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Ações e comunicação integradas foram discutidas entre Cemaden e Defesas Civis
Com o objetivo de alinhar as ações integradas entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e as Defesas Civis do Estado de São Paulo, foram discutidos temas sobre a importância do intercâmbio de conhecimentos técnico-científicos e de experiências para o monitoramento e prevenção de desastres. As abordagens ocorreram durante o Workshop Ações Integradas e Boas Práticas, realizado, ontem (18), no auditório do Parque Tecnológico em São José dos Campos (SP).
“Considerando o aumento de eventos extremos, tanto em magnitude como em intensidade- apontado pelas pesquisas sobre mudanças climáticas – é importante o aprimoramento do trabalho conjunto entre Cemaden e Defesas Civis, na preparação e prevenção de risco de desastres geo-hidrológicos.”, destaca o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, durante o evento, afirmando que o desafio é vincular o sistema de ciência e tecnologia com o sistema de proteção e ação.
O diretor do Cemaden enfatizou, também, a importância da comunicação integrada entre as instituições no processo de emissão de alertas e do retorno das Defesas Civis sobre as ocorrências de desastres nos municípios. “Essa informação é importante para a avaliação e aprimoramento do alerta emitido pelo Cemaden.”, afirmou o diretor do Cemaden, lembrando que, atualmente, no Brasil, cerca de 9 milhões de pessoas vivem em áreas vulneráveis a risco e impactos de desastres. Informou sobre o sistema de dados integrados da rede observacional do Cemaden, na plataforma denominada “SALVAR” desenvolvida por pesquisadores brasileiros: “Além de integrar os dados, também analisa as informações sobre históricos dos desastres e mapeamento das áreas de risco dos 958 municípios monitorados pelo Cemaden.”
O Cap. PM. Antonio Bernardes, comandante do Corpo de Bombeiros e Coordenador da Defesa Civil do Vale do Paraíba, abordou sobre o Sistema de Comando e Operações de Emergência (SICOE) e relatou experiências de planos de emergências em diversas ocorrências e desastres. “No conceito de gestão de risco e de desastres, é importante a integração da comunicação de todas as instituições envolvidas. As decisões conjuntas e a diminuição do tempo de atendimento e das ações das equipes dependem dessa comunicação integrada.”, destaca Cap. Bernardes.
O pesquisador Augustinho Tadashi Ogura, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), participou do evento, abordando sobre áreas de risco de escorregamento e Agenda 2030. Fez explanações sobre modelos de Gestão da Segurança e Qualidade de Vida e de Gestão de Risco de Desastres Naturais.
O secretário de Segurança Pública e Coordenador da Defesa Civil de Campos do Jordão (SP), Wander Vieira, mostrou a importância de “simulados” e os desafios para a criação de comunidades resilientes.
O tecnologista da Engenharia do Cemaden, Gustavo Antunes Sousa e o Sgt. Levy Rodrigues da Silva Jr, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo da Casa Militar, apresentaram informações técnicas sobre a manutenção e diagnóstico de pluviômetros automáticos do Cemaden.
Os temas Logística Humanitária e Situação de Anormalidade foram abordados pelo Cap. PM. Ivan Panzarini Paiva, da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo.
O evento foi organizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, com a participação de coordenadorias e equipes de Defesas Civis de São Paulo e da Região do Vale do Paraíba. Os organizadores da programação foram a analista de C&T do Cemaden, Selma Santos e o Cap. Bernardes, Comandante do Corpo de Bombeiros dos municípios de São José dos Campos e Jacareí e Coordenador da Defesa Civil do Vale do Paraíba.
O workshop contou com 60 participantes, sendo quatro integrantes da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo e integrantes de 15 Defesas Civis do Vale do Paraíba, dos municípios de : Aparecida, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Canas, Cruzeiro, Cunha, Igaratá, Jambeiro, Lavrinha, Pindamonhangaba, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José dos Campos, Taubaté e Ubatuba .
(Fonte: Ascom/Cemaden)