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CBPF recebe representantes de SEMPI, SUV, FINEP e UPs para reunião sobre o futuro das unidades de pesquisa para 2022
Em visita ao Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), da Subsecretaria das Unidades Vinculadas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (SUV/MCTI), da Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico / Financiadora de Estudos e Projetos (DRCT/FINEP), diretores e pesquisadores do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) e do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) conheceram o instituto, dando continuidade às reuniões sobre o futuro da Unidades de Pesquisa para o ano de 2022.
O encontro teve início no auditório do CBPF, onde foram recebidos pelo Diretor em exercício Márcio Portes de Albuquerque e por todos os coordenadores da instituição, com um coffee break e logo após seguiram para conhecer espaços da Casa.
A primeira visita foi ao Laboratório Multiusuário de Física de Partículas de Altas Energias e ao Laboratório de Computação de Alto Desempenho em GRID (GRID/CBPF), onde foram recebidos pelo coordenador Gilvan Alves, da Coordenação de Física de Altas Energias (COHEP), e pelos pesquisadores André Massafferri e Ignácio Bediaga.
Visita ao Laboratório GRID-CBPF
(Créditos: Priscila Arrochellas/CBPF)
Massafferri explicou que o laboratório desenvolve atividades de educação e divulgação científica e abriga experimentos internacionais como o experimento Modulation , dedicado à Física Nuclear. Entretanto, a atividade principal do laboratório é contribuir em projetos de alta complexidade que constituem partes de grandes experimentos internacionais. Gilvan citou os experimentos Large Hadron Collider beauty (LHCb), Compact Muon Solenoid (CMS) da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) e National Accelerator Laboratory (Fermilab), e nacionais, como Programa Antartico Brasileiro. Para exemplificar, Massafferri mostrou dispositivos desenvolvidos no contexto do projeto de fibras cintilantes ultra-finas do novo sistema de trajetória do LHCb e detectores de raios cósmicos que serão instalados na Antártica. O pesquisador Ignácio Bediaga falou sobre a computação em GRID e os projetos em colaboração com o CERN que envolvem unidades de processamento de gráfico (GPUs) e computação em nuvem.
Visita ao Laboratório GRID/CBPF
(Créditos: JRicardo/CBPF)
Apresentação do Cluster GRID/CBPF
(Créditos: JRicardo/CBPF)
O coordenador Nelson Pinto Neto, da Coordenação de Cosmologia, Astrofísica e Interações Fundamentais (COSMO), dando continuidade à visita, apresentou o cluster dedicado à pesquisa em Cosmologia, Astrofísica e Física dos neutrinos, que atende uma centena de usuários de todo o Brasil, sendo 70% deles usuários externos ao CBPF, ou seja, oriundos de instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade de Brasília (UnB), entre outras. O cluster é o único com conexão direta ao experimento Connie sobre interações de neutrinos, com base na Usina Nuclear de Angra dos Reis. Este experimento produziu os limites mais fortes do mundo em interação coerente de neutrinos, descartando algumas extensões simplificadas do modelo padrão de Física das Partículas Elementares.
Apresentação do Cluster de Cosmologia
(Créditos: JRicardo/CBPF)
Em seguida encaminharam-se para o andar antes ocupado somente pela Biblioteca, e o coordenador substituto da Coordenação de Ações Institucionais (COINS), Nilton Alves, contou que a transformou em dois espaços: o Núcleo de Informação C&T e Biblioteca (NIB) e o Laboratório de Informação e Instrumentação IoT (Lab3I).
Visita ao NIB
(Créditos: JRicardo/CBPF)
No Laboratório de Inteligência Artificial (Multi-GPU), o professor Clécio De Bom explicou que os projetos nas áreas de Astrofísica e de Óleo & Gás são desenvolvidos em colaboração com a Petrobras. Na oportunidade, foi apresentado um computador projetado por especialistas de computação com GPU e pelo professor De Bom, que descreveu um trabalho para buscas de Lentes Gravitacionais vencedor de uma competição internacional; na ocasião, formavam a única equipe da América Latina disputando com físicos do mundo todo. O professor também explicou que está estudando explosões estrelares à procura de uma supernova.
Visita ao Laboratório Multi-GPU
(Créditos: JRicardo/CBPF)
A equipe também visitou o Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), no qual o pesquisador Ivan Oliveira explanou ser um laboratório multiusuário, que estuda rochas porosas em parceria com a Petrobras e recebe estudantes de várias instituições.
Visita ao Laboratório RMN
(Créditos: JRicardo/CBPF)
O Laboratório Multiusuário de Nanociência e Nanotecnologia (LABNANO) foi apresentado pelos pesquisadores Alexandre Mello e Rubem Sommer, que o descreveram como um conjunto de laboratórios que visam dar suporte para o desenvolvimento nacional em ciência, tecnologia e inovação em nanoescala. Os laboratórios são divididos em: litografia, caracterização elétrica, magnética e microscopia eletrônica. Sommer explicou que recursos para o laboratório também são captados com projetos que estudantes realizam para empresas.
Visita ao LABNANO
(Créditos: JRicardo/CBPF)
Ainda no LABNANO, o pesquisador André Linhares apresentou o Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET), equipamento com maior resolução espacial para visualização, que tem a particularidade de analisar estruturas muito pequenas e consegue visualizar a distância entre átomos. Na sua parte traseira tem um detector de raios x. Por ser um equipamento muito difícil de manipular, a equipe do LABNANO prepara os alunos com cursos de microscopia eletrônica. O Laboratório é voltado para as comunidades científicas nacional e internacional.
Visita ao LABNANO
(Créditos: JRicardo/CBPF)
Na visita ao Laboratório de Criogenia (CRIOMULT), a pesquisadora Magda Bittencourt Fontes mostrou toda a infraestrutura do laboratório e explicou que ali se produz nitrogênio líquido e recicla-se hélio líquido, atendendo às necessidades dos demais laboratórios do CBPF.
Visita ao Laboratório CRIOMULT
(Créditos: JRicardo/CBPF)
A tecnologista Marita Maestrelli apresentou o Laboratório Rio Science Datacenter e os projetos instalados nesta infraestrutura, como o PoP-RNP e a Rede Rio – esta última responsável todo tráfego de rede acadêmica e comercial de internet do Estado.
Visita ao Laboratório Datacenter
(Créditos: JRicardo/CBPF)
Terminando a visita aos laboratórios, foram todos encaminhados para o auditório Ministro João Alberto para um encontro virtual com Marcos Cesar de Oliveira Pinto, Diretor do Departamento de Empreendedorismo Inovador da SEMPI/MCTI, e Fabio Borges, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).
O diretor em exercício do CBPF agradeceu a Sílvia Cristina A. França, diretora do CETEM, pela iniciativa de fazer a aproximação dos Centros de Pesquisa com a FINEP, a SEMPI e a SUV. França falou da importância da união de todas Unidades de Pesquisa e Alex Fabiano Riberio Magalhães, Subsecretário das Unidades Vinculadas (SUV), comentou sobre a necessidade de espalhar esses encontros para outros estados.
O CBPF também é referência em física teórica, com pesquisadores de grande relevância que vêm se sobressaindo no cenário científico global. Destaque para Constantino Tsallis, Pesquisador Emérito, que figura nos últimos 3 anos como o cientista do Brasil mais influente mundialmente (Ranking da Universidade de Stanford). Múcio Continentino, também pesquisador teórico do CBPF, integra a listagem nos últimos 2 anos.
Presentes no encontro: Nilton Alves (CBPF), Alexandre Mello (CBPF), João Paulo Sinnecker (CBPF), Nami Fux Svaiter (CBPF), Gilvan Alves (CBPF), Ivan Oliveira (CBPF), Marcelo Albuquerque (CBPF), Nelson Pinto Neto (CBPF), Marcio Rangel (Diretor MAST), Silvia França (Diretora CETEM), Israel Marrero Vera (Pesquisador CETEM), Marcio Albuquerque (CBPF), Guilherme Azevedo (FINEP), Alex Fabiano Ribeiro Magalhães (SUV/MCTI), Francisco Leonardo (CBPF), Marita Maestrelli (CBPF), Rubem Sommer (CBPF), Fábio Borges (Diretor LNCC), Marcos Cesar Oliveira Pinto (SEMPI/MCTI).
(Créditos: JRicardo/ CBPF)