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CBPF participa da 74ª Reunião Anual da SBPC
Começou no último domingo, 24/07, a 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento, que acontecerá até dia 30/07, está sendo realizado em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) de forma híbrida, com atividades presenciais e online , com transmissões nos canais da UnB e da SBPC no YouTube.
Em 2022, o evento tem como tema “Ciência, independência e soberania nacional”, em alusão ao ano que marca o bicentenário da Independência do Brasil (1822) e o centenário da Semana de Arte Moderna (1922).
A programação científica desta edição foi elaborada com o objetivo de levar aos participantes um panorama amplo do que melhor se faz em ciência no Brasil. Para isso, o evento conta com uma programação científica intensa, com painéis, mesas-redondas, conferências, apresentações culturais, premiações e muitas atividades científicas interativas.
O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) participa da Avenida da Ciência, uma mostra de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). A exposição acontece no Centro comunitário Athos Bulcão, na UnB, ao lado da Expo C&T, desde ontem (25/07), das 8h até as 18h e de 26 a 30/07, das 9h até as 18h.
Para a Avenida da Ciência, o CBPF levou quatro experimentos com o objetivo de divulgação científica junto ao público visitante: 1) Experimento de Demonstração de Termodinâmica Básica; 2) Van De Graaff – experimento de eletricidade estática; 3) Protótipo de chip quântico – com microscópio para visualização e 4) Supercondutor.
Câmara de vácuo para trabalhar conceitos de termodinâmica
Crédito: Sônia Ferreira/CBPF.
Experimento Van de Graaff
Crédito: Sônia Ferreira/CBPF.
Microscópio e, no centro de sua placa, o chip quântico
Crédito: Eloi Junior/CBPF.
Imagem ampliada do microscópio para visualizar estrutura do chip quântico
Crédito: Eloi Junior/CBPF.
Apresentação do supercondutor
Crédito: Neila Barbosa/CBPF.
O pesquisador Flávio Garcia, um dos expositores do CBPF na Avenida da Ciência, explicou que a função desses experimentos é chamar atenção dos visitantes através dos apelos visual e sensorial, e assim mostrar um pouco do que é feito no CBPF.
Garcia deu o exemplo do supercondutor recém-adquirido pelo CBPF para as atividades de divulgação científica do Instituto. O experimento do supercondutor serve como gancho para explicar a supercondutividade e para que serve, assim como os efeitos envolvidos: o aprisionamento das linhas de campo, o efeito Meissner e o ancoramento quântico.
E completa: “O bacana é fazer um paralelo com as pesquisas que se fazem no CBPF em que se buscam efeitos ou fenômenos para entender melhor o evento e assim idealizar e projetar materiais que apresentam a supercondutividade. Se a gente tiver um supercondutor que se manifeste à temperatura ambiente, vai ser importante na transmissão de energia/eletricidade sem perda e economicamente viável. Pois, atualmente, muitos supercondutores (como, por exemplo, os equipamentos de ressonância magnética de imagem de uso médico) funcionam à base de hélio; então, se houver a chance de produzir uma bobina supercondutora que opere à temperatura ambiente e economize o hélio, será um ganho absurdo. O hélio é o recurso natural mais escasso na natureza e, portanto, de alto custo e finito”.
Para o pesquisador Roberto Sarthour, também expositor, a importância da SBPC “é despertar o interesse científico nas pessoas, mostrar o quanto a ciência é importante para o bem-estar da sociedade e também mostrar o que o Brasil faz em ciência”.
Junto aos pesquisadores, dois estudantes de doutorado do CBPF, Eloi Junior e Guilherme Vieira, também estão atuando como expositores no evento. Para Vieira, essa “é uma experiência de aprendizado muito boa, porque ter que explicar para outras pessoas, que muitas vezes são leigas no assunto, nos ajuda a aprender mais sobre a própria área que a gente está expondo, além de ser uma experiência de incentivo e maravilhamento da ciência”.
O doutorando Eloi Junior finaliza: “o espaço permite que a gente faça a divulgação da ciência didaticamente. É possível tanto mostrar uma ciência divertida, como uma ciência mais complexa, além do que se tem de mais refinado atualmente na ciência e na física brasileiras. Então, a gente consegue estreitar a distância entre os cientistas e o público geral, o que é muito motivante tanto para a gente, como para as pessoas que visitam nosso estande.”
Mais informações:
74ª Reunião Anual da SBPC: https://ra.sbpcnet.org.br/74RA/