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CENTENA é solução sustentável para o setor nuclear
Clédola Cássia Tello apresenta o CENTENA (Foto: Deivid Oliveira)
A necessidade de um repositório brasileiro de rejeitos radioativos está na pauta do dia do setor. O tema foi destaque na International Nuclear Atlantic Conference (INAC 2024). A tecnologista sênior do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), Clédola Cássia Tello, é a coordenadora técnica do CENTENA convidada do painel “CENTENA: solução sustentável para rejeitos radioativos”, que integrou as atividades do INAC 2024 por meio do Encontro de Aplicações Nucleares (XVI ENAN).
O projeto CENTENA tem o objetivo de projetar, construir e comissionar o Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental, que dentre atividades de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) vai sediar o primeiro repositório brasileiro de rejeitos radioativos. No primeiro momento, Cássia Tello destacou os requisitos de uma ação humana sustentável que embasam o projeto CENTENA. “A sustentabilidade prescinde de ações que sejam ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas", avalia.
"O CENTENA fará a guarda adequada, segura, centralizada e definitiva dos rejeitos radioativos”, comenta.
O CENTENA irá receber os rejeitos de classe 2.1. São rejeitos de baixo e médio níveis de radiação, emissores beta/gama, com meia-vida inferior ou da ordem de 30 anos, dentre outras especificidades que podem ser consultadas na íntegra da Norma da Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Tello informou que o projeto está na fase de seleção final do local. Existem cinco locais preferenciais no Sudeste para receberem o CENTENA, já que é a região com a maior geração de rejeitos radioativos do país. "Entre os desafios, temos a discussão com grupos de interesse, especialmente a comunidade do local no qual o CENTENA será instalado”, comenta.
Além disso, a equipe tem trabalhado em novas parcerias, no plano de gestão de riscos do projeto e finalizou um workshop de oportunidades com diferentes públicos de interesse.
Ao fim do painel, Cássia Tello respondeu as dúvidas e os comentários de profissionais da área.
A responsabilidade do projeto é da CNEN, autarquia federal do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, da qual o CDTN faz parte.
Deize Paiva, jornalista enviada ao Rio de Janeiro
Assessoria de Comunicação do CDTN