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Conferências de CT&I na UERJ conversam com sociedade
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi palco na última semana de duas conferências temáticas preparatórias à 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI): “Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento social” e “Mais meninas e mulheres nas ciências: por uma agenda de equidade e interseccionalidade”, respectivamente.
Tendo como palco o Teatro Odylo Costa Filho, a primeira conferência foi dividida em quatro grandes blocos: tecnologia social e economia solidária, segurança alimentar, tecnologias assistivas e popularização da ciência e educação científica.
O período da manhã foi composto por dois painéis temáticos em que os presentes foram convidados a contribuir no debate sobre os desafios da Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento da sociedade.
O primeiro painel, “Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Social contou com mesa composta por Inácio Arruda, secretário da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES); Tatiana Roque, secretária Municipal de Ciência e Tecnologia do Rio; Ana Santiago, pró-reitora de extensão da UERJ; e Márcio Pochmann, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Em um momento de negacionismo, levar a ciência para fora dos muros das universidades é crucial”, avaliou Roque.
Fortalecimento da cultura científica e transferências de tecnologias eram as pautas da segunda plenária. Compuseram a mesa Juana Nunes, diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica da SEDES; Marco Moriconi, presidente do Instituto Ciência Hoje; Francisco Lima, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Elisabetta Recine, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea); e Ladislau Dowbor, economista professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Não é uma opção ser ignorante cientificamente; não se pode deixar tudo nas mãos da escola: existem espaços que devem ser ocupados pela divulgação científica”, disse Moriconi em seu momento de fala.
À tarde, tendo como base um documento guia elaborado previamente pela SEDES, foram discutidos individualmente cada um dos blocos centrais propostos pelo evento. Especialistas e conferencistas puderam abordar o assunto e propor alterações ao texto base. Minorias, valorização das tecnologias nacionais e periferia enquanto potência foram algumas das pautas trazidas pelos espectadores.
No segundo dia pela manhã aconteceu o debate e aprovação da versão final do documento que será apresentado na Conferência Nacional em junho. Logo depois, ocorreu o encerramento do primeiro painel de: “Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Social”.
A mesa foi composta por autoridades, dentre elas a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos e a reitora da UERJ, Gulnar Azevedo e Silva.
A ministra do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) parabenizou o evento: “Os debates, aqui realizados foram profícuos e tenho certeza que teremos bons encaminhamentos. O objetivo da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação é traçar estratégias para os próximos 10 anos e fazer um balanço de planos e execuções dos últimos anos”.
Luciana Santos também ressaltou a importância da temática do segundo painel, “Mais meninas e mulheres nas ciências: por uma agenda de equidade e interseccionalidade”, que aconteceu na parte da tarde informando que foi lançado um Edital de 100 milhões de reais para ancorar projetos que estimulem a formação, a permanência de mulheres nas ciências exatas, engenharia e computação, pois elas são a esmagadora minoria nessas áreas.
Neste painel, cinco mesas redondas foram formadas para apresentar, debater e propor diretrizes para o documento final na temática. Os assuntos giraram em torno dos temas: Impacto da construção de estereótipos de gênero e raça na carreira de mulheres cientistas, Cultura do assédio e violências de gênero e de raça no campo científico, Gênero e Financiamento à Pesquisa e Inovação no Brasil: contribuições a uma agenda de equidade e interseccionalidade, baixa representação das mulheres em espaço de poder; e políticas de cuidados e maternidade em uma perspectiva interseccional.
Sobre
Promovidas pela SEDES, as Conferências contam com a colaboração da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), da UERJ e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). As Unidades de Pesquisa (UPs) do MCTI enviaram representantes para participar da construção das propostas.