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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – JULHO/2024
Carrossel
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): JULHO/2024 (Média municipal)
O Índice Integrado de Seca (IIS3) referente a julho de 2024 indica a intensificação da seca no Brasil em relação ao mês anterior. Houve um aumento nos municípios em situação crítica: aqueles com seca extrema saltaram de 106 para 404, e os com seca severa de 918 para 1361. As regiões mais afetadas incluem Amazonas, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Essa intensificação se deve principalmente aos baixos índices pluviométricos, que resultaram em maior estresse vegetativo e umidade do solo reduzida.
B. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): PREVISÃO PARA AGOSTO/2024 (Média municipal)
A projeção do Índice Integrado de Seca (IIS) para agosto de 2024 alerta para um agravamento da seca em diversas regiões do Brasil, com destaque para Amazonas, Acre, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Essa situação exige atenção e ações preventivas para minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais. Na Bacia do Rio Paraná, a seca continua se intensificando, variando de severa a extrema em grande parte da região. Esse cenário mantém a área em estado de alerta, demandando medidas estratégicas para mitigar os impactos, especialmente o risco de incêndios.
C. MONITORAMENTO DA SECA EM ÁREAS ÍNDIGENAS: JULHO DE 2024
De acordo com os dados do IIS, 32 terras indígenas estão classificadas com condição de seca extrema e outras 207, com seca severa, sendo a maior parte dessas localizadas nas regiões norte e Centro-Oeste.
D. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: JULHO/2024
De acordo com a avaliação dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens (áreas agroprodutivas), 1595 municípios apresentaram pelo menos 40% de suas áreas de uso com condição de seca severa e extrema no mês de julho, estes localizados principalmente na região central do país.
E. Monitoramento da Seca Hidrológica – Reservatórios para abastecimento público de água e para geração de energia hidrelétrica (UHE)
Com relação aos impactos da seca nos recursos hídricos, referente ao mês de julho de 2024, destaca-se no setor de abastecimento, o Cantareira, principal sistema de fornecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo. O Sistema Cantareira, após permanecer cinco meses consecutivos em condição de normalidade (outubro/23 a fevereiro/24), voltou a exibir, a partir de março de 2024, uma condição de seca hidrológica, atualmente, classificada em intensidade severa, de acordo com o Índice Padronizado Bivariado precipitação-vazão (TSI). Ainda no Sudeste, as bacias afluentes às UHEs Furnas (rio Grande) e Três Marias (rio São Francisco) também estão classificadas em condição de seca hidrológica severa. Na região Centro-Oeste do país, a bacia afluente à UHE Serra da Mesa (rio Tocantins) encontra-se numa condição de seca hidrológica severa, ao passo que, as bacias afluentes às estações fluviométricas de Ladário e Porto Murtinho apresentam situação muito crítica, caracterizada por seca excepcional. Na bacia do rio Paraná, entre as regiões Sudeste e Sul do país, a seca hidrológica varia de severa à excepcional. A sub-bacia afluente à UHE Nova Ponte, por exemplo, está classificada em seca severa, ao passo que nas sub-bacias afluentes às UHEs Itaipu, Jurumirim e Porto Primavera nota-se uma condição muito mais crítica, caracterizada por seca excepcional. Nas sub-bacias afluentes às UHEs Capivara, Emborcação, Itumbiara, Marimbondo e Rosana a seca hidrológica registrada, em junho, corresponde a intensidade extrema. Mais ao Sul do país, nas bacias afluentes às UHEs Segredo, Barra Grande, Passo Real, Foz do Chapecó e Salto Santiago, o índice TSI indica, para o mês de julho, uma condição de normalidade em relação à seca hidrológica. Na região Norte uma situação bastante crítica pode ser observada na bacia do rio Madeira, afluente à UHE Santo Antônio, que atualmente está classificada em seca excepcional. Ainda na bacia Amazônica, na sub-bacia afluente à UHE Belo Monte (rio Xingú) observa-se, atualmente, uma condição de seca hidrológica extrema. Entre as regiões Centro-Oeste e Norte do país, as bacias afluentes à UHE Tucuruí (rios Araguaia e Tocantins) estão classificadas em seca hidrológica Excecional e Severa, respectivamente. Por fim, localizado entre as regiões Sudeste e Nordeste do país, a bacia afluente à UHE Sobradinho (rio São Francisco) apresenta condição de seca hidrológica de intensidade moderada.
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REGISTRO DE IMPACTOS : Gostaria de contribuir registrando ocorrência de eventos de secas no seu município? Sua informação é bem-vinda, mesmo ocorrências de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .
Para mais informações fale conosco: secas@cemaden.gov.br