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CDTN firma parceria para produção de geopolímeros
O CDTN firmou um acordo para pesquisa, desenvolvimento e inovação com a Vale com o intuito de desenvolver geopolímeros. Foi realizada, nesta semana, uma reunião de introdução técnica ao escopo do projeto a novos integrantes, além de uma oficina sobre os protótipos de geopolímeros já criados por pesquisadoras do CDTN. O projeto, intitulado “Geopolímero a base da exploração de rejeito de minério de ferro”, está baseado na Lei de Inovação Tecnológica (Lei nº 13.243), que foi sancionada em 2016 e que tem como objetivo estimular o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação científica e tecnológica no Brasil.
O geopolímero é um cimento ecológico que, a depender de sua composição, emite de quatro a cinco vezes menos gás carbônico, além de poder integrar vários resíduos em sua composição, como os rejeitos de flotação do minério de ferro como agregado miúdo. Para Gisele Martins Fidelis, gerente de novos negócios da Vale, este produto se estabelece enquanto uma inovadora tecnologia na área de gestão de rejeitos e da construção civil: “em termos práticos, a gente encontra aqui possibilidades de utilização de rejeito de mineração, que é uma preocupação da empresa, e ainda agregando valor a ele. Esse é o melhor dos cenários, porque a gente não só evita uma destinação que não é a mais interessante, considerando aspectos ambientais e de segurança, como ainda por cima agrega valor para aplicações dentro de outros segmentos, como o da construção civil”, afirma Gisele.
Geopolímeros | Foto: Alice Queiróz/Assessoria de Comunicação
Desde 2005 o CDTN tem trabalhado em utilizações de rejeitos da mineração, tendo desenvolvido até hoje mais de 50 produtos em parcerias com instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Universidade Federal de Viçosa (UFV), e em 2016 o Centro passou a se dedicar aos estudos de geopolímeros. Os geopolímeros desta parceria com a Vale trabalhados no Centro têm sido produzidos, principalmente, pela pesquisadora Dra. Polyana Fabrícia Fernandes Martins e pela mestranda do Programa de Pós-Graduação do CDTN, Rafaela de Kássia Rodrigues e Silva.
Para Fernando Lameiras, pesquisador do CDTN e pesquisador líder deste projeto, o acordo firmado com a Vale oferece uma maior equipe para o desenvolvimento do produto, além de proporcionar oportunidades para alunos do CDTN. Para ele, “o primeiro passo é desenvolver as matérias-primas com preços mais competitivos, que são o silicato de sódio e o estéril da mineração de ferro, e depois passaremos a procedimentar as rotinas técnicas conforme os critérios da empresa e produzir em escala maior. Estamos dando um passo enorme”, afirma.
Reunião entre CDTN e Vale | Foto: Alice Queiróz/Assessoria de Comunicação