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Dia Nacional da Mamografia: entenda mais sobre o exame e seus efeitos nas mulheres
Mamógrafo | Foto: Antônio P. Santiago/CDTN
A mamografia é um exame de imagem que utiliza raios-X, uma radiação ionizante, e é composta por duas radiografias: a crânio caudal (CC) e a médio lateral oblíqua (MLO), termos que se referem à trajetória que o feixe de raio-x realiza na parte examinada, efetuadas nas mamas esquerda e direita. Havendo necessidade, são realizadas radiografias adicionais para complementação do exame. A mamografia só produz radiação devido a conexão do mamógrafo à rede elétrica, e assim que o disparo é interrompido, a produção de raios-X também é bloqueada.
A radiação proveniente do exame varia de acordo com a espessura e a composição da mama. Segundo a Instrução Normativa 92/2022 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para uma mama com espessura de 4,5 cm, a dose glandular média é de cerca de 2,0 mGy (unidade de medida que indica a dose absorvida).
Para Maria do Socorro, coordenadora do Laboratório de Radioproteção Aplicada à Mamografia (LARAM) do CDTN, “o risco proveniente da exposição à mamografia é baixo, e estudos demonstram que a realização do exame na detecção precoce do câncer de mama sobrepõe o risco. A pandemia impactou diretamente a saúde da mulher, e em 2020 houve uma redução de 40% na realização de mamografias quando comparado ao ano anterior. Esse impacto nos mostrou que postergar a detecção do câncer de mama pode gerar um avanço na doença, resultando em tratamentos mais agressivos”.
O CDTN colabora com as políticas públicas de saúde da mulher e tem uma importante atuação na detecção precoce do câncer de mama em Minas Gerais. Através do Sistema Atalanta, os mamógrafos são avaliados periodicamente para garantir a alta qualidade da imagem com a menor dose de radiação. Também é possível verificar se o equipamento de mamografia foi avaliado e possui a qualidade adequada através do site.
Dia Nacional da Mamografia
Instituído em 2008, o Dia Nacional da Mamografia chama a atenção para a importância do exame na detecção precoce de alterações nas mamas. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia de rastreamento uma vez a cada dois anos, em mulheres com idade entre 50 e 69 anos. O exame serve para uma possível identificação do câncer antes do surgimento de sintomas clínicos.