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CDTN comemora 71 anos de fundação
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear - Foto: Deivid Oliveira
O Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) completa 71 anos nesta terça-feira, dia 22 de agosto. A instituição é pioneira na pesquisa e desenvolvimento da ciência nuclear no Brasil. Criado em 1952 por um grupo de professores da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, o CDTN é hoje uma das unidades de pesquisa da Comissão Nacional de Energia Nuclear, autarquia do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Ao longo de sete décadas, o CDTN tem se consolidado como referência em diversas áreas do conhecimento: reatores, minerais e materiais, saúde, meio ambiente, dosimetria e proteção radiológica. Nas aplicações das técnicas nucleares destacam-se o tratamento de rejeitos radioativos, monitoração e remediação ambiental, metrologia das radiações, desenvolvimento e produção de radiofármacos e irradiação gama.
Para o Diretor do CDTN, Luiz Carlos Duarte Ladeira, comemorar os 71 anos do Centro significa “mais um ano de esperança de que a gente possa realmente tocar essa instituição como ela merece: uma instituição de ponta, a única instituição dedicada ao desenvolvimento da tecnologia nuclear de Minas Gerais e que faz pesquisas voltadas para o benefício de toda sociedade”.
Mais motivos para comemorar
Em 2023, o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia das Radiações, Minerais e Materiais da instituição completa 20 anos de atuação na titulação de profissionais. O Programa foi recomendado pela CAPES à nível de mestrado em 2003 e à nível de doutorado em 2010. Até hoje, o CDTN titulou mais de 260 mestres e 90 doutores.
Principais instalações
Considerada uma instituição de pesquisa de grande porte, a pesquisa e o desenvolvimento só são possíveis em razão dos complexos equipamentos do CDTN. Os servidores e colaboradores contam com um amplo parque laboratorial com mais de 40 laboratórios.
O Reator TRIGA IPR-R1 é uma ferramenta multiuso, com aplicações em educação, treinamento, pesquisa e produção de radioisótopos. Adquirido pelo governo do Estado de Minas Gerais em 1960, é o segundo reator nuclear do país.
Já a Unidade de Pesquisa e Produção de Radiofármacos (UPPR) do CDTN, inaugurada em abril de 2008, é uma instalação de alto nível tecnológico, idealizada para produzir radiofármacos com aplicações em diversas áreas da medicina nuclear. A Unidade é responsável pela produção de três radiofármacos (Radioglic®, Radionaf® e Radiofes®) e, em 2023, recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização de um quarto produto, o Radiopros®.
O Laboratório de Irradiação Gama (LIG), por sua vez, é uma instalação voltada para pesquisa, desenvolvimento tecnológico, prestação de serviços à comunidade e formação de pessoal especializado. O laboratório conta com um irradiador multipropósito, equipado com uma fonte de Cobalto-60, e presta serviços como: irradiação para tratamento e conservação de alimentos, o tratamento de sangue e hemocomponentes, conservação de bens culturais, modificação ou indução de cores em gemas e esterilização de produtos médicos, farmacêuticos, veterinários e cosméticos.
Projetos especiais
O CDTN é responsável ainda pela coordenação técnica de dois importantes projetos do Governo Federal: o Centro Tecnológico Nuclear e Ambiental (Centena) e o Laboratório de Materiais Avançados e Minerais Estratégicos (Granioter).
O Centena tem como objetivo projetar, construir e comissionar um centro tecnológico para o armazenamento definitivo dos rejeitos de baixo e médio nível de radiação gerados em território nacional. Além disso, o Centro vai contar com edificações de apoio operacional e instalações para pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
Enquanto o Granioter é uma iniciativa que visa se tornar um hub tecnológico de Materiais Avançados e Minerais Estratégicos. O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento de iniciativas estratégicas em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, em estágios intermediários de maturidade tecnológica, para contribuir com a consolidação das cadeias produtivas baseadas em materiais avançados e minerais estratégicos com demanda global em crescimento, como Grafeno, Nióbio e Terras Raras. O projeto é uma ação prioritária do MCTI e apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).