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Boletim de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geo-Climático em Atividades Estratégicas para o Brasil – 15/08/2023 ANO 06 Nº 57
- Foto: Alan Pimentel
A presente edição do Boletim Mensal de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geo-Climático em Atividades Estratégicas para o Brasil , elaborado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), apresenta: (a) a avaliação das ocorrências e alertas para desastres naturais de origem hidro-geo-climático (inundações, enxurradas e movimento de massa) para o mês de julho de 2023 , e (b) o diagnóstico e cenários dos extremos pluviométricos (secas e inundações) e seus impactos em diferentes setores econômicos do Brasil para o trimestre agosto, setembro, outubro (ASO) de 2023.
Envio de Alertas e Registro de Ocorrências
No mês de julho de 2023, foram enviados pela Sala de Situação do Cemaden 124 alertas, com 73 ocorrências registradas em municípios monitorados, sendo 45 de origem hidrológica e 28 de origem geológica.
Risco Hidrológico: Situação Atual e Prevista
A situação atual dos níveis dos principais rios do Brasil em relação à média climatológica das estações hidrológicas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico - ANA, é apresentada na Figura 1a . Observa-se que os rios na porção sudeste da região Norte, na porção noroeste da região Centro-oeste, na porção leste da região Nordeste, na porção sul da região Sudeste e na porção norte da região Sul do Brasil encontram-se com níveis acima ou muito acima da média climatológica.
A previsão sazonal para o trimestre ASO do modelo Global Flood Awareness System (GloFAS) na Figura 1b, indica a permanência de probabilidade superior a 75% para ocorrência de vazões acima da média nos rios localizados na porção nordeste da região Norte entre os estados do Pará e Amapá, em alguns rios ns estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, em alguns tributários do Rio São Francisco, permanência de probabilidade superior a 50% para ocorrência de vazões acima da média nos rios localizados na região Sul do Brasil.
Impactos da Seca na Vegetação e na Agricultura
O Índice Integrado de Seca (IIS) para o mês de julho indica a intensificação da seca nos estados de Goiás, Minas Gerais e Amazonas. Em relação ao mês anterior, junho, os municípios com condições severa de seca aumentaram de 44 para 239 (IIS-3). Na escala de médio prazo (IIS-6), observa-se a persistência da seca no norte de Minas Gerais, no sul da Bahia e no interior do Tocantins.
Figura 2 - Índice Integrado de Seca (IIS-6) para o Brasil, observado no mês de julho (a) e projeções para o mês de agosto de 2023, considerando um cenário de chuvas40% abaixo (b) e 40% acima da climatologia (c).
Os cenários de IIS para o mês de agosto (Figuras 2b e 2c), considerando cenários de chuvas 40% abaixo e 40% acima da média, indicam permanência de seca fraca e moderada em municípios localizados no Rio Grande do Sul. Os cenários também indicam condição de seca modera e severa em municípios localizados nos estados de Goiás, Tocantins, Amapá, Roraima, norte do Amazonas, sudeste do Pará, norte de Minas Gerais e oeste da Bahia.
A descrição da estimativa do IIS e a avaliação dos impactos de secas a nível nacional e também na agricultura familiar, referente ao mês de junho, podem ser consultados, respectivamente:
Boletim de Monitoramento de Secas e Impactos no Brasil
RiSAF - Boletim de Risco de Seca na Agricultura Familiar
Impactos da Seca nos Recursos Hídricos
De acordo com Índice Padronizado de Precipitação (SPI), na escala temporal de 12 meses (Figura 3) ocorreu desintensificação da seca hidrológica, no mês de julho, comparativamente ao mês anterior, principalmente em parte da região Sul do país. Destaque para a bacia afluente à UHE Passo Real (RS), que no mês anterior encontrava-se com 80% de seca hidrológica na classe mais crítica, excepcional, no entanto, nesse mês de julho a condição de seca se distribuiu entre as classes severa a excepcional.
Na bacia do rio Paraná, a situação mais crítica ainda se encontra na região de cabeceira, nas sub-bacias afluentes às UHEs Emborcação, Itumbiara e Nova Ponte, por exemplo, com apenas 17%, 32% e 31% do total da área classificadas em uma condição de normalidade, respectivamente, situação similar ao mês anterior. Melhora na situação de seca hidrológica se observa nas sub-bacias afluentes às UHEs Capivara e Jurumirim, ambas obtiveram aumento na condição de normalidade, em relação ao mês anterior.
Figura 3 – Indice Padronizado de Precipitação (SPI) - na escala temporal de 12 meses - para o mês de julho de 2023. As delimitações coloridas representam as principais bacias monitoradas ao longo do país; e a tabela contém um resumo das frações de área de cada bacia referente às diferentes classes de seca (variando de excepcional a seca fraca) e à condição dentro da normalidade.
Obtenha mais Informações
Para obter informações mais detalhadas, consulte o
Boletim de Impactos
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disponíveis para download nos links abaixo.
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Notas Importantes
1.
Os relatórios com informações mais detalhadas sobre a situação atual das principais reservas hídricas e condições de seca em todo o País, bem como as projeções hidrológicas e possíveis cenários de impactos da seca, encontram-se disponíveis e atualizados no Website do Cemaden (
hhttps://www.gov.br/cemaden/pt-br
).
2. As informações/produtos apresentados não podem ser usados para fins comerciais, copiados integral ou parcialmente para a reprodução em meios de divulgação, sem a expressa autorização do Cemaden/MCTI e dos demais órgãos com os quais o Cemaden mantém parcerias. Os usuários deverão sempre mencionar a fonte das informações/dados da instituição como sendo do Cemaden/MCTI. Ressaltamos que a geração e a divulgação das informações/produtos consideram critérios de qualidade e consistência dos dados.
3. Registramos, ainda, que os dados da rede de monitoramento de desastres naturais disponibilizados via Mapa Interativo no website do Cemaden não passaram por nenhum tratamento, portanto poderá haver inconsistências nesses dados.
Equipe Responsável
Diretora Substituta do Cemaden: Regina Célia dos Santos Alvalá
Coordenador Responsável: José A. Marengo
Revisor Científico desta Edição: José A. Marengo
Colaboradores: Adriana Cuartas, Ana Paula Cunha, Alan Pimentel, Elisângela Broedel, Fernando Silva, Jerusa Peixoto, Larissa Silva, Lidiane Costa, Marcelo Seluchi, Marcelo Zeri, Rafael Luiz, Vinicius Sperling.