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Boletim de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geo-Climático em Atividades Estratégicas para o Brasil – 10/02/2022 Ano 5 Nº 39
SUMÁRIO
A presente edição do Boletim Mensal de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geo-Climático em Atividades Estratégicas para o Brasil , elaborado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), apresenta: (a) a avaliação das ocorrências e alertas para desastres naturais de origem hidro-geo-climático (inundações, enxurradas e movimento de massa) para o mês de janeiro de 2022, e (b) o diagnóstico e cenários dos extremos pluviométricos (secas e inundações) e seus impactos em diferentes setores econômicos do Brasil para o trimestre de fevereiro a abril de 2022 (FMA).
No mês de janeiro de 2022, foram enviados pela Sala de Situação do Cemaden 593 alertas, com 262 ocorrências registradas em municípios monitorados, 146 de origem hidrológica e 116 de origem geológica.
No leste da Região Norte, grande parte do Nordeste e Sudeste do Brasil, a maioria das estações hidrológicas disponíveis registraram níveis dos rios acima ou muito acima da média climatológica para o período. Nos Estados de Minas e Rio de Janeiro várias estações apresentam níveis muito acima da média. No oeste das Regiões Norte e Centro-Oeste e Região Sul do País os rios permanecem com níveis abaixo da média. A previsão sazonal para o trimestre FMA indica tendência de vazões superiores à média nos rios localizados no norte da Região Norte, parte do Estado do Pará e nos Estados do Piauí, Bahia e no norte de Minas Gerais, vazões abaixo ou muito abaixo da média na porção sudoeste da Região Norte, nas Regiões Centro-Oeste, Sul e sul da Região Sudeste e vazões dentro da média nas demais áreas do Brasil.
O Índice Integrado de Seca (IIS) para o mês de janeiro, quando comparado ao do mês de dezembro, aponta a intensificação da seca no sul de Mato Grosso do Sul, e no oeste de todos os estados da Região Sul, consistente com a ocorrência de La Niña. Os cenários de IIS para o mês de fevereiro (com chuvas 30% abaixo ou 30% acima da média) apresentam condições de seca em grande parte do país, com condição de seca modera à extrema, principalmente nos estados do Mato Grosso do Sul e Região Sul do país.
Os impactos da seca nos recursos hídricos mostram que no Sistema Cantareira e as Usinas Hidrelétricas (UHEs) Três Marias (rio São Francisco), Furnas (rio Grande) e Serra da Mesa (rio Tocantins), exibiram um aumento no armazenamento, em função das chuvas acima da média histórica, atingindo valores de 34%, 88%, 56% e 46%, respectivamente, no final de janeiro. Considerando um cenário hipotético de chuvas na média histórica, a projeção de vazão afluente média, no trimestre FMA, tende a ficar acima da média histórica do período (108%, 136%, 130% e 119%, respectivamente), e armazenamento em torno de 54%, 82%, 100%, e 67%, respectivamente. Ressalta-se que, a UHE Três Marias, opera atualmente em função do controle de cheia na bacia, onde estão sendo aplicadas políticas de vertimento da água. Na Região Sul do país, destaque para a UHE Passo Real, cuja vazão foi 53% inferior ao mínimo absoluto histórico do mês de janeiro, com redução de 7% do armazenamento em relação ao mês anterior. As bacias hidrográficas das UHEs Itaipu, Segredo e Barra Grande, apresentaram aumento da vazão no mês de janeiro quando comparado ao mês anterior, com valores respectivos de 72%, 38% e 32% em relação à média histórica, e armazenamento de 56% e 32%, respectivamente, para Segredo e Barra Grande.
SÍNTESE DO ENVIO DE ALERTAS E REGISTRO DE OCORRÊNCIAS
No mês de janeiro de 2022 foram enviados pela Sala de Situação do Cemaden um total de 593 alertas para municípios monitorados (Tabela 1), com destaque para a Região Sudeste (466 alertas, ou 78% do total)[1] . Em relação às ocorrências registradas para o período, estas também se concentraram na Região Sudeste, com 118 eventos de risco hidrológico, e 106 eventos de risco geológico.
Tabela 1 – Alertas enviados e ocorrências registradas nas diferentes regiões do Brasil no mês de janeiro de 2022.
[1] Informações adicionais sobre o envio de alertas e o registro de ocorrências são apresentadas no Boletim Trimestral da Sala de Situação, disponível em
https://www.gov.br/cemaden/pt-br
.
RISCO HIDROLÓGICO: Situação atual e previsão
Figura 1
– Situação dos níveis dos rios no Brasil em 09 de fevereiro de 2022 em relação a climatologia da estação hidrológica de medição.
A previsão sazonal para o trimestre FMA do modelo Global Flood Awareness System (GloFAS), indica a permanência de probabilidade superior a 75% para ocorrência de vazões acima da média nos rios localizados no norte da Região Norte do Brasil, parte do Pará e do Tocantins e parte do Nordeste, principalmente no Estado da Bahia e norte do Sudeste. Vazões dentro da média climatológica nos rios localizados ao norte e leste da Região Nordeste, parte central do Norte e Sudeste. No Sul do Brasil e nas demais áreas do país, a previsão indica probabilidade acima de 75% para vazões abaixo da média climatológica para o período.
IMPACTOS DA SECA NA VEGETAÇÃO E NA AGRICULTURA
Índice Integrado de Seca (IIS): observado e cenários para o Brasil
O Índice Integrado de Seca para o mês de janeiro (Figura 2a) indica a intensificação da seca no estado do Mato Grosso do Sul e em todos os estados da Região Sul, quando comparado ao IIS de dezembro/2021. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste predominam condições de seca fraca.
Figura 2
– Índice Integrado de Seca (IIS-6) para o Brasil, observado no mês de janeiro (a) e projeções para o mês de fevereiro de 2022, considerando um cenário de chuvas 30% abaixo (b) e 30% acima da climatologia (c).
Os cenários de IIS para o mês de fevereiro (Figuras 2b e 2c), considerando chuvas 30% abaixo e 30% acima da média, indicam a permanência de condições de seca moderada à extrema. No cenário de chuva 30% abaixo da média, é prevista a permanência de condições de seca severa em várias regiões dos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os demais estados do país devem permanecer com seca fraca em grande parte de suas regiões. No cenário de chuva 30% acima da média, observa-se que secas extremas devem se concentrar apenas no extremo noroeste do Rio Grande do Sul mantendo-se as condições de seca moderada à severa em todos os estados da Região Sul.
A descrição da estimativa do IIS e a avaliação dos impactos de secas a nível nacional e também na agricultura familiar, referente ao mês de janeiro, podem ser consultados, respectivamente: no Boletim de Monitoramento de Secas e Impactos no Brasil ( https://www.gov.br/cemaden/pt-br/conteudo/monitoramento/monitoramento-de-seca-para-o-brasil/monitoramento-de-secas-e-impactos-no-brasil-2013-janeiro-2022 ) e Boletim de Monitoramento do Risco de Seca com foco na Agricultura Familiar ( https://www.gov.br/cemaden/pt-br/conteudo/monitoramento/seca-na-agricultura-familiar/risco-de-seca-na-agricultura-familiar-janeiro-2022 ).
Registro de Impactos na Produção Agrícola
No mês de janeiro, o estado do Paraná registrou perda de 1,6 milhão de toneladas na 1ª safra de milho (2021/22). Os prejuízos são superiores a R$ 2 bilhões. Além disso, o potencial produtivo esperado para a safra atual do café foi prejudicado, conforme informado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná. Enquanto no Rio Grande do Sul, perdas na agropecuária foram registradas em mais de 250 mil propriedades rurais, em quase 10 mil localidades. Cerca de 21 mil famílias tiveram o acesso à água dificultado e mais municípios declararam Situação de Emergência. O cultivo de milho foi o que teve o maior número de produtores atingidos. Mais de 90 mil produtores tiveram perdas na produção. As perdas médias alcançaram 65% da produção inicialmente estimada nas regiões mais impactadas. Nas lavouras de soja, foi registrada redução na produtividade inicialmente estimada para a safra 2021-2022. Mais de 80 mil produtores foram atingidos e as perdas médias de produtividade chegaram a 45% ou mais em diversas regiões do estado, segundo informações da Emater/RS-Ascar.
IMPACTOS DA SECA NOS RECURSOS HÍDRICOS
Sistema Cantareira
O Sistema Cantareira – que abastece parte da região metropolitana de São Paulo – atingiu 34% de seu volume útil em 31 de janeiro de 2022, na faixa de operação “Alerta”, com armazenamento entre 30% a 40% (Figura 3), indicando um aumento de 9% em relação ao mês anterior e situação pior quando comparado ao volume útil no mesmo período do ano de 2021 (43%). No mês de janeiro de 2022, os valores de precipitação e de vazão, registrados nesta bacia, foram de 114% (299 mm) e 83% (55 m³/s) da média histórica, respectivamente.
Figura 3 – Histórico e cenários (fevereiro a abril de 2022) de armazenamento (%) no Sistema Cantareira. As faixas coloridas indicam os limites operacionais estabelecidos na Resolução conjunta ANA/DAEE N° 925.
Em um cenário hipotético de chuvas na média, conforme apresentado na Figura 3, o modelo hidrológico PDM/Cemaden[2] projeta uma vazão afluente 8% acima da média histórica para o trimestre FMA (55 m 3 /s). Ainda considerando este mesmo cenário de chuvas, o volume útil armazenado, no final de abril de 2022, poderia atingir 54%, passando da atual faixa de operação de “Alerta” (níveis de armazenamento entre 30% e 40%) para a faixa de “Atenção" (níveis de armazenamento entre 40% e 60%). Considerando chuvas 25% abaixo e acima da média histórica, o volume útil do reservatório alcançaria, no final do horizonte de projeções, valores respectivos de, 46% (faixa de operação “Atenção”) e 62% (faixa de operação "Normal").
É importante ressaltar que nessas simulações, foi considerado o aporte de interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul (de acordo com a Resolução ANA Nº 1931), de 5,13 m³/s , bem como a vazão defluente (Q jusante) para as bacias do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), igual a 8,7 m³/s e 8,0 m³/s para estação seca e chuvosa, respectivamente m³/s. Para maiores informações, consulte o Boletim da Situação atual e projeção hidrológica para o Sistema Cantareira – janeiro de 2022 ( https://www.gov.br/cemaden/pt-br/conteudo/monitoramento/monitoramento-hidrologico/relatorio-cantareira/situacao-atual-e-projecao-hidrologica-para-o-sistema-cantareira-05-02-2022-ano-8-no-65 ).
[2] O PDM/Cemaden é um modelo probabilístico baseado na umidade do solo e utiliza como entradas a precipitação e a evapotranspiração potencial para estimar a vazão.
Reservatório da UHE Três Marias, Bacia do Rio São Francisco
Figura 4 – Histórico e projeções ( fevereiro a abril de 2022 ) de vazão natural média mensal (m³/s) ao reservatório da UHE Três Marias.
De acordo com as projeções hidrológicas para o trimestre FMA, apresentadas na Figura 4, em um cenário hipotético de chuvas 25% abaixo, na média e 25% acima da média, a vazão natural poderá ficar em torno de 18%, 36% e 55% acima da média, e o reservatório deverá atingir volume útil de, 73%, 82% e 91%, respectivamente, no final de abril de 2022, finalizando o trimestre na faixa de operação “Normal” (níveis de armazenamento entre 60% e 100%). É importante salientar que, mesmo considerando um cenário de chuvas abaixo da média histórica, o modelo PDM/CEMADEN indica vazões acima da média para esta bacia, no período FMA de 2022.
Para maiores informações, consulte o Boletim da Situação atual e projeção hidrológica para o UHE Três Marias – janeiro de 2022 ( https://www.gov.br/cemaden/pt-br/conteudo/monitoramento/monitoramento-hidrologico/relatorio-tres-marias/situacao-atual-e-projecao-hidrologica-para-reservatorio-tres-marias-11-02-2022-ano-06-no53 ).
Reservatório da UHE Furnas, Bacia do Rio Grande
Na bacia afluente à Usina Hidrelétrica (UHE) Furnas, no Rio Grande, no mês de janeiro de 2022, choveu um acumulado de 305 mm, e a vazão registrada foi de 2136 m 3 /s, o que representa, respectivamente, 10% e 24% acima da média do mês (Figura 5). O armazenamento registrado no reservatório, em 31 de janeiro, foi de 56% do volume útil, uma condição melhor quando comparado em relação ao mês anterior (29%) e ao mesmo período de janeiro de 2021 (25%).
Figura 5 – Histórico e projeções ( fevereiro a abril de 2022 ) de vazão natural média mensal (m³/s) ao reservatório da UHE Furnas.
De acordo com as projeções hidrológicas para o trimestre FMA, apresentadas na Figura 5, em um cenário hipotético de chuvas 25% abaixo, na média e 25% acima da média histórica, a vazão natural, nesta bacia, poderá atingir valores acima da média histórica, em 13%, 30% e 48%, respectivamente. Ainda para esses mesmos cenários de chuvas, o modelo indica que o reservatório estaria, no final do horizonte de projeções, com aproximadamente 100% do volume útil armazenado. Ressalta-se que, mesmo considerando um cenário de chuvas abaixo da média histórica, o modelo hidrológico indica vazões acima da média para esta bacia, no período FMA de 2022.
Reservatório da UHE Serra da Mesa, Bacia do Rio Tocantins
Na bacia afluente à Usina Hidrelétrica (UHE) Serra da Mesa, no alto do Rio Tocantins, em janeiro de 2022, choveu 356 mm, e a vazão média natural registrada foi 2386 m 3 /s, 42% e 98% acima da média histórica do mês, respectivamente. O reservatório operou com 46% de armazenamento em 31 de janeiro de 2022, aumentos de 14% e 25% em relação ao mês anterior e ao observado no mesmo período do ano de 2021, respectivamente.
Figura 6 – Histórico e projeções ( fevereiro a abril de 2022 ) de vazão natural média mensal (m³/s) ao reservatório da UHE Serra da Mesa.
As projeções hidrológicas para o trimestre FMA, apresentadas na Figura 6, considerando um cenário hipotético de chuvas na média e 25% acima da média histórica, indicam vazões de 19% e 43% acima da média histórica para este período e armazenamento de 67% e 71% no final de abril de 2022, respectivamente. No cenário de chuvas 25% abaixo da média histórica as vazões poderão ficar abaixo da média, 97%, e o volume do reservatório atingir 62%, no final do período de projeção.
Para maiores informações, consulte o Boletim da Situação atual e projeção hidrológica UHE Serra da Mesa – janeiro de 2022 ( https://www.gov.br/cemaden/pt-br/conteudo/monitoramento/monitoramento-hidrologico/relatorio-serra-da-mesa/situacao-atual-e-projecao-hidrologica-para-o-reservatorio-de-serra-da-mesa-bacia-do-rio-tocantins-11-02-2022-ano-3-no-22 ).
Região Sul do Brasil
No mês de janeiro de 2022, as chuvas registradas, ficaram abaixo da média histórica, em grande parte da região Sul do Brasil, com algumas áreas pontuais registrando acumulados acima da climatologia. As UHE’s de Itaipu, Segredo, Barra Grande e Passo Real apresentaram vazões médias, de 7772 m 3 /s, 187 m 3 /s, 54 m 3 /s e 44 m 3 /s, o que representa valores percentuais abaixo da média histórica, em todas as bacias (72%, 38%, 32% e 16%, respectivamente). As UHE’s de Barra Grande e Passo Real apresentaram vazão natural abaixo dos mínimos absolutos para o período (considerando histórico de 1981-2021). Destaque para Passo Real, cuja vazão foi 53% inferior ao mínimo absoluto do mês de janeiro, que ocorreu em 2012. Adicionalmente, a UHE de Segredo apresentou valor de vazão próximo ao mínimo absoluto, enquanto, em Itaipu, a vazão registrada ainda se manteve abaixo da média histórica, comportamento similar aos meses anteriores. Em relação ao armazenamento, nos reservatórios de Segredo, Barra Grande e Passo Real foram registrados volumes armazenados de 56%, 32% e 36%, representando um aumento de 24% e reduções de 10% e 7%, respectivamente, em relação ao mês anterior.
IMPACTOS DOS EXTREMOS PLUVIOMÉTRICOS NA AGRICULTURA E HIDROLOGIA: JANEIRO/2022
[3] A sigla MLT significa Média de Longo Termo ou, em outras palavras, média que representa a situação observada por longo período, geralmente igual ou maior que 30 anos.
IMPACTOS DOS EXTREMOS PLUVIOMÉTRICOS NA AGRICULTURA E HIDROLOGIA: POSSÍVEIS CENÁRIO
Diretor do Cemaden:
Osvaldo Luiz Leal de Moraes
Coordenador Responsável:
José A. Marengo
Revisor Científico desta Edição:
José A. Marengo
Colaboradores:
Adriana Cuartas, Ana Paula Cunha, Daniela França, Elisângela Broedel, Fabiani Bender, Fabiana Bartolemei, Larissa Silva, Lidiane Costa, Marcelo Seluchi, Marcelo Zeri, Márcio Moraes, Rafael Luiz, Tárcio Lopes, Vinicius Sperling
NOTAS
IMPORTANTES
:
1.
Os relatórios com informações mais detalhadas sobre a situação atual das principais reservas hídricas e condições de seca em todo o País, bem como as projeções hidrológicas e possíveis cenários de impactos da seca, encontram-se disponíveis e atualizados no Website do Cemaden (
https://www.gov.br/cemaden/pt-br
).
2. As informações/produtos apresentados não podem ser usados para fins comerciais, copiados integral ou parcialmente para a reprodução em meios de divulgação, sem a expressa autorização do Cemaden/MCTI e dos demais órgãos com os quais o Cemaden mantém parcerias. Os usuários deverão sempre mencionar a fonte das informações/dados da instituição como sendo do Cemaden/MCTI. Ressaltamos que a geração e a divulgação das informações/produtos consideram critérios de qualidade e consistência dos dados.
3. Registramos, ainda, que os dados da rede de monitoramento de desastres naturais disponibilizados via Mapa Interativo no website do Cemaden não passaram por nenhum tratamento, portanto poderá haver inconsistências nesses dados.