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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – OUTUBRO/2024
Monitoramento de Secas
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): OUTUBRO/2024 (Média municipal)
O Índice Integrado de Seca (IIS3) de outubro de 2024 indica uma ligeira melhora no cenário nacional, com a redução do número total de municípios em seca extrema comparado a setembro. Apesar disso, a situação ainda é crítica em algumas regiões. Municípios no Acre, o sudoeste do Amazonas, Rondônia e o norte do Mato Grosso continuam com condição de seca extrema. No Nordeste, a situação se agravou, especialmente em Alagoas e Sergipe, onde se observa um aumento no número de municípios com seca severa e extrema.
Em Alagoas, o número de municípios em seca severa saltou de 11 para 42, um aumento de 281,82%. Vale destacar que em setembro não havia municípios alagoanos em seca extrema, enquanto em outubro, 7 municípios registraram essa condição.
Já em Sergipe, o número de municípios em seca severa aumentou 10,71%, passando de 56 para 62. A seca extrema também se intensificou em Sergipe, com o número de municípios afetados subindo de 6 para 13, o que representa um aumento de 116,67%.
De acordo com dados do CEMADEN, municípios como Canápolis e Apiacás ainda enfrentam uma seca severa prolongada há quase um ano. A Figura abaixo, que apresenta a duração da seca por município e estado, mostra a heterogeneidade da situação, com impactos significativos em diferentes regiões do país.
B. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): PREVISÃO PARA NOVEMBRO/2024 (Média municipal)
O IIS3 previsto para o final de novembro de 2024 indica a possibilidade de redução do número de municípios classificados com seca severa e extrema. A previsão é de que o número de municípios em seca extrema caia de 113 para 6, e os em seca severa de 661 para 323. De maneira geral, a previsão é de que a seca seja amenizada em todo o país.
C. MONITORAMENTO DA SECA EM ÁREAS ÍNDIGENAS: OUTUBRO DE 2024
Em outubro de 2024, observou-se uma redução no número de terras indígenas afetadas pela seca extrema, passando de 52 em setembro para 41. As terras indígenas em condição de seca severa também diminuíram, de 142 em setembro para 114 em outubro. Essa redução acompanha a tendência de amenização da seca observada em grande parte do país.
D. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: OUTUBRO/2024
De acordo com a avaliação dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens (áreas agroprodutivas), 923 municípios apresentaram pelo menos 40% de suas áreas de uso impactadas no mês de outubro, uma redução de 575 municípios em relação ao mês anterior. Destaque para os estados de São Paulo e Roraima que tiveram, respectivamente, 133 e 45 municípios com mais de 80% de sua área agroprodutiva afetada pela seca no mês de outubro.
E. MONITORAMENTO DA SECA HIDROLÓGICA – Reservatórios para abastecimento público de água e para geração de energia hidrelétrica (UHE)
Com relação aos impactos da seca nos recursos hídricos, referente ao mês de outubro de 2024, destaca-se no setor de abastecimento, o Cantareira, principal sistema de fornecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo. O Sistema Cantareira, está, atualmente, classificado em seca hidrológica de intensidade severa, de acordo com o Índice Padronizado Bivariado Precipitação-Vazão (TSI). Ainda no Sudeste, as bacias afluentes às UHEs Furnas (rio Grande) e Três Marias (rio São Francisco) também estão classificadas em condição de seca hidrológica severa. Adicionalmente, na bacia do rio Paraíba do Sul, a condição de seca hidrológica varia de extrema a excepcional. Na região Centro-Oeste do país, as bacias afluentes às estações fluviométricas de Ladário e Porto Murtinho apresentam situação muito crítica, caracterizada por seca excepcional. Na bacia do rio Paraná, entre as regiões Sudeste e Sul do país, a seca hidrológica varia de severa à excepcional. Na região Norte uma situação bastante crítica pode ser observada na bacia do rio Madeira, afluente à UHE Santo Antônio, que atualmente está classificada em seca excepcional. Ainda na bacia Amazônica, na sub-bacia afluente à UHE Belo Monte (rio Xingú) observa-se, atualmente, uma condição de seca hidrológica extrema. Entre as regiões Centro-Oeste e Norte do país, as bacias afluentes à UHE Tucuruí, situadas nos rios Araguaia e Tocantins, enfrentam uma seca hidrológica que varia de moderada a excepcional. Por fim, localizado entre as regiões Sudeste e Nordeste do país, a bacia afluente à UHE Sobradinho (rio São Francisco) apresenta condição de seca hidrológica de intensidade severa.
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REGISTRO DE IMPACTOS : Gostaria de contribuir registrando ocorrência de eventos de secas no seu município? Sua informação é bem-vinda, mesmo ocorrências de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .
Para mais informações fale conosco: secas@cemaden.gov.br