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Tecnologista do CBPF faz homenagem a colega que faleceu em maio deste ano
A convite do Núcleo de Comunicação Social, Rodrigo Felix, tecnologista pleno do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro (RJ), presta homenagem ao técnico Fernando Pinto de Pinho (1958-2019), seu ex-colega do Laboratório de Instrumentação e Tecnologia Mecânica (LITMec), do CBPF, que faleceu em 17 de maio deste ano. Abaixo, texto que Cardoso leu no último dia 17 para a audiência presente à Comemoração do CBPF deste ano.
Colega, amigo e professor
O Fernando Pinto de Pinho era conhecido como o técnico da mecânica que encontrava saídas para os problemas que apareciam, ou seja, sempre tinha algo para propor como solução na área de mecânica. Era também conhecido por seu jeito expansivo e particular de ser.
Era um técnico fora do padrão. Seus excelentes conhecimentos em usinagem o faziam uma pessoa versátil: ao longo dos anos, conseguiu desenvolver para si habilidades técnicas que permitiram a ele criar dispositivos e mecanismos para resolver problemas do dia a dia.
Trabalhando em fresadora, no CBPF, na década de 1980
(Crédito: Arquivo pessoal)
Fernando era “o Cara”, como já dizia seu vizinho aqui da Urca Roberto Carlos. No trabalho, sempre tinha algo a dizer ‒ e isso era sua marca. No caso de qualquer dúvida, bastava perguntar ao Fernando, pois ele tinha uma resposta. E, se não a tivesse, buscava sempre dar uma ideia para resolver o problema.
No dia a dia, eram piadas contadas, reclamações, conselhos, teorias (absurdas, muitas das vezes) e histórias... muitas histórias. “Quem já comeu carne de leão?”, “Quem foi um dos fundadores da ‘Furacão de Gigantes’ [embrião da equipe de som e produtora musical ‘Furação 2000’]?”
Fernando foi DJ, fotógrafo, fisiculturista, piloto de motocross, soldado do Exército... Tinha várias histórias sobre a vida (a dele ou a de outros). Por sinal, amava a vida e se recusava a envelhecer! Se recusava a deixar de aprender e de fazer uma nova amizade todos os dias. Deixou esta vida sem experimentar as coisas que ele não queria sentir: as fraquezas, limitações e monotonias da senilidade.
Fernando (dir.), no LITMec, no CBPF, auxiliado pelo bolsista PCI Bruno Rangel
(Crédito: Arquivo pessoal)
Amava o CBPF; amava a área de mecânica. Brigava por ela e sonhava com um laboratório de ponta nessa área no CBPF. Compartilhava com entusiasmo seus conhecimentos com quem quisesse aprender. Ao longo de seus 36 anos de mecânica, foi pioneiro em muitas coisas, por iniciativa própria ou por seu espirito visionário.
Fernando amigo, colega e professor, você fará falta em nosso laboratório. O LITMec, com certeza, não será o mesmo. Seu jeito único de ser, seu exemplo em sempre ajudar ao próximo e sua alegria ficarão marcados em nossos corações e nossas mentes. Pedimos a Deus que te conceda o descanso ao Seu lado. Esteja em paz, amigo!
Rodrigo Felix
Tecnologista pleno
Laboratório de Instrumentação e Tecnologia Mecânica
CBPF