História e culturas urbanas
Publicado em
13/09/2018 00h00
Atualizado em
04/05/2022 17h43
A Fundação Casa de Rui Barbosa promove, no dia 27/09, a série de palestras Histórias e Culturas Urbanas, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e com a participação especial da Fundação Oswaldo Cruz. Com entrada franca, às 18h, na sala de cursos.
Nesta edição, o tema da mesa-redonda é “O retorno do Aedes aegypti” e terá a presença de Gabriel Lopes (Fiocruz) com a palestra “Uma ‘nuvem de Aedes alerta a cidade’: 1986 e uma nova nuvem arbovirótica no Brasil” e Rivaldo Venâncio da Cunha (Fiocruz/UFMS) apresentando “Micro e macrodeterminantes das epidemias de arboviroses no Brasil: situação atual e perspectivas futuras”.
O evento faz parte da série especial “Saúde na cidade”. A série História e culturas urbanas ocorre na última quinta-feira de cada mês, exceto nas férias escolares.
:: Ementas:
Uma “nuvem de Aedes alerta a cidade”: 1986 e uma nova nuvem arbovirótica no Brasil
A presente fala tem por objetivo abordar o retorno do aedes aegypti como vetor de arboviroses urbanas, enfatizando como principal baliza o ano de 1986, marcado por uma grande epidemia de dengue no estado do Rio de Janeiro. Este período abriu caminhopara a permanência das endemias de dengue, fazendo com que a doença se alastrasse e se tornasse parte da “paisagem urbana” das cidades mais populosas do Brasil. Contemporaneamente o A. aegypti tornou-se o principal responsável pelo alastramento de novas arboviroses, como a zika e a chikungunya, e parece anunciar, até mesmo casos de arboviroses ainda não identificadas.
Micro e macrodeterminantes das epidemias de arboviroses no Brasil: situação atual e perspectivas futuras
Desde 1986, epidemias de dengue são registradas quase todos os anos. A partir de 2014, dois outros vírus passaram a fazer parte do cotidiano da população brasileira: chikungunya e zika. Os três vírus são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Ao longo das últimas três décadas, as políticas públicas para controle dessas doenças se têm centrado no mosquito. Graves problemas estruturais urbanos, como a deficiência na coleta de resíduos sólidos, o abastecimento de água potável e a dificuldade de acesso a domicílios devida à violência urbana, ficam relegados a um plano secundário. Abordaremos os determinantes sociais, econômicos e epidemiológicos na ocorrência dessas epidemias.