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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – MARÇO/2025

Carrossel
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): MARÇO/2025 (MÉDIA MUNICIPAL)
O Índice Integrado de Seca (IIS3) de março de 2025 registrou um aumento expressivo no número de municípios brasileiros em situação de seca, em comparação com o mês anterior. Ao todo, 1.907 municípios foram classificados com seca moderada ou superior, o que representa um crescimento de aproximadamente 207% em relação aos 620 municípios identificados em fevereiro. Esse avanço reforça a tendência de intensificação das condições de seca, já destacada no boletim de fevereiro de 2025.
Quer saber como anda a situação da seca no seu município? Acesse o Mapa Interativo de Secas do CEMADEN e consulte os dados dos últimos 12 meses para qualquer município do Brasil: CEMADEN: Mapa Interativo
B. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): PREVISÃO - ABRIL/2025 (MÉDIA MUNICIPAL)
As projeções do Índice Integrado de Seca (IIS-3) para o final de abril de 2025 indicam um cenário divergente entre regiões brasileiras. Embora se espere uma redução de 40-60% no número de municípios em situação de seca moderada a extrema no Centro-Sul do país e em partes da Região Norte, observa-se a intensificação da seca, particularmente em Minas Gerais, Bahia, Piauí e Goiás.
C. MONITORAMENTO DA SECA EM ÁREAS ÍNDIGENAS: MARÇO/2025
O monitoramento da seca em terras indígenas aponta para um agravamento das condições no mês de março de 2025. O número de áreas afetadas por seca moderada a extrema quase dobrou, passando de 88 em fevereiro para 168 em março. Entre os casos mais críticos, destaca-se a Terra Indígena localizada no município de Japorã (MS), que foi classificada com seca extrema no período.
D. MONITORAMENTO DA SECA EM ASSENTAMENTOS RURAIS: MARÇO/2025
O período entre fevereiro e março de 2025 registrou um agravamento das condições de seca nos assentamentos rurais brasileiros, com o número de localidades atingidas por seca moderada a extrema saltando de 785 para 1.323 - um aumento de 68,5% em apenas um mês. Esse crescimento acentuado concentrou-se principalmente no Centro-Oeste/Sudeste (Mato Grosso do Sul, noroeste de São Paulo e o norte do Paraná); e no Nordeste, com destaque para o interior da Bahia e do Piauí.
E. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: MARÇO/2025
Com relação à avaliação dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens (agroprodutivas), de acordo com o índice integrado de seca, 2.059 municípios apresentaram pelo menos 40% das suas áreas de uso impactadas no mês de março de 2025 (Figura 4), um aumento de mais de 2 mil municípios em relação à fevereiro de 2025. O destaque do mês de março foi para o estado de São Paulo, que concentrou 540 municípios com pelo menos 40% de sua área agroprodutiva afetada pela seca no mês de março.
F. MONITORAMENTO DA SECA HIDROLÓGICA – Reservatórios para abastecimento público de água e para geração de energia hidrelétrica (UHE)
O Índice Padronizado de Seca Precipitação-Vazão (TSI) avalia a seca hidrológica em bacias brasileiras, integrando dados de chuva e vazão. Entre setembro/2024 (fim da estação seca) e março/2025 (fim da estação chuvosa), as precipitações reduziram a intensidade da seca em bacias críticas do Sudeste, Centro-Oeste e Norte, como as dos rios São Francisco, Madeira, Xingu e Tocantins-Araguaia, que passaram de seca extrema/excepcional para moderada ou normal. No entanto, persistem condições graves na bacia do rio Paraguai (estações de Ladário e Porto Murtinho, MS), com seca excepcional desde fevereiro/2024, e no baixo Paraná (entre Porto Primavera e Itaipu), onde a seca permanece extrema. O déficit hídrico acumulado no solo retardou a recuperação, mesmo com chuvas. Já o Sul registrou piora, com bacias como Passo Real, Barra Grande e Foz Chapecó evoluindo de normalidade para seca moderada/severa, influenciadas pelo La Niña e chuvas abaixo da média.
G. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL PARA O BRASIL
Neste inicio de abril/2025, o Oceano Pacifico se encontra em um estado de neutralidade, em relação à episodios de La Niña ou El Niño. De acordo com a definição da NOAA, o resfriamento que se iniciou durante o trimestre julho-agosto-setembro/2024 não configurou um evento de La Niña. O cenário para o trimestre abril-maio-junho/2025 (AMJ/2025) é que este estado de neutralidade se mantenha. As previsões sazonais mais recentes para o trimestre AMJ/2025, inicializadas em mar/2025, concordam em indicar um cenário para chuvas abaixo da média para o leste da região Nordeste, podendo afetar o regime chuvoso da Zona da Mata. Estados como Bahia, Alagoas e Sergipe podem começar a apresentar condições de seca durante o o trimestre AMJ/2025. Outra região onde os modelos concordam que podem haver condições de chuva abaixo da média é a região Sul. No entanto, nesta região há uma incerteza em relação a quais estados serão majoritariamente afetados. As previsões subsazonais mostram condições para desvios negativos de chuva nos estados do norte da região Nordeste, que atualmente se encontram em pleno período chuvoso (a quadra chuvosa desta região se estende de fevereiro a maio). Este periodo mais seco dentro do periodo chuvoso deve se estender até próximo ao final de abril. Na região sul há um sinal oposto, isto é, possibilidade de chuvas acima da média até o final de abril e inicio de maio.
H. NOTA TÉCNICA: Avaliação da Criticidade da Seca no Brasil na Estação Chuvosa 2024-2025
Na Nota Técnica, apresenta-se a avaliação da criticidade da seca no território brasileiro durante o período de outubro de 2024 a março de 2025, que corresponde à estação chuvosa na maior parte do país. A análise contempla a duração, extensão, intensidade e os impactos da seca em diferentes setores, como a agropecuária, terras indígenas e os recursos hídricos.
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REGISTRO DE IMPACTOS : Gostaria de contribuir registrando ocorrência de eventos de secas no seu município? Sua informação é bem-vinda, mesmo ocorrências de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .
Para mais informações fale conosco: secas@cemaden.gov.br