A censura à prova do tempo
O Consulado-geral da França no Rio de Janeiro, em parceria com a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), realiza nos dias 3 e 4 de maio, das 9h30 às 18h30, o colóquio franco-brasileiro “A censura à prova do tempo”. O evento acontece no auditório da FCRB. Os interessados poderão acessar a programação completa e se inscrever gratuitamente no site do evento. As vagas são limitadas.
Sobre o colóquio:
Cinquenta anos nos separam de maio de 1968, e inúmeros eventos científicos, no Brasil, na França e em outros países do mundo, vão nos permitir refletir sobre essa época, desde suas razões até suas consequências. Portanto, escolhemos organizar um colóquio, relacionado a maio de 68, mas que não aborda o tema diretamente. A censura foi um dos problemas frequentemente denunciados pelos manifestantes na França em maio de 1968, mas também, sob uma forma diferente e, talvez mais perniciosa, um problema que reaparece nos dias de hoje, principalmente na internet. “A censura à prova do tempo” pretende dar elementos de reflexão sobre a censura em geral e também especificamente nas formas novas pelas quais está se revestindo. A atualidade (censuras de exposições de artes no Brasil), as fakenews, e os erros cometidos por algoritmos automáticos que levaram o Facebook.
Assim, este evento franco-brasileiro propõe uma história da censura, por Jean-Yves Mollier (historiador sobre censura), uma sessão de alta qualidade sobre a censura no Brasil durante o Estado Novo e a ditadura, uma reflexão sobre o papel da imprensa na nossa época por Edwy Plenel (diretor de Médiapart e ex-diretor do Le Monde), considerações sobre Internet e Censura, um assunto especialmente importante no mundo de hoje, sobre Teatro e Censura onde vamos ver que o teatro não foi poupado pela censura e a ditadura, um olhar cruzado sobre a classificação dos filmes na França e no Brasil. Para concluir, uma sessão sobre Arte Contemporânea e Censura, contando a participação dos curadores das exposições censuradas o ano passado (Luiz Camillo Osório, curador do Panorama – MAM/SP e Gaudêncio Fidelis, curador da Queermuseu).