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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – JANEIRO/2024
Carrossel
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): JANEIRO/2024 (Média municipal)
O Índice Integrado de Seca (IIS3) referente ao mês de janeiro mostra condições de seca severa e extrema nos estados da região Norte, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. De acordo com o índice, 935 municípios do Brasil estão classificados com seca severa e 70 com seca extrema (33 em GO, 8 no MG, 11 em SP, 14 em MG, 1 no TO e 3 em RO).
B. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: JANEIRO/2024
De acordo com a avaliação dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens (áreas agroprodutivas), 2.083 municípios apresentaram pelo menos 40% de suas áreas de uso impactadas no mês de janeiro. Destaque para os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso que tiveram, respectivamente, 621, 175 e 122 municípios com mais de 80% de sua área agroprodutiva afetada pela seca.
C. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: RECURSOS HÍDRICOS
Com relação aos impactos da seca nos recursos hídricos, referente ao mês de janeiro de 2024, na região Centro-Oeste, a bacia afluente à UHE Serra da Mesa, no rio Tocantins, encontra-se numa condição de seca extrema em relação à seca hidrológica, segundo o Índice Padronizado Bivariado precipitação-vazão (TSI). Assim como, na bacia do rio Madeira, até a UHE Santo Antônio, o TSI também indica uma seca extrema (TSI = -1.72).
D. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL PARA O BRASIL
O episódio atual do El Niño iniciou-se em junho de 2023 e mantém-se ativo (Fevereiro/2024), tendo já ultrapassado o seu ápice ocorrido entre Dezembro/2023 e Janeiro/2024. Este episódio deve se estender ainda até maio/2024, com um rápido decréscimo logo após. O El Niño tem potencial para intensificar eventos extremos de tempo e clima (ondas de calor, chuvas intensas e secas). Toda a extensão do Pacífico Equatorial vem registrando decréscimos nas anomalias das Temperaturas da Superfície do Mar (TSM), indicando o declínio deste evento. As anomalias registradas durante a última semana são +1,1, +1,5, +1,5 e +1,1, respectivamente nos setores Niño 1+2 (mais a leste), Niño 3, Niño 3.4 e Niño 4 (mais a oeste). De acordo com Oceanic Niño Index (ONI; Huang et al. 2017), que é a média de 3 meses da anomalia de TSM na região do Niño 3.4 (5N-5S, 120-170W) durante o trimestre Novembro-Dezembro-Janeiro o El Niño atual apresentou um ONI de +2,0, situando-o na quinta posição, em um ranking de episódios registrados desde 1950. Nesta mesma época do ano (Novembro-Dezembro-Janeiro), o episódio mais intenso registrado foi o de 2015, considerado por muitos como um super El Niño. Neste mesmo período de sua evolução o El Niño de 2015 registrava um ONI de +2,6, o que é significativamente superior aos patamares atuais. Os dois episódios mais intensos do século 20 que foram os de 1982/83 e 1997/98 registraram, durante NDJ, ONI de +2,2 e +2,4, respectivamente. As principais previsões de vários modelos meteorológicos, desenvolvidas por diversos Centros de Meteorologia em todo o mundo (International Research Institute (IRI-EUA), Centro Europeu (ECMWF), CPTEC/INPE e C3S) indicam chuvas abaixo da média no setor leste-nordeste da Amazônia, durante o trimestre FMA/2024. Porém as chances são moderadas, o que pode se traduzir em um quadro de chuvas dentro da média. Na região Sul, as maiores chances são para que o trimestre FMA/2024 acumule chuvas acima da média, principalmente no sul do RS. As previsões subsazonais indicam chances para chuva acima da média no primeiro decêndio de março/2024. Após, as previsões se tornam muito incertas.
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REGISTRO DE IMPACTOS : Gostaria de contribuir registrando ocorrência de eventos de secas no seu município? Sua informação é bem-vinda, mesmo ocorrências de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .
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