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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – AGOSTO/2023
A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS): AGOSTO/2023
Índice Integrado de Seca (IIS) referente ao mês de AGOSTO de 2023 nas escalas: 3 meses (IIS-3, esquerda) e 6 meses (IIS-6, direita). O IIS-3 é indicado para avaliação dos impactos da seca na agricultura, especialmente para culturas de ciclo curto (até 90 dias). O IIS-6, por sua vez, representa as condições de seca considerando os últimos 6 meses, portanto, indica a condição de déficit hídrico de médio prazo.
O Índice Integrado de Seca (IIS3 e 6) para o mês de agosto indica condição de seca moderada e severa principalmente no Amazonas, Pará, Roraima e Amapá. O número de municípios em condição de seca severa nessas regiões aumentou de 19 para 28 entre os meses de julho e agosto.
B. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: VEGETAÇÃO E AGRICULTURA
Estimativa das Áreas Agroprodutivas Afetadas por Município: AGOSTO/2023
De acordo com a avaliação dos impactos da seca em áreas de atividades agrícolas e/ou pastagens (áreas agroprodutivas), 1.031 municípios apresentaram pelo menos 40% de suas áreas de uso impactadas no mês de agosto. Destaque para Minas Gerais, com 235 municípios com mais de 80% de área afetada no mês de agosto.
C. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA: RECURSOS HÍDRICOS
De acordo com o IIS-6, a bacia afluente ao reservatório da UHE Serra da Mesa (Centro-Oeste), registrou, em agosto de 2023 , desintensificação da seca em comparação ao mês anterior (fraca a extrema), visto que, atualmente, Serra da Mesa encontra-se numa condição variando entre a normalidade e seca moderada.
Na bacia afluente ao reservatório da UHE Três Marias, no Sudeste, foi registrada uma desintensificação da seca em relação ao mês de julho (seca fraca a severa). Ao passo que no mês de agosto apresenta uma condição variando entre seca hidrológica fraca e seca moderada (metade norte da bacia). A bacia afluente ao reservatório da UHE Furnas (Sudeste) se manteve estável em relação ao mês anterior, oscilando entre a normalidade e seca moderada (pequena porção ao norte da bacia). Ainda no Sudeste, o Sistema Cantareira, principal sistema de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, de acordo com o IIS-6, apresentou, no mês de agosto, estabilidade em relação ao mês anterior, com uma condição variando entre normal e seca fraca.
Na bacia do rio Paraná, afluente à UHE Itaipu, o IIS-6 aponta, para o mês de agosto, uma condição melhor comparada ao mês anterior (condição normal à seca extrema), variando entre a normalidade a seca severa. Na região de cabeceira (Norte da bacia) ainda é possível notar uma situação de seca mais grave comparativamente ao Sul. De acordo com o IIS-6, as sub-bacias afluentes às UHEs Itumbiara e Emborcação, apresentaram desintensificação da seca em relação ao mês anterior (seca fraca a severa), ao passo que no mês de agosto variando de normalidade a seca moderada em Itumbiara, e, seca fraca a moderada em Emborcação. Desintensificação da seca também foi registrada na bacia afluente à UHE Marimbondo, em relação ao mês anterior (condição de normalidade a moderada), atualmente encontra-se numa condição de normalidade a seca fraca. Na bacia afluente à UHE Nova Ponte, o IIS-6 indica condição variando entre seca fraca e moderada (condição semelhante ao mês anterior). Também foi registrada condição semelhante ao mês anterior nas bacias afluentes à UHE Jurumirim e UHE Capivara, variando entre normalidade e seca fraca.
D. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL PARA O BRASIL
O Oceano Pacífico tropical segue evoluindo um episódio de El Niño. O índice mensal de Oscilação Sul passou de -0.3 em julho para -0.8 em agosto, indicando que a atmosfera está em processo de acoplamento com o oceano e poderá reforçar o aumento das temperaturas superficiais no Oceano Pacífico. Os principais centros de previsão sazonal no mundo ressaltam que este episódio estará ativo e influenciando o clima no Brasil durante o trimestre SON/2023 e deve atingir o seu ápice entre dezembro/2023 e janeiro/2024. As previsões multi-modelo de chuva, para o trimestre SON/2023, do International Research Institute (IRI-EUA), do Centro Europeu (ECMWF) e do CPTEC/INPE concordam ao prever chances maiores para chuvas abaixo da média no norte do país. Esta área inclui os estados do Amazonas, Pará, Roraima e Maranhão. Os estados do Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Bahia também apresentam previsões para chuvas abaixo da média. Na região sul do Brasil as previsões indicam maior chance de chuva acima da média durante o trimestre SON/2023. As previsões subsazonais do ECMWF, CFS e CPTEC/INPE indicam que até o final de setembro há pouca chance para chuvas acima da média na maior parte do Brasil. Isto inclui as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Neste mesmo período, na região Sul há condições para chuvas acima da média nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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