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Pós-doutorando do CDTN cria pinturas com metal
Raphael Gomes de Paula, pesquisador do PPG-CDTN, cria padrões e cores a partir da submissão do aço a elevadas pressões e temperaturas. Para alcançar o resultado desejado, o artista leva em torno de seis horas de trabalho.
Em seu processo criativo, o aço é submetido a diferentes níveis de deformação e temperatura, o que resulta na formação de vários tipos de óxido, que diferem em espessura e morfologia. Isso faz com que cada estrutura, com dimensões nanométricas formadas na superfície do aço, interaja de maneira única com a luz, produzindo diferentes cores.
"Desde criança eu pinto, desenho, crio esculturas... Então, há um histórico de vida que me ajudou a criar este tipo de trabalho. Além disso, a formação obtida no CDTN contribuiu para o entendimento do comportamento dos materiais, o que é essencial para a construção das minhas obras", comenta.
A primeira obra de Raphael foi produzida em 2021, enquanto ele investigava a microestrutura de alguns materiais. "Nessa época, observei que as cores formadas nesses estudos eram muito bonitas. Foi então que eu tive a ideia de utilizá-las para promover experimentações artísticas", relembra.
Essas experimentações são importantes para ele porque, através da arte, ele consegue transmitir informações em outra linguagem. “Essa transmissão faz com que conhecimentos que ficam, muitas vezes, restritos ao âmbito acadêmico, atinjam diversos públicos", complementa.
Para alcançar mais pessoas, Raphael pensa em fazer alguma exposição em galerias e museus, como o Museu das Minas e do Metal (MM Gerdau), localizado no Circuito Cultural Praça da Liberdade, em Belo Horizonte (MG). O seu objetivo é tanto mostrar que é possível pintar com o aço quanto fomentar a correlação entre ciência e cultura.
Deivid Oliveira
Assessoria de Comunicação CDTN
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