Pesquisador do CDTN apresenta para Comitês de Bacia Hidrográfica método para medir a vazão de rios com traçador salino

Entre os dias 10 e 11 de junho, os membros dos Comitês de Bacia do Rio Piracicaba e do Rio Doce (MG) e os integrantes do Grupo de Pesquisa e Extensão em Educação, Mineração e Território (EduMiTe/UFMG) puderam aprender, na prática, uma técnica otimizada de medição de vazão de rios.

A apresentação foi feita pelo pesquisador do Serviço de Análise e Meio Ambiente do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), o geólogo Paulo Rodrigues. A oficina integrou dois dias de programação na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário do Caraça, localizada nos municípios de Catas Altas e Santa Bárbara, a 120 quilômetros de Belo Horizonte (MG). O mestre egresso do Programa de Pós-Graduação do CDTN, o igualmente geólogo Sandro Costa, também participou das apresentações e relatou alguns dos resultados de sua dissertação, que coletou dados na região da RPPN. O trabalho realizado foi orientado por Rodrigues.

Além de integrantes dos Comitês e do grupo de pesquisa, o encontro contou com representantes do Sindicato dos Produtores Rurais de Santa Bárbara, da Prefeitura de Santa do Paraíso e do diretor da RPPN do Caraça. Foi apresentada a metodologia de medição de vazão de rios por meio de traçador salino e a parte prática, em corpos d'água na região.

“O método detalhado no encontro foi a técnica de medição de vazão de rios por meio de traçador salino, o sal de cozinha. Ela serve para medir o volume de água que passa por um rio em um determinado ponto e, se monitorado ao longo do tempo e em vários locais, serve também para avaliar a situação de segurança ou insegurança hídrica de uma bacia hidrográfica”, explica Rodrigues.

O encontro foi finalizado com a proposta de dois projetos-piloto que poderão ser desenvolvidos na bacia hidrográfica do Rio Piracicaba, um com a medição de vazão com traçador salino e outro, de caracterização de sedimentos de rios.

“As nossas expectativas são de uma parceria com o Comitê de Bacia Hidrográfica do Piracicaba e do Rio Doce com vistas a assegurar recursos financeiros, advindos principalmente dos fundos desse comitê para a execução dos dois projetos-piloto citados. Os projetos preveem baixo custo, além da oportunidade de contar com a parceria de comunidades locais por meio da Ciência Cidadã e da alta significância socioeconômica e ambiental para a bacia do Piracicaba e do Doce”, avalia Rodrigues.

Atualmente, existem duas parcerias com o CDTN que dialogam com recursos hídricos. Uma com a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI, campus Itabira), sob coordenação de Paulo Rodrigues e outra com o Grupo de Pesquisa e Extensão em Educação, Mineração e Território, do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC/UFMG), sob coordenação da professora Lussandra Gianasi.

Deize Paiva
Assessoria de Comunicação
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