apresentação da diretora, o coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento, José Marengo, falou sobre a atuação do Cemaden diante do desastre do Rio Grande do Sul. Em seguida, o pesquisador Giovanni Dolif, coordenador substituto de Operações e Modelagem, apresentou uma retrospectiva dos 13 anos de monitoramento e alerta: contribuição da Sala de Situação para a sociedade. Encerrando o evento, a equipe do programa Cemaden Educação, que acaba de completar 10 anos de atividades, realizou uma rodada de jogos sobre prevenção de riscos de desastres.
Atuação de destaque
O Cemaden monitora riscos de desastres 24 horas, nos 365 dias do ano, com equipes de profissionais altamente especializados - geólogos, especialistas em geodinâmica, meteorologistas, hidrólogos e especialistas na área de desastres e vulnerabilidade. São monitorados 1.133 municípios do Brasil que dispõem de mapeamento das áreas de riscos geo-hidrológicos (deslizamentos, inundações, enxurradas, enchentes), o que abrange 20,3% dos municípios brasileiros e quase 60% da população do país.
Em 2023, o Cemaden registrou 1.346 ocorrências de desastres, associados aos municípios monitorados. Esse total registrado em 2023 foi o segundo maior número de eventos ocorridos, desde 2016. Outro estudo relevante conduzido no Cemaden apontou que o ano de 2023 foi marcado por temperaturas e secas extremas, destacando-se vários municípios com temperaturas superiores àquelas da média.
Além de ser a referência nacional na previsão de riscos de desastres e impactos socioeconômicos e ambientais, o Cemaden tem contribuído, nos últimos anos, com dados, informações e resultados relevantes para os Relatórios da Organização Mundial de Meteorologia, principalmente, os Relatórios do Estado do Clima na América Latina e Caribe.
No dia 19 de junho, o Cemaden recebeu o Prêmio Faz Diferença 2023. A premiação, realizada pelo jornal O Globo em parceria com a Firjan-SESI, homenageia brasileiros que inspiraram por seu trabalho e dedicação no último ano.
Histórico
A partir do megadesastre ocorrido na Região Serrana do RJ, em janeiro de 2011, o então ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloisio Mercadante, juntamente com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisas do MCTI – Carlos Nobre - tomaram a decisão histórica de criar uma instituição nacional dedicada ao monitoramento e alertas, de forma ininterrupta, para prover alertas de riscos de desastres deflagrados por extremos hidrometerológicos, bem como direcionada a desenvolver pesquisas estado-da-arte em temas correlatos aos desastres que mais impactam o território brasileiro.
Logo após a sua criação - 01 de julho de 2011 – o Cemaden também ficou responsável por implementar uma rede de monitoramento ambiental observacional dedicada ao monitoramento de chuvas e outras variáveis relevantes para subsidiar o monitoramento e pesquisas na área de desastres relacionados ao clima. Em 2012, o Centro passou também a monitorar impactos de secas e escassez de chuvas, inicialmente na região semiárida do Brasil e, posteriormente, em todo o território brasileiro.
Em 18 de outubro de 2016, o Cemaden foi declarado como uma Instituição Científica e Tecnológica (ICT) integrante do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do Decreto nº 8.877.