MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – FEVEREIRO /2024

A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): FEVEREIRO/2024 (Média municipal) 

IIS

O Índice Integrado de Seca (IIS3) referente ao mês de fevereiro mostra condições de seca severa e extrema em parte do estado do Amazonas, Roraima, sul de Goiás, leste do Mato Grosso do Sul, São Paulo e oeste de Minas Gerais. De acordo com o índice, 653 municípios do Brasil estão classificados com seca severa e 61 com seca extrema (46 em SP, 6 em MG, 7 em GO e 2 no MS). 

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B. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS3): PREVISÃO PARA MARÇO/2024 (Média municipal) 

IIS3

O Índice Integrado de Seca (IIS3) previsto para o mês de março indica que as condições de seca podem piorar sobretudo no Centro-Oeste do Brasil e parte do Sudeste, em especial entre os estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e MinsGerais. De acordo com o índice, 1177 municípios do Brasil poderão ser classificados com seca severa e 138 com seca extrema.

C. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA

Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: FEVEREIRO/2024

Áreas Agroprodutivas Afetadas

De acordo com a avaliação dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens (áreas agroprodutivas), 1.119 municípios apresentaram pelo menos 40% de suas áreas de uso impactadas no mês de fevereiro. Destaque para os estados de São Paulo e Minas Gerais, que tiveram, respectivamente, 560 e 274 municípios com mais de 80% de sua área agroprodutiva afetada pela seca. 

D. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: RECURSOS HÍDRICOS

TSI

Com relação aos impactos da seca nos recursos hídricos, referente ao mês de fevereiro de 2024, na região Centro-Oeste, a bacia afluente à UHE Serra da Mesa, no rio Tocantins, encontra-se numa condição de seca moderada em relação à seca hidrológica, segundo o Índice Padronizado Bivariado precipitação-vazão (TSI). Assim como, na bacia afluente à UHE Furnas, o TSI também indica uma seca moderada (TSI-12 = -1.10). Na região Sudeste, a bacia afluente à usina hidrelétrica UHE Nova Ponte, o TSI indica uma seca hidrológica severa (TSI= -1.40). Para as bacias das UHE’s Emborcação e Marimbondo o índice indica condições de seca hidrológica excepcional e moderada (TSI = -2.25 e -1.11, respectivamente). Já a bacia da UHE Itumbiara se manteve em uma seca hidrológica extrema (TSI = -1.99) Na região Sul do país, destaca-se a bacia afluente à UHE Itaipu, numa condição de seca hidrológica extrema (TSI = -1.73). Adicionalmente, as bacias afluentes das UHEs Salto Santiago e Porto Capanema apresentaram condição de normalidade em relação a seca hidrológica. Ainda no Sul, nas bacias afluentes às UHEs Segredo, Barra Grande, Passo Real e Foz de Chapecó, o índice TSI indicou uma condição de normalidade. No setor de abastecimento, o Cantareira, principal sistema de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, encontra-se numa condição de normalidade (TSI 6= -0.48), situação semelhante à do mês anterior.  Estabilidade também foi registrada na bacia do rio Madeira, até a UHE Santo Antônio,  indicando uma seca extrema (TSI = -1.80).

E. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL PARA O BRASIL

O episódio atual do El Niño iniciou-se em junho de 2023 e mantém-se ativo (março/2024), tendo já ultrapassado o seu ápice ocorrido em dezembro/2023. As previsões apontam que ele deva encerrar o seu ciclo durante o trimestre abril-maio-junho 2024. Há expectativa de que a fase reversa (La Niña) se desenvolva entre agosto e setembro de 2024, mas são previsões muito antecipadas e incertas. Durante o trimestre Dezembro-Janeiro-Fevereiro o El Niño atual apresentou uma anomalia de temperatura média de +1,8, situando-o na sexta posição, em um ranking de episódios registrados desde 1950. As principais previsões de vários modelos meteorológicos, desenvolvidas por diversos Centros de Meteorologia em todo o mundo (International Research Institute (IRI-EUA), Centro Europeu (ECMWF), CPTEC/INPE e C3S) indicam chuvas dentro da média para a maior parte do país, durante o trimestre março-abril-maio/2024. No Rio Grande do Sul e no leste da região Nordeste, as maiores chances são para que o trimestre MAM/2024 acumule chuvas acima da média. As previsões subsazonais indicam chances para chuva acima da média durante março e até o primeiro decêndio de abril/2024, no no leste da região Nordeste.

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